“És o Caminho Que Eu Decidi Trilhar”

 

[CENA 01 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Luana contínua beijando Felipe. Sem entender o que estava acontecendo, Felipe a empurra e se afasta dela)
FELIPE – Pensei que tínhamos terminado?
LUANA – Não acho bom terminarmos assim, dessa maneira… (se aproxima dele sensualmente)
FELIPE – Esse não é o momento para falarmos da nossa relação. Estou recebendo meus amigos.
LUANA – (chateada) Se você quer assim? Bem, vou indo. O Felipe é todo de vocês. (pega sua bolsa e vai embora)
ADRIANO – Brigaram?
FELIPE – Não sei e também não quero falar disso. Então o que vocês vieram fazer aqui?
ROBERTO – Viemos ver se o nosso irmão estava precisando de alguma coisa?
FELIPE – Valeu. Precisava mesmo conversar com vocês. Eu não fui um bom filho. Sempre o desafiei, sempre o contrariava… nunca tentei aproximar a nossa relação de pai e filho. Eu só dê aborrecimentos, que o levou a … (não termina)
ROBERTO – A culpa não é sua cara. Isso acontece, uma hora estamos aqui fortes e na outra, já não estamos mais.
FELIPE – Mas eu podia ter evitado.
SÉRGIO – Como? Você não podia impedir a morte de levá-lo!
FELIPE – Talvez não, mas poderia ter tentado. Mas na verdade, o que quero falar com vocês é que… vou sair da banda.
ADRIANO – Sair da banda?!
ROBERTO – Tem certeza, Felipe? A banda é o seu sonho…
FELIPE – Mas não é o que meu pai queria.
ADRIANO – Desculpa, pelo o que eu vou dizer agora, mas cara… seu pai queria que você fosse que nem ele. Um cara focado no trabalho, sério, que não liga para a família, amigos… E você não é assim.
SÉRGIO – Seu sonho é aquela banda, Felipe.
FELIPE – Me diga, quantos shows já fizemos?
ROBERTO – Nenhum, mas, temos uma marcado para daqui uma semana.
FELIPE – Quantos Cd’s já lançamos? Se alguma vez, uma musica nossa tocou na rádio?
ADRIANO – Nenhuma dessas coisas aconteceu, mas vai acontecer um dia…
FELIPE – Não vai, Adriano. O meu pai tinha razão. Música não dar dinheiro. E eu já tomei minha decisão, não será vocês que vão me fazer muda-la.
ADRIANO – Sabemos que você está sofrendo, a dor que deve está sentindo, por isso, não vamos desistir assim tão fácil. Vamos continuar na banda. Mesmo sem você lá. E também não iremos desmarcar o nosso primeiro show.
FELIPE – Façam o que quiserem. Minha decisão é essa. Eu nunca o obedeci, preciso realizar a ultima vontade dele agora.
ROBERTO – Vamos respeitar a sua vontade, cara. Temos que ir agora, né pessoal? (Felipe acompanha seus amigos até a porta) Se cuida irmão. (todos saem, Felipe fecha a porta e volta para o quarto. Fecha a porta do quarto na chave e se deita na cama. Começa a lembrar da noite que passou com a Carla)

[CENA 02 – RODOVIÁRIA/ DENTRO DO ÔNIBUS/ DIA]
(Carla que já está no ônibus indo para São Paulo, também pensa Felipe)
PAULA – O que está pensando? (interrompendo seu pensamento)
CARLA – Em nada. (Carla olha para a janela do ônibus e Paula verifica se seu cinto está colocado corretamente. O ônibus começa a sair, rumo a uma nova vida para elas duas)

