“Eu Vivi”

 

[CENA 01 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ TARDE]
(Silvana continua olhando para Saulo a sua frente, com receio de que Otávio descubra a presença dele ali, rapidamente o empurra para fora de casa, fecha a porta)
OTÁVIO – (ao ouvir a porta sendo fechada) Mãe?
SILVANA – O que você está fazendo aqui?
SAULO – Vim conversar.
SILVANA – Eu já disse a você para me avisar quando viesse. Agora vai embora. Realmente preciso conversar com você, mas não aqui.
SAULO – Onde então?
SILVANA – No bar. Amanhã à tarde. (retorna para casa, antes que Otávio a fosse procurar. Saulo fica alguns segundos olhando para a porta, saí em seguida)
OTÁVIO – (em pé na sala, poucos cm da porta. Escuta a porta se abrir e fechar novamente) Mãe?
SILVANA – Oi, filho!
OTÁVIO – Quem era?
SILVANA – Um vendedor. Já disse que não queria nada, e ele foi embora.
OTÁVIO – (acha estranho, até porque não ouviu a voz de ninguém oferecendo nada) Ok. (retorna para o sofá, Silvana também. Os dois voltam a sentar-se, voltam a comer em silêncio)

[CENA 02 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
PEDRO – Como assim você acha isso?
CAIO – Ué… a minha opinião. Acho que as pessoas que acreditam em sonhos, são idiotas. Muitas delas nem se quer conseguem alcançar tal sonho, e continuam acreditando naquilo que nunca irão ter.
PEDRO – Mas é isso que a faz levantar da cama no dia seguinte! Se apegar em um sonho que faz com que as pessoas tenham vontade de continuar em frente, de seguir na vida.
CAIO – Eu e você conseguimos viver muito bem sem acreditar em um!
PEDRO – Só que eu parei para pensar e vi que isso não irá me levar a lugar nenhum. Eu não tenho nenhum objetivo, Caio. Eu não tenho nada em que possa me apegar. Que me faça continuar tentando… E você deveria fazer o mesmo!
CAIO – Eu não. Prefiro acreditar em algo mais concreto, em algo que sei que sou capaz de conseguir.
PEDRO – Tipo?
CAIO – Sei lá.. não parei para pensar nisso.
PEDRO – Você está precisando urgentemente de traçar um objetivo. E eu vou te ajudar nisso. (Caio ri)
CAIO – Tá, você mal encontrou o seu e vai me ajudar a encontra um.
PEDRO – Amigos são para isso, não?! (Caio olha um pouco para Pedro, solta um leve sorriso, em seguida foca no cardápio da lanchonete)

Anoitecendo…

[CENA 03 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE LARISSA/ NOITE]
(Larissa está em frente ao seu espelho, colocando seus brincos. Salete entra em seu quarto)
SALETE – Está pronta, querida?
LARISSA – Quase! (termina de colocar os brincos, se olha um pouco no espelho, em seguida caminha até Salete) Então?
SALETE – Linda!
LARISSA – Já estou indo para o palco. (caminha até seu guarda-roupa)
SALETE – O Nathan me contou que você recebeu o email para a gravação do programa.
LARISSA – Sim. Recebi hoje a tarde. (volta para perto de Salete) Estava procurando a senhora, porque gostaria de pedir uma coisa.
SALETE – O que?
LARISSA – Que a senhora me acompanhasse nessa gravação. Sei que normalmente tem que levar parentes e amigos, mas…a única pessoa mais próximo a mim, que eu considero como parente é a senhora. (segura nas mãos dela) A senhora sabe disso.
SALETE – Vai ser um prazer acompanhá-la e vê-la brilhar naquele palco.
LARISSA – (sorri e a abraça) Obrigada!
SALETE – Eu não queria tocar neste assunto agora, mas… e quanto ao seu caso?
LARISSA – O Júlio nunca mais me procurou, então acredito que finalmente me livrei dele. (se afasta dela novamente)
SALETE – Mas o contrato continua valendo até a estreia do programa. Você não vai poder cantar nenhuma música sua por enquanto.
LARISSA – Isso para mim não será problema, Salete. Sabe que eu tenho um repertório enorme. (sorri)
SALETE – Sei sim, querida. Você acha que o Júlio fará alguma coisa? Ele poderá muito bem está no meio da plateia no dia.
LARISSA – Que esteja. O que ele faz ou deixa de fazer não me afeta mais. E não deveria afetar a senhora também.
SALETE – Eu só tenho medo de que algo possa impedir a sua participação do programa.
LARISSA – Fica tranquila, está bem?! Que vai dar tudo certo. Vamos? Não podemos deixar os clientes esperando.
SALETE – Vamos! (Larissa se olha novamente no espelho, saí do quarto em seguida junto com Salete)

