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Capítulo 29 (Penúltimo)

CENA 01. APARTAMENTO DE ALBERTO. SALA. INT. MANHÃ.

Alberto está sentado no sofá, assistindo à televisão. Ao ver que uma grande revelação será feita sobre o assassinato de Murilo, o homem demonstra nervosismo. O vídeo dele planejando o assassinato de Murilo passa no jornal. Alberto se levanta rapidamente, nervoso.

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

 

ALBERTO – Como que esse vídeo foi parar no jornal, meu Deus? Otávio deve ter passado esse vídeo pra alguém antes do acidente. Eu preciso fugir o mais rápido possível.

 

Alberto sai correndo na direção de seu quarto.

 

CENA 02. APARTAMENTO DE ALBERTO. SUÍTE DE ALBERTO. INT. MANHÃ.

Alberto entra no quarto, desesperado. Coloca uma mala em cima da cama e abre-a. Ele abre o guarda-roupa, começa a tirar várias roupas e a jogá-las dentro da mala. O homem está suando de tão nervoso.

 

CENA 03. APARTAMENTO DE LORENZO. SALA. INT. MANHÃ.

Lorenzo está sentado no sofá, pensativo. Priscila vem da cozinha e se senta ao lado dele.

 

PRISCILA – O que aconteceu, amor?

LORENZO – O Alberto… Foi ele que matou o meu pai, Priscila.

PRISCILA – O quê? O Alberto matou o Murilo?

LORENZO – Sim. Acabou de passar no jornal, tem até vídeo.

PRISCILA – Meu Deus! Como ele conseguiu matar o próprio irmão?

LORENZO – Pois é. E não é só isso.

PRISCILA – Tem mais?

LORENZO – Sim. A Bárbara saiu do país em um avião, mas o avião caiu.

PRISCILA – Meu Deus, coitada.

LORENZO – Você entende a situação? Da minha só sobrou eu. Quem não é ruim, morreu.

 

Priscila abraça Lorenzo e o consola.

 

CENA 04. BAR. INT. MANHÃ.

Marina está sentada em uma mesa, rindo.

 

MARINA – Pelo menos agora eu sei que não foi só eu que me lasquei. Eu queria tanto ver a cara do Alberto vendo esse vídeo, deve ter sido hilário. A Bárbara me largou, tentou sair do país, e aí está o resultado. Acho é pouco. Tomara que tenho morrido mesmo!

 

Marina começa a rir incontrolavelmente.

 

CENA 05. PRÉDIO APARTAMENTO DE ALBERTO. FACHADA. EXT. MANHÃ.

Alberto sai do prédio, carregando uma mala. Ele está cercado pela polícia e pela imprensa, além de uma multidão que protesta contra o homem. Vicente se aproxima de Alberto.

 

VICENTE – E eu pensando que você era do bem, Alberto.

ALBERTO – Você não vai me prender, né? E onde fica a nossa amizade?

VICENTE – Essa amizade você leva pra cela junto com você. Afinal é lá que você vai passar os próximos aos.

 

Vicente pega a mala de Alberto e joga no chão. Em seguida ele algema o homem e o coloca dentro da viatura. O carro da polícia que carrega Alberto sai. O homem aparece na janela, chorando de ódio.

 

CENA 06. APARTAMENTO DE VALENTINA. SALA. INT. MANHÃ.

Valentina e Pamela estão sentadas no sofá. Valentina está falando no telefone com Cecília.

 

VALENTINA – Escuta, amiga. Você já deve ter visto que foi o Alberto que matou o Murilo. Agora a gente precisa ir na delegacia e depor contra ele. Esse homem precisa passar o resto da vida dele na prisão, pra largar de ser pilantra. (pausa) Daqui a pouco a gente se encontra láb… Beijos!

 

Valentina desliga o telefone e se levanta. Pamela também se levanta para acompanhar a filha até a porta.

 

PAMELA – Você não tá triste com a morte do Otávio, Valentina?

VALENTINA – Tô sim, mãe. Mas isso eu vou superar. A minha prioridade agora é ver o Alberto atrás das grades.

PAMELA – Realmente. Esse homem é um monstro. Vai com Deus, filha. Eu tô te esperando aqui.

VALENTINA – Tá bom, mãe. Daqui a pouco eu volto.

 

Valentina sai. Pamela fecha a porta.

 

CENA 07. DELEGACIA. SALA DE DEPOIMENTOS. INT. MANHÃ.

Vicente, Alberto, Cecília e Valentina estão presentes na sala de depoimentos. É a vez de Cecília falar.

 

CECÍLIA – E esse ser repugnante ainda tentou nos acusar pelo assassinato do irmão dele, sendo que foi ele mesmo que o matou. O Alberto não presta. Ele sempre foi arrogante e presunçoso. Quando eu fui presa, ele pagou o meu atual namorado para depor contra mim. Esse homem é um pilantra e tem que passar o resto da vida dele na cadeia.

ALBERTO – Você é muito besta, né?

VICENTE – Silêncio! Não é a sua vez de falar! Pode depor agora, Valentina.

 

Valentina começa a depor em FADE.

 

CENA 08. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. TARDE.

CAM AÉREA mostra a Praia da Barra.

LETREIRO: Algum tempo depois.

Em seguida corta para a fachada de um tribunal.

 

CENA 09. TRIBUNAL. SALA DE AUDIÊNCIAS. INT. TARDE.

O juiz já está presente no tribunal. No banco das testemunhas vemos Cecília, Joyce, Valentina e Bryan. Cristina, Elias, Laila, Clarisse, Lorenzo, Priscila, Pamela, Vicente, Larissa e Manuela estão assistindo ao julgamento. Alberto também encontra-se no local, juntamente com o seu advogado.

 

JUIZ – Chamo para depor a testemunha de acusação Cecília Soares Mendes.

 

Cecília se levanta e se posiciona ao lado do juiz.

 

CECÍLIA – Anos atrás eu trabalhei para os Albuquerque. Eu era empregada doméstica na mansão deles. Infelizmente o Henrique foi assassinado. E eu levei a culpa e passei cinco anos presa. Mas não fui eu que o matei. O Alberto pagou o meu atual namorado para depor contra mim, e por isso eu fui presa. Minhas amigas e eu fizemos um vídeo contra a família Albuquerque. Ele se sentiu muito ofendido e deu até entrevista nos citando como as assassinas. Mas agora todo mundo já sabe a verdade, e eu espero que ele pague por tudo o que já fez.

 

Cecília volta para o banco das testemunhas.

 

JUIZ – Chamo agora a senhorita Joyce Furlan Pinheiro.

 

Joyce se levanta e se posiciona ao lado do juiz.

 

JOYCE – Não sei se todos sabem, mas eu fui casada com o Alberto durante muito tempo. Nós tivemos uma filha, Beatriz, que se suicidou recentemente. E eu me separei justamente por causa disso. O Alberto simplesmente disse que não tinha culpa se a Beatriz queria chamar atenção. Depois disso eu decidi ajudar a Cecília e a Valentina, que são modelos na minha loja. Do meu casamento com o Alberto eu só extraí coisas ruins. Ele sempre foi muito agressivo, frio e arrogante. Ele sempre deixou clara a vontade de ter a presidência da Albuquerque só pra ele. Claro que eu não imaginava que ele seria capaz de matar o Murilo, mas ele foi. Bem, é isso.

 

Joyce volta para o banco das testemunhas.

 

JUIZ – Faremos uma pausa de uma hora, para que o júri chegue ao veredito.

 

O juiz sai, e a sessão é interrompida. Cecília e Valentina mostram nervosismo.

 

CECÍLIA – Será que ele vai ser preso?

VALENTINA – É muito difícil não ser, Cecília. Se esse homem ficar solto, é muita corrupção.

 

CAM corta para Lorenzo e Priscila, que estão conversando.

 

LORENZO – Eu nunca pensei que eu fosse dizer isso. Mas eu quero muito que o tio Alberto seja preso.

PRISCILA – Tá certo. Ele tem que ser preso mesmo e pagar por tudo o que fez. Quem sabe assim não aprende a ser alguém decente.

 

CORTA. O juiz volta para a sala de audiências. Um assistente pega de um dos jurados o papel com o veredito, que é lido silenciosamente pelo juiz. Todos voltam a atenção para ele.

 

JUIZ – Já tenho o veredito.

 

INSTRUMENTAL: Suspense.

Todos estão ansiosos. Alberto não para de olhar para Cecília, com raiva.

 

JUIZ – O senhor Alberto Albuquerque foi considerado culpado por seus crimes, pelos quais cumprirá a pena de quinze anos de detenção em regime fechado.

 

Alberto arregala os olhos, ainda mais furioso. Cecília comemora e beija Bryan. Dois policiais pegam Alberto e o algemam. Quando está prestes a sair da sala de audiências, Alberto se vira para todos e causa suspense.

 

ALBERTO – Fiquem sabendo que eu não me arrependo de nada. E se pudesse mataria o Murilo novamente e qualquer um que se metesse no meu caminho. E eu estava quase me tornando o presidente da empresa. Se não fosse aquele otário do Otávio, eu teria conseguido. Ah, Cecília, pode ficar tranquila. Você não vai ser acusada de mais nada. Fui eu que matei o Henrique Albuquerque, meu pai!

 

Todos ficam surpresos com o que acabam de ouvir. Cecília fica de boca aberta.

Imagem congela na personagem Cecília.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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  • Olha, achei bem interessante. Confesso que deu muita curiosidade em saber os desfechos. Muito criativo e escrita clara. Parabéns!
    * Apenas uma dica com carinho. (Notei algumas palavrinhas que precisam de correção, mas coisa simples.) Do resto está ótimo. Espero poder conhecer muitos outros trabalhos incríveis como este. :)

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