CENA 01. SALÃO DE FESTAS. INT. NOITE.

Todos ficam surpresos com o que acabam de ouvir. Marina fica com raiva de Valentina e encara a moça, de longe. Cecília ri debochada do que acaba de acontecer, enquanto Alberto olha para a moça fazendo cara de nojo. Bárbara demonstra raiva ao perceber que muitas pessoas estão comemorando a saída da família Albuquerque. Valentina e Marina continuam se encarando.

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

Valentina desce do palco, sarcástica e se aproxima de Marina, que a encara com muita raiva.

 

VALENTINA – Vamos, Marina?! O que você está esperando para dar um fora daqui?

MARINA – Você é muito ridícula, né? Pode deixar… Eu vou embora e não faço questão de ficar perto de você por nem mais um segundo!

VALENTINA – Você vai, não! A sua família vai… Afinal, não sei se você ouviu… Mas eu prefiro a Cecília!

MARINA – Então engole a Cecília! Estou pouco me importando com suas amizades! Mas fique sabendo de uma coisa: você acaba de ganhar uma inimiga!

VALENTINA – Como se isso fosse mudar alguma coisa na minha vida! Afinal, você fala, fala, mas não sai! Dá logo um fora daqui!

 

Marina se vira para a sua família.

 

MARINA – Vamos, gente… Não precisamos passar por essa humilhação!

 

A família Albuquerque se reúne e sai do salão de festas. Logo, os demais voltam a curtir a festa alegremente, com uma leve música ao fundo.

 

CENA 02. SALÃO DE FESTAS. INT. NOITE.

Cristina está perto do bar que fica dentro do salão de festas. Joyce se aproxima da moça, sorridente.

 

CRISTINA – Você não foi embora?

JOYCE – Não, não… Graças a Deus eu me dou super bem com a Valentina, e por falar nisso, eu que sou a dona da loja em que a Cecília está como modelo.

CRISTINA – Ah, agora lembrei. Joyce, né?

JOYCE – Isso.

CRISTINA – Prazer em conhecer. Inclusive a Cecília fala muito bem de você, acho que ela te admira muito.

JOYCE – Deve ser porque eu sou a única “Albuquerque” que não sou venenosa.Na verdade eu nem sou Albuquerque, graças a Deus!

CRISTINA – É, realmente a Cecília odeia muito todos eles e eu não tiro a razão dela.

 

O garçom se aproxima de Cristina e entrega uma taça com vinho.

 

CRISTINA – Vou ter que voltar para a minha mesa, mas foi um prazer te conhecer, Joyce.

JOYCE – Imagina! O prazer é todo meu!

 

As duas trocam sorrisos e logo após saem em direções diferentes.

 

CENA 03. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

Murilo, Marina, Lorenzo e Bárbara entram em casa, todos frustrados com o que aconteceu.

 

MURILO (gritando) – Sandra… Sandra…

 

Todos eles se sentam no sofá, descansando a cabeça.

 

MURILO – Sandra!

LORENZO – Eu acho que ela não está em casa, pai.

MURILO – Mas ela não apareceu na festa, deve estar aqui!

LORENZO – É… Vamos ver lá no quarto dela. Talvez esteja por lá e por isso não esteja ouvindo.

MURILO – É, vamos…

 

Murilo e Lorenzo saem em direção à cozinha. Marina se levanta.

 

MARINA – Quer saber? Eu vou também! Eu quero é dar uma bronca nessa mulher para descontar todas as raivas que passei hoje!

 

Marina sai em direção à cozinha. Logo após, Bárbara se levanta rapidamente, sai da casa e fecha a porta bem devagar.

 

CENA 04. MANSÃO ALBUQUERQUE. QUARTO DE SANDRA. INT. NOITE.

Sandra ainda se encontra desmaiada no chão, mas, devido à luz apagada, não é possível vê-la. Murilo e Lorenzo entram no quarto e acendem a luz. Os dois se desesperam ao vê-la no chão, e se abaixam, tentando acordá-la.

 

MURILO (balançando Sandra) – Sandra, acorda… O que aconteceu, Sandra? Fala com a gente!