[CENA 04 – CASA DE DÁCIO/ COZINHA/ NOITE]
(a família de Dácio está jantando, todos em silêncio. Regina e Horácio se entreolham e puxam assunto)
HORÁCIO – Que silêncio essa família está!
REGINA – Né, irmão. Nunca vi esses dois tão calados.
CÁSSIA – Eu estou cansada apenas. Não aguento mais trabalhar naquela lanchonete, atendendo vários clientes que mal conseguem decidir o que comer.
REGINA – (ri) Sabe que todos precisam colaborar com a nossa nova vida.
CÁSSIA – E porque o Dácio não está colaborando? Ele por acaso é melhor que a gente?
HORÁCIO – O Dácio precisa priorizar os estudos dele, por isso. Trabalhar agora iria prejudicá-lo.
DÁCIO – E mesmo assim, eu já me ofereci para procurar um emprego também. Porém, não me deixaram.
HORÁCIO – Você precisa terminar o ensino médio primeiro, filho. Com ele, você terá mais chances de encontrar um bom emprego.
CÁSSIA – Pena que isso não aconteceu comigo!
HORÁCIO – Falando nisso, como está indo os preparativos para as suas provas? Cheguei em casa e te encontrei mergulhado nos livros aqui na sala.
DÁCIO – Estou me preparando bem. As provas estão se aproximando, antes das férias, creio que vou me sair bem.
CÁSSIA – Férias, é o que eu mais quero. Só que o chato do gerente não irá liberar o pessoal neste meio do ano. Saco!
REGINA – Com as férias chegando, você terá mais tempo agora para conseguir marcar aquele encontro, Dácio!
DÁCIO – Depois dos últimos acontecimentos, eu realmente me esqueci de ver isso. Mas, se vocês querem tanto vê-la, ela irá participar do programa Sua Canção.
CÁSSIA – Sério isso?
DÁCIO – Sim. Eu já a vi cantar algumas vezes e é idêntica a Letícia. O mesmo tom de voz, o mesmo jeito de cantar. Se Letícia chegou até a final ano passado, certeza de que ela também chega.
REGINA – Tomara. E que ela vença dessa vez.
CÁSSIA – Mamãe?!
REGINA – Estou sendo sincera, Cássia. Quem deveria ter cantado ano passado era a Letícia, ela que merecia ter ido para aquele programa.
CÁSSIA – Ah, falar isso agora é fácil, né mamãe. Mas eu lembro muito bem, que a senhora era quem mais incentiva a garota para ficar dublando a minha voz, e que ano que vem séria a chance dela.
REGINA – E você não sabe do quanto eu me arrependo por isso. Se eu pudesse mudar o passado, teria a inscrito e não você. Que bom que as coisas serão reparadas este ano! (olha para Dácio) Vamos torcer por ela!

Amanhecendo…

[CENA 05 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Manuela entra no pátio junto com suas amigas, passam pela mesa de Pedro e sorri para ele)
PEDRO – Oi! (olhando para Manuela)
RAMON – Tá pensando em investir nessa aí agora, é?
PEDRO – O que? (ri) Não, não. Eu e Manuela somos só amigos.
RAMON – Sei. Bem… (abre a mochila, retira alguns ingressos dentro dela) …aqui está. (entrega para Pedro) Os primeiros ingressos para os shows da banda.
PEDRO – Já estão prontos?
RAMON – Já. Menos de um mês para o primeiro show, irmão. Tem que estar!
PEDRO – Valeu. Eu vou acompanhar com certeza.
RAMON – E olha lá se não for, hein. (Andréa aparece ao lado de Ramon)
ANDRÉA – Bom dia! Recebeu a ligação, Pedro?
PEDRO – Que ligação?
ANDRÉA – A reitora da universidade me ligou ontem, e a audição será antecipada.
PEDRO – Antecipada?
ANDRÉA – Isso. Será daqui duas semanas!
PEDRO – Ué, mas por que?
ANDRÉA – Bem, ela deve ligar para você e te contará tudo. (caminha até ele) Só que para a competição ser justa, eu preferi te avisar. (se afasta do banco, com um leve sorriso) Boa sorte!
RAMON – Ou ela tá confiante demais ou alguma coisa ela está aprontando?
PEDRO – Como assim?
RAMON – Ela não iria te avisar algo assim sem ter nada por trás, Pedro. Vai por mim, eu conheço a Andréa!

