“Uptown Funk”

 

[CENA 01 – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO JANEIRO/ SALA RESERVADA/ DIA]
(Pedro continua em pé olhando para os demais participantes, inclusive para Andréa que continua sorrindo, Elizabeth escreve alguma coisa na ficha dele, em seguida o observa séria. Marlete continua aguardando uma resposta)
MARLETE – Então, Pedro? Você tem preparado alguma outra música para gente? (Pedro fica alguns segundos em silêncio, volta a olhar para Andréa que está confiante, acreditando que Pedro será eliminado)
PEDRO – Eu confesso que não cheguei a ler o edital completamente, se eu tivesse lido não teria perdido o tempo de vocês.
MARLETE – Que é isso, querido. Sem problema.
PEDRO – Eu tenho uma outra música sim. Se vocês me deram mais uma chance, gostaria de recomeçar.
MARLETE – Claro. (senta-se novamente, Pedro olha para Andréa e ver o sorrisinho dela se desmanchando)
PEDRO – Obrigado. (caminha até a banda, informa a música que irá cantar, retorna para o centro da sala. Volta a olhar para Andréa e a ver séria dessa vez, isso o faz sorri. Pedro começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – UPTOWN FUNK (BRUNO MARS)]

This hit, that ice cold 1
Michelle Pfeiffer, that white gold
This one, for them hood girls
Them good girls
Straight masterpieces
Stylin’, while in
Livin’ it up in the city
Got Chucks on with Saint Laurent
Got kiss myself, I’m so pretty

I’m too hot (hot damn)
Call the police and a fireman
I’m too hot (hot damn)
Make a dragon wanna retire, man
I’m too hot (hot damn)
Say my name, you know who I am
I’m too hot (hot damn)
And my band ’bout that money
Break it down

Girls, hit your hallelujah 2
Girls, hit your hallelujah
Girls, hit your hallelujah
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
Saturday night and we in the spot
Don’t believe me, just watch (come on)

Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Hey, hey, hey, oh!

Stop
Wait a minute
Fill my cup, pour some liquor in it 3
Take a sip, sign a check
Julio! Get the stretch!
Ride to Harlem, Hollywood, Jackson, Mississippi
If we show up, we gon’ show out
Smoother than a fresh dry skippy

I’m too hot (hot damn)
Call the police and a fireman
I’m too hot (hot damn)
Make a dragon wanna retire, man
I’m too hot (hot damn)
Say my name, you know who I am
I’m too hot (hot damn)
And my band ’bout that money
Break it down

Girls, hit your hallelujah 4
Girls, hit your hallelujah
Girls, hit your hallelujah
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
‘Cause Uptown Funk gon’ give it to you
Saturday night and we in the spot
Don’t believe me, just watch (come on)

Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Hey, hey, hey, oh!

Do, do, do, do, do, do, do, do, do
Before we leave 5
Lemme tell y’all a lil’ something
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up
I said Uptown Funk you up, Uptown Funk you up
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up

Come on, dance
Jump on it
If you sexy, then flaunt it
If you freaky, then own it
Don’t brag about it, come show me
Come on, dance
Jump on it
If you sexy, then flaunt it
Well, it’s Saturday night and we in the spot

Don’t believe me, just watch 6
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Don’t believe me, just watch
Hey, hey, hey, oh!

Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (say whaa?)
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (come on)
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (say whaa?)
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (come on)

Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (say whaa?)
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (come on)
Uptown Funk you up, Uptown Funk you up (say whaa?)
Uptown Funk you up