[CENA 03 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa e fecha à porta com força. Sua mãe que estava na sala, repara que a visita não foi nada bem)
LUANA – Satisfeita mamãe? Fui lá e levei outro pé na bunda do Felipe. Então era o que a senhora queria?
VERÔNICA – Como assim? Vocês brigaram, foi isso?
LUANA – Não, simplesmente ele quis ficar com os amiguinhos dele que estavam lá, do que querer falar do nosso relacionamento.
VERÔNICA – A gente não pode perder essa fortuna, Luana. Você tem que ir lá agora, reconquista o Felipe custe o que custa.
LUANA – Eu não quero mais mamãe. Estou cansada já de ser deixada de escanteio!
VERÔNICA – Você não vai desistir, já chegamos até aqui e vamos até o fim.
LUANA – Mas o que eu posso fazer se ele não me ama mais, mamãe?
VERÔNICA – Eu não sei, devo pensar. O que você não pode é deixar o que ele sente por você acabar.
LUANA – Nem sei se ele ainda sente algo por mim.
VERÔNICA – Hoje iremos jantar na casa dele.
LUANA – É o que?
VERÔNICA – Isso que você ouviu.
LUANA – A senhora está brincando, né?
VERÔNICA – Tenho cara de quem anda brincando, Luana?
LUANA – A senhora não pode está falando sério? Eu acabei de levar um fora e a senhora quer que eu vá jantar com ele hoje?
VERÔNICA – Sim, já que você não tem capacidade suficiente de retomar um noivado com um idiota que nem o Felipe, eu devo fazer isso por você!
LUANA – O que a senhora está pensando?
VERÔNICA – A noite você verá. E trate de vestir uma roupa bem bonita, que hoje, garanto o nosso futuro.

[CENA 04 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(todos chegam ao apartamento. Sérgio está com a cara fechada, por ver Felipe e Luana se beijando. Roberto e Adriano decepcionados pelas a atitude do amigo)
ADRIANO – Não acredito que o Felipe, fez isso com a gente!
ROBERTO – Temos que entender o lado dele também, pessoal. Ele perdeu pai não tem pouco tempo, está se sentido cultpado…
ADRIANO – Eu entendo, sei como é perder um pai. Mas, o Felipe sabe como era o pai dele. Não acredito que ele vai querer ter essa vida.
ROBERTO – O que você acha, Sérgio?
SÉRGIO – (sério) Felipe é adulto, sabe muito bem o que quer pra vida dele. (vai para o quarto)
ADRIANO – Ué, o que deu nele?

[CENA 05 – PRAIA/ DIA]
(Vitoria está mexendo em seu celular, quando Fernanda não para de babá por seu primo, que havia indo até a barraca comprar algo para beber. Na volta, ela disfarça e olha para o mar)
CLÁUDIO – Então meninas, vocês querem ir?
VITORIA – Se a Fernanda quiser ir, pra mim tanto faz!
CLÁUDIO – Já quer ir Fernanda? (senta ao lado dela)
FERNANDA – Você que sabe?
CLÁUDIO – Então tá. Vou dar um ultimo mergulho e volto pra irmos.
FERNANDA – Claro.
CLÁUDIO – Não demoro! (levanta, vai correndo para o mar e Fernanda volta a olhar para o primo)
VITORIA – Tem certeza que você é minha irmã?
FERNANDA – Já vai começar?
VITORIA – Chega em cima dele, antes que você perca ele pra outra. (aponta para o Cláudio conversando com outras duas garotas)
FERNANDA – Cláudio é nosso primo, só isso.
VITORIA – Então tá, depois não vem se lamentar aqui perto de mim, que te deixo falando sozinha.

[CENA 06 – CASA DA LUANA/ SALA – Q. DO CLÁUDIO/ TARDE]
(após o ultimo mergulho, e ter conseguido o telefone de duas meninas na praia, Cláudio chega em casa com suas primas)
CLÁUDIO – Chegamos meninas, agora me desculpem, vou ter que deixar vocês sozinhas, vou tomar um banho e tirar essa areia do corpo.
VITORIA – Claro. (Cláudio sobe para o quarto) A casa está um silêncio, será que não tem ninguém?
FERNANDA – Eu não sei. Eu vou para o quarto, tomar um banho também!
VITORIA – Pode ir, eu vou depois. (Vitoria vai para cozinha reparar se sua tia estava lá, enquanto Fernanda sobe para o quarto. No caminho, repara que a porta do quarto do Cláudio está aberta e decide entrar. Vendo que o chuveiro está ligado, pensou que já estava no banho. Ela ver a camiseta dele em cima da cama, pega e sente seu cheiro. Nesse momento, Cláudio sai do banheiro, apenas de toalha)
CLÁUDIO – (surpreso) Fernanda? O que você está fazendo aqui?

[CENA 07 – LANCHONETE/ TARDE]
(Adriana entra na lanchonete, senta a primeira mesa que ver e logo é atendida por Junior)
JUNIOR – Boa tarde. O que você vai querer?
ADRIANA – Seu telefone, se puder.
JUNIOR – É o que? (olha para ela) Ah sim, estou lembrando de você! Você não veio aqui dias atrás com uma amiga sua?
ADRIANA – Nossa, conseguiu lembrar de mim?
JUNIOR – Seria difícil esquecer um rosto que nem o seu!
ADRIANA – Isso é um elogio?
JUNIOR – Quem sabe? (rir) Mas não posso ficar batendo papo com os clientes. (disfaça anotando alguma coisa no bloquinho)
ADRIANA – Que horas acaba seu expediente?
JUNIOR – Demorar um pouco!
ADRIANA – E vai fazer alguma coisa depois de sair daqui?
JUNIOR – Não, por quê?
ADRIANA – Eu conheço uma boate bem perto daqui e estava afim de ir lá hoje. Só que como você não me ligou…
JUNIOR – É que não sabia se você tinha me dado o seu numero de verdade.
ADRIANA – Sei, enfim… não tenho companhia, quem sabe, eu e você, não podíamos ir juntos lá?
JUNIOR – Você está me convidando pra ir a uma balada junto com você, é isso?
ADRIANA – Você aceita?
JUNIOR – Você deve ser bem pirada mesmo. (rir)
ADRIANA – É o seguinte, estou vendo que você está preocupado se o gerente te pega aqui conversando comigo. Então vamos fazer assim, aqui está o dinheiro do sorvete e na hora que eu pedir a conta, junto com o dinheiro, dou meu telefone novamente, por precaução de você ter perdido aquele e quando você sair, você me liga e me diz se topa ou não sair comigo?
JUNIOR – Você é bem doida mesmo! (rir e fingi anotar alguma coisa no bloco) Que sorvete você vai querer?

[CENA 08 – CASA DA LUANA/ Q. DO CLÁUDIO – CORREDOR/ TARDE]
CLÁUDIO – Então, o que está fazendo no meu quarto?
FERNANDA – É que… (joga a camisa em cima da cama) eu estava indo para o meu quarto e vi que a porta do seu estava aberta, bati e você não respondeu…  decidi entrar e vi que sua camisa estava aqui em cima da cama e fui reparar se estava fedendo ou suja, pra coloca-la para lavar, é isso!
CLÁUDIO – Só isso.
FERNANDA – É, já estava saindo mesmo. (caminha até à porta envergonhada)
CLÁUDIO – Que é isso, pode ficar a vontade. Só que tenha cuidado na próxima vez que entrar no meu quarto sem me avisar. Talvez você me encontre sem nada na próxima.
FERNANDA – Ah claro, estou indo. Tchau.
CLÁUDIO – Tchau. (Fernanda sai envergonhada) Essa minha prima é doidinha mesmo, mudou nada quando criança. (lá fora, Fernanda esbarra em Vitoria)
VITORIA – O que você estava fazendo no quarto do Cláudio?
FERNANDA – Confundi as portas dos quartos e entrei sem querer!
VITORIA – Sei, parece que você viu alguma coisa ai dentro que te deixou nervosa? O que houve aí dentro?
FERNANDA – Nada Vitoria, deixa eu passar, quero tirar essa roupa cheia de areia.
VITORIA – Calma. (Fernanda deixa a irmã no corredor e vai para seu quarto) Aconteceu alguma coisa entre esses dois. Depois diz que não queria nada né maninha!

Anoitecendo…

[CENA 09 – CASA DO FELIPE/ SALA – Q. DO FELIPE/ NOITE]
(Luana e Verônica chegam a casa de Felipe)
VIVIANE – Verônica, que surpresa. Vocês não avisaram que viriam? (descendo as escadas)
VERÔNICA – Oh amiga, viemos ver como é que vocês estão? (Verônica dar um abraço em Viviane e olha para Luana, dando sinal para que ela fosse atrás de Felipe. Não tendo escolha, sai de mansinho, sobe pelas escadas e vai até o quarto do rapaz)
LUANA – Com licença, Felipe? (bate na porta) Está aí? Estou entrando. (ela entra e repara que o chuveiro está ligado. Decide esperar ele sair do banho, então senta na cama. Neste momento Felipe sai do banho, só que sem toalha)
FELIPE – Luana? O que está fazendo aqui? (procura algo para se cobrir)
LUANA – Nossa, não sabia que você costuma andar pelado em seu quarto?
FELIPE – Como você entrou aqui?
LUANA – Relaxa amor, não há nada aí que eu já não tenha visto.
FELIPE – Você ainda não me respondeu. Como entrou aqui?
LUANA – Pelo mesmo caminho que você me trazia quando estávamos juntos. (se aproximando dele)
FELIPE – Só que a gente não estar mais juntos, então não lhe dar direito de invadir meu quarto dessa maneira. (evita ela) Agora se não for pedir muito, será que podia sair do meu quarto quando coloco uma roupa.
LUANA – Estou lá embaixo te esperando. (Luana sai do quarto e encontra o Paulo no corredor)
PAULO – Luana, o que você estava fazendo no quarto do meu irmão?
LUANA – Infelizmente nada. (desce pra sala. Paulo logo atrás dela. Minutos depois Felipe também desce pra sala)
VERÔNICA – Olha só quem vem descendo. (ela se levanta e caminha até Felipe para lhe dar um abraço) Meu genro, como é que você está hein?
FELIPE – Bem.
VERÔNICA – Que bom, já falou com a Luana hoje?
FELIPE – Já sim, ela estava minutos antes, lá no meu quarto.
VIVIANE – E o que você estava fazendo no quarto do Felipe, Luana?
VERÔNICA – Oras Viviane, vai dizer que você não sabe o que dois apaixonados fazem no quarto sozinhos?
LUANA – Mamãe, não seja indiscreta.
FELIPE – Indiscreta porque, já que não teve nada lá em cima.
EMPREGADA – (entrando na sala) Posso servir o jantar?
VIVIANE – Pode sim, querida. Então, vamos para mesa pessoal?
VERÔNICA – Vamos, que temos uma novidade para este jantar.
LUANA – Temos mamãe?
VERÔNICA – Temos. Vamos todos, que daqui a pouco contarei. (todos caminham até a cozinha, assim como a família de Felipe ficaram curiosos com a tal novidade, Luana ficou mais curiosa ainda)

[CENA 10 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ NOITE]
(Adriana sai do quarto toda arrumada. Chegando na sala, Camila repara e sua desconfiança de que ela tem um namorado aumenta)
CAMILA – Vai sair de novo?
ADRIANA – Vou dar uma volta.
CAMILA – Com quem?
ADRIANA – Não sabia que você era minha mãe agora pra ficar querendo saber com quem saio ou pra onde vou?
CAMILA – Só não esquece que tem aula amanha viu.
ADRIANA – Pode deixar, vou chegar cedo! (ela fica andando na sala de um lado para o outro, olhado direto pro celular)
CAMILA – O que você está esperando?
ADRIANA – Nada, na verdade estou esperando… (telefone toca) Olha é ele! Oi, pensei que não ia ligar? Você vai então?! Eu já estou pronta, só falar onde podemos nos encontrar? Na lanchonete. Ok então, estou indo pra lá. Tchau, beijo. (desliga e sai sem se despedir de Camila)

[CENA 11 – CASA DO FELIPE/ COZINHA/ NOITE]
VIVIANE – É… não é querendo ser curiosa, mas que novidade é essa que vocês tem pra contar pra gente?
FELIPE – Eu também estou querendo saber!
LUANA – (diz baixinho) Até eu…
VERÔNICA – Bom, tava querendo deixar pra falar mais tarde, mas como todos aqui estão morrendo de curiosidade, vou falar.
FELIPE – Então fala, queremos saber.
VERÔNICA – Bem, talvez não seja o momento mais adequado para se dar uma notícia dessas, depois do ocorrido, mas acho que ela vai trazer um pouco de felicidade pra essa casa.
VIVIANE – Agora fiquei curiosa?
VERÔNICA – É, na verdade… não  é certeza ainda, mas… Você e eu, Viviane… vamos ser avós!
FELIPE – (surpreso) O que?
VERÔNICA – A Luana está grávida e você é o pai, Felipe.
FELIPE – Eu acho que não entendi muito bem?
VERÔNICA – A Luana está grávida e o pai é você, Felipe!
VIVIANE – Isso é verdade, Luana?
LUANA – Bem… (olhando para sua mãe sem saber o que fazer)
FELIPE – Claro que não. A gente sempre se preveniu, não tem como isso ter acontecido.
VERÔNICA – Claro que tem, Felipe. Esses métodos de prevenção nem sempre são 100% seguros. Em uma falha, pode resulta em uma gravidez inesperada… e agora, minha filhinha, vai ser mamãe. A gente vai ser vovô Viviane!
VIVIANE – Bem, se isso é verdade… (se levanta e abraça a Luana) Parabéns, filha. Essa criança será muito bem recebida.
PAULO – Então quer dizer que eu vou ser titio? Gostei disso!
FELIPE – Ainda não estou acreditando nisso.
VERÔNICA – Como assim? Você não acredita na nossa palavra, Felipe?
FELIPE – Não, por isso que eu quero que você faça um teste de laboratório, Luana.
VERÔNICA – Não estou acreditando nisso?
VIVIANE – Porque Verônica? Se a Luana acha que realmente está grávida, o normal é ela fazer o teste para comprovar.
FELIPE – Se no teste confirmar que você realmente está grávida, aí a gente ver o que faremos depois.
VERÔNICA – Como o que vocês farão depois? O certo é você retomar o noivado com minha filha e não deixar ela ser uma mãe solteira e mal falada por aí.
FELIPE – Que mal falada? Hoje em dia ninguém liga mais para isso. Tantas mulheres por aí são mães solteiras.
VIVIANE – Realmente filho, se a Luana estiver grávida e você for o pai dessa criança, você vai ter que assumir.
FELIPE – Depois que eu ver o teste comprovando essa gravidez, a gente, somente eu e você Luana e mais ninguém, resolveremos o que fazer depois.
VERÔNICA – Não pensa que você vai fugir das suas responsabilidades Felipe, a Luana é minha filha…
LUANA – Mamãe… (interrompe) …o Felipe está certo. Eu vou fazer o teste e isso a gente vai resolver sozinhos, apenas nos dois e ninguém mais.
VERÔNICA – Mas filha, eu só…
LUANA – Mamãe, deixa que eu e o Felipe resolvemos.
FELIPE – Vou aguarda o teste, aí você me procura. Agora, se vocês me dão licença, vou para o meu quarto. (Felipe se retira da mesa e sobe para o quarto. Luana demonstra não está preocupada, enquanto Verônica está um pouco chateada com a atitude que a filha tomou ali)

