CENA 01. CASA DE CRISTINA E ELIAS. SALA. INT. MEIO DIA.

 

CECÍLIA – É, quando eu ligo a tv, a primeira coisa que aparece são esses demônios! Eu nunca perdoei e nunca vou perdoar vocês, seus imundos! E eu vou me vingar, de todos, um por um. E vocês vão aprender a nunca mais mexer com alguém inocente!

 

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR

Cristina está com os olhos vidrados na televisão. Cristina e Elias vêm da sala de jantar, e se aproximam dela.

 

CRISTINA – Está tudo bem, minha filha?

CECÍLIA – Sim, mãe, por quê?

CRISTINA – Você está com uma cara tão ruim, parece que tem algo lhe incomodando, sei lá.

CECÍLIA – Mas tem, mãe! Tem muita coisa me incomodando! Coisas que me incomodam há cinco anos, desde quando eu fui parar naquela maldita prisão!

ELIAS – Como assim, minha filha? Do que você está falando?

CECÍLIA – Da família Albuquerque, maldita família! Olha eles ai na tv. E eu vou me vingar de todos, um por um. E eles vão aprender a não mexer com gente inocente!

 

Cristina e Elias se olham apreensivos. Cecília não consegue tirar o olho da televisão.

 

CENA 02. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA DE JANTAR. INT. MEIO DIA.

Marina, Bárbara, Emanuel, Lorenzo, Joyce, Alberto e Beatriz estão sentados à mesa, se servindo. Murilo vem da cozinha com Sandra e Juliana, Marina fecha a cara ao vê-las.

 

MURILO – Lorenzo, eu quero te apresentar a Sandra, nossa empregada, e a Juliana, filha dela.

LORENZO – Prazer em conhecer, senhoritas!

MARINA – Não me diga que elas vão almoçar com a gente, Murilo!

MURILO – Sim, Marina, pro seu desgosto, elas vão almoçar conosco!

MARINA – Era só o que me faltava mesmo, agora todo dia você traz essas imundas para comer com a gente.

SANDRA – Pode deixar, seu Murilo, minha filha e eu podemos comer na cozinha mesmo.

LORENZO – Nada disso, Sandra. Eu te conheço há pouco tempo e não sei o que você fez a minha mãe para ela te odiar tanto, mas nada justifica tamanha humilhação, vocês ficam e almoçam conosco!

MURILO – Pois pronto, está decidido! E você, Marina, se estiver achando ruim, vá para a cozinha comer sozinha!

 

Sandra, Juliana e Murilo se sentam à mesa. Marina fica com raiva.

 

CENA 03. CASA DE THAMIRES. SALA. INT. MEIO DIA.

Thamires está sentada no sofá, fazendo crochê. Hanah entra, joga suas coisas no sofá e sai na direção do seu quarto.

 

THAMIRES – Aonde você vai?

HANAH – Como aonde eu vou, mamãe? Eu vou tomar banho, não é a senhora que não gosta de gente porca?!

THAMIRES – Sei, e onde você estava?

HANAH – Trabalhando, mãe, trabalhando!

THAMIRES – Trabalhando, né? Você não me engana não, Hanah! Tu estava era com aquele Murilo, né?

HANAH – E se for, mãe? O quê que tem?

 

Thamires se levanta do sofá e vai na direção da filha.

 

THAMIRES – Minha filha, quantas vezes eu vou ter que te pedir para você parar de se envolver com esse sujeito? Nós sabemos que ele só vai trazer coisa ruim pra nossa família!

HANAH – Para, mãe, para de ser insuportável! Eu amo o Murilo e não vou deixar ele!

THAMIRES – Você pode até amar ele, mas ele não te ama, tanto que você é uma amante!

 

INSTRUMENTAL: Suspense.

 

HANAH – Mãe, para de se intrometer na minha vida! O Murilo é o pai do meu filho e é com ele que eu vou ficar!

THAMIRES – É, o filho que você abandonou, é essa criança que você quer levar como exemplo?

HANAH – A senhora sabe que eu dei o menino porque não tinha condições de criá-lo.

THAMIRES – Mentira, Hanah! Mentira! Você abandonou porque você não tem coração, é uma pessoa egoísta que só pensa em si mesma!

HANAH (gritando) – Chega, mãe! Chega! Vai pro inferno!

 

Hanah vai para seu quarto, chorando.

 

THAMIRES – Porque ela sempre quer se fazer de vítima? Eu não entendo! Não entendo!

 

CENA 04. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. TARDE.

SONOPLASTIA: Piloto Automático – Supercombo.

CAM AÉREA mostra alguns pontos turísticos do Rio, como a praia de Copacabana e o Pão de Açúcar. Em seguida, corta para a favela da Rocinha.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 05. FAVELA DA ROCINHA. CASA DE MARCÃO. INT. TARDE.

Marcão, Tito e Nelson estão sentados em volta de uma mesa, conversando.

 

MARCÃO – É o seguinte, cambada! A gente não pode fracassar, essa família é muito poderosa e se dermos mole, vamos acabar voltando pra prisão. Tito, já está fazendo tudo direitinho?

TITO – Sim, chefe, já estou com a secretária a mais de um mês.

MARCÃO – Ótimo, agora chegou a hora de começar a pegar informações dela! E logo em seguida, partir para cima da nojentinha.

TITO – Pode deixar, vou fazer tudo certinho!

MARCÃO – É bom mesmo, por que se algo der errado e eu for preso, te mato antes!

 

Tito e Nelson trocam olhares. Marcão acende um cigarro e começa a fumar.

 

CENA 07. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. FACHADA. EXT. TARDE.

Muitos carros e caminhões param em frente à empresa. Pessoas entram e saem simultaneamente. Murilo estaciona seu carro, ele e Lorenzo descem e entram na empresa.

 

CENA 08. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. RECEPÇÃO. INT. TARDE.

Murilo e Lorenzo entram na empresa, são recebidos por Clarisse.

 

CLARISSE – Boa tarde, seu Murilo, Lorenzo.

MURILO – Boa tarde, Clarisse, como você já sabe esse é meu filho, Lorenzo.

CLARISSE – Prazer em conhecer, Lorenzo.

LORENZO – O prazer é todo meu.

 

Elias entra na empresa, apressado, atrasado.

 

MURILO – Isso é hora de chegar, Elias?

ELIAS – Desculpa, seu Murilo, é que eu estava recebendo a minha filha, ela voltou para casa.

MURILO – Não quero saber, eu respeito e gosto muito de todos os meus funcionários, mas uma coisa que eu não admito é chegar atrasado! Que essa seja a última vez.

ELIAS – Pode deixar, não vai acontecer de novo!

MURILO – Assim eu espero! Vamos, Lorenzo.

 

Murilo e Lorenzo entram no elevador.

 

ELIAS – Quase que eu me lasco, né?

CLARISSE – Sim, e o pior é que eu acho que o patrão não está em um dos seus melhores dias.

ELIAS – Como se pra ele existisse dia bom, né?

CLARISSE – É melhor a gente ir trabalhar e parar de falar da vida dos outros, por aqui as paredes tem ouvidos!

ELIAS – É, eu sei bem que ouvidos são esses!

 

Elias entra no departamento de entregas. Clarisse entra no elevador logo em seguida.

 

CENA 09. MANSÃO ALBUQUERQUE. SUÍTE DE MARINA E MURILO. INT. TARDE.

SONOPLASTIA: Eu Quero Você – Gabi Luthai.

Marina e Priscila estão sentadas na cama, conversando.

 

PRISCILA – Mas então, amiga, me conta mais sobre seu filho, fiquei sabendo que ele voltou para o Brasil, teve até almoço e nem fui convidada!

MARINA – Almoço de família, sabe como é, né? A coisa mais chata, bem que você poderia está conosco mesmo!

PRISCILA – É, sei. Eu estava vendo umas fotos do Lorenzo, é até bonitinho ele, né?

MARINA – Já está de olho, né? (ri) Realmente eu prefiro que ele fique com você, que é uma pessoa que eu confio, do que com qualquer piriguete por ai.

 

As duas riem e continua conversando em FADE.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 10. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE CECÍLIA. INT. TARDE.

