“Desde o Início Era Você”

 

[CENA 01 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Junior continua beijando Adriana)
ADRIANA – (encerrando o beijo e se afastando dele) Não faz isso, Junior!
JUNIOR – Acho que minha mãe estava certa esse tempo todo.
ADRIANA – Como assim?
JUNIOR – No dia que nos conhecemos, minha mãe jogou as cartas para mim, e somente agora tudo faz sentido.
ADRIANA – O que ele disse para você?
JUNIOR – Ela disse que a garota por quem eu me apaixonei já havia entrando na minha vida.
ADRIANA – Certamente estava falando da Joana, já que você também a conheceu no mesmo dia.
JUNIOR – Não, também cheguei a pensar que fosse ela. Mas, hoje percebo que não. Era de você! Você é a garota que eu amo. (Adriana fica paralisada sem saber o que dizer ou fazer, Junior volta a se aproximar dela) Ela disse que iriamos tomar caminhos diferentes, mas que no fim iriamos ficar juntos.
ADRIANA – Acho que sua mãe errou, Junior. Não iremos ficar juntos!
JUNIOR – Iremos sim, porque já tomamos caminho diferentes. Você viajou por um tempo, eu começei a namorar com a Joana, nos casamos… e chegamos a um outro ponto que minha mãe também havia previsto. Que uma perda entre a gente, iria nos unir novamente.
ADRIANA – Você tá querendo dizer que a sua mãe havia previsto a morte da Joana, e que isso iria nos juntar de novo?! Isso não faz o menor sentido, Junior.
JUNIOR – Quer ver outra coisa que não faz sentido. Minha mãe havia previsto também, que você me devolveria a coisa que eu mais amo nessa vida. E você me devolveu a Ana!
ADRIANA – Não, são só coincidências.
JUNIOR – Você sabe que o Gustavo desistiu de tomar à guarda da Ana, afinal, ele disse que você conversou com ele naquele dia depois do julgamento. O que vocês conversaram, que o fez voltar atrás?
ADRIANA – Não tem que se preocupar com isso, Junior. (se afasta dele) Importa agora que você tem à Ana, e que vocês vão viver juntos, felizes. E essa história aí da sua mãe, essas previsões, são só coincidências. Não estou querendo dizer que sua mãe é uma farsa, pelo contrário… (Junior interrompe ela com outro beijo, só que Adriana logo interrompe) Não podemos. (se afasta, caminhando para detrás do sofá) Eu vou embora da cidade novamente.
JUNIOR – Como assim?
ADRIANA – Vou fazer uma pequena viagem.
JUNIOR – Pra onde?
ADRIANA – (não querendo continuar esse assunto, pois saberia que acabaria contando a verdade para ele) Melhor você não saber. Bem, deu a minha hora, você avisa para Camila que eu já fui. (volta para o sofá, entrega Ana para Junior, pega sua bolsa e caminha em direção à porta)
JUNIOR – (indo em direção dela) Não, você não pode sair assim. Sem me contar para onde vai! (fica em frente dela, Adriana olha para baixo, evitando-o)
ADRIANA – Deixe-me ir, Junior. Não complica as coisas, por favor.
JUNIOR – Pensei que estava indo tudo bem entre a gente… (Junior pensa em tocar o rosto dela, e deixá-lo de frente com o seu, mas acaba desistindo) Ana iria gostar de crescer ao seu lado… (Adriana segura o choro, nesse momento, desvia de Junior, abre a porta e vai embora)

[CENA 02 – CASA DA KARINA (SÃO PAULO)/ SALA/ DIA]
(Karina e Lucas estão esperando o advogado chegar para assinarem o papel do divorcio)
LUCAS – Onde está o seu irmão?
KARINA – Chega do Rio hoje.
LUCAS – Ele sabe que era eu quem…
KARINA – Não, não sabe. Não quis contar isso para ele.
LUCAS – Lamento, de verdade, por termos que terminar assim…
KARINA – Você lamenta? Eu que lamento não ter dito coragem suficiente para ir na delegacia denunciar o que você e sua quadrilha fizeram com a minha família por anos.
LUCAS – Eu entendo essa sua raiva toda. Realmente o que eu fiz é errado e devo pagar por isso. Tanto que se você quiser me denunciar para policia, não ligo.
KARINA – Minha vontade é de fazer isso, no entanto, a única coisa que eu quero agora, é me seperar de você.
LUCAS – Acho que não!
KARINA – Como assim?
LUCAS – Fui casado com você por tanto tempo,que conheço exatamente cada expressão de seu corpo, do seu rosto, do seu olhar… (levanta do sofá e caminha até ela, ela também se levanta) … e por saber exatemente o que você deseja, sei que não é isso que você quer agora.
KARINA – E o que eu quero agora?
LUCAS – Você quer meu beijo.
KARINA – Você deve está de brincadeira, achando que irei beijar você novamente. (nesse momento, Lucas a agarra e a beija)

[CENA 03 – CASA DA CARLA/ SALA – Q. DE PEDRO/ TARDE]
(Camila vem descendo as escadas e encontra Junior segurando Ana, no lugar de Adriana)
CAMILA – A Adriana foi embora?
JUNIOR – Foi.
CAMILA – Vocês conversaram?
JUNIOR – Sim. Ela me disse que vai embora novamente.
CAMILA – Você tentou impedi-la?
JUNIOR – O que eu podia fazer, Camila?
CAMILA – Bem, eu não sei… mas se você realmente sente algo por ela, não permitiria que ela fosse embora novamente. (caminha até ele, pega a Ana e sobe as escadas em direção ao quarto, Junior continua na sala pensativo. No quarto de Pedro, Carla termina de amamentá-lo, e está com ele nos braços balançando-o. Ela pensa em Miguel, e então decide ligar para ele. O problema que o rapaz já estava dentro do ônibus e havia desligado seu aparelho. Percebendo que já era tarde, coloca o telefone no bolso, e volta a cuidar do filho)

[CENA 04 – CASA DO FELIPE/ Q. DA ALICE – Q. DE FELIPE/ DIA]
FELIPE – Vem, entra. Ela está dormindo. (Felipe leva Luana até Alice, mas logo que ela ver a menina e lembra que ela não é sua filha, se afasta) O que foi?
LUANA – Eu não quero acorda-lá. Será que podíamos conversar no seu quarto.
FELIPE – Claro. (Felipe faz um carinho em sua filha, e logo após vai para seu quarto com Luana)
LUANA – Quero falar uma coisa para você, Felipe. Só não sei como contar.
FELIPE – Você não quer mais namorar comigo?
LUANA – Não, não é isso. Quero muito que fiquemos juntos. Só que o que tenho que falar, tem a ver com à Alice. (Felipe se preocupa)
FELIPE – Estou ouvindo!

[CENA 05 – CASA DA KARINA (SÃO PAULO)/ SALA/ DIA]
KARINA – (encerrando o beijo e se afastando de Lucas) Se você voltar a fazer isso, te denuncio a policia.
LUCAS – Agora sei que não vai fazer isso. (indo atrás dela) Porque senti pelo seu beijo que você ainda é louca por mim.
KARINA – Está maluco!
LUCAS – Sei que você não quer assinar este divorcio. Assim como eu também não. Então por que não desistimos disso tudo e voltamos a ser aquele casal quente que eramos antes.
KARINA – Porque eu não consigo mais olhar para a sua cara e não lembrar que era você quem andava roubando dinheiro da empresa que meu tio e meu pai construíram.
LUCAS – Eu sei que o que eu fiz não tem perdão, mas, estou disposto a esquecer tudo, e se quiser, farei de tudo para devolver o que roubei de sua família.
KARINA – Sabe-se lá quanto você roubou da minha família. E mesmo assim, certamente, iria demorar anos para você pagar tudo que roubou.
LUCAS – Se for pra passar esses anos ao seu lado, passaria o tempo que fosse.
KARINA – Eu sei qual é o seu jogo. Você tá querendo me enrolar, para que eu te perdoe e permita você voltar para cá. Não vou cair nessa conversa. `
LUCAS – Não estou te enrolando, e no fundo você sabe disso. (se aproxima mais dela) Vamos dar mais uma chance para o nosso casamento. Não vamos deixar que nossa história acabe assim. (volta a beijá-la)

[CENA 06 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Carla está na sala, pensando em Miguel novamente. Ela pega seu telefone, liga para ele, mas como das outras 5 vezes, o telefone dele não toca)
CARLA – Deixa essa história quieta, Carla. Você tem seu filho agora para se preocupar.

[CENA 07 – CASA DO FELIPE/ Q. DE FELIPE/ DIA]
(Luana está apreensiva, e não sabe se conta ou não a verdade para Felipe)
FELIPE – Você parece nervosa, Luana? O que você tem a contar sobre à Alice? Ela tem alguma coisa?
LUANA – Ela não tem nada. Na verdade, eu quem tenho.
FELIPE – Como assim?
LUANA – Eu não tenho total certeza de que à Alice seja mesmo sua filha!
FELIPE – Que história é essa, Luana?
LUANA – Se vamos recomeçar da maneira certa, tudo tem que ser esclarecido entre a gente. Eu tenho dúvidas se a Alice é filha do Sérgio.
FELIPE – Do Sérgio?
LUANA – Isso. Eu acho que a Alice pode ser filha do Sérgio.
FELIPE – (sério) Não acredito nisso.
LUANA – Essa dúvida também surgiu tem pouco tempo para mim Felipe…
FELIPE – Não, não acredito, Luana. Tenho certeza que à Alice é minha filha.
LUANA – Então vamos fazer um teste de DNA?
FELIPE – Não precisamos de teste nenhum para provar isso. Sei que ela é minha filha, sinto isso.
LUANA – Mas preciso provar para mim. Mesmo que você tenha 100% de certeza de que ela é sua filha, aqui na minha mente ainda vai ter aquela dúvida se ela realmente é sua ou do Sérgio.
FELIPE – (Felipe fica pensativo, ele sabe que Alice é sua filha, mas no fundo, ele também tem dúvida se Alice poderia ser filha do Sérgio) Ok, vamos realizar o teste.
LUANA – (aliviada) Que bom. Assim, poderemos acabar logo com esse fantasma.

[CENA 08 – LABORATÓRIO/ DIA]
(Felipe está no laboratório, fazendo o teste de paternidade com Alice. Luana pede que seja realizado dois testes, para ter certeza. Felipe não entende por que essa dúvida toda, mas confiante que os dois resultados vão ser o mesmo, ele concorda. As enfermeiras colhem o material para os testes. E os três voltam para casa)

[CENA 09 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Carla está na sala, quando Paula chega)
CARLA – Chegou cedo?
PAULA – Hoje só teve prova. A casa tá quieta assim? O que foi, os dois monstrinhos estão dormindo até agora?
CARLA – Não fala assim. Estão, eles já acordaram, mas consegui colocá-los para dormir novamente.
PAULA – Sabe o que eu estava pensando do caminho do curso para cá?
CARLA – O que?
PAULA – Que você talvez devesse reativar à sua matricula na universidade. Você sabe o quanto você batalhou para aquela vaga, e já que você voltou para o Rio, não entendi até agora porque não foi atrás dela?
CARLA – Eu já pensei em destrancar a minha matricula, mas, mesmo que eu quisesse, acho que perdi todos os prazos e também, não posso deixar Pedro sozinho.
PAULA – Pedro não vai ficar sozinho, afinal, você pode estudar à noite, que vou estar aqui para cuidar dele. O Junior também.
CARLA – Não, sei.
PAULA – Não, não vou permitir que você desista de seu sonho. Mais do que ninguém, eu e a mamãe sabemos o quanto foi trabalhoso você conseguir passar naquele vestibular. Tantas noites acordada, trabalho duro… Mamãe também insistiria que você continuasse.
CARLA – Está bem. Vou ligar para à universidade, ver se ainda posso reativar minha matricula. Mas, mesmo que consiga, não garanto nada.

[CENA 10 – CASA DO FELIPE/ Q. DE ANA – SALA/ DIA]
FELIPE – Pronto filha, chegamos. (Felipe deixa sua filha no berço novamente. Luana que estava logo atrás, entra no quarto da menina, mas não se aproxima do berço. Felipe então começa a perceber, quem tem algo errado com ela) O que está acontecendo, Luana?
LUANA – Não está acontecendo nada!
FELIPE – Está sim. Você nem quis segurar sua filha, nem simplesmente quis olhar para ela.
LUANA – É que acho que vou pegar um resfriado, e não quero passar para ela.
FELIPE – Mas você me parece tão bem.
LUANA – É, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Acho que já vou indo.
FELIPE – Espera, almoça com a gente.
LUANA – Eu agradeço, mas tenho que ir.
FELIPE – E se não deixar você ir. (se aproxima dela e a beija)
LUANA – Melhor eu ir. (empurra ele um pouco, e sai dos seus braços)
FELIPE – Você está estranha. Não vai me falar o que está acontecendo?
LUANA – Estou bem, deve ser o resfriado chegando. Você me leva até a porta?
FELIPE – Claro. Já volto filha. Você não vai se despedir da sua filha?
LUANA – Claro. (Luana vai até o berço, pega na mão da menina, finge um sorriso e vai embora logo em seguida)
[NA SALA]
LUANA – Quando os resultados saem?
FELIPE – Como você está com pressa para resolver isso, pedi que o mais rápido que puderem.
LUANA – Quando sair, você me avisar. Quero abrir junto com você.
FELIPE – Claro.
LUANA – Vou indo então. (Luana dar um beijinho no Felipe e vai embora. Felipe fica desconfiado de que alguma coisa esteja acontecendo)

[CENA 11 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
SÉRGIO – (entrando na sala, caminhando direto para o sofá) Ah que dor de cabeça!
ROBERTO – O que foi? Cansou já?
SÉRGIO – Não sei como você aguenta ficar horas com a cara no meio desses livros. (Adriano chega)
ADRIANO – Cheguei galera. Fala sério que vocês ainda estão estudando?
SÉRGIO – Eu já parei. Não quero ver um livro hoje.
ROBERTO – Eu terminei também. Chegou cedo, o que foi que houve?
ADRIANO – Nada, só estava chato na praia hoje. Mas, era bem melhor do que passar o dia aqui. Vocês fizeram pelo menos o almoço? (vai até a cozinha) Fala sério que vocês não fizeram nada? Vocês passaram o dia inteiro no meio desses livros.
SÉRGIO – Foi e agora preciso de um banho. E não briguem, que vamos comer fora. (levanta do sofá)
ADRIANO – Ah, você pagando é outra história.
SÉRGIO – Gostou, né. Só vou tomar um banho. (Sérgio vai para o quarto)

[CENA 12 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa pensativa)
VERÔNICA – (descendo as escadas) Então, contou a verdade para o Felipe?
LUANA – Eu não estou afim de falar com a senhora!
VERÔNICA – Você não vai me contar o que aconteceu entre vocês? Pela a sua cara, você não deve ter contado nada.
LUANA – Com licença. (levanta do sofá e sobe para o quarto, deixando Verônica sozinha)
VERÔNICA – Essa aí contou nada, tenho certeza!

Continua no Capítulo 72…

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