[CENA 06 – BAR/ DIA]
(Saulo está sentado em uma mesa, esperando Silvana. Alguns segundos de espera, a observa entrar)
SAULO – Vim o mais rápido possível.
SILVANA – (um pouco abatida) Eu iria marcar hoje à tarde, mas já que tive a oportunidade de sair de casa agora, não quis perder.
SAULO – Você está bem? Parece abatida.
SILVANA – Eu também estou doente, Saulo. (Saulo fica surpreso) Fui diagnosticada com um tumor no cérebro, e devido a sua localização, ele não pode ser removido.
SAULO – O que você quer dizer com isso?
SILVANA – Os médicos me deram apenas alguns meses de vida. E sinto que meu prazo final está chegando.
SAULO – Não brinca com isso, Silvana. Você é uma mulher forte, vai viver muito tempo ainda.
SILVANA – Não vou, Saulo. (sente vontade de chorar) Toda vez que imagino meu fim chegando, fico imaginando o que será da vida do Otávio sem mim aqui. Eu sei que ele é um garoto forte, e que é independente na maioria de suas atividades. Me orgulho muito dele por isso, mas eu não sei como ele viverá sem mim. Foi então que eu decidi descobrir onde você estava. Pedi ajuda para uma amiga minha e ela acabou me levando até aqui. Foi aqui onde eu te reencontrei, lembra? (Saulo lembra do dia que reencontrou Silvana)
SAULO – Lembro sim.
SILVANA – O Otávio já é maior de idade, mesmo assim, não sei se ele consegue morar sozinho.
SAULO – Quer que ele vá morar comigo?
SILVANA – Além de mim, você é o único parente que ele tem, Saulo. Eu não conheço a sua outra família, mas não acredito que eles deixariam um garoto cego morar sozinho.
SAULO – Eu não sei, Silvana. Nem é só a minha família, você mesma sabe que ele não gosta de mim.
SILVANA – Eu sei. Eu tentei aproximar vocês esses dias, mas não tive sucesso. Ele te odeia pelo o que você fez a ele, e eu não posso culpá-lo.
SAULO – Então você entende que o que você está me pedindo não depende só de mim.
SILVANA – Eu não sei por quanto tempo mais poderei suportar. Queria tá aqui ao menos para ver a estreia dele no programa de música.
SAULO – Programa de música?
SILVANA – É. Otávio é muito talentoso na música. Ele acabou sendo selecionado para participar de um programa de TV onde descobre novos talento pelo país. A premiação em dinheiro é no valor de 350 mil reais. (Saulo fica animado ao ouvir o valor da premiação)
SAULO – Uau, é bastante dinheiro.
SILVANA – Receio que não estarei aqui para estar apoiando-o no programa. Talvez ele nem ganhe. O que será do meu menino?! (chora, Saulo segura nas mãos dela)
SAULO – Eu vou tentar conversar com a minha família, está bem? Não se preocupa, viu. O garoto não ficará sozinho! (solta um sorriso, que tranquiliza um pouco Silvana)
SILVANA – Obrigada!

Dias Depois…

[CENA 07 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ TARDE]
(Otávio está em frente do piano preparando-se para tocar uma música, Silvana está sentada no sofá, um pouco mal)
OTÁVIO – Passei a semana praticando está música. Foi o Eduardo quem a me indicou. Quero que a senhora me diga o que achou dela. (Silvana não responde, solta apenas um leve sorriso. Otávio começa a tocar)

[CENA DE MÚSICA – I LIVED (ONEREPUBLIC)]

Hope when you take that jump 1
You dont fear the fall
Hope when the water rises
You built a wall
Hope when the crowd screams out
They’re screaming your name
Hope if everybody runs
You’ll choose to stay

