CENA 01. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. RECEPÇÃO. INT. MANHÃ.

Murilo entra na empresa, Cecília se levanta rapidamente e vai até ele. Murilo se assusta o reconhecer Cecília, que ri ironicamente.

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR.

 

MURILO – O que você está fazendo aqui?

CECÍLIA – Para a sua infelicidade, Murilo, eu já estou em liberdade. Mas eu sofri muito sendo condenada por algo que não fiz!

MURILO – Será mesmo que você não fez nada? Todas as provas apontavam para você, você invadiu o escritório do meu pai procurando algo nas coisas dele, está gravado nas câmeras.

CECÍLIA – Eu entrei procurando lá um papel que a dona Marina pediu, algo sobre a herança. Ela era minha patroa e eu não a desobedeceria.

MURILO – Por favor, né? Com essa história você não vai convencer nem a minha avó! E não é só essa prova, você foi a última pessoa vista com meu pai.

CECÍLIA – Por que o senhor pediu para eu leva-lo ao mercado!

MURILO – E a pior das provas, você foi encontrada no local do crime, do lado do corpo do meu pai e com uma arma na mão!

CECÍLIA – Foi tudo uma armação! Quer saber? Acredite no que quiser! Eu não tenho culpa se você prefere fechar os olhos, se bem que é muito fácil ter sido o senhor que matou ele, né?

MURILO – Eu não vou ficar ouvindo insultos! Sai agora daqui!

CECÍLIA – E se eu não quiser sair?

MURILO – Seguranças! Tirem já essa moça daqui!

 

Os seguranças vão na direção de Cecília, ela se afasta.

 

CECÍLIA – Não encosta em mim! Olha gente, vocês mesmo que estão ai sentados, eu já vou indo embora e acho bom vocês fazerem o mesmo, antes que a família Albuquerque solte o veneno sobre vocês, ah, eu vi que tem uma outra distribuidora de bebidas em que o preço está bem melhor do que aqui, e eles ainda dão cinquenta por cento de desconto! Vale a pena!

 

Cecília sai rindo. Algumas pessoas saem com ela, outras ficam sem entender o que aconteceu. Murilo sobe para seu escritório irritado.

 

CENA 02. CASA DE THAMIRES. QUARTO DE HANAH. INT. MANHÃ.

Hanah está sentada na poltrona ao lado de sua cama, ela pega seu celular e liga para Cristina.

 

HANAH – Oi, Cristina, a gente pode conversar?… Eu quero falar sobre o Pedrinho, esses últimos dias eu andei pensando muito nele.

CRISTINA (V.O) – Hanah, querida, você precisa pegar seu filho, eu percebo que ele morre de vontade de conhecer a mãe. O pior é que esses dias eu percebi que ele anda muito triste, quieto, e eu acho que foi porque ele me ouviu falando com a Laila que sabia quem era a mãe dele e onde morava.

HANAH – É, triste mesmo… Eu quero muito me aproximar do meu filho, mas não posso simplesmente chegar e dizer que sou a mãe dele, eu quero ir aos poucos, e que de preferência ele demore um pouco para descobrir tudo, assim eu terei tempo para que ele comece a gostar de mim!

CRISTINA (V.O) – Eu sei como é, tudo no seu tempo. Depois a gente se encontra pessoalmente e conversamos melhor, agora eu vou desligar por que ele está em casa, depois conversamos. Beijos.

 

Hanah desliga o telefone, ri levemente.

 

CENA 03. CASA DE CRISTIA E ELIAS. QUARTO DE CRISTINA E ELIAS. INT. MANHÃ.

Cristina está sentada em uma cadeira perto da janela, pensativa. Pedrinho entra no quarto e vai até ela.

 

PEDRINHO – Tia, posso fazer uma pergunta?

CRISTINA – Pode sim, Pedrinho.

PEDRINHO – Outro dia eu ouvi a senhora falando que conhecia minha mãe, é verdade?