Cecília está sentada em sua cama, pensativa. Cristina bate na porta, entra.

 

CRISTINA – Com licença. A gente pode conversar?

CECÍLIA – Claro!

 

Cristina fecha a porta e se senta ao lado da mãe.

 

CRISTINA – Então, minha filha, eu andei pensando sobre aquilo que você falou sobre querer se vingar daquela família que te fez ir para a prisão… Você não acha essa ideia meio arriscada não? É uma família poderosa, que já te fez ir para a cadeia uma vez e podem te fazer voltar para lá!

CECÍLIA – Não, mãe, eu não acho arriscado fazer o que é certo, o que é justo.

CRISTINA – Mas minha filha, esse negócio de vingança não é bom não, você vai enchendo seu coração disso e quando percebe está tão ruim quanto eles!

CECÍLIA – Mãe, a senhora pode achar o que quiser! O papai pode achar o que quiser! Eu não vou abrir mão dessa vingança. Eles merecem! E tem mais, eu prefiro ficar ruim vendo eles no lugar deles a que continuar sendo besta e deixá-los continuar saindo de super-heróis!

CRISTINA – Filha, você nunca foi assim, porque agora está com essas ideias na cabeça? A gente sabe que isso não vai dá em nada, por que você simplesmente não desiste dessa ideia e segue a sua vida?

CECÍLIA – Para, mãe! Eu não vou abrir mão dessa vingança e pronto! O que é que agora a senhora deu para defender essas pessoas?

CRISTINA – Eu não estou defendendo ninguém, Cecília! Estou apenas tentando colocar juízo na tua cabeça, menina!

CECÍLIA – Mãe, eu já sou adulta e posso tomar as minhas próprias decisões, por favor, não fica querendo mudar as coisas não, por favor!

CRISTINA – Deus me livre, eu gosto muito de você, mas a senhorita nunca consegue ouvir os conselhos de ninguém, né?

CECÍLIA (gritando) – Para, mãe! Não piora as coisas, por favor!

CRISTINA – Tá bom, Cecília. Eu vou te deixar só, quem sabe assim você pensa e muda de ideia.

 

Cristina se levanta da cama e sai do quarto. Cecília se deita na cama, chorando.

 

CENA 11. MANSÃO ALBUQUERQUE. JARDIM. EXT. TARDE.

Emanuel e Juliana estão andando pelo jardim, conversando.

 

EMANUEL – Mas então, você faz o quê da vida?

JULIANA – Por enquanto nada, mas eu estou estudando muito para vê se consigo passar no vestibular e fazer uma faculdade.

EMANUEL – Legal, certeza que você vai conseguir. Sempre que alguém esforçado quer algo, consegue, basta não perder o foco.

JULIANA – Obrigada, a gente faz o que pode, né?

 

Bárbara sai da mansão e se irrita ao ver os dois juntos.

 

BÁRBARA – Posso saber o que vocês estão fazendo juntos?

EMANUEL – Nós só estamos conversando, Bárbara!

BÁRBARA – Conversando… Sei! Pois essa conversa vai acabar por aqui, vai ajudar tua mãe, menina!

JULIANA – Eu vou sim, Bárbara, mas é porque eu quero e não porque você está mandando! Com licença, Emanuel.

 

Juliana entra na mansão. Bárbara se aproxima de Emanuel.

 

BÁRBARA – Por favor, não fica dando moral para essa menina!

EMANUEL – Você é ainda mais linda com ciúmes, sabia? (ri)

 

Emanuel beija Bárbara.

 

CENA 12. CASA DE PAMELA. SALA. INT. TARDE.

Cristina está sentada no sofá. Pamela vem da cozinha com duas xícaras de café e alguns biscoitos, se senta ao lado de Cristina, no sofá.

 

PAMELA – Aqui está o café, trouxe também alguns biscoitinhos para vê se você relaxa.

CRISTINA – Não precisava, amiga, mas já que você trouxe, eu vou comer! (ri)

PAMELA – Mas então, o que é que te trouxe até aqui?

CRISTINA – É a Cecília, Pamela. Desde que ela saiu da prisão, está diferente, desejando vingança e tudo mais.