 

Marina entra no quarto e revira os olhos ao ver Sandra no chão. Murilo e Lorenzo pegam Sandra e a colocam deitada na cama.

 

MARINA – Essa mulherzinha gosta de chamar atenção, né? Deus me livre!

LORENZO – Mãe, por favor. Nem com a mulher passando mal a senhora dá um tempo…

MARINA – Desmaiada? Duvido! Mas fácil ela estar dormindo!

MURILO – Menos, Marina, menos! Vê se para de besteira e ajuda aqui

 

Lorenzo e Murilo começam a abanar Sandra, tentando fazê-la acordar. Enquanto isso, Marina olha para ela com cara de nojo, enquanto revira os olhos.

 

CENA 05. SALÃO DE FESTAS. EXT. NOITE.

SONOPLASTIA: De Janeiro a Janeiro – Roberta Campos, Nando Reis.

Valentina e Otávio estão parados na calçada. Pamela, Cecília e Cristina estão em volta deles.

 

PAMELA – Olha, minha filha… Vai com Deus e aproveita muito. Eu sei que você sempre quis conhecer Angra e agora chegou a hora. Divirta-se.

VALENTINA – Pode deixar, mamãe. Eu vou me divertir muito, como nunca me diverti antes.

CECÍLIA – É isso aí, amiga. Aproveita para tirar todos os estresses da cabeça.

VALENTINA – Amém! (ri)

 

Pamela, Cecília e Cristina abraçam os noivos alternando-os entre si. Logo após se despedirem de todos, Otávio e Valentina entram em um carro que os esperava estacionado na rua e saem. Pamela, Cecília e Cristina acenam de longe, felizes.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 06. MANSÃO ALBUQUERQUE. QUARTO DE SANDRA. INT. NOITE.

Lorenzo e Murilo estão perto da cama, ainda tentando acordar Sandra. Marina continua atrás, com suas caras e bocas. Sandra vai acordando aos poucos e consegue se sentar na cama.

 

MURILO – Graças a Deus! O que aconteceu?

SANDRA – Nem eu sei direito… Só me lembro de quando eu entrei no quarto, passei mal e caí aqui no chão. Deve ter sido por causa da preocupação.

LORENZO – E o que te deixou tão preocupada, Sandra?

SANDRA – Vocês não ficaram sabendo?

MURILO – Não… Fala logo, mulher!

SANDRA – O Emanuel foi atropelado!

LORENZO – O Emanuel, namorado da Juliana?

SANDRA – Sim, o ex da Bárbara.

MURILO – Eita, ela vai ficar bem triste quando souber. E onde ele está?

SANDRA – No hospital, a Juliana tá cuidando dele. Ela disse que eu podia voltar pra casa, e eu caí na besteira de vim!

LORENZO – Então é melhor a gente ir logo, né?

MURILO – É, vamos lá falar com a Bárbara.

 

Sandra se levanta da cama. Ela, Murilo e Lorenzo saem do quarto. Marina se aproxima da porta.

 

MARINA – É incrível como cada um acha o seu jeito de chamar atenção! Uma quer vingança, a outra nos expulsa de uma festa e agora esse atropelado! Eu mereço mesmo!

 

Marina sai do quarto, apaga a luz e bate a porta.

 

CENA 07. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

Lorenzo e Sandra estão em pé no meio da sala. Marina vem da cozinha e se aproxima deles, logo após Murilo desce às escadas.

 

MURILO – Ela não tá no quarto!

LORENZO – Então vamos logo sem ela, depois nós avisamos!

MURILO – Tá, então bora!

 

Todos saem da sala, Marina por último. Enquanto fecha a porta, a mulher demonstra raiva.

 

CENA 08. CASA DE CRISTINA E ELIAS. SALA. INT. NOITE.

Cristina, Elias, Cecília, Laila, Jussara e Pedrinho chegam em casa. Jussara, Pedrinho e Laila vão direto para seus quartos. Cristina vai para a cozinha. Elias e Cecília se sentam no sofá.

 

ELIAS – Olha, filha… Eu fiquei impressionado quando a Valentina disse que a Marina pediu pra te tirarem a festa, e quando expulsou a família dela no teu lugar!

CECÍLIA – Tá vendo? Pelo visto não sou eu que sou a ruim!

ELIAS – Claro que não, filha. Eu sei que você não é ruim! E hoje eu entendo por que você deseja tanto se vingar, e eu até apoio!

CECÍLIA – Sério, pai? Que notícia boa! O senhor não sabe como estou feliz!

 

Cecília abraça Elias, feliz. O homem ri levemente.

 

CENA 09. CASA DE CRISTINA E ELIAS. QUARTO DE JUSSARA E PEDRINHO. INT NOITE.

Jussara e Pedrinho estão sentados na cama, brincando com um quebra-cabeça. Cristina bate na porta e entra.

 

CRISTINA – Nossa! Vocês mal chegaram e já estão brincando…

JUSSARA – É, mamãe, esse joguinho é muito legal e nós não aguentamos esperar para depois.

CRISTINA – Eu sei, filha, não estou brigando com vocês não. É melhor mesmo brincar do que ficar na rua se envolvendo com coisa errada. Mas agora você pode dá uma saidinha? Eu preciso falar com o Pedrinho.

JUSSARA – Tá bom. Eu vou ver o que a Laila está fazendo.

 

Jussara se levanta da cama e sai do quarto. Cristina se senta ao lado de Pedrinho.

 

CRISTINA – O que você achou da festa?

PEDRINHO – Foi legal, pelo menos eu comi muito.

CRISTINA – É, minha avó sempre dizia: a melhor parte de uma festa é a comida. E ela não estava errada, a gente vai crescendo e esquecendo de brincar, só lembra de comer mesmo!

PEDRINHO – Mas eu nunca vou esquecer de brincar! Afinal, brincar é a única coisa que me faz esquecer os problemas.

CRISTINA – Você é muito novo, Pedrinho. Ainda não sabe o que é problema de verdade. E nem queira saber também! E a conversa com a Hanah? Como foi?

PEDRINHO – Normal.

CRISTINA – Você tem certeza? Porque ela me disse que você falou demais, né?

PEDRINHO – É claro! A senhora já viu alguém abandonar o filho e voltar depois de sete anos achando que tudo vai ser como era?

CRISTINA – Ela errou, eu sei. Mas todo mundo erra, somos todos humanos. E você precisa dar uma chance pra ela. Não era você que sempre tinha vontade de conhecer a mãe? Agora ela está aí, mais perto do que nunca, e pra você se aproximar dela, basta querer! Afinal, a parte dela ela está fazendo!

PEDRINHO – É, tia, eu sei. Talvez eu tenha sido um pouco malcriado mesmo!

CRISTINA – Pois é, mais nunca é tarde para consertar os erros. Me promete que você vai dar uma chance para a sua mãe.

PEDRINHO – Eu prometo… Eu vou fazer tudo para que dê certo.

 

Cristina sorri para Pedrinho, feliz. Os dois se abraçam, emocionados.

 

CENA 10. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Juliana está sentada em uma cadeira, pensativa. Emanuel está dormindo. Bárbara entra no quarto sem ao menos pedir licença e se aproxima de Emanuel.

 

BÁRBARA – Amor, o que aconteceu?…

 

Juliana se levanta e se aproxima de Bárbara.

 

JULIANA – Ele foi atropelado, Bárbara!

BÁRBARA – É, disso eu já sei… Por sua culpa, né?

JULIANA – Olha, nós estamos no hospital, o Emanuel está dormindo. Não vamos brigar, por favor…

 

Bárbara vira as costas para Juliana. Ela se aproxima novamente de Emanuel, ela faz carinho no rosto dele. Juliana sente vontade de separá-la de Emanuel, mas se controla.

 

CENA 11. MANSÃO ALBUQUERQUE. FUNDO. EXT. NOITE.

Marcão, Tito e Nelson estão atrás de um coqueiro, observando a mansão. A CAM vai se aproxima deles aos poucos.

 

MARCÃO – Chegou a hora! Nós já sabemos que não tem ninguém em casa. Vamos logo!

 

Marcão atravessa a rua, e os outros dois vão logo atrás. O homem pega uma escada que estava escondida atrás de um arbusto e coloca perto do muro. Os três sobem. A CAM vai afastando-se aos poucos e mostra a câmera de segurança de uma casa vizinha, que filma tudo.

 

CENA 12. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Bárbara ainda está fazendo carinho no rosto de Emanuel. Juliana a observa impacientemente, mas consegue se controlar. Murilo, Marina, Lorenzo e Sandra entram. Juliana abraça Sandra. Marina se senta em uma cadeira e começa a mexer em seu celular, sem dá a mínima importância para Emanuel. Murilo e Lorenzo aproximam-se de Bárbara.

 

MURILO – Como você ficou sabendo do Emanuel?

BÁRBARA – Ah… Assim que eu cheguei em casa uma amiga minha que é enfermeira me avisou e eu vim correndo. Nem lembrei de avisar vocês.

MURILO – É, a gente percebeu. Mas você já sabe o que aconteceu com ele realmente?

 

Bárbara começa a contar o que aconteceu em FADE. CAM aproxima-se de Marina, que olho para todos preocupados e começa a rir, debochada. Após alguns segundos, Emanuel acorda, deixando todos felizes, exceto Marina. Juliana e Sandra também se aproximam dele.

 

JULIANA – Graças a Deus você acordou de novo, amor. Já estava ficando preocupada…

 

Juliana beija Emanuel e logo em seguida se afasta dele. Bárbara fica com raiva dela, mas não fala nada.

 

EMANUEL – É, acordei… E desde ontem eu não consigo tirar uma ideia da cabeça…

SANDRA – Que ideia?

EMANUEL – Eu acho que foi tudo uma armação! Alguém que odeia a Juliana tentou atropelar ela. Eu acabei pulando na frente e aqui estou.

 

Todos olham para Bárbara, que se finge de vítima.

 

BÁRBARA – Eu não acredito que você estão pensando que fui eu! Eu posso ter todos os motivos para fazer isso, mas não fiz. Inclusive eu estava na festa, né?

LORENZO – É, Emanuel. Realmente a Bárbara estava conosco.

EMANUEL – Olha, eu não quero nem descobrir quem foi para evitar passar raiva. Eu só quero que o responsável pague sem que ninguém saiba. Aí vai estar recebendo o merecido castigo.

 

Eles continuam conversando em FADE. Bárbara fica aliviada ao perceber que acreditaram nela.

 

CENA 13. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

Tito está parado no meio da sala, vigiando a entra. Marcão e Nelson descem às escadas com duas malas cheias.

 

MARCÃO – Tito, tenho boas notícias… O chefão guarda muita grana no cofre e acabou esquecendo ele aberto, a gente tá milionário!

TITO – Como é bom ouvir isso! Mas vamos logo, antes que eles cheguem!

MARCÃO – Espera, vamos dar uma geral aqui pra eles saberem que não estão lidando com gente fraca!

 

Os três começam a quebrar vários quadros de fotos. Nelson e Tito viram os sofás de ponta cabeça. Logo após, os três saem pela cozinha.

 

CENA 14. HOSPITAL. QUARTO. INT. NOITE.

Todos continuam em volta de Emanuel, exceto Marina.

 

EMANUEL – Bom, mas eu já passo bem e não quero que ninguém fique preocupado comigo não! Vocês podem ir e ficar despreocupados!

BÁRBARA – Se você quiser eu posso dormir aqui com você…

EMANUEL – Não, Bárbara, pode deixar… A Juliana vai ficar aqui comigo. Obrigado!

 

Bárbara sai do quarto com raiva, sem responder. Lorenzo, Murilo e Marina a acompanham. Juliana e Emanuel se beijam. Sandra os observa, feliz.

 

CENA 15. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. NOITE.

CAM AÉREA sobrevoa uma avenida do Rio, esta lotada de carros e pedestres. Em seguida corta para a fachada da Mansão Albuquerque.

 

CENA 16. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

A sala está toda acabada. Murilo, Marina, Lorenzo e Bárbara entram e se assustam com o que veem. Eles param no meio da sala.

 

MURILO – O que aconteceu aqui?!

 

Todos estão assustados, sem entender o que aconteceu.

Imagem congela no personagem Murilo.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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