1. Pedro começa a música já dançando conforme o ritmo da música, Marlete começa a curtir, anota alguma coisa em seguida. Andréa vendo a desenvoltura do Pedro, irrita-se, desvia seu rosto para não ver sua apresentação .
2. Elizabeth presta atenção em Pedro ao longo da música inteira, e a expressão séria que estava em seu rosto no inicio, desaparece dando lugar a uma expressão de curiosidade. Pedro, vendo que Andréa está incomodada com sua apresentação, começa a andar pela sala, caminha até o pessoal da banda que também estão dançando.
3. Volta para o centro do palco, se aproxima dos jurados, dançando em frente deles, Marlete sorri. Pedro caminha em seguida onde estão os demais candidatos, um se levanta e começa a dançar com ele. Os dois vão para o centro do palco dançando. Elizabeth solta um leve sorriso.
4. Andréa pegou seu celular e finge estar mexendo nele, tudo isso para não prestar atenção em Pedro. O mesmo continua dançando e se divertindo.
5. O cara que acompanhou Pedro volta para onde estava. Sozinho, Pedro caminha até a banda novamente, volta a olhar para Andréa e a ver nem aí para sua apresentação.
6. Pedro retorna para o centro da sala, dança e canta por ali até o final da música. Ao termino, Marlete levanta-se eufórica, batendo palmas.

MARLETE – Parabéns, Pedro! Definitivamente você animou geral.
PEDRO – Obrigado! (Pedro retorna para os candidatos, senta-se ao lado de Andréa, a mesma continua ignorando-o)

[CENA 02 – CASA DE ANA/ SALA/ DIA]
ANA – Ir para Madrid?
JUNIOR – É. Olha… (segura as mãos delas) …mesmo não sendo tão próximo do seu tio, a gente teve uns desentendimentos no passado, eu vou respeitar a decisão que você tomar. Ele é seu tio, irmão da sua mãe. E mesmo não querendo que você viaje com ele, não posso impedir que vocês se aproximem.
ANA – Eu não vou para Madrid. Esse cara pode ser meu tio, mas até um dia atrás eu mal sabia da existência dele. (Junior solta um leve sorriso) Eu não vou viajar com um cara que eu mal conheço, mesmo que seja meu parente.
JUNIOR – Você tem certeza, filha? Eu não quero que você pense que eu vou ficar chateado se você viajar com ele.
ANA – Papai, está decidido. Eu não vou para Madrid. (campainha toca)
JUNIOR – Bom, deve ser ele.
ANA – Que bom. (levanta-se, em direção a porta) Assim poderia dizer na frente dele a minha resposta.
JUNIOR – Espera, filha. (tenta impedi-la de abrir a porta, mas Ana havia chegado primeiro)
GUSTAVO – (sorri, ao ver que foi Ana quem atendeu) Bom dia, querida.
ANA – Bom dia. Meu pai me contou que você quer que eu vá passar as férias em Madrid com você.
GUSTAVO – Imagino que você aceitou?!
ANA – Não. (o sorriso de Gustavo logo desaparece) Eu vou passar as férias aqui com meu pai. (Junior aparece ao lado dela, Gustavo olha para ele sério)

[CENA 03 – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/ CORREDOR/ DIA]
(após todos os 6 candidatos se apresentarem, os mesmos se encontram foram da sala, enquanto a banca seleciona qual candidato vai para a seleção final)
PEDRO – (caminha até Andréa que está mexendo no celular ao lado de um bebedouro) Você sabia que era obrigatório uma música estrangeira?
ANDRÉA – Que diferença faz agora? Você não conseguiu se apresentar.
PEDRO – Percebi que você meio que ficou incomodada por eu ter conseguido encontrar uma música a tempo.
ANDRÉA – Eu? Imagina.
PEDRO – Qual é Andréa? Você sabia esse requisito, você não me contou porque você queria me eliminar.
ANDRÉA – (levanta-se, fica de frente para Pedro) Infelizmente eu não consegui. (caminha até o bebedouro)
PEDRO – Está confessando, então?
ANDRÉA – Estou, Pedro. Eu já sei mesmo que não vou conseguir ir para a próxima fase. Todos adoraram sua música, você ganhou, parabéns.
PEDRO – Eu não ganhei nada, está bem. E sempre deixei claro para você que não estava competindo.
ANDRÉA – Ah, por favor, Pedro. Não me vem com essa história de que você tá aqui só por diversão, que você não está. Você cantou lá dentro foi para valer. Você quer essa vaga tanto quanto qualquer um aqui.
PEDRO – Quer saber porque eu cantei daquela forma? Por que eu vi o jeito que você ficou quando eu quase fui eliminado. Eu vi que ficou feliz e isso me decepcionou. Mesmo que se estivéssemos competindo, eu iria jogar limpo, sempre.
ANDRÉA – Eu preciso dessa vaga, Pedro. Eu preciso ter algo que me faça acreditar que também tenho talento. Se eu falhar aqui novamente, não sei o que farei do meu futuro.
PEDRO – Você não é a única nessa situação, está bem. Mas, se você acredita que não tem mais chance nessa seleção, te desejo boa sorte na busca do que acreditar agora. (se afasta dela, Andréa encosta na parede, pensativa)

[CENA 04 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ DIA]
(Saulo contínua de frente para Otávio, em silêncio)
OTÁVIO – Está aí ainda?
SAULO – Estou. (tenta ser simpático) Posso entrar?
OTÁVIO – Não. Diga logo o que minha mãe disse para você e vá embora.
SAULO – Creio que precisamos conversar. Você precisa de alguém para cuidar de você.
OTÁVIO – Eu não preciso que ninguém cuide de mim, está bem. Sou maior de idade e posso cuidar de mim mesmo.
SAULO – Você é… você é especial, precisa de alguém ao seu lado. Não vai conseguir cuidar dessa casa sendo… (não termina)
OTÁVIO – Cego? É isso que você ia dizer?
SAULO – Filho… vamos conversar. Prometi para sua mãe que cuidaria de você. Acho que chegou a hora de nos acertamos.
OTÁVIO – Lamento, mas está promessa você terá de quebrar. Eu não quero nenhuma aproximação com você. Você mesmo me abandonou, então de que adiantaria criarmos um vínculo agora?
SAULO – Filho…
OTÁVIO – Não me chama de filho! E como estou vendo que você não tem recado nenhum de minha mãe, melhor você ir embora daqui e voltar para a sua família perfeita. (fecha a porta com força e retorna para o sofá, Saulo continua batendo na porta)
SAULO – Filho, abre a porta. Vamos conversar?! Filho… (Otávio senta-se no sofá, coloca as mãos no ouvido) Eu não vou sair daqui até você falar comigo, está me ouvindo? Abre essa porta, filho. Precisamos conversar! (Otávio continua com as mãos no ouvido, tentando ignorá-lo)