Hope that you fall in love 2
And it hurts so bad
The only way you can know
You gave it all you had
And I hope that you don’t suffer
But take the pain
Hope when the moment comes
You’ll say

I, I, I
I did it all
I, I, I
I did it all
I owned every second that this world could give
I saw so many places, the things that I did
Yeah with every broken bone
I swear I lived

Hope that you spend your days 3
And they all add up
And when that sun goes down
Hope you raise your cup
Oh, oh oh
I wish that I could witness
All your joy
And all your pain
But until my moment comes
I’ll say

I, I, I
I did it all
I, I, I
I did it all
I owned every second that this world could give
I saw so many places, the things that I did
Yeah with every broken bone
I swear I lived

Oh whoa oh oh oh oh oh
With every broken bone
I swear I lived
With every broken bone
I swear I

I, I, I 4
I did it all
I, I, I
I did it all
I owned every second that this world could give
I saw so many places, the things that I did
Yeah with every broken bone
I swear I lived

Oh whoa oh oh oh oh oh
I swear I lived
Oh whoa oh oh oh oh oh

1. Otávio começa tocando o piano, olhando para as teclas. como se tivesse medo de errar alguma nota. Sua mãe tenta acompanhar o filho cantando, mas ao longo da músicas, seus olhos vão se fechando lentamente.
2. Otávio foca em direção a sua mãe, que acaba deitando-se no sofá. A música dá uma animada, ele sorri.
3. Silvana acaba escorrendo pelo sofá, deitando-se de maneira torta. Otávio continua cantando, acreditando que sua mãe esteja ouvindo.
4. Otávio encerra a música, espera sua mãe dizer algo.

* A versão de Otávio é acompanhada inicialmente pelo piano. Ao longo da música, os demais instrumentos da música começam a ser tocados.

OTÁVIO – (olhando em direção a sua mãe) Então, mãe? O que a senhora achou? (não escuta nenhuma resposta) Mãe? (levanta-se, caminha em direção ao sofá) A senhora não gostou da música, foi isso? (solta um sorriso, mas está preocupado) Mãe? A senhora está bem? (caminha apressado até o sofá, e tenta tocar o corpo de sua mãe. Ao tocá-lo, percebe que ele está esparramando no sofá) Mãe, a senhora está bem? Mãe?! Acorda mãe. (a percebe gelada) Por favor, mãe acorda. (pega seu celular rapidamente e faz uma ligação, sente vontade de chorar) Não me deixa, mãe!

[CENA 08 – LANCHONETE/ TARDE]
(Pedro está sentado em uma mesa mexendo em seu celular, com os fones no ouvido. Está procurando outras opções de músicas para cantar na audição. O dia se aproxima e algo está o deixando nervoso. Ivo aparece ao lado dele)
IVO – Parece que está focando, hein Pedro? (Pedro retira o fone de ouvido, presta atenção nele)
PEDRO – Desculpa, Ivo. Eu não ouvi.
IVO – Estou dizendo que você está focado.
PEDRO – É. Estou procurando uma música para a audição que irá ocorrer este final de semana.
IVO – Audição de que?
PEDRO – Ah é, eu não te contei. Eu vou participar de uma seleção para uma vaga para uma universidade de música em Nova York.
IVO – Uau, sério?
PEDRO – É. Eu e a Andréa vamos participar.
IVO – Andréa é uma ótima cantora, porém, acho que você tem mais chance.
PEDRO – Queria acreditar nisso também.
IVO – (sentando-se em frente dele) Qual é, Pedro? Será que mesmo depois desse tempo todo, você ainda não acredita na sua voz? (Pedro o observa) Você tem talento, garoto. Dentre as diversas vozes que já cantaram nessa lanchonete, nunca ouvi uma igual a sua.
PEDRO – (fica sem jeito) Que é isso, Ivo.
IVO – Sabe que estou dizendo a verdade. (levanta-se) Uma coisa eu tenho certeza. Essa vaga já está preenchida, e será por você. Você devia acreditar nisso também. (se afasta da mesa em direção ao balcão, Pedro fica pensativo)

[CENA 09 – PIZZARIA/ TARDE]
(Eduardo está saindo da pizzaria para mais um entrega, quando seu celular toca. Vendo quem é atende na mesma hora)
EDUARDO – (montando na moto) Oi, Otávio. Tudo bem, cara? (o percebe chorando no outro lado da linha) Sua mãe o que? (fica sério) Calma, eu estou indo pra aí. Se acalma, Otávio! (desliga, monta na mota e acelera)

[CENA 10 – CASA DE RAMON/ Q. DE RAMON/ TARDE]
(Andréa está andando de um lado para o outro, sendo observado por Ramon que está sentado na cama)
RAMON – Você veio aqui para fazer um buraco no meio do meu quarto ou para me mostrar a música?
ANDRÉA – Eu estou nervosa, Ramon. A audição será agora neste Sábado, e eu acho que essa música não irá impressionar a banca.
RAMON – Talvez se você me mostrar eu diga se irá ou não.
ANDRÉA – (caminha até ele, senta-se ao seu lado) Você sabe qual é a música que o Pedro irá cantar?
RAMON – Sei.
ANDRÉA – Então me diz qual é? É internacional?
RAMON – Não. (levanta-se) É nacional mesmo.
ANDRÉA – (se anima um pouco) Nacional? Ué, ele não leu o… (para de falar)
RAMON – Não leu o que?
ANDRÉA – (pensa em contar algo, mas acaba desistindo) Nada. (levanta-se, feliz e tranquila) Quer saber, meu nervosismo passou!
RAMON – Uau.
ANDRÉA – (o empurra novamente em direção a cama, sentando-o) Então, fique aqui paradinho que irei cantar para você.
RAMON – Ok.
ANDRÉA – Quero feedbacks sinceros, viu?!
RAMON – Sempre sou! (sorri. Andréa se afasta um pouco da cama, contínua de frente para ele, solta a música que irá cantar na audição. Ramon presta atenção)

[CENA 11 – HOSPITAL/ SALA DE ESPERA/ TARDE]
(Eduardo chega ao hospital e encontra Otávio sentado em uma das cadeiras chorando)
EDUARDO – Estou aqui, Otávio! (assim que ouve a voz do amigo, Otávio levanta-se e caminha em direção a ela)
OTÁVIO – (o abraça) Minha mãe tá lá dentro já algum tempo e até agora não tenho nenhuma informação dela, Eduardo!
EDUARDO – Calma. Eu vou tentar descobrir o que está acontecendo.
OTÁVIO – Ok. (Eduardo caminha até a recepção, Saulo entra na sala neste momento. Ao ver Otávio em pé na sala, caminha até ele)
SAULO – Oi, filho! Eu estou aqui viu! (tenta abraçá-lo, mas assim que sente o braço dele ao seu redor, Otávio se afasta)
OTÁVIO – (sério) O que você está fazendo aqui? (Eduardo percebe a movimentação, se aproxima dele novamente)
EDUARDO – Tudo bem, Otávio?
OTÁVIO – Esse cara não é para está aqui! (começa a ficar nervoso) Esse cara tem que ir embora! Ele tem que ir embora. (Eduardo tenta acalmá-lo, Saulo apenas o observa)

[CENA 12 – CASA DE ANA/ SALA/ TARDE]
(Ana e Alan estão na sala estudando, ambos sentados no sofá)
ANA – (jogando o livro no sofá) Chega! Se eu ver mais uma formula, eu fico louca.
ALAN – Acho que precisamos de um pequeno intervalo. (fecha o livro e coloca ao lado, se aproxima dela)
ANA – Esse pequeno pode virar um longo intervalo, que acha? (os dois sorriem, se aproximam e se beijam. Alan vai empurrando-a até os dois ficarem completamente deitados no sofá. Campainha toca neste momento) Ahhh… quem será hora dessa?
ALAN – (levanta-se de cima dela sorrindo) Melhor você ir lá ver quem é!
ANA – (levanta-se do sofá) Nem pense em abrir o livro. Estamos no intervalo, hein. (sorri e abre a porta)
GUSTAVO – (olhando para Ana, surpreso) Uau, Ana… você tá uma moça linda!
ANA – Oi, eu te conheço?
GUSTAVO – Talvez você não esteja lembrado de mim. Da última vez que estive no Brasil, você era uma criança ainda. Eu sou o seu tio, Ana! (sorri)
ANA – (surpresa) Meu tio?!

Continua no Capítulo 60…

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