[CENA 12 – LANCHONETE/ NOITE]
(Junior está do lado de fora da lanchonete, esperando por Adriana. Ela demora um pouco a chegar. Ele fica direto olhando para o celular, acreditando que a moça tenha dado um toco nele. Ele pensa em desistir, mas antes de fazer isso, Adriana aparece)
ADRIANA – Oi, desculpa a demora.
JUNIOR – Oi, sem problema.
ADRIANA – Pensei que você não fosse me ligar?
JUNIOR – Devo confessar, realmente fiquei com dúvida, se ligava ou não.
ADRIANA – Por quê?
JUNIOR – Sei lá, vai que você estava apenas brincando comigo.
ADRIANA – Eu estou aqui não estou, então?
JUNIOR – Onde vamos?
ADRIANA – Numa boate aqui perto.
JUNIOR – Vou logo dizendo que tenho que voltar cedo. Tenho que trabalhar amanha.
ADRIANA – Não precisa explicar, vamos só aproveitar à noite. (ela se aproxima dele e o beija, ele retribui)
JUNIOR – Sendo assim, vamos onde você quiser.

[CENA 13 – CASA DA LUANA/ SALA – Q. DA LUANA/ NOITE]
(Luana e Verônica chegam em casa. Luana veio na frente chateada e vai direto para seu quarto)
VERÔNICA – Luana, volta aqui! Luana? (coloca sua bolsa em cima do sofá e vai atrás da filha) Você tem que me explicar que palhaçada foi aquela, Luana.
[NO QUARTO]
LUANA – A senhora que me devia explicar que história é esse de eu estar grávida? (senta na cama tirando os sapatos)
VERÔNICA – Esse foi o único jeito que encontrei de retomar seu noivado.
LUANA – Eu sei, mas a senhora poderia pelo menos ter me contado. Pelo menos me preparar para isso.
VERÔNICA – E eu posso saber porque você ficou do lado do Felipe, nessa história de teste?
LUANA – A senhora viu a reação do Felipe? Duvidou da gente e o pior que ele está certo, eu não estou grávida.  Não sei pra que a senhora inventou esta historia. Na hora que eu fizer o teste, vão descobrir tudo e tchau fortuna.
VERÔNICA – Você bem que poderei ter seduzido ele, na hora que você foi para o quarto e terem indo para cama. Mas nem isso você sabe fazer. Mas calma, não teria inventado uma historia dessas se não soubesse o que fazer.
LUANA – O que a senhora está pensando em fazer?
VERÔNICA – Na hora certa você vai saber. Agora, você vai fazer o que aquele moleque quer, vamos ao laboratório e você vai fazer o teste.

[CENA 14 – BOATE/ NOITE]
(Adriana e Junior estão na pista dançando. Ela está mais animada que ele. Para animá-lo, Adriana se aproxima dele e o beija)
ADRIANA – (dizendo no ouvido dele) Quer beber alguma coisa?
JUNIOR – Uma água pode ser?
ADRIANA – Sério? Não, vou te trazer algo melhor.
JUNIOR – O que?
ADRIANA – Surpresa. (beija ele) Procura uma mesa aí pra gente. Vou lá buscar umas bebidas, ok?
JUNIOR – OK. (se beijam novamente. Adriana vai para o bar e Junior procura por uma mesa vaga)

