“Somos Quem Podemos Ser”

 

[CENA 01 – PIZZARIA/ DIA]
EDUARDO – (o percebe nervoso) Calma, Dácio. Você não prefere entrar, tomar alguma coisa?!
DÁCIO – Não, não quero. Não quero trazer problema para você com sua chefe.
EDUARDO – Então me conta o que está acontecendo? Você não está conseguindo falar com o Daniel, é isso?
DÁCIO – É. Eu mandei mensagem para ele ontem à noite e até agora ele não visualizou. Liguei para ele hoje mais cedo e só caí na caixa postal. Tenho medo de que tenha acontecido alguma coisa. De que o pai dele tenha feito algo, sei lá.
EDUARDO – Será que o pai dele seria capaz de fazer algo com o próprio filho?
DÁCIO – Daquele eu não duvido nada. Por favor, Eduardo. Preciso da sua ajuda.
EDUARDO – O que você quer fazer?
DÁCIO – Eu quero ir até a casa dele. Tem como você me levar até lá?! (Eduardo olha para dentro da pizzaria, repara que a Laila não está no balcão, portanto, ela não o viu chegar)
EDUARDO – Ok, eu te levo lá. (retira sua mochila) Leva pra mim, por favor.
DÁCIO – Sim. (Eduardo sobe na moto, Dácio coloca a mochila na costa, sobe na moto e os dois partem para a casa de Daniel)

[CENA 02 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Alice e Pedro continuam se olhando, ela ainda pensa em sair correndo dali)
PEDRO – Você quer entrar?
ALICE – (se afasta um pouco) Eu não sei… na verdade, nem sei por que vim aqui. (vira-se para ir embora)
PEDRO – Espera. (saí de casa) Acho que eu sei porque você veio aqui. (Alice fica alguns segundos olhando para rua, vira-se para Pedro, pensativa) Entra, precisamos dessa conversa. (Alice caminha até Pedro, entra na casa desviando sua atenção dele. Pedro entra em seguida, fecha a porta e os dois caminham até o sofá)
ALICE – Sua tia está no trabalho?
PEDRO – Está. Ela chegará mais tarde. Senta!
ALICE – Não, obrigada! (caminha pela sala, ver um porta-retrato com uma foto da Carla junto com o Pedro)
PEDRO – Ela é bonita, não é?!
ALICE – É. Como era ela?
PEDRO – (senta-se no sofá, pega o porta-retrato) Minha mãe era uma das mulheres mais guerreiras que eu conheço. Sempre se preocupava com os outros, mesmo quando não estava nos melhores dias.
ALICE – (se aproxima dele) Ela parece ter sido uma boa mãe!
PEDRO – E foi! Tenho certeza que se ela soubesse de você antes, você também perceberia isso.
ALICE – (senta-se ao lado dele) Infelizmente não tivemos a oportunidade de nos conhecer direito. Os únicos momentos que a vi foi no casamento dela com o Miguel e quando vocês foram jantar lá em casa.
PEDRO – Na segunda vez que a gente se viu.
ALICE – (ri) É. (fica um curto silêncio entre os dois, Alice levanta-se) Fico imaginando como seria se tivéssemos crescido juntos.
PEDRO – (levanta-se, coloca o porta-retrato na mesinha e caminha até ela) Acho que teríamos aprontado muito no sítio do meu avô. (os dois riem) Ou possivelmente montado uma dupla e estaríamos cantando por aí.
ALICE – (se aproxima dele) Seriamos um maior sucesso, sem dúvida. (os dois riem, estão bem próximos um do outro, se encaram por alguns segundos) Acho que… (se afasta dele, caminha até o outro lado da sala) …é hora deu ir embora.
PEDRO – Você não quer ver mais fotos da mamãe? (sente-se incomodado ao ouvir isso saindo dele) Nossa, mãe… ainda é estranho pra mim dizer isso.
ALICE – Mas é a verdade, né.
PEDRO – Tenho alguns álbuns de fotografia lá em cima, se você quiser posso pegar para você. Enquanto te amostro as fotos, posso falar mais dela.
ALICE – Tá, pode ser.
PEDRO – Eu não demoro! (sobe para o quarto, Alice caminha até o sofá, senta-se, pega o porta-retrato e o observa)

[CENA 03 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Ivo está sentado com Ramon e os colegas de banda em uma mesa. Ele está passando as agendas dos shows que a banda fará, assim como explicando o contrato que será feito com a gravadora, todos estão empolgados)
IVO – É isso. (entrega vários papeis para eles) Estás são as possíveis datas dos shows que vocês começaram a fazer semestre que vem. Algumas precisam ser confirmados, por isso estão em vermelho ou vazio. E este é a cópia do contrato com a gravadora. Eu peço que vocês leiam com calma, antes de assinar qualquer coisa.
RAMON – Não precisamos ler. Cara, é um contrato com uma gravadora. Teremos nossas músicas gravadas!
IVO – Mesmo assim, sinto mais seguro que vocês lessem. Eu li, fiz algumas observações em algumas cláusulas, mas a decisão será toda de vocês.
RAMON – Está bem. Irei levar para casa, irei ler e amanhã te dou um retorno.
IVO – Quando as datas, preciso que vocês me repassem as datas importantes do colégio de vocês. Tipo datas de provas, de eventos, essas coisas de escola. Quero criar uma agenda direitinho para vocês, para não prejudicar seus desempenhos no colégio.
RAMON – Você é o melhor empresário que a gente poderia ter! Sério, o que você está fazendo com a gente, não sabemos nem como te agradecer.
IVO – Não precisam, gente. Eu já disse, eu gosto de vocês, gosto dessa banda. Quero mais que vocês façam sucesso!
RAMON – Cara, eu vou te abraçar agora. (levanta-se, caminha até ele e o abraça, os demais garotos fazem o mesmo, tornando um abraço em grupo, Ivo sorri)

[CENA 04 – CASA DE DANIEL/ RUA/ DIA]
(Eduardo chega à rua de Daniel, estaciona a moto um pouco longe da casa dele. No mesmo instante que descem da moto, reparam em um garoto correndo do outro lado da rua. Aos poucos que se aproximava, Dácio o reconhece e solta um leve sorriso de alívio)
DÁCIO – (estendendo a mão, grita) Daniel!! (nesse mesmo instante, Daniel olha para o outro lado da rua, e se surpreende ao vê-los. Atravessa a rua e abraça Dácio)
DANIEL – Como vocês…?!
DÁCIO – Viemos te salvar!
DANIEL – Eu consegui fugir. Mas logo devem sentir a minha ausência, melhor sairmos daqui.
DÁCIO – Eu estava tão preocupado com você. Estava imaginando que seu pai tivesse feito algo com você.
EDUARDO – Como você fugiu?
DANIEL – Eu garanto que vou contar tudo para vocês, mas por favor, vamos embora daqui.
DÁCIO – Ok.
EDUARDO – Só tem um problema, gente. Só posso levar um na moto.
DÁCIO – Não se preocupa, Eduardo. Sou muito grato por você ter me trazido aqui, valeu de verdade. (retira a mochila e entrega para ele) Mas, daqui podemos seguir sozinhos.
EDUARDO – Você tem certeza? Eu posso levar o Daniel para algum lugar, depois venho aqui e te busco.
DÁCIO – Não é necessário, a gente vai dar um jeito.
EDUARDO – (coloca a mochila na costa) Bem, sendo assim acho melhor vocês saírem desta rua.
DANIEL – Também acho. (segura na mão de Dácio) Vamos?
DÁCIO – (sorri) Vamos. Obrigado, Eduardo. (saí correndo com Daniel)
EDUARDO – Se cuidem. Qualquer coisa me manda mensagem! (os observa por alguns segundos, monta em sua moto e saí em seguida)

Mais Tarde…

[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ SALA/ TARDE]
(Alice e Pedro estão vendo as fotos de Carla no sofá. Pedro está contando algumas histórias de sua mãe para Alice e estão sorrindo)
PEDRO – Ela me procurou pelo sítio inteiro, sendo que eu estava com o meu avô cuidando dos animais.
ALICE – Custava nada você ter mandado mensagem para ela.
PEDRO – Eu sei, eu sei… no entanto, eu era muito levado naquela época. E também eu gostava de ajudar o vovô.
ALICE – Você não tem vontade de voltar a morar lá?
PEDRO – Confesso que já pensei muito em voltar para Minas. Deixei muitas coisas lá. Amigos, meu avô… (lembra-se de Carol) Mas, atualmente não sei muito bem onde eu pertenço.
ALICE – Como assim?
PEDRO – Não é nada. (fecha um álbum que estava mostrando para ela, levanta-se) Quer comer alguma coisa?
ALICE – (pega seu celular e ver as horas) Nossa, o tempo passou rápido. (levanta-se) Não, obrigada! Acho que realmente agora tenho que ir. Preciso terminar uma música.
PEDRO – Compondo muito?
ALICE – Sim! A gravadora está pedindo ao menos umas 5 novas músicas até o término deste semestre.
PEDRO – Uau!
ALICE – Mas não se preocupa, compor é fácil pra mim.
PEDRO – Eu não duvido. (solta um leve sorriso)
ALICE – (caminha até Pedro) Obrigada por me falar mais sobre a… (não consegue terminar a frase)
PEDRO – A nossa mãe!
ALICE – Isso.
PEDRO – Bem, sempre que você quiser saber mais sobre ela, aqui é o lugar certo.
ALICE – (caminha até a porta, Pedro logo atrás) Pode deixar.
PEDRO – (abre a porta) Já foi matriculada no colégio novo?
ALICE – Meu pai está resolvendo isso. Creio que essa semana mesmo.
PEDRO – Que bom. Se você ficar muito tempo assim, pode acabar te prejudicando.
ALICE – A gente se ver por aí.
PEDRO – Até! (Alice o abraça, os dois sorriem. Se separam, Alice vai embora em seguida. Pedro a observa, em seguida fecha a porta, retornando para a sala)

[CENA 06 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ TARDE]
(Nathaniel e Larissa estão sentados no palco, criando o roteiro para o show especial que será realizado na casa. Ouvem vozes entrando no salão, levantam-se e se surpreendem com quem ver)
NATHANIEL – Meninos?! (desce do palco) O que fazem aqui?
LARISSA – Vocês não vieram para falar daquela história novamente, não né?!
DÁCIO – Não. Dessa vez viemos pedir ajuda! (Larissa e Nathaniel se entreolham, e pelo o estado deles, parece ser sério)

[CENA 07 – CASA DE DANIEL/ Q. DE DANIEL/ TARDE]
(Samuel vai até o quarto do filho, bate na porta)
SAMUEL – Filho? Eu trouxe comida. Você não almoçou, não é bom ficar o dia sem comer assim. (bate na porta novamente) Filho? (encosta o rosto na porta, tentando ouvir algo. Percebe tudo em silêncio e isso o preocupa) Filho, você está aí? (coloca a bandeja no chão, e bate na porta com mais força) Filho!! Abre essa porta agora. Daniel! (tenta força a maçaneta) Filho… (se afasta da porta) …se você não abrir essa porta agora, vou ter que arrombá-la. Vou contar até três. Um… (se afasta um pouco mais) Dois… (mais um pouco) Três! (vai com toda a força em direção a porta, mas não consegue abri-la) Você não me dá outro jeito, filho. (tenta novamente, dessa vez com um pouco mais força. Consegue abrir a porta) Filho? (o procura pelo quarto, ver a janela aberta) Não pode ser! (olha para a rua e ver seu amigo, grita) O Daniel fugiu!
CARA – Fugiu? Como?
SAMUEL – Eu esperava que você tivesse essa resposta.
CARA – Por aqui ele não passou?
SAMUEL – Sério?! Então ele deve ter saído voando. Estou descendo aí! (sai do quarto furioso)

[CENA 08 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE SALETE/ TARDE]
(Daniel e Dácio foram para o quarto de Salete, os três estão sozinhos e contam tudo o que aconteceu para ela)
SALETE – E vocês querem ficar?
DÁCIO – Não temos para onde ir.
DANIEL – Se eu voltar para a pensão de Eduardo, será o primeiro lugar que meu pai me procuraria.
SALETE – Bem, seu pai também já veio aqui com dois policiais, inclusive.
DANIEL – Eu sei, mas ele não virá aqui de imediato. Teremos um tempo até pensarmos para onde ir.
DÁCIO – Por favor, mamãe… eu até podia levá-lo para casa, mas tenho dúvidas se meu pai me apoiaria ou…
DANIEL – Chamaria meu pai!
SALETE – É claro que vocês podem ficar aqui. Mas, por pouco tempo. Como você disse, seu pai talvez não venha te procurar aqui de imediato, mas ele virá.
DÁCIO – Ficaremos por pouco tempo, até pensarmos em algo.
SALETE – Existe um quartinho, é um antigo sótão. Lá deve estar um pouco empoeirado, mas uma arrumadinha dará para vocês ficarem o tempo necessário.
DÁCIO – Obrigado, mãe!
SALETE – (sorri) Você não sabe o quanto fico feliz ao ouvir você me chamar de mãe! (Dácio também solta um leve sorriso) Bem, vou pedir para que algumas meninas arrumem esse quartinho para vocês. Enquanto isso, vamos para a cozinha. Vou preparar algo para vocês comerem, imagino que devam estar com fome.
DANIEL – Pior que estou. Não comi quase nada, hoje.
SALETE – Foi o que eu imaginei. Então vamos, queridos. (caminha até a porta, a abre, os garotos saem e ela vai logo atrás)

Anoitecendo…

[CENA 09 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ NOITE]
(Alice está terminando de compor uma música em seu estúdio, após escrever alguns versos em seu caderno, lembra do que aconteceu hoje mais cedo na casa de Pedro. Lembra das fotografias de Carla, solta um leve sorriso. Felipe bate na porta, entra em seguida)
FELIPE – Licença, filha.
ALICE – Pode entrar.
FELIPE – Compondo ainda?
ALICE – Sim, estou terminando já.
FELIPE – Posso ver depois?
ALICE – Sim, mas só quando estiver pronta.
FELIPE – Ok. Vim para te avisar que já fiz sua transferência de colégio. Amanhã mesmo você pode ir para o colégio.
ALICE – Que bom. (fecha seu caderno, foca-se em seu pai) Eu fui até a casa do Pedro hoje.
FELIPE – Foi?
ALICE – Sim. Fui até lá para falar com a Paula, para que ela me falasse mais sobre a… (não completa)
FELIPE – Sobre sua mãe?
ALICE – É. Ela não estava, então quem acabou me contando foi o Pedro.
FELIPE – Que bom. (segura na mão dela) Fico feliz. E o que você descobriu?
ALICE – (solta da mão de seu pai, foca-se em sua canção) Pouca coisa. Pedro me mostrou algumas fotografias, me contou algumas histórias.
FELIPE – Se você quiser, posso ligar para a Paula e combinar um dia…
ALICE – Não é necessário, pai. Preciso focar nas minhas músicas, a gente pode ver isso em um outro dia.
FELIPE – Está bem então. (a percebe como se tentasse fugir do assunto) Você vai jantar agora?
ALICE – Daqui a pouco.
FELIPE – Não demore muito, sabe como sua avó prioriza os jantares em família. (Alice não responde, Felipe a observa por alguns segundos, em seguida sai do estúdio)

[CENA 10 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ NOITE]
(Nathaniel está com algumas meninas no bar ainda organizando o show especial. A casa não abriu hoje devido estarem organizando este show. Salete, Larissa, Dácio e Daniel estão no palco)
LARISSA – Você também entrou?
DANIEL – Entrei. Recebi o email ontem à noite. (olha para Dácio) Eu iria te ligar, mas nesse momento meu pai entrou no quarto e pegou meu celular.
DÁCIO – Deve ser por isso você não visualizava minhas mensagens enviadas.
DANIEL – Sim. Meu pai quem acabou lendo estas mensagens. Segundo ele, meu celular foi quebrado logo em seguida.
SALETE – Que tipo de pai é capaz de fazer isso com um filho?!
DANIEL – O meu!
LARISSA – Não fique assim, porque quando se trata de pais que não compreendem os filhos, os meus ganham com certeza. (levanta-se) Mas, sempre encontrei uma forma de escape. (caminha até o piano, pega dois microfones, retorna e entrega um para Daniel) Com a música!
DANIEL – (levanta-se) Vamos cantar?
LARISSA – Se você entrou para Sua Canção, certamente porque você deve ter talento. (uma música começa a ser tocada, Larissa começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – SOMOS QUEM PODEMOS SER (ENGENHEIROS DO HAWAI)]

[LARISSA]
Um dia me disseram 1
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção

E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração

A vida imita o vídeo 2
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

[DANIEL]
Um dia me disseram 3
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem essa prisão

E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum

[LARISSA E DANIEL]
A vida imita o vídeo 4
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez

Nós
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

[LARISSA]
Um dia me disseram 5
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção

[LARISSA E DANIEL]
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem

Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

1. Larissa começa a andar pelo o palco, olhando para Daniel que sorri. Nathaniel junto com as meninas ouvem a música, prestam atenção no palco.
2. Daniel se aproxima de Larissa, os dois estão no centro do palco um de frente para o outro.
3. Dácio e Salete continuam sentados no palco, observam os dois cantando. Nathaniel se aproxima um pouco do palco junto com as meninas.
4. Daniel se aproxima de Dácio, caminha pelo palco assim como Larissa. Os dois retornam para o piano novamente e voltam a cantar juntos.
5. Larissa caminha até o centro do palco, olha para todos, sorri. Daniel se aproxima dela assim que começa a cantar, os dois encerram a música e são aplaudidos.

[CENA 11 – PIZZARIA/ NOITE]
(Eduardo chega na pizzaria e encontra uma viatura de polícia parado logo a frente. Imaginando que seja algo relacionado com os garotos, entra no estabelecimento, se aproxima do balcão e reconhece Samuel)
SAMUEL – (indo até Eduardo, sério) Onde está meu filho?
EDUARDO – (tentando se manter calmo) Eu não sei do que você está falando!
SAMUEL – Não se faça de desentendido.
EDUARDO – (continua seguindo até o balcão, retira sua mochila e coloca em cima do banquinho) Eu realmente não sei do que você está falando!
LAILA – Se você sabe onde está o filho desse senhor, diga logo Eduardo. Essa movimentação aqui dentro está espantando os clientes.
EDUARDO – Eu já disse, não sei.
SAMUEL – (caminha até ele furioso) Você está mentindo. Onde está o meu filho? Responde!
EDUARDO – Até onde eu sei, o Daniel estava com você.
SAMUEL – (se aproxima mais) Eu só vou te perguntar só mais essa vez. Se você não me contar agora onde está meu filho, vou ter que mandar meus amigos te prenderem aqui mesmo! (Eduardo o encara)

[CENA 12 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ NOITE]
(Cássia está na sala vendo TV, Regina vem da cozinha a procura de Dácio)
REGINA – Seu primo já chegou?
CÁSSIA – Desde que cheguei, eu não o vi.
REGINA – Será que ele está se escondendo de mim?
CÁSSIA – Ele ainda não marcou com aquela garota?
REGINA – Não. E nem sei se vai marcar. (Horácio chega em casa)
HORÁCIO – Boa noite, família.
REGINA – Boa noite, irmão. Você viu o Dácio?
HORÁCIO – O Dácio não está em casa?
REGINA – Não.
CÁSSIA – Para a falar a verdade, eu não vi se o Dácio voltou do colégio.
HORÁCIO – Estranho. (pega seu celular e liga para ele, que chama até cair na caixa postal) Ele não está atendendo.
REGINA – Ele deve estar na casa de algum amigo, sei lá.
HORÁCIO – Sem avisar? O Dácio não é assim, ele avisaria.
REGINA – Bem, quando ele aparecer digam que quero falar com ele. (retorna para a cozinha, Horácio continua em pé na sala tentando falar com o filho, Cássia continua vendo TV, despreocupada)

Contínua no Capítulo 56…

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