PAMELA – Ah, é verdade, eu nem me lembrava que ela tinha saído ontem. Sobre essa história de vingança, pensa pelo lado dela, ser acusada injustamente e passar cinco anos dentro de uma cela não é nada fácil, eu também ficaria desejando me vingar dessa tal família.

CRISTINA – É, pode até ser, mas se ela seguir com essa ideia adiante, o Elias vai perder o emprego dele, e achar serviço hoje em dia não está nada fácil!

PAMELA – É, eu sei, ai vocês precisam conversar e se entender!

CRISTINA – Vou procurar fazer isso! E a Valentina, como ela está?

PAMELA – Ah menina, eu nem te conto! Brigou com o namorado e ficou muito mal, nem sei se eles já se entenderam.

CRISTINA – Eita, pior que romance sem briga, não é romance.

 

SONOPLASTIA: Respeita as Mina – Kell Smith.

Cristina e Pamela continuam conversando em FADE.

 

CENA 13. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. FACHADA. EXT. TARDE.

SONOPLASTIA CONTÍNUA.

Várias pessoas entram e saem da empresa simultaneamente. Alguns caminhões aparecem sendo carregados.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 14. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. SEGUNDO ANDAR. INT. TARDE.

Clarisse está em sua mesa, falando no telefone.

 

CLARISSE – Escuta, Tito, a minha mãe precisa te conhecer! Ou você acha que eu vou namorar alguém que minha mãe sequer conhece?… Então você vai?… Tá bom, a gente se encontra lá, beijos!

 

Clarisse desliga o telefone.

 

CLARISSE – Finalmente a dona Rosa vai parar de encher meu saco, finalmente!

 

CENA 15. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. ESCRITÓRIO DE MURILO. INT. TARDE.

Murilo está falando no telefone com Hanah.

 

MURILO – Escuta, a gente não pode mais ficar se encontrando aqui na empresa, é muito arriscado. Arranja outro lugar, essa semana ainda a gente marca de se encontrar novamente.

 

Lorenzo entra. Murilo desliga o telefone rapidamente.

 

LORENZO – Se encontrar com quem, papai?

MURILO – Com uns investidores, meu filho, sabe como é a vida de presidente de empresa, né? Cheia de compromissos!

LORENZO – Ah, entendi. A mamãe pediu para mandar avisar pra gente não chegar atrasado que hoje vai ter jantar importante lá em casa.

MURILO – Sua mãe e seus jantares! Pode deixar!

 

Lorenzo sai. Murilo começa a mexer em seu computador.

 

CENA 16. MANSÃO ALBUQUERQUE. SUÍTE DE MARINA E MURILO. INT. TARDE.

Marina e Bárbara estão sentadas na cama, conversando.

 

BÁRBARA – Então, mamãe, como eu estava falando: eu cheguei no jardim e encontrei o dois juntinhos, e aquele piranha da Juliana ainda quis me enfrentar!

MARINA – Eu já percebi que teremos que tomar algumas atitudes, a Sandra e essa filha dela estão muito folgadas!

BÁRBARA – Realmente, mas o que a senhora pensa em fazer?

MARINA – Demitir ela, é claro!

 

CENA 17. MANSÃO ALBUQUERQUE. CORREDOR DOS QUARTOS. INT. TARDE.

INSTRUMENTAL: Triste.

Sandra está ouvindo a conversa de Marina e Bárbara por trás da porta, ela se vira preocupada.

 

SANDRA – Era só o que me faltava, agora querem me demitir! O que foi que eu fiz pra essa mulher, meu Deus? Se ela conseguir mesmo me mandar embora, como eu vou sobreviver?!

 

CENA 18. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. ESCRITÓRIO DE ALBERTO. INT. TARDE.

Alberto está sentado em sua mesa, analisando alguns documentos. Lorenzo bate na porta e entra.

 

LORENZO – Com licença, tio, mandou me chamar?

ALBERTO – Sim, Lorenzo, sente-se, por favor.

 

Lorenzo se senta em frente a Alberto.

 

ALBERTO – Então, eu quero falar sobre a situação do seu pai na empresa. Antes de tudo quero deixar claro que eu não quero roubar o lugar dele, e tudo o que eu vou falar aqui é pro bem do patrimônio familiar! Não tem mais condições do seu pai continuar na presidência, o ideal seria que você ficasse no lugar dele.

LORENZO – Olha, tio, eu ainda não sei direito o que está acontecendo, mas uma coisa eu garanto: meu pai estando certo ou não, ele não vai abrir mão da presidência da empresa, não vai!

ALBERTO – Eu sei disso, Lorenzo, eu conheço muito bem seu pai! E é por isso que eu te chamei aqui, você precisa convencer ele! Aqui na empresa as coisas funcionam assim: durante dois meses eu cuido de tudo, nos outros dois a responsabilidade fica com ele. Analise esses papéis e analise os meus últimos dois meses com os do seu pai, o lucro caiu quase 25%.

 

Alberto entrega os papéis para Lorenzo, que analisa tudo em silêncio e fica preocupado.

 

CENA 19. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. NOITE.

SONOPLASTIA: Nossa Conversa – Kell Smith.

Anoitece. CAM AÉREA sobrevoa as praias de Leblon, Ipanema e Copacabana. Em seguida, corta para a fachada da mansão Albuquerque.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 20. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA DE JANTAR. INT. NOITE.

Marina, Murilo e Bárbara estão jantando na mesa. Lorenzo vem de seu quarto e se junta a eles, começa a se servir.

 

BÁRBARA – E aí, Lorenzo, como foi o primeiro dia na empresa, já deu um jeito de estraga tudo como você sempre faz?

LORENZO – Não enche, Bárbara.

BÁRBARA – Não enche, não enche… Incrível como você é insuportável, não tem nem 24 horas que está com a gente e já consegue estragar tudo!

LORENZO – Para de ser infantil, menina, você nunca vai crescer não?

BÁRBARA – E eu tenho culpa dos papais me preferirem do que você?

LORENZO – Agora já deu, cansei dessas suas baboseiras!

 

Lorenzo se levanta da mesa.

 

MARINA – Aonde você vai, filho?

LORENZO – Dá uma volta, mãe, esfriar a cabeça.

MARINA – Mas e a sua comida?

LORENZO – Faz qualquer coisa com ela, já até perdi a fome!

 

Lorenzo sai da sala de jantar. Bárbara fica rindo ironicamente.

 

CENA 21. CASA DE CRISTINA E ELIAS. SALA DE JANTAR. INT. NOITE.

Cristina, Elias, Cecília, Laila, Jussara e Pedrinho estão jantando. Cecília termina de comer e se levanta da mesa.

 

CRISTINA – Não vai comer mais, filha?

CECÍLIA – Não, mãe, já estou cheia.

 

Cecília sai na direção da sala.

 

ELIAS – Vai sair, filha?

CECÍLIA – Sim! Vou dar uma volta na praia, preciso esfriar a cabeça.

 

Cecília sai. Cristina e Elias ficam se olhando apreensivos. Laila não entende nada.

 

CENA 22. CASA DE ROSA. SALA DE JANTAR. INT. NOITE.

Clarisse, Rosa e Tito estão jantando.

 

ROSA – Estou esperando, Tito, fale um pouco sobre você!

CLARISSE – Mãe, o Tito é meio tímido, não fica fazendo esse monte de perguntas não!

ROSA – Mas como que eu vou conhecer seu namorado se ele não pode responder uma pergunta?

CLARISSE – Mãe, por favor, não me passa essa vergonha não, tá?

ROSA – Tá bom então, se você prefere assim, assim será!

 

Os três continuam comendo.

 

CENA 23. PRAIA DE COPACABANA. EXT. NOITE.

SONOPLASTIA: Dois Corações – Melim.

A praia está toda iluminada pelos postes. De um lado vem Cecília, pensativa, do outro Lorenzo, que demonstra cansaço. Os dois caminham um na direção do outro, em câmera lenta, até que se esbarram, sem querer.

 

CECÍLIA – Desculpa!

LORENZO – Imagina, eu que esbarrei na senhorita!

 

Durante alguns segundos, eles se olham fixamente.

Imagem congela nos personagens Cecília e Lorenzo, um em cada metade da tela.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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