“Cadê o Dinheiro que Estava Aqui?

 

[CENA 01 – EMPRESA (SÃO PAULO)/ SALA DE REUNIÃO/ DIA]
KARINA – Então, Felipe. Você pode nós dizer agora, porque essa reunião?
FELIPE – Um dia desses estava comparando os registro desta, com a do Rio de Janeiro e tem algo que não bateu.
KARINA – Como assim?
FELIPE – As contas não bateram. Está faltando dinheiro nos cofres desta empresa. Ou minhas contas estão erradas ou alguém está nos roubando?

[CENA 02 – CASA DO FELIPE/ ESCRITÓRIO/ DIA]
(Viviane e Verônica estão no escritório conversando)
VERÔNICA – Essa mulher pelo menos disse que horas iria vir?
VIVIANE – Não. Mas eu pedi para que ela viesse cedo.
VERÔNICA – E você já pensou o que vai fazer?
VIVIANE – O que mais eu poderia fazer Verônica. Vou ter que aceitar aquela garota na nossa família.
VERÔNICA – Não acredito Viviane?! Você vai permitir que aquela mulher, e a filha dela, consigam pegar uma parte do patrimônio que o Fernando demorou para construir?
VIVIANE – É a única solução, se não ela vai contar tudo para o Felipe. E eu não posso perder meu filho.
VERÔNICA – É, se bem que… por esse lado, melhor dividir com essas duas.

[CENA 03 – EMPRESA (SÃO PAULO)/ SALA DE REUNIÃO/ DIA]
KARINA – Realmente, essas contas não batem.
FELIPE – É o que eu disse. Como elas estão certas, alguém deve está nos roubando!
LUCAS – Mas quem?
FELIPE – Isso é o que eu vim fazer aqui Lucas.
KARINA – Não se preocupa Felipe. Se tiver alguém roubando esta empresa, quero descobri mais do que você agora. Qualquer coisa que você precisar, você pode contar comigo.
FELIPE – No início eu só quero os últimos balanços, dos últimos 5 anos… é o tempo em média, que eu digo que esteja faltando dinheiro nos nossos cofres.
KARINA – Claro, você me ajuda a providenciar tudo isso Lucas.
LUCAS – Claro. (Karina e Lucas se retiram da sala. Lucas, na medida do possível, tenta não demostrar o nervosismo)

[CENA 04 – SHOPPING (TRABALHO DE CARLA/SÃO PAULO)/ DIA]
(Carla está terminando de arrumar uma vitrine, e logo recebe uma mensagem)
MIGUEL – “Essa roupa ficaria linda em você!” (aparece em frente da vitrine) Então é aqui onde você trabalha?
CARLA – Miguel? O que você está fazendo aqui?
MIGUEL – Vim procurar um livro, mas acabei encontrando você. Que horas sai para o almoço?
CARLA – Daqui uma hora, por aí.
MIGUEL – Então vou continuar procurando meu livro, e quando voltar, quero convidá-la para almoçar comigo!
CARLA – Eu não sei. Minha madrinha gosta que a família almoce tudo junto.
MIGUEL – Mas só um dia ela não vai reclamar. E mesmo assim, se você disser que vai almoçar comigo, ela nem vai ligar. Eu vi como ela ficou naquele dia. Sua madrinha gostou de mim.
CARLA – Mesmo assim, não acho que…
MIGUEL – Não vou aceitar não como resposta. Você está me parecendo muito pra baixo. Está precisando de um divertimento. Daqui uma hora venho te buscar. (ele sai, e Carla sorrir observando-o)

[CENA 05 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ COZINHA/ DIA]
ROBERTA – A Carla ainda não chegou?
PAULA – Ela não vem almoçar com a gente hoje.
ROSÁRIO – Ela vai almoçar no serviço?
PAULA – Mais ou menos. Ela vai almoçar com o “amigo” dela.
ROBERTA – Aquele que veio…
PAULA – Este mesmo… (Diego que estava na mesa, ouviu e já fechou a cara) Então, só a veremos à noite.
ROBERTA – É… e ela continua dizendo que são só amigos.
ROSÁRIO – Vai que eles são só amigos mesmo, filha.
ROBERTA – Mamãe, a senhora não conhece esses jovens de hoje. Nesse mato tem sim coelho, e mesmo que não esteja acontecendo nada ainda, vai acontecer.
PAULA – Também acho.

[CENA 06 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Verônica e Viviane estão na sala agora)
VERÔNICA – Parece que essa mulher nos deu um toco.
VIVIANE – Estranho, ontem ela estava tão determinada em resolver logo esse assunto.
VERÔNICA – Essa gentinha só pensa em dinheiro, provavelmente, ela encontrou outra fonte por aí, e esqueceu daqui.
VIVIANE – Não sei. Vai que aconteceu alguma coisa?
VERÔNICA – Agradeça por ela não ter vindo, e que as coisas aqui continuam a mesma. Agora preciso ir amiga, tenho que resolver algumas coisas lá em casa. Mas antes, vou falar com a minha filha.
VIVIANE – Está bem. Ela deve ainda está no quarto. (Verônica sobe até o quarto da filha)

[CENA 07 – EMPRESA (SÃO PAULO)/ SALA DE REUNIÃO/ DIA]
(Karina e Lucas estão com uma pilha de documentos em frente a eles, analisando-os. Enquanto Felipe, está mexendo no computador, procurando alguma pista do tal ladrão)
KARINA – Bem, esses aqui estão tudo certo.
LUCAS – Nas contas também. Tudo bate.
KARINA – E esse trabalho todo meu deu fome.
LUCAS – (olhando para o relógio) Na verdade é hora do almoço já.
KARINA – A gente vai indo almoçar Felipe, você não quer vir?
FELIPE – Não, vou ficar um pouco por aqui.
KARINA – Quer que a gente traga alguma coisa para você?
FELIPE – Não, já acostumei comer só mais tarde.
KARINA – Então tá. Daqui a meia hora a gente volta.
FELIPE – Podem ir, vou continuar aqui.

[CENA 08 – SHOPPING (TRABALHO DE CARLA/ SÃO PAULO)/ DIA]
(Carla está no balcão com o telefone nas mãos, não parando de olhar para a hora)
MIGUEL – (entrando na loja, indo em direção a ela) Então demorei muito?
CARLA – (alegre) Não muito. Onde você que me levar?
MIGUEL – Não se preocupa que vai ser em uma lanchonete bem pertinho daqui. Você não vai se atrasar.
CARLA – Eu só vou avisar aqui para minha gerente, que vou indo.
MIGUEL – Tá, vou está te esperando aqui. (Carla caminha animada até a gerente, e Miguel sorrir)

[CENA 09 – EMPRESA (SÃO PAULO)/ SALA DE REUNIÃO/ DIA]
(Felipe continua mexendo no computador, e mexendo em umas planilhas, e do nada ele começa a pensar em Carla. Recebe uma ligação de Luana, que recusa logo em seguida quando ver quem está ligando. Com a lembrança da Carla perdida, ele volta a ver algumas planilhas)

[CENA 10 – CASA DO FELIPE/ Q. DE FELIPE/ DIA]
LUANA – Não atendeu! Ah Felipe, porque você está fazendo isso comigo.
VERÔNICA – Posso entrar? (batendo na porta)
LUANA – Entra.
VERÔNICA – O que você faz essa hora ainda na cama hein? Você precisa pegar um ar, caminhar, ficar o dia inteiro dentro de casa, pode causar algum problema para criança, e não podemos permitir que algo de ruim aconteça com ela.
LUANA – Eu já estava descendo.
VERÔNICA – Que carinha é essa?
LUANA – O Felipe, cada dia mais está distante de mim. Eu não sei se vou conseguir aguentar esse desprezo dele a vida toda.
VERÔNICA – Oh minha filha, isso será por pouco tempo. Quando essa criança nascer, você restaurar seu corpo, você terá qualquer homem ao redor de seus pés. Nem vai sentir falta do amor do Felipe.
LUANA – Mas eu gosto dele mamãe!
VERÔNICA – Aprenda a gostar de outros.
LUANA – Eu não sou dessas.
VERÔNICA – Também não estou falando disso filha. Eu estou querendo dizer que você poder ter qualquer homem, assim ó… num estalar de dedos.
LUANA – Mas eu não quero qualquer homem.
VERÔNICA – Isso é que você vai me dizer depois que sentir a falta de um homem na cama. Você é nova filha, com os hormônios na flor da pele, não vai aguentar muito tempo, não se sentir amada, tocada por um homem. Ouça bem o que eu estou te dizendo.

[CENA 11 – SHOPPING (LANCHONETE /SÃO PAULO)/ DIA]
MIGUEL – Então, mais um novo lugar?
CARLA – É. Agora eu sei onde almoçar, toda vez que eu estiver atrasada. (ela termina de falar, Miguel começa encarar ela) O que foi?
MIGUEL – Sua carinha já se alegrou um pouco!
CARLA – Talvez sua companhia me faça bem.
MIGUEL – Está vendo, você precisa sair mais comigo.
CARLA – Eu não sei…
MIGUEL – Olha, antes que a gente comece, vamos pedir? Se não seu horário de almoço termina.
CARLA – Verdade.

[CENA 12 – CASA DE MIGUEL (SÃO PAULO)/ SALA/ DIA]
LUCAS – Será que tem alguém roubando a empresa Karina?
KARINA – Eu não sei. Mas realmente, as contas que o Felipe mostrou, não batia de jeito nenhum. O que eu sei, que eu quero descobrir quem está fazendo isso. Tirando dinheiro do império que o meu pai demorou para construir. Isso não vou permitir.
LUCAS – Vamos descobrir quem está fazendo isso amor, relaxa.
KARINA – Vamos, quero voltar logo para empresa, e acompanhar cada detalhe desta busca.
LUCAS – Eu só vou pegar uma pasta lá no meu quarto, e já que vou indo.
KARINA – Então eu te encontro no carro.
LUCAS – Está bem. (Karina sai para fora e Lucas sobe as escadas nervoso e preocupado)

[CENA 13 – CASA DO JUNIOR/ COZINHA/ DIA]
HILDA – Vocês realmente querem fazer esse exame, mesmo eu já tenha falado que vai ser uma menina?
JUNIOR – Ah mamãe, não é que a gente não esteja acreditando na senhora…
JOANA – Eu acredito.
JUNIOR – … Mas vamos lá, pra confirmar o sexo, além de saber se está tudo bem, se não tem nenhuma problema com nossa menina.
HILDA – Essa menina está ótima. Vocês não precisam gastar a economia que vocês fizeram.
JUNIOR – Mamãe, a economia é nossa. Então, deixa… queremos saber como anda nossa menina.
HILDA – Está bem.
JUNIOR – Então a gente vai indo mamãe. Até mais tarde.
HILDA – Até meus filhos.

[CENA 14 – SHOPPING (LANCHONETE/ SÃO PAULO)/ DIA]
(Carla está rindo com Miguel, que esqueceu até o tempo passar)
CARLA – Nossa, olha a hora. Tenho que ir. (levanta da mesa rapidamente)
MIGUEL – Calma, eu te acompanho. (levanta e a segue)
CARLA – Desculpa, mas estou realmente atrasada. A gente marca outro dia para sair de novo. (apressa os passos, em direção ao seu trabalho. Miguel não decide acompanha-la)

[CENA 15 – EMPRESA (SALA DE REUNIÃO/ SÃO PAULO)/ DIA]
KARINA – Alguma novidade?
FELIPE – Nenhuma. Quem está fazendo isso, está fazendo muito bem.
KARINA – Você já almoçou?
FELIPE – Ainda não.
KARINA – Quiser ir comer alguma coisa. Tomamos conta por aqui, qualquer coisa que a gente descobrir, te contamos.
FELIPE – Não se preocupem, estou sem fome.
KARINA – Então tá.
FELIPE – Cadê o Lucas?
KARINA – Está na sala dele. É já que ele vem, ajudar.

[CENA 16 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ DIA]
(Verônica chega em casa e se depara com Bianca na sala, esperando-a)
BIANCA – Demorou, hein! Já estava pensando em ir embora.
VERÔNICA – Mas estou aqui, não?!
BIANCA – E cadê a outra? Pensei que minha conversa fosse com ela.
VERÔNICA – Viviane não pode vir. Então, ela pediu que eu resolvesse.
BIANCA – A minha conversa será com ela. Então, já que ela não pode vir, não tenho o que fazer aqui. (levanta do sofá, e caminha em direção à saída)
VERÔNICA – (entrando na frente dela) Calma, você nem ouviu a minha proposta ainda.
BIANCA – Que proposta?
VERÔNICA – É já que direi. Antes, aceita tomar alguma coisa? Um suco, água…
BIANCA – Um suco, por favor.
VERÔNICA – Por que não volta para o sofá, enquanto vou buscar. (levando-a até o sofá)
BIANCA – Por que não pede para a empregada servir. Ou vai me dizer que não tem empregada?
VERÔNICA – Tenho, mas hoje é o dia de folga dela. Mas, não será trabalho algum trazer o suco. (Bianca se senta) Não demoro. (Verônica vai até a cozinha, enquanto Bianca espera na sala. Na cozinha, Verônica pega a jarra de suco da geladeira e coloca sobre a mesa. Pega dois copos e os enche de suco. Ela retira um pequeno frasco de dentro de sua bolsa, e despeja o conteúdo transparente dentro do suco. Mexe bem, coloca o copo com um pouco distante da bandeja para não se confundir e volta para a sala) Demorei muito?
BIANCA – Não.
VERÔNICA – (coloca a bandeja sobre a mesinha da sala, pega o copo com o conteúdo adicionado ao suco e entrega para ela) Espero que esteja bom de açúcar. (pega o outro copo e senta de frente a ela no sofá)
BIANCA – (toma um gole) Então, qual é a proposta?
VERÔNICA – Calma, não tomamos nem o suco ainda.
BIANCA – Por que estou achando que você está me enrolando?
VERÔNICA – Por que faria isso? Anda, toma o suco e contarei tudo.
BIANCA – Perdendo a paciência já. (toma o suco todo de uma vez) Pronto, tomei o suco. Pode me dizer qual é a proposta?
VERÔNICA – (coloca o copo na bandeja novamente, sorrindo) Não há proposta alguma querida.
BIANCA – Sabia. (levanta) Vou agora mesmo até a casa da outra e contarei tudo para o filho dela. Pensa que vai passar a perna em mim, está muito enganada.
VERÔNICA – Se você chegar viva até lá.
BIANCA – O que você quer dizer isso?
VERÔNICA – Você se acha tão esperta, mas caiu no truque mais velho do mundo.
BIANCA – (pensa um pouco, olha para o copo e finalmente percebeu tudo) O que você colocou em minha bebida?
VERÔNICA – Apenas um remedinho que irá tirar você das nossas vidas para sempre.
BIANCA – (começa a passar mal e cai no sofá) Você me envenenou sua cobra.
VERÔNICA – Você não vai tocar em uma moeda daquele dinheiro. (pega a bolsa dela) Ah, e obrigado por trazer o teste com você. (retira o teste da bolsa e rasga)
BIANCA – (agonizando) Maldita, desgraçada. Minha filha tem direito nessa fortuna.
VERÔNICA – Mas ela não saberá, não sem isso. (joga os pedaços do teste em cima dela)
BIANCA – Cedo ou tarde a verdade irá aparecer. Minha filha vai sentir minha falta, ela virá atrás de mim e descobrirá tudo.
VERÔNICA – Será mesmo? Eu não teria tanta certeza assim. (Bianca continua agonizando, tenta dizer mais alguma coisa, mas, acaba não resistindo) Já não era sem tempo. (o segurança dela entra na sala) Bem na hora, leve o corpo para bem longe daqui e toque fogo. Não quero que sobre nada dessa mulherzinha. (o segurança pega Bianca e a bolsa e sai para rua. Verônica fica na sala, tomando seu suco tranquilamente)

[CENA 17 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ DIA]
(Camila está limpando seu apartamento, quando a campainha toca)
CAMILA – Já vai! Calma, estou indo.
CLÁUDIO – Oi!
CAMILA – Oi. É desculpa, está assim, estou dando uma limpeza no apartamento.
CLÁUDIO – Que pena, vim aqui pensando que você estava disponível para tomar um sorvete comigo?
CAMILA – É, mas não estou.
CLÁUDIO – Você está precisando de ajuda em alguma coisa?
CAMILA – Não precisa. Estou terminando na verdade.
CLÁUDIO – Não parece. (ele dar uma olhada dentro do apartamento da porta) Anda, deixa ajudar, faço qualquer coisa.
CAMILA – Você vai se arrepender em querer fazer isso. (deixa ele entrar) Tem muita coisa pra fazer.
CLÁUDIO – Sem problema. Gosto de trabalho. (isso até certo ponto era verdade, mas Cláudio trabalhou apenas uma vez na vida, e durou apenas três meses… depois disso, viveu apenas na farra) Por onde começo? (Camila sorri, enquanto o levava até a cozinha)

[CENA 18 – CASA DA BEATRIZ/ SALA/ DIA]
(Beatriz chega em casa com um garoto segurando sua mão)
THOMAS – Finalmente você apareceu. Posso saber onde você estava? De quem é esse menino?
BEATRIZ – É meu filho, Thomas. Este é o Samuka, seu sobrinho.

Continua no Capítulo 35…

-‘.’ ”>

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo