CENA 01. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. NOITE.

INSTRUMENTAL: Velório.

 

JOYCE – Você não está nem um pouco triste pela morte da Beatriz?

ALBERTO (estressado) – É claro que eu estou! Agora eu não tenho culpa dela ter se matado! Eu passo o dia na empresa. A responsabilidade cuidar dela era sua, e não minha!

JOYCE – Você não tem coração mesmo… Eu cansei!

ALBERTO – Cansou de quê, Joyce?

JOYCE – De você! Eu quero o divórcio!

 

Alberto encara Joyce, surpreso com o que acaba de ouvir.

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

INSTRUMENTAL OFF.

Alberto vai se afastando aos poucos de Joyce, mas se vira novamente para a mulher, furioso.

 

ALBERTO – Fique sabendo que eu não vou permitir que esse divórcio vá para a frente!

JOYCE – Isso é o que nós vamos ver!

ALBERTO – Larga de ser ridícula, Joyce! Você é incapaz de sobreviver sem mim!

JOYCE (ri, irônica) – Eu não nasci grudada em você! E eu te provo que mesmo se o divórcio não sair, com você eu não fico mais!

 

Joyce sai da sala, irritada por fora e triste por dentro. Alberto se aproxima novamente de seus amigos e volta a conversar com os mesmos, fingindo que nada aconteceu. CAM vai aproximando-se aos poucos do caixão de Beatriz, até que se fixa no rosto da garota.

 

CENA 02. PASSAGEM DE TEMPO.

SONOPLASTIA: Amores Imperfeitos – Anavitória.

 

Cecília conversa com Bryan em um restaurante.

Joyce arruma suas coisas e aluga uma casa para morar sozinha.

Valentina e Otávio passam os primeiros dias do casamento felizes.

Hanah e Pedrinho se aproximam cada vez mais.

 

CENA 03. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. MANHÃ.

SONOPLASTIA CONTÍNUA.

CAM AÉREA sobrevoa a Praia de Copacabana.

LETREIRO: Três dias depois.

Em seguida corta para a fachada da Joyce’s Clothing.

 

CENA 04. JOYCE’S CLOTHING. SALÃO PRINCIPAL. INT. MANHÃ.

SONOPLASTA OFF.

Valentina, Cecília e Joyce estão no centro do salão, pensando em como podem organizar a loja.

 

VALENTINA (diz apontando para um dos cantos da loja) – Ali a gente pode colocar as prateleiras com a parte das toalhas.

JOYCE – Gostei, Valentina. É um bom começo. E do lado das toalhas podemos colocar a prateleira com os vestidos.

CECÍLIA – Adorei. E pelo visto só eu que não tenho ideias aqui… (ri)

JOYCE (ri) – Quê isso, Cecília? Só de você ter vindo ajudar já valeu a pena e eu também tenho certeza que você ainda vai dá ótimas ideias!

 

Alberto entra na loja sem pedir licença e se aproxima das três, encarando Joyce seriamente.

 

VALENTINA – A Cecília e eu vamos ali dentro organizar algumas coisas, Joyce. Assim a senhora pode conversar a sós.

JOYCE – Tá bom, meninas. Podem ir.

 

Valentina e Cecília vão para o depósito.

 

JOYCE – O que você quer aqui?

ALBERTO – Conversar.

JOYCE – Pois pode ir embora. Eu não tenho nada para falar com você!

ALBERTO – Como a gente vai resolver as coisas se você não colabora?

JOYCE – Já está tudo resolvido, Alberto. Nós não temos nada para conversar e você já pode sair daqui, ok?

ALBERTO – Joyce, larga de ser infantil! Você vai mesmo acabar com um casamento de anos sem nem uma conversa decente?

JOYCE – Vou acabar não! Eu já acabei e não tem nada que me faça voltar atrás nessa decisão! Agora você já pode ir!

ALBERTO – Tudo bem, eu vou. Eu que não vou ficar batendo boca com gente imbecil. Mas fique sabendo de uma coisa: quando você precisar de alguma coisa, nem lembre que eu existo!

JOYCE – Nem precisa se preocupar com isso! Eu nem lembrava mais, mas o senhor fez o favor de vir até aqui e me lembrar!

 

Alberto se vira e sai, com raiva. Joyce se senta em um banquinho, rindo.

 

JOYCE – Se ele acha que eu vou voltar correndo para os braços dele, está muito enganado!

 

Joyce começa a observar sua loja e a pensar em como vai organizar tudo.

 

CENA 05. HOSPITAL. FACHADA. EXT. MANHÃ.

Emanuel e Juliana saem do hospital juntos. Ele se apoiando nela por não estar totalmente bom ainda. Os dois conversam enquanto caminham pela calçada.

 

EMANUEL – Aí o doutor disse que eu sairia no dia seguinte, e ainda tive que ficar mais três dias nesse inferno! Vai entender…

JULIANA – Era apenas uma previsão, Emanuel. E você não tem que ficar reclamando aí não, tem é que agradecer por estar vivo.

EMANUEL – Verdade… Obrigado, Deus, e obrigado também por ter livrado  minha Juliana desse acidente!

 

Emanuel e Juliana se beijam. Logo após o homem se vira para continuar andando e vê do outro lado da rua o carro que lhe atropelou, com um homem encostado na porta, ele fica paralisado.

 

JULIANA – O que aconteceu, Emanuel?

EMANUEL – O carro, Juliana, o carro…

JULIANA – O quê? De que carro você está falando?

EMANUEL – Daquele no outro lado da rua, foi por ele que alguém me atropelou! Certamente foi aquele homem!

JULIANA – Você não está pensando em…?

EMANUEL – Pensando não, eu vou lá falar com ele agora! Me espera aqui.

 

Emanuel atravessa a rua correndo.

 

JULIANA – É… A perna sarou mais rápido do que eu pensei!

 

CAM corta para o outro lado da rua. Emanuel se aproxima do dono do carro.

 

EMANUEL – Bom dia, senhor, tudo bem?

DONO DO CARRO – Bom, tudo sim. Quem é você?

EMANUEL – O meu nome não importa! Mas eu acabei de sair do hospital que fiquei internando por uns cinco dias porque fui atropelado. Atropelado por esse carro!

DONO DO CARRO – Sério? Que situação… Mas eu não tenho nada a ver com isso!

EMANUEL – Como não tem? Eu creio que o senhor seja o dono desse carro, não?

DONO DO CARRO – Sim, eu sou o dono.

EMANUEL – Então como diz que não tem nada a ver com isso?

DONO DO CARRO – É que esse é um carro de aluguel. Eu alugo ele.

EMANUEL – Ah, entendi. E o senhor pode me ajudar a descobrir quem foi o responsável pelo meu atropelamento?

DONO DO CARRO – Olha, não é legal da minha parte sair te entregando nomes assim, sem nem saber se você está falando a verdade… Mas eu vou te ajudar sim, espera só um minuto que eu vou pegar a lista aqui.

 

O homem entra no carro, pega um papel, e sai do carro novamente.

 

DONO DO CARRO – Você disse que foi mais ou menos a uns cinco dias, né?

EMANUEL – Sim, uns cinco ou seis dias no máximo.

DONO DO CARRO – Você deu sorte, porque até aqui tá tendo crise e nesse período apenas uma pessoa alugou o carro.

EMANUEL – Pois fale logo o nome!

DONO DO CARRO – Aqui está registrado como Bárbara Albuquerque.

 

Emanuel fica perplexo ao descobrir que Bárbara o atropelo. O homem fica sem reação.

 

CENA 06. FAVELA DA ROCINHA. CASA DE MARCÃO. SALA. INT. MANHÃ.

Tito está sentado no sofá, assistindo televisão. Marcão entra, sem avisar, ainda carregando a mala, e usando a mesma roupa de três dias atrás. Tito se espanta ao ver o homem e se levanta rapidamente, encarando-o.

 

TITO – Esqueceu dinheiro aqui?

MARCÃO – Não, não esqueci nada. Eu nem fui embora ainda, e não vai ter como eu ir de avião. Eu fiquei esses dias na casa de uns parentes e o jeito vai ser eu me mandar daqui de carro mesmo

TITO – E é bom que você tome muito cuidado… Não vai ser nada bom a polícia te encontrar com uma mala cheia de dinheiro como essa!

MARCÃO – Isso por acaso é uma ameaça?

TITO – Não, só tô te alertando!

MARCÃO – Não se preocupa, Tito. Eu separei uma quantia boa pra você, tá escondido em baixo da minha cama. E eu não acredito que você nunca achou!

TITO – É claro que eu não achei! Você acha que eu ando fuçando embaixo da cama dos outros?

MARCÃO – Mas agora já sabe onde tá, depois pega e vai seguir tua vida! Hoje eu me mando daqui e provavelmente nós nunca mais vamos nos ver!

TITO – Cuidado, Marcão. Cuidado. Agora não é ameaça. Se você for pego com todo esse dinheiro, vai preso na hora!

MARCÃO – Eu sei me cuidar! Agora deixa eu ir, só vim aqui me despedir mais uma vez!

 

Marcão e Tito se abraçam, dando leve tapas um nas costas do outro. Quando terminam o abraço, Marcão sai sem dizer nada. Tito se senta novamente no sofá, rindo com cara de cínico.

 

CENA 07. MANSÃO ALBUQUERQUE. SALA. INT. MANHÃ.

Bárbara está sentada no sofá, mexendo em seu celular. Sandra está andando de um lado para o outro, impaciente. A campainha toca.

 

SANDRA (caminhando até a porta) – Finalmente!

 

Sandra abre a porta e recebe Emanuel e Juliana, os dois entram. Sandra abraça Emanuel e, logo após, Juliana. Ao vê Emanuel, Bárbara se levanta do sofá e vai até o homem, o abraça. Logo após, a moça o leva até o sofá.

 

JULIANA – Eu vou ali pra cozinha com a minha mãe, Emanuel. Depois eu venho ver como você está.

EMANUEL – Pode ir despreocupada, amor.

 

Juliana e Sandra vão para a cozinha. Bárbara e Emanuel estão sentados no sofá. Bárbara se vira para Emanuel, rindo, e o homem fecha a cara.

 

BÁRBARA – Credo, Emanuel! Eu quase me matei de preocupação e você me retribui desse jeito?

EMANUEL – Eu até imagino como deve ter sido essa sua preocupação… E só de pensar que você poderia ter evitado tudo isso, né?!

BÁRBARA – Eu poderia ter evitado? Do que você tá falando?

EMANUEL – Larga de ser cara de pau, Bárbara! Eu já descobri tudo! Por mera coincidência ou vontade do destino ao sair do hospital eu reconheci o carro que em atropelou. Fui falar com o motorista e ele me disse que era um carro de aluguel. E eu tinha que saber quem foi o responsável pelo meu atropelamento. Ele me disse, e eu descobri que foi você quem alugou o carro! Mas você não me atropelou, você estava no casamento. Então eu cheguei a uma conclusão: você pagou alguém para me atropelar!

BÁRBARA (começa a chorar) – Eu confesso! Foi eu que aluguei o carro! Mas não era pra você ter sido atropelado; o burro que eu contratei fez tudo errado! Era pra ele ter atropelado a Juliana!

EMANUEL – É, eu sei. Não sei se você sabe, mas eu pulei na frente do carro apenas para salvar ela. Agora me diz uma coisa: o que você ganhou fazendo tudo isso?

BÁRBARA – Eu não ganhei nada, porque ele fez tudo errado! Mas se tudo tivesse ocorrido como o planejado, ou a Juliana estaria morta ou eu teria que ir até o hospital e explicar pra ela que isso é o que acontece com quem rouba o namorado dos outros!

EMANUEL – Para de ser infantil, Bárbara! Ela não me roubou de você! Você que me perdeu por ser traíra, covarde. E eu garanto que eu estou muito mais feliz com a Juliana do que eu era com você! Com licença.

 

Emanuel se levanta e vai para a cozinha. Bárbara continua sentada, derramando algumas lágrimas. A moça enxuga o rosto, com olhar vingativo.

 

BÁRBARA – Isso não vai ficar barato! Eu vou te mostrar como é bom perder quem a gente gosta!

 

CENA 08. SORVETERIA. INT. MANHÃ.

Cecília e Bryan estão sentados em uma mesa, tomando sorvete.

 

CECÍLIA – Mas então, o que tanto você queria falar comigo?

BRYAN – Eu já vi que você é de confiança e eu realmente quero te ajudar! Então eu preciso te contar algumas coisas que podem te ajudar!

CECÍLIA – Sério? Pois fala logo! Você sabe que eu sou curiosa!

BRYAN – Eu não gosto de enrolação, então vou direto ao ponto! Aquele depoimento que eu dei era falso. O Alberto me pagou para dizer tudo aquilo e ainda disse que iria me promover, mas me dispensou logo em seguida!

CECÍLIA – Isso é muito bom, sabe por quê?

BRYAN – Não, por quê?

CECÍLIA – Quer dizer que se ela não for o assassino, fez isso pra acobertar alguém.

BRYAN – No caso eu tenho praticamente certeza que o assassino é da própria família, mais precisamente o Alberto ou o Murilo.

CECÍLIA – Sério? E por que você acha isso?

BRYAN – Eu sei que os dois desejavam muito a morte do pai, pra ficarem com a herança e a empresa…

CECÍLIA – Faz sentido… Faz muito sentido!

 

Os dois voltam a tomar seus sorvetes. Bryan começa a olhar para o rosto de Cecília, disfarçando, sem que a moça perceba, ele solta um leve sorriso.

 

CENA 09. APARTAMENTO DE VALENTINA. SALA. INT. MANHÃ.

Pamela está sentada no sofá, pensativa. Valentina vem da cozinha, pega seu celular que estava na mesa e olha seu instagram. Ela começar a pular de felicidade.

 

VALENTINA – Ah meu Deus! Não acredito!

PAMELA – Que animação toda é essa, filha? O que aconteceu?

VALENTINA – Eu cheguei aos 100 mil seguidores no instagram, mãe. 100 mil!

PAMELA – Me diz qual é a vantagem de ter 100 mil pessoas que você nunca viu te seguindo?

VALENTINA – A senhora não entende, mas pra mim que estou começando a minha carreira como modelo, é muito importante!

PAMELA – Se você diz… Que seja feliz!

 

Valentina volta a comemorar, a moça começa a gravar stories. Pamela olha para ela, sem entender nada, rindo.

 

CENA 10. MANSÃO ALBUQUERQUE. ESCRITÓRIO DE MURILO. INT. MANHÃ.

Murilo está sentado em sua mesa, mexendo em seu computador. Sandra bate à porta, e entra.

 

SANDRA – Com licença.

MURILO – Pode entrar, Sandra.

SANDRA (se senta na cadeira na frente de Murilo) – Na verdade eu já entrei, mas tudo bem.

MURILO – E o que você deseja?

SANDRA – Eu vim pegar minha demissão, seu Murilo.

MURILO – Demissão? Mas por quê, Sandra?

SANDRA – Não é nada com o senhor, mas eu quero sair.

MURILO – Pelo menos me fala o que é. Talvez eu possa resolver.

SANDRA – Não, o senhor não pode ajudar não. Eu cansei.

MURILO – Tudo bem. Mas pelo menos me fala do que se trata.

SANDRA – A sua filha, seu Murilo. Eu vou sair por causa dela.

MURILO – Só podia ser mesmo, eu já até desconfiava que era algo com a Bárbara. Eu já fiquei sabendo das situações envolvendo ela, o Emanuel e a sua filha. Mas eu não vou impedir nada, Sandra, eu só quero que você seja feliz. Difícil vai ser encontrar outra empregada boa como você.

SANDRA – O senhor encontra rapidão, pode ter certeza. Agora eu já estou indo.

MURILO – Tudo bem, depois nós resolvemos os papéis e tudo mais. Vai com Deus.

SANDRA – Amém.

 

Sandra se levanta e sai. Murilo continua sentado, pensativo.

 

CENA 11. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. MEIO DIA.

CAM AÉREA mostra uma avenida. Em seguida corta para a fachada de um restaurante.

 

CENA 12. RESTAURANTE. INT. MEIO DIA.

Valentina, Cecília e Clarisse estão sentadas em uma mesa, almoçando. As três conversam enquanto comem.

 

VALENTINA – Mas eu chamei vocês aqui foi pra outra coisa.

CECÍLIA – Pois fala logo, Valentina. Tu sabe que eu odeio esses seus suspenses.

VALENTINA – Tá, eu vou falar. Eu pensei numa forma em que a gente pode expor a família Albuquerque e mostrar para todos quem eles realmente são!

CLARISSE – Sério?! E que forma é essa?

VALENTINA – Eu tenho 100 mil seguidores no Instagram. É muita coisa. A gente vai gravar um vídeo dizendo a verdade sobre eles, e quanto mais informações melhor! Os meus seguidores vão começar a compartilhar esse vídeo e muita gente vai ver.

CECÍLIA – E íi eles estarão com a imagem manchada na frente de todos…

VALENTINA – Exatamente. Não tem como dar errado!

 

As três trocam risos sarcásticos.

 

CENA 13. CASA DE VICENTE E MANUELA. QUARTO DE LARISSA. INT. MEIO DIA.

Larissa e Bárbara estão sentadas na cama, conversando.

 

BÁRBARA – Você acredita que o Emanuel e Juliana descobriram tudo e que a Sandra ainda pediu demissão?

LARISSA – Do que você tá falando, Bárbara?

BÁRBARA – Do atropelamento que eu forjei. Era para a Juliana, mas o Emanuel acabou se lascando por tentar salvar a princesinha dele.

LARISSA – Bárbara, isso é horrível! Como você consegue ser tão ruim desse jeito?

BÁRBARA – Quê que é, Larissa? Vai ficar defendendo essa gentinha agora?

LARISSA – Vou! Porque eles têm toda a razão de estarem com raiva de você, Bárbara. Você é um monstro!

BÁRBARA – Então quer dizer que você vai trocar a minha amizade por essa gentalha?

LARISSA – Vou trocar não! Eu já troquei! Eu não concordo com as suas atitudes e não quero acabar como cúmplice!

BÁRBARA – Tudo bem, só quem perde é você!

 

Bárbara se levanta e sai com raiva, bate a porta. Larissa fica pensativa. Logo em seguida Manuela entra no quarto, curiosa e preocupada. Se senta na cama com a filha.

 

MANUELA – O que aconteceu aqui, Larissa? A Bárbara demonstrou estar furiosa!

LARISSA – A Bárbara e eu brigamos, mãe. Nós não somos mais amigas!

MANUELA – Não acredito, Larissa! Você não sabe que a Bárbara pode dar um jeito de me demitir?

LARISSA – Não mistura as coisas, mãe. Primeiro que você é funcionária do Alberto e não da Bárbara. Segundo que eu não tenho nada a ver com o seu emprego!

MANUELA – Você tem razão, filha. Desculpa pela minha insensibilidade.

 

Manuela abraça Larissa, que está triste. Após alguns segundos, Larissa se levanta.

 

LARISSA – Vou dar uma volta, mãe.

MANUELA – Tá bom. Toma cuidado e vai com Deus.

 

Larissa se levanta e sai. Manuela fica pensativa.

 

CENA 14. RUA. EXT. MEIO DIA.

Cecília, Valentina e Clarisse estão andando juntas na calçada. Elas encontram Larissa, que está triste.

 

CECÍLIA – Oi, Larissa. O que aconteceu?

LARISSA – Muita coisa ruim…

CECÍLIA – Pois conta pra gente. Quem sabe não podemos ajudar…

LARISSA – É que eu briguei com a Bárbara. Ela foi lá em casa e…

 

Larissa continua contando a história em FADE. As quatro seguem paradas. Clarisse, Cecília e Valentina prestam atenção na fala de Larissa.

 

CENA 15. MANSÃO ALBUQUERQUE. ESCRITÓRIO DE MURILO. INT. MEIO DIA.

Murilo recebe Vicente, que carrega sua pasta. Os dois se sentam.

 

VICENTE – Consultando as imagens das câmeras de segurança dos vizinhos, eu consegui algumas informações.

MURILO – Seja breve!

VICENTE – Foram três homens que invadiram a sua casa! Eles fizeram um ótimo trabalho, a câmera só conseguiu capturar o rosto de um.

 

Vicente tira uma foto da pasta e entrega para Murilo, que observa atentamente.

 

MURILO – Nunca vi! Você vai precisar trabalhar mais um pouco!

 

Murilo larga a foto em cima da mesa e sai do escritório. Vicente se levanta e o acompanha. CAM aproxima-se da foto aos poucos, revelando o rosto de Tito.

 

CENA 16. RUA. EXT. MEIO DIA.

Cecília, Valentina, Clarisse e Larissa continuam andando juntas, mas sem falarem nada. Até que encontram Juliana.

 

JULIANA – Nossa, que coincidência…

LARISSA – Pois é, hoje é o dia dos encontros.

JULIANA – Ai gente, eu estou tão mal…

VALENTINA – O que aconteceu?

JULIANA – A Bárbara… Vocês acreditam que ela forjou um plano para me atropelar? Mas acabou dando tudo errado e o Emanuel foi a vítima.

LARISSA – É, eu estava acabando de contar isso para as meninas. Eu quero é distância da Bárbara.

CLARISSE – Sinceramente, gente, essa mulher é um monstro. E eu nem contei para vocês, mas eu vi ela beijando o meu namorado.

VALENTINA – Nossa, se fosse eu no mínimo tinha deixado ela jogada no chão de tanto apanhar! E eu acabei de ter uma ideia…

CECÍLIA – Outra?

VALENTINA – Sim… Nós cinco podemos nos unir contra a família Albuquerque. Vocês ainda não sabem, Juliana e Larissa, mas eu conto…

 

Valentina começa a contar o plano em FADE. As duas escutam, animadas.

 

CENA 17. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. TARDE.

CAM AÉREA sobrevoa as praias de Copacabana, Ipanema e do Leme. Em seguida cota para a fachada da Joyce’s Clothing.

 

CENA 18. JOYCE’S CLOTHING. SALÃO PRINCIPAL. INT. TARDE.

Joyce está sentada em um banquinho, em meio a várias caixas de papelão. Ela está segurando uma foto de Beatriz, chorando muito. A CAM vai afastando-se aos poucos, até que mostro o corpo inteiro da mulher. Ela chora cada vez mais e mais, tenta se levantar, mas não encontra forças.

 

CENA 19. MANSÃO ALBUQUERQUE. ESCRITÓRIO DE MURILO. INT. TARDE.

INSTRUMENTAL: Suspense.

Bárbara entra no escritório à procura de algo. Ela procura em cima da mesa e acaba encontrando a foto de Tito. A moça vira a foto e observa que a palavra “PISTA” está escrita por trás da foto.

 

BÁRBARA (confusa) – O que o Tito tem a ver com o roubo?

 

Imagem congela na personagem Bárbara.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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