Do Autor
Marcelo Maia
CAPÍTULO 20
[No capítulo anterior]
ESPERANÇA – Dona Branca, eu vi a hora que ela saiu de casa sim, estava muito amarga. Senti até dó.
BRANCA – Você só pode tá de brincadeira, sentir dózinha daquela maldita, você não imagina como é negro o passado dela.
ESPERANÇA – Sério? O que ela fez?
BRANCA – Infelizmente não posso contar agora, mas sinto que em breve você saberá.
ESPERANÇA – É muito grave assim?
BRANCA – Você terá ódio dela. Você sentirá nojo dela!
ESPERANÇA – Só de falar eu já sinto ódio. Nunca gostei dela.
BRANCA – Ninguém nunca gostou dela. Sempre foi uma péssima pessoa.
[FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE]
CENA 01 – HOSPITAL/ DIA/ QUARTO ISABEL/ INT.
LUBY – Isabel, querida…
ISABEL – O que você quer aqui? Você não tem autorização para entrar no meu quarto.
LUBY – Sorri – Querida, eu entro aonde eu quiser. Não vai ser você quem vai me impedir.
ISABEL – Eu tenho muito nojo de você! Você é baixa, uma pessoa sem coração.
LUBY – A é? O que mais eu sou diz querida. Aproveita! É seu momento de dizer.
ISABEL – O que você veio fazer aqui? Rogar-me praga?
LUBY- Eu, não querida jamais. Apenas quero conversar com você!
ISABEL – Conta outra, você nunca quis conversar comigo.
LUBY – Mas hoje eu quero, vim lhe dizer umas boas verdades. Você precisa saber.
ISABEL – Do que você está falando sua doente.
LUBY – Estou falando do passando querida.
ISABEL – Eu não quero ouvir. Suma daqui se não vou gritar.
LUBY – Não, por favor. Sem escândalos.
ISABEL – Então vai embora daqui sua assassina.
LUBY – Sorri e caminha próximo a maca de Isabel – Assassina eu?… Porque você acha que foi eu quem matou aquele velho insuportável…
ISABEL – Foi você sim, meu pai estava cansado de você! Antes de morrer ele me disse que você tinha um amante. Só queria o dinheiro dele.
LUBY – Sorri – Como você é baixa… Mas sua hora também vai chegar…
ISABEL – Assim como a sua. Pode ter certeza.
LUBY – Sorrindo – Agora eu pago pra ver.
ISABEL – Sai do meu quarto agora!!!
LUBY – Ok, eu saio. Vim apenas fazer uma visitinha rápida mesmo, de cortesia. Pela nossa famíliaclaro. – caminha para sair do quarto – Quando quiser saber do passado me liga querida.
ISABEL – Desgraçada maldita. Você ainda me paga!
CENA 02 – MANSÃO DE LIA/ INT./ SALA.
** Campainha…
JULIA – Deixa que eu atendo mãe… – corre em direção a porta. – Você!
MIKE – Sim, eu! Posso entrar?
JULIA – Melhor não!
MIKE – Franze a sobrancelhas – Porque não? Está escondendo algo que não posso entrar?
JULIA – Não, só não quero você por perto.
MIKE – Ahhh Julia, foi só uma briguinha de leve. Sempre temos essas DR.
JULIA – Aí está o problema. Cansei de “DR”. Quero alguém que me ame e me apoie. Se for somente para brigar eu não quero mais.
MIKE – Julia… Você tá me dando um pé na bunda é isso mesmo?
JULIA – Entenda como quiser…
MIKE – Observa a mão da garota – Cadê a nossa aliança.
JULIA – Querido, acabei de lhe dizer… Eu não quero mais está com você! Esse tempo todo você me fez mal… Só pensava em dinheiro, agora que tá ai pobre quer vir pedir ajuda?
MIKE – Nervoso ele sorri – Interesseira mesmo, só foi eu ficar pobretão para levar um pé na bunda. Ridícula.
JULIA – Você me respeita!
MIKE – Me respeite você garota… Só pensando em dinheiro e eu trouxa cair na sua lábia. Vagabunda.
JULIA – NERVOSA DA UM TAPA NA CARA DE MIKE – Vagabunda é sua mãe.
LIA – Vem correndo – Se você triscar um dedo nela eu acabo com sua vida sem deixar rastros… Some daqui garoto.
MIKE – Você viu o que ela fez né. Ainda me descartou.
LIA – vocês conversam outro dia. Melhor você ir embora.
MIKE – Eu vou, claro que irei. Mas tenha certeza que voltarei.
JULIA – Maldito! Quero que você morra. – bate a porta na cara dele.
LIA – Julia, calma, assim você perde a razão.
JULIA – Ele me paga mãe… Me paga. – Sobe as escadas.
CENA 03 – ESCOLA/ DIA/ INT./ SALA.
Su, explicando a matéria para os alunos, que continuam quietos, apenas observando a aula atentamente, pois sabem que se trata do futuro.
SU – Bom gente, por enquanto é isso. Copiem a lição da lousa, para amanha respondam o questionário do livro. Por favor, da pagina dois até a vinte.
AMANDA – Senhor, tudo isso?
SU – São coisas básicas, vocês aprenderam na quinta e sexta série.
LUIZ – Mais são muitas coisas, não acha?
SU – OK… Então façam da página um, até a trinta e cinco. Até amanhã sem falta, vale ponto.
TODOS COMEÇAM A QUESTIONAR, VIRA UM FUSUE NA SALA.
** SINAL TOCANDO.
SU – Até amanhã queridos… – Sai da sala.
CENA 04 – DELEGACIA/ TARDE/ INT. SALA DELEGADO.
DELEGADO – O que eu não consigo entender é, mataram o homem na porta da minha delegacia e ninguém, ninguém mesmo moveu uma palha.
PM – Concordo com você senhor… Mas estamos fazendo o possível e o impossível para achar esse assassino.
DELEGADO – É um dilema, quem matou esse homem. Afinal, quem fez isso planejou muito bem.
PM – Vamos começar interrogar algumas pessoas. Familiares, amigos. Vê se tem algo errado.
DELEGADO – Sempre tem algo errado. Isso é fato. Quem fez isso vai deixar rastros.
PM – E se não deixar… Já pensou nisso?
DELEGADO – Claro que já. Penso muito nisso. E me preocupa. Mas continuarei procurando por esse assassino. Vou acha-lo custe o que custar.
CENA 05 – EXT./ VILA ONDE RAUL MORA/ DIA.
BIEL – Eu gosto muito desse lugar pai.
RAUL – Acho tão lindo quando você me chama de pai.
BIEL – Mas o senhor é meu pai, e a Bel, é minha mãe não é?
RAUL – Sorri – Sim, e ainda seremos a família feliz.
DORA – RAUL…
RAUL – Oi Dora. O que você quer agora?
DORA – Queria falar com você, pode ser?
RAUL – Depende Dora, é muito importante?
DORA – Observando Biel – Quem é aquele menino?
RAUL – O nome dele é Gabriel. Mas chamamos de Biel. Ele é meu filho. Quer conhecer?
BIEL – Vira-se – Pai…
DORA – olha bem no rosto do garoto e chora – Não, eunão quero conhecer ele. – sai correndo.
RAUL – Dora, aonde você vai… Maluca.-” ”>-‘.’ ”>