[CENA 15 – CASA DO FELIPE/ Q. DO FELIPE/ NOITE]
(Felipe está deitado com seu violão nas mãos. Ele toca algumas notas, depois para e coloca o violão ao lado. Ele pensa novamente em Carla, quando é interrompido pelo irmão)
PAULO – Acordado ainda? (bate na porta) Posso entrar?
FELIPE – Pode, estou sem sono.
PAULO – Imagino, com essa possibilidade da Luana está grávida! (senta ao lado dele)
FELIPE – Eu não sei o que vou fazer se esse teste der positivo. Eu não sinto mais nada por ela, na verdade, acho que gosto de outra!
PAULO – Quem?
FELIPE – Uma garota que conheci numa festa, na ultima vez que sai de casa.
PAULO – Qual é o nome dela?
FELIPE – Carla e não me pergunte mais nada, que o que eu sei dela, é só o nome.
PAULO – Serio? Você está apaixonado por uma garota que só sabe o nome! (rir)
FELIPE – Pior que é isso mesmo. (se levanta e vai guardar seu violão) Tanta coisa acontecendo, que estou confuso demais.
PAULO – Sabe que pode contar comigo. Sou o irmão mais novo, mas posso ajudar em alguma coisa.
FELIPE – Tem uma coisa que você pode fazer, pra me ajudar! Cuidar da mamãe. Ela vai precisar muito de você.
PAULO – Porque você está falando isso? Você não vai embora de casa, né?
FELIPE – Não! Mas vou a um lugar amanha, resolver um assunto, que se der certo…
PAULO – Você não pode pensar em abandonar a mamãe dessa maneira, no estado que ela está?
FELIPE – Eu não sei ainda o que vou fazer, Paulo! Mas quero que você prometa pra mim, que vai sempre está ao lado dela.
PAULO – Talvez o papai estava certo, você não está nem aí pra gente.
FELIPE – Não diga isso, eu me preocupo muito com você e com a mamãe.
PAULO – Quem garante? (se levanta da cama)
FELIPE – Eu garanto! O que eu quero é que você cuide da nossa mãe. Será que você pode fazer isso por mim?
PAULO – Vou, já que você não consegue fazer isso, né! (ele sai do quarto deixando Felipe falando sozinho)
FELIPE – Paulo? Paulo vem cá. Vamos conversar, Paulo?

[CENA 16 – BOATE/ NOITE]
(Adriana procura Junior pela boate. Ele a ver primeiro e faz sinal para que ela o veja. O encontrando, Adriana vai até a mesa com duas bebidas nas mãos)
ADRIANA – Toma, bebe. (coloca um copo na mesa e o outro entrega para ela)
JUNIOR – O que é isso?
ADRIANA – Bebe, que você vai gostar. (ele olha pra bebida, olha pra ela, fica com um certo receio, mas bebe) O que achou?
JUNIOR – Eita, é forte né.
ADRIANA – É, vem, vamos dançar. (puxa ele para a pista)
JUNIOR – Mas a gente mal sentou.
ADRIANA – Qual é, deixa de reclamar e aproveita. Vem logo. (os dois voltam para pista. Adriana continua animada, e dessa vez, com a bebida Junior começa a se animar também)
ADRIANA – Você não me disse que dançava tão bem assim.
JUNIOR – E não danço, talvez seja você que libertou isso em mim. (os dois se beijam)
ADRIANA – Além de um bom dançarino, beija bem!
JUNIOR – Você é muito bonita, viu?
ADRIANA – Xii… (ela se afasta)
JUNIOR – O que foi?
ADRIANA – Olha aqui gatinho, a gente não vai namorar, só estamos ficando, só isso.
JUNIOR – Não diga o que você não sabe. Como você disse, vamos aproveitar à noite. (ele a puxa pela cintura e a beija)

Amanhecendo…

[CENA 17 – CASA DO FELIPE/ DIA]
(Felipe é o primeiro a acordar. Ele vai até o quarto de sua mãe, abre a porta, mas não entra, apenas confere se ela está dormindo. Fecha a porta e desce pra sala. Confere se não tem ninguém acordado e sai para rua)

[CENA 18 – CASA DA LUANA/ DIA]
(Luana e Verônica também acordam cedo, vão em um laboratório fazer o teste.)

[CENA 19 – APARTAMENTO DA CAMILA/ COZINHA/ DIA]
(Joana está na cozinha tomando seu café da manhã, quando Adriana entra)
JOANA – Chegou cedo ontem. A noite não foi boa?
ADRIANA – Foi, o problema é que o meu acompanhante é certinho demais e tem que trabalhar cedo.
JOANA – Então, ele te deixou sozinha na balada?
ADRIANA – Não, a gente veio junto. Ele me deixou aqui em baixo e foi embora pra casa dele.
JOANA – Mas… vocês ficaram?
ADRIANA – Ficamos, devo confessar uma coisa, ele beija super bem. Mas porque essas perguntas todas?
JOANA – Nada não, só saber.
CAMILA – Bom dia, meninas. (entrando na cozinha com a mochila já nas costas) Não vou tomar café, porque estou indo na casa da Carla, ver como é que ela deixou as coisas por lá. Tchau pra vocês! (vai para porta apressada)
JOANA – Tchau!
ADRIANA – Tchau! (Camila vai embora e Joana continua curiosa)
JOANA – Vocês vão sair de novo?
ADRIANA – Não, eu não repito os mesmo erros, por mais que eles beijem bem.
JOANA – Mas e se ele te procurar, querendo sair de novo?
ADRIANA – Eu invento uma desculpa, qualquer coisa… O que rolou ontem ficou ontem. Você me conhece, não sou de ficar com o mesmo cara muito tempo. Acabou o interrogatório? Posso tomar meu café em paz agora?
JOANA – A vontade, vou pegar minha bolsa. (coloca sua xícara e prato em cima da pia e vai para o quarto)

[CENA 20 – CASA DO JUNIOR/ COZINHA/ DIA]
(Hilda está tomando seu café da manhã, quando Junior entra)
HILDA – Bom dia meu filho.
JUNIOR – Bom dia mamãe.
HILDA – Como foi à noite ontem?
JUNIOR – Foi boa, acho que estou gostando daquela garota.
HILDA – Eu disse que ela já estava em seu destino!
JUNIOR – Eu não sei. Mas que eu quero ela comigo, isso eu quero.
HILDA – Parece que alguém está apaixonado aqui?
JUNIOR – Parece que a senhora acertou de novo. (dar um abraço nela, depois caminha até a porta)
HILDA – Não vai comer nada filho?
JUNIOR – Não, estou sem fome. Tenha um bom dia mãe!
HILDA – Bom dia pra você também filho.

[CENA 22 – LABORATÓRIO/ DIA]
(Verônica leva Luana a um laboratório de sua confiança. Luana apresenta está nervosa, quando sua mãe tenta acalma-la)
LUANA – Mamãe, eu ainda não entendi esse seu plano?
VERÔNICA – Confia em mim, será que é tão difícil assim?
LUANA – Nesse momento está.
VERÔNICA – Bom dia. Minha filha veio fazer o teste de gravidez.
ENFERMEIRA – Por favor, me acompanhe.
VERÔNICA – Pode ir filha e faça tudo o que ela pedir. (a enfermeira leva Luana até uma sala, que preocupada decide fazer o que sua mãe mandou)

[CENA 23 – CASA DA CARLA/ ÁREA EXTERNA DA CASA/ DIA]
(Felipe para seu carro em frente à casa da Carla. Fica um pouco dentro do carro, olhando para porta da casa pensativo, até que decide sair. Ele bate na porta, bate, bate… toca campainha… bate, bate, bate… toca de novo, mas ninguém atente. Decide olhar pela janela, mas é pego pela Camila)
CAMILA – Não tem ninguém aí!
FELIPE – Como assim?
CAMILA – O pessoal dessa casa viajaram ontem.
FELIPE – Para onde foram?
CAMILA – Eu não sei, não disseram.
FELIPE – Mas, sabe quando eles voltam?
CAMILA – Eu acho que eles não vão voltar mais.

Continua no Capítulo 06…

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