CRISTINA – Pedrinho, eu nunca disse isso! Eu apenas comentei com a Laila que gostaria de conhecer sua mãe e saber onde ela morava, para aproximar você e ela.

PEDRINHO – Ah, tá bom então. Vou brincar lá fora.

 

Pedrinho sai do quarto, Cristina fica triste, pensativa.

 

CENA 04. RUA. EXT. MANHÃ.

O mesmo fotógrafo que tirou as fotos de Bárbara está andando pela calçada, tirando algumas fotos, em busca de novas modelos. Cecília passa por ele e o deixa encantado, o homem tira algumas fotos dela andando e em seguida vai até ela, Cecília para.

 

FOTÓGRAFO – Bom dia, moça.

CECÍLIA – Bom dia.

FOTÓGRAFO – Como é o seu nome?

CECÍLIA – Cecília, por quê?

FOTÓGRAFO – Então, Cecília, faço parte da equipe da Joyce’s Clothing, uma loja que será inaugurada em breve, e nós estamos em busca de modelos para estampar a cara da loja, algumas já fizeram o teste, e hoje é o último dia. Eu gostei muito de você e acho que se for terá muitas chances!

CECÍLIA – Sério? Mas eu nem sou formada na área!

FOTÓGRAFO – Não tem problema! Nós queremos modelos, e você daria uma ótima! Aceita?

CECÍLIA – Aceito sim! Quando vai ser?

FOTÓGRAFO – Pega meu cartão! (entrega para Cecília) Mais tarde eu te ligo, você faz as fotos e já fica para o resultado. Já tirei algumas que servirão como análise.

CECÍLIA – Ok, obrigada!

 

Cecília e o Fotógrafo saem em direções diferentes, ambos felizes.

 

CENA 05. CASA DE MANUELA E VICENTE. SALA DE JANTAR. INT. MANHÃ.

Manuela, Vicente e Larissa estão sentados à mesa, tomando café da manhã.

 

VICENTE – A sua amiga veio dormir aqui ontem, Larissa?

LARISSA – Veio sim, pai, mas ela foi embora bem cedo, tinha um ensaio, algo assim. Pior que ontem aconteceu muita coisa aqui.

MANUELA – Do que você está falando, filha?

LARISSA – Outro dia na praia eu conheci uma garota chamada Cecília, ai ontem eu encontrei ela na rua sem ter pra onde ir, por que o pai dela a expulsou de casa.

VICENTE – Credo, filha! Mas o que aconteceu aqui em casa?

LARISSA – É que a Bárbara chegou e deu de cara com ela… E adivinha? Ela é a tal garota que supostamente matou o avô da Bárbara.

MANUELA – Meu Deus, filha, e você acha que ela fez mesmo isso?

LARISSA – Pelo pouco que eu conheci da Cecília, acho que não! Mas depois eu vou conversar direito com ela, até porque ontem a Bárbara foi super grossa e a expulsou daqui de casa!

VICENTE – É, o mundo é bem pequeno mesmo… Tantas pessoas para você conhecer, e aparece logo a inimiga da sua melhor amiga.

LARISSA – Pois é, papai, mas a gente tem que ser sábio, se não acabamos estragando tudo.

 

Larissa, Vicente e Manuela voltam a comer.

 

CENA 06. PRAIA DE COPACABANA. EXT. MANHÃ.

Cristina e Pamela estão caminhando na praia juntas, descalças, como chapéu e óculos.

 

PAMELA – E eu nem te contei: Valentina vai se casar com o Otávio!

CRISTINA – Sério?! Que notícia boa! Mas ela não tinha ficado com raiva dele?

PAMELA – Tinha, mas pelo que vi, eles já se entenderam!

CRISTINA – Ah, que bom então, melhor assim!

PAMELA – Pois é, e a Cecília? Está boa?

CRISTINA – Não, ela e o Elias brigaram e ele a expulsou de casa, mas eu nem estou preocupada, já sei que o Elias vai voltar atrás com essa decisão, e eu já falei com a Cecília também, ela está na casa de uma amiga.

PAMELA – Misericórdia, o Elias é muito cabeça dura, né?

CRISTINA – Demais!

 

As duas riem e continuam andando.

 

CENA 07. PRAÇA. EXT. MANHÃ.

Cecília e Lorenzo se encontram na praça, se beijam. Eles se sentam em um banco.

 

LORENZO – Mas e aí? O que tanto você queria falar comigo?

CECÍLIA – Bem, eu serei breve, até por que não gosto de enrolação! Então, Lorenzo, eu preciso te contar algumas coisas sobre meu passado. Eu trabalhei durante um tempo para uma família muito rica aqui do Rio de Janeiro, e por algum motivo eles conseguiram me acusar de matar o ‘chefão’ da família, eu fui condenada e passei cinco anos presa. E agora que estou solta eu vou me vingar dessa família, um por um, todos que já me fizeram mal ou que de alguma forma tentaram me humilhar, ganharam a minha rivalidade assim que eu entrei naquela maldita prisão!

LORENZO – Nossa! Pelo jeito que você fala, essa família é bem ruim mesmo! Me fala que família é essa, talvez eu conheça!

 

INSTRUMENTAL: Suspense.

 

CECÍLIA: É a família Albuquerque, dona da Albuquerque Drink’s Distributor!

 

Lorenzo se assusta ao descobrir que Cecília se refere a sua família, ele se levanta rapidamente. Cecília se levanta logo em seguida, sem entender nada. Lorenzo fica imóvel.

INSTRUMENTAL OFF.

 

CENA 08. MANSÃO ALBUQUERQUE. FACHADA. EXT. MANHÃ.

Tito está parado do outro lado da rua, atrás de uma árvore. Ele observa Bárbara chegando à mansão, logo em seguida Murilo também chega. CAM aproxima-se de Tito.

 

TITO – Então é esse o horário que os riquinhos chegam! Marcão vai adorar saber disso!

 

Tito sai correndo, pula um arbusto, atravessa a rua e vira a esquina.

 

CENA 09. PRAÇA. EXT. MANHÃ.

Lorenzo continua imóvel, sem saber o que dizer. Cecília estranha a reação dele.

 

CECÍLIA – Não tô entendendo essa sua reação, parece até que você é amigo dessa maldita família!

LORENZO – Não, Cecília, eu não sou amigo deles! Eu faço parte da família Albuquerque! Murilo é meu pai, Marina minha mãe e a Bárbara é a minha irmã.

 

Cecília não consegue acreditar no acaba de ouvir.

 

CECÍLIA – Você tá dizendo que você faz parte da família que me colocou na prisão?

LORENZO – Sim, Cecília! Mas na época do assassinato do meu avô, eu ainda morava no exterior.

CECÍLIA – Eu não sei nem o que dizer!

LORENZO – Só sei de uma coisa, você vai ter que escolher: ficar comigo ou se vingar da minha família? Pode ter certeza que eu não fico com você sabendo dessa briga com a minha família, e eu também não vou permitir que nada de ruim aconteça a eles.

CECÍLIA – No caso você faz a escolha: porque estando ou não contigo eu vou me vingar, de um jeito ou de outro!

LORENZO – Tá bom, então é melhor a gente acabar com o que nem começou direito!

CECÍLIA – Pois ótimo, essa foi a escolha que você fez! Eu poderia dá adeus, mas já que você tem tanta certeza que vai me enfrentar por causa da vingança, tchau!

 

INSTRUMENTAL: Triste.

Cecília e Lorenzo se viram e saem uma para cada direção. Cada um ocupa metade da tela. Os dois tentam demonstrar que não se importam com o término do namoro, mas começam a chorar simultaneamente.

INSTRUMENTAL OFF.

 

CENA 10. CASA DE THAMIRES. SALA. INT. MANHÃ.

Hanah está sentada no sofá, pensativa. Thamires sai de seu quarto, fecha a porta. Observa Hanah durante alguns segundos, até que decide ir até ela, se senta ao lado da filha, pega nas mãos dela.

 

THAMIRES – O que tá acontecendo, Hanah? Você não é de ficar tão quieta assim! Tá estranha, muito estranha!

HANAH – Ah, mãe, eu preciso te contar. Conversei com a Cristina e depois vamos nos encontrar pessoalmente, eu decidi que vou conhecer o Pedrinho, mas tudo no seu tempo. Não vou logo dizer que sou a mãe dele.

THAMIRES – Nossa, filha! Que notícia boa! Pode ter certeza que você não poderia ter feito escolha melhor!

 

Thamires abraça Hanah, está feliz.

 

CENA 11. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. MEIO DIA.

SONOPLASTIA: Eu Esqueci Você – Clarice Falcão.

CAM AÉREA mostra as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Em seguida corta para a fachada da casa de Clarisse.

 

CENA 12. CASA DE CLARISSE. COZINHA. INT. MEIO DIA.

SONOPLASTIA CONTÍNUA.

Clarisse e Cecília almoçam sentadas em uma mesa no canto da cozinha.

 

CLARISSE – O que aconteceu hoje na empresa? Eu entrei correndo para ninguém me ver com você!

CECÍLIA – Nada demais, eu só briguei com o Alberto e o Murilo. Mas uma coisa aconteceu e me deixou abalada. Não sei se te contei, mas outro dia conheci um garoto na praia, a gente estava ficando e começamos a namorar ontem. Mas ai eu descobri que ele faz parte da família Albuquerque, o Lorenzo, e a gente terminou tudo! Mas eu gosto muito dele e tô muito mal, muito mesmo!

CLARISSE – Nossa! Como isso é possível, misericórdia!

 

Cecília está chorando. Clarisse se levanta, vai até a amiga e a abraça.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 13. CASA DE CRISTINA E ELIAS. SALA. INT. MEIO DIA.

Cristina e Elias estão de pé, um em frente ao outro.

 

CRISTINA – Mas será possível que você é tão egoísta que não é capaz de reconhecer que errou e pedir perdão pra nossa filha?

ELIAS – Eu não errei, Cristina, a Cecília que está muito afrontosa, querendo passar por cima dos outros!

CRISTINA – Para, Elias, para! A Cecília passou cinco anos presa, convivendo com gente de todo tipo que se possa imaginar, como você quer que ela haja? E eu tenho certeza que se você continuar assim, querendo sempre está com a razão, ela nunca vai mudar! Para de pensar só em você e pensa um pouco nos outros, nos teus filhos e nas pessoas que estão ao seu redor!

 

Cristina vai para a cozinha com raiva. Elias entra em seu quarto. Laila e Jussara vem de seus quartos, ao mesmo tempo, e se sentam no sofá.

 

JUSSARA – Você ouviu isso, Laila?

LAILA – Ouvi sim, irmã.

JUSSARA – Você acha que eles vão se separar?

LAILA – Não sei! Espero que não! Mas você vira essa boca pra lá.

JUSSARA – Pode deixar, tudo que eu menos quero é ter que me dividir entre o papai e a mamãe.

 

Laila abraça Jussara, que está triste.

 

CENA 14. APARTAMENTO DE JOYCE. SALA DE JANTAR. INT. MEIO DIA.

Joyce e Alberto estão sentados à mesa, comendo.

 

ALBERTO – Cadê a Beatriz?

JOYCE – Disse que estava sem fome e que viria comer mais tarde! Eu quero te contar uma coisa!

ALBERTO – Pois conte logo!

JOYCE – Nos últimos meses eu andei muito empenhada em um projeto, juntei meu dinheiro e finalmente vou conseguir realizar meu sonho: eu vou abrir uma loja de roupas, a Joyce’s Clothing.

ALBERTO – Hum, legal. E quem te ajudou a fazer essa loja? Porque eu tenho certeza que você sozinha não conseguiria!

JOYCE – Eu pedi ajuda da Marina e de alguns amigos.

ALBERTO – Então eu fui o último a ficar sabendo?