[CENA 05 – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO/ SALA RESERVADA/ DIA]
(Marlete está no centro da sala olhando para os seis candidatos. Elizabeth continua sentada, prestando atenção nela)
MARLETE – Todos vocês mandaram muito bem, de verdade. Se pudéssemos, todos vocês teriam passado e iriam para a seleção final em Nova York. Mas infelizmente temos que escolher apenas um candidato. Algo que não foi fácil, ficamos debatendo entre a gente por longos minutos, creio que vocês perceberam pela demora que ficaram lá fora. (ri, alguns alunos também. Pedro e Andréa se entreolham) Mas realmente o nível entre os candidatos só vem aumentando a cada ano. O trabalho no final das contas sobra para nós, jurados que teremos que escolher apenas um. (Elizabeth por algum motivo sorri, Pedro repara) Isso por um lado mostra o quanto nossa academia está ganhando destaque pelo mundo. Isso é bom para nós, para todos nós na verdade. Porque com o passar dos anos temos a oportunidade de conhecer jovens talentosos que sonham em entrar para nossa comunidade acadêmica. É bom vermos este aumento no número de candidatos, isso permite pensarmos até em aumentarmos o número de vagas ofertadas em cada semestre. Enquanto isso não acontece, temos que escolher um para a seleção final. (Elizabeth olha para os candidatos, Andréa abaixa a cabeça, cruza os dedos e começa a torcer) Apesar de não ter sido fácil, o candidato que está aqui foi escolhido pelo o voto majoritário da reitora Elizabeth. Por empate entre as médias obtidas entre dois participantes Pedro Rodrigues e Leila de Oliveira. (olhar para os dois) Parabéns, vocês nos impressionaram aqui na frente. (Pedro e Leila agradecem, Andréa descruza os dedos ao saber de imediato que não conseguiu avançar. Pedro repara que ela ficou arrasada) Empates são comuns nesta fase, por isso nossa queridíssima reitora faz questão de acompanhar cada seleção. Foi o voto dela que colocou o nome do candidato neste papel. (Elizabeth olha para os dois, que fazem o mesmo) Bem, sem mais delongas o candidato que irá para a próxima seleção em Nova York será… (suspense, Laila fecha os olhos e começa a torcer, Pedro repara em Andréa que estava chateada e nem aí para quem ganhasse, volta a prestar atenção em Marlete) Pedro Rodrigues! (bate palmas, Elizabeth e os demais professores da banca levanta-se e bate palmas também. Pedro se levanta, agradece um pouco sem jeito. Repara em Andréa que bate palma com nenhuma empolgação) Parabéns, querido. Te aguardamos em Nova York! (sorri)
PEDRO – Obrigado! (continua parado sendo aplaudido)

[CENA 06 – CASA DE ANA/ SALA/ DIA]
GUSTAVO – (ainda encarando Junior) Pensei que você tinha conversado com ela?
JUNIOR – Eu conversei, só que…
ANA – Meu pai não tem nada a ver com a minha decisão.
GUSTAVO – Olha… eu sei que pode aparecer um pouco assustador, você viajar com migo para um outro país, mesmo sendo seu tio. Mas o fato é que, eu realmente quero criar um vínculo com você. Quero criar algo, que com minha irmã eu não pude.
ANA – Você pode criar isso tudo aqui.
GUSTAVO – Eu não posso ficar muito tempo aqui. Tenho um trabalho em Madrid, tenho amigos, uma vida inteira lá. Te garanto, você irá adorar passar um tempo em Madrid. Por favor, reconsidere?!
ANA – Sinto muito, mas já tomei minha decisão. (Gustavo volta a encarar Junior, finge estar tudo bem)
GUSTAVO – Ok, tudo bem. (ri) Mas também, que ideia maluca que eu tive, né? Chego assim do nada em sua vida e já vou fazendo um convite desse. Você tem razão em não ter aceitado. (fica um curto silêncio entre os três)
JUNIOR – Quer entrar?
GUSTAVO – Não, obrigado. Tenho que resolver algo agora. Só vim saber sobre a sua decisão, Ana. Bem, até mais!
JUNIOR – Até. (saí de casa e assim que se afasta, fica enfurecido) Será que ele aceitou assim tão fácil?
ANA – Me parece que sim. (fecha a porta, retorna para o sofá junto com seu pai)

Anoitecendo…

[CENA 07 – CASA DE OTÁVIO/ COZINHA – NOITE/ NOITE]
(Otávio tenta cozinhar algo, porém como aquilo é algo novo para ele, acaba se atrapalhando um pouco)
OTÁVIO – (leva uma panela com água até o fogão, liga o fogo em seguida. Caminha até a pia, pega o arroz e volta para o fogão, colocando-o dentro da panela. Acaba derramando um pouco) Droga. (joga o que sobrou em cima da mesa, começa a juntar o que foi derramado no fogão, jogando dentro da panela) Você consegue Otávio. (caminha até o armário, pega os demais ingredientes, coloca na panela. Pega alguns temperos que havia cortado na pia e joga também. Passa a mão sobre a panela, sente a água fervendo, decide abaixar um pouco o fogo, tampando-a em seguida. Fica alguns segundos parado ao lado do fogão, caminha até a mesa, senta-se e aguarda. Minutos depois parado no mesmo lugar, Otávio começa a sentir um cheiro de queimado crescendo na cozinha, rapidamente lembra-se que deixou o arroz no fogo. Levanta-se, caminha até o fogão, apaga o fogo na hora) Será que queimou muito? (abre a tampa de uma vez, o vapor quente vai direto para seu rosto) Pelo cheiro, parece que sim. (pega uma colher grande, começa a mexer o arroz. Uma boa parte ficou queimada, outra nem tanto. Desiste de mexer o arroz, joga a colher no fogão, senta-se na cadeira novamente) Droga… isso não vai dar certo! (sente vontade de chorar) Oh, mãe… porque a senhora me deixou?!

[CENA 08 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Andréa está lanchando com Ramon, com uma expressão no rosto nada boa)
RAMON – Eu devia imaginar que você estava aprontando algo.
ANDRÉA – Eu não planejei isso, tá bem. Eu só queria que o Pedro não estivesse participando junto comigo. É obvio que ele canta melhor do que eu. Não bastava ter perdido para a irmãzinha dele, agora isso.
RAMON – Pediu desculpas para ele ao menos?
ANDRÉA – Não. Saí tão arrasada daquela universidade, que nem me liguei para pedir isso.
RAMON – Eu fosse você o procuraria amanhã e pediria desculpa.
ANDRÉA – Eu não. Me humilhar, depois dele ter conseguido ir para última etapa da seleção. Não vou mesmo.
RAMON – Eu não acredito que você vai fazer isso?! Você sabe que foi por causa desse seu orgulho, que quase você me perdeu.
ANDRÉA – Não é orgulho.
RAMON – Ah não?
ANDRÉA – Não, não é.
RAMON – Então é o que?
ANDRÉA – Você não entende, Ramon. Claro que não, acaba de ganhar um programa de música, logo fará shows com sua banda famosinha. Será que você não ver que todo mundo tem alguma coisa aonde se apegar? Enquanto eu continuo aqui, na mesma!
RAMON – E você acha que trapaceando com seus amigos, irá te levar para algum lugar? Eu e o pessoal quebramos a cara muitas vezes, antes de chegarmos até aqui. Você que nos acompanha até o início devia saber mais do que ninguém isso. E mesmo caindo, mesmo perdendo, eram os amigos que estavam lá ao nosso lado.
ANDRÉA – Eu sei, foi mal. É que eu estou com raiva, sabe. Mais uma vez algo que planejei pra minha vida, está sendo roubado de mim.
RAMON – E o que te impedi de planejar algo novo? (Andréa não responde, apenas observa Ramon, pensativa)

[CENA 09 – CASA DE PEDRO/ Q. DE PEDRO/ NOITE]
(Pedro está sentado em sua cama, trocando mensagem com Samuka)
SAMUKA (por mensagem) – “Eu sabia que tu passaria para a próxima fase.” “Te espero aqui em Nova York”
PEDRO (por mensagem) – “Tenho duas semanas ainda, mas qualquer coisa eu te aviso”.
SAMUKA (por mensagem) – “Beleza” “Ah, e me desculpa por não ter ido ver sua apresentação” “Ainda estou tendo aula, e estamos nas avaliações finais do semestre.”
PEDRO (por mensagem) – “Tranquilo, cara” “Sem contar que não tínhamos como imaginar que as audições seriam antecipadas”
SAMUKA (por mensagem) – “Pois é, importa que você avançou. E se tudo der certo estudará com a gente ano que vem!” (Pedro sorri ao ler a mensagem, não responde. Guarda seu celular, levanta-se e sai do quarto feliz)

[CENA 10 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ NOITE]
(após desistir de tentar cozinha, Otávio acaba pedindo uma pizza. Está sentado na sala, aguardando-a)
OTÁVIO – (campainha toca, levanta-se e caminha até a porta) Estava morrendo de fome já. (abre a porta)
EDUARDO – Boa noite, Otávio.
OTÁVIO – Boa noite.
EDUARDO – Aqui está sua pizza. (entrega para ele, Otávio lhe entrega o dinheiro, porém Eduardo não recebe) Não é necessário. Pode deixar essa por minha conta.
OTÁVIO – O que? Não, não posso aceitar isso. Por favor, Edu recebe este dinheiro.
EDUARDO – Já disse, cara. Não será necessário, a pizza já está paga. Deixa esse dinheiro para alguma necessidade. (não tendo outro jeito, Otávio guarda o dinheiro. Eduardo sente um cheirinho estranho) Está tudo bem? Estou sentindo um cheiro de algo queimado?
OTÁVIO – Não é nada demais. Apenas eu que fui tentar cozinhar e acabei queimando o arroz.
EDUARDO – (preocupa-se) Precisar ter cuidado, Otávio. Sei que você costuma fazer várias coisas independentes, mas na cozinha deve-se ter cuidado.
OTÁVIO – Eu sei, aprendi isso hoje. (fica um curto silêncio na sala)
EDUARDO – Bem, preciso ir. Tenho que voltar para pizzaria, encerrar meu expediente.
OTÁVIO – Beleza. (Eduardo observa Otávio por alguns segundos, e ao vê-lo sozinho, preocupa-se)
EDUARDO – Você quer que eu durma aqui?
OTÁVIO – (surpreso com a pergunta) Dormir aqui?
EDUARDO – É, sei lá… talvez você queira alguém para conversar, não sei. Enfim, mas se você não quiser, não quero incomodar.
OTÁVIO – (pensativo por alguns segundos) Se não for problema para você?
EDUARDO – Não, que é isso. Então vou voltar para pizzaria, passar em casa, trocar de roupa e venho para cá.
OTÁVIO – Ok. Quer que eu deixe alguns pedaços de pizza para você?
EDUARDO – Não se preocupa, pode ficar à vontade. Talvez eu traga outra, até. (os dois riem) Vou indo então, até mais.
OTÁVIO – Até. (Eduardo volta para sua moto, monta e vai embora. Otávio fecha a porta, caminha até o sofá, começa a comer)

Amanhecendo…

[CENA 11 – COLÉGIO ESTUDAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Pedro está sentado em um dos bancos, quando Ramon se aproxima dele)
 RAMON – Olha só que vai morar em Nova York ano que vem?! (Pedro levanta-se, o abraça em seguida)
PEDRO – Valeu, cara. Mas ainda preciso passar por uma etapa.
RAMON – Você vai tirar de letra essa.
PEDRO – Ficou sabendo o que a Andréa fez?
RAMON – Ela me contou. Agora eu entendo porque ela sorriu, quando contém a música que você ia cantar.
PEDRO – Ela sabia que eu ia cantar Skank?
RAMON – Sabia. Ela me procurou na noite anterior da audição para que eu a ajudasse na música.
PEDRO – Então realmente ela queria que eu fosse eliminado!
RAMON – Andréa não fez por mal, cara.
PEDRO – Não fez por mal? Desculpa, Ramon… eu sei que ela é sua namorada e tal, que vocês se conhecem a muito tempo, mas o que ela fez foi sujo. Não sei se vou conseguir perdoá-la assim tão fácil. (Ramon ver que Pedro está falando sério)

[CENA 12 – CASA DE ANA/ SALA/ DIA]
(Junior está um pouco atrasado para ir para o trabalho, entra na sala apressado em direção a porta. Ao abri-la dar de cara com Gustavo a sua frente)
JUNIOR – (surpreso) Gustavo?
GUSTAVO – (sério) Precisamos conversar!

Continua no Capítulo 62…

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