JOYCE – Literalmente sim! Mas não se preocupe, isso é o que menos importa. Eu e minha equipe promovemos um concurso para escolher duas modelos para ser a cara da loja, foi um sucesso, várias participaram!

ALBERTO – Legal, pelo menos teremos mais uma fonte de renda aqui em casa.

 

Joyce fica contente. Alberto continua comendo.

 

CENA 15. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. TARDE.

SONOPLASTIA: Oração – A Banda Mais Bonita Da Cidade.

CAM AÉREA mostra uma avenida lotada de carros e pedestres. Em seguida corta para a fachada da Albuquerque Drink’s Distributor.

SONOPLASTIA OFF.

 

CENA 16. ALBUQUERQUE DRINK’S DISTRIBUTOR. EXT. TARDE.

Murilo, Alberto, Clarisse, Elias e os demais funcionários da empresa estão reunidos na recepção da empresa. Murilo pega uma foto de Cecília em cima do balcão e mostra para todos.

 

MURILO – Estão vendo essa moça? Ela foi a responsável pelo assassinato do meu pai, o Henrique! A partir de hoje eu quero que todos dobrem a atenção, esse ser está proibido de entrar nos territórios da família Albuquerque novamente! Seguranças, não permitam que ela pisa nem na recepção, e caso ela insista, me avisem que tomarei as medidas cabíveis. Obrigado pela atenção e até mais!

 

Murilo entra no elevador. Os demais funcionários voltam a trabalhar. Clarisse e Elias ficam preocupados.

 

CENA 17. JOYCE’S CLOTHING. SALÃO PRINCIPAL. INT. TARDE.

Valentina, Cecília, Bárbara e outras modelos estão presentes no local, todas ansiosas para o resultado. Bárbara fica com raiva ao perceber que Cecília também participou do concurso.  Joyce entra no salão acompanhada do fotógrafo responsável pelas fotos, os dois se posicionam a frente delas.

 

JOYCE – Boa tarde, queridas. Me chamo Joyce Furlan e sou a dona da Joyce’s Clothing. Olhei foto por foto, eu e toda a equipe da loja tivemos que tomar uma decisão muito difícil, mas tomamos. Antes de tudo, vamos esclarecer que em hipóteses alguma escolheríamos algumas modelo por proximidade ou amizade, estamos em um abiente profissional, então amizades a parte. Como vocês já sabem a primeira vaga é e sempre foi da Valentina, uma salva de palmas para ele!

 

Todos batem palma.

 

FOTÓGRAFO – A equipe da Joyce’s Clothing escolheu par ilustrar a nossa loja ao lado da Valentina a Cecília. Uma salva de palmas par ela.

 

Todas as modelos batem palmas e comemoram com Cecília, Bárbara fica irritada. Cecília e Valentina vão até Joyce e as três fazem algumas fotos juntas. Após o término das fotos, Bárbara chama Joyce no canto do salão.

 

BÁRBARA – Tia, a senhora não pode fazer negócios com a Cecília! Foi ela quem matou o vovô!

JOYCE – Pouco me importa se ela matou ou deixou de matar alguém, Bárbara, o que importa é que entre todas as modelos, ela foi a melhor e mereceu! E eu não tenho nada haver com a família Albuquerque, apenas sou casada com o Alberto, não é você que sempre diz para eu não me meter em assuntos familiares?

 

Joyce deixa Bárbara só e vai conversar com Cecília e Valentina. Bárbara fica com raiva.

 

CENA 18. RUA. EXT. TARDE.

Rosa está andando na calçada da rua com uma bolsa de lado e um óculos de sol no rosto. Ela ver Tito roubando o celular de uma senhora do outro lado da rua e se esconde atrás de uma árvore.

 

ROSA – Não acredito, aquele é o Tito! Eu sabia que esse moço não era bom sujeito, a Clarisse precisa se afastar dele o mais rápido possível!

 

Rosa fica preocupada.

 

CENA 19. RIO DE JANEIRO. PLANOS GERAIS. EXT. NOITE.

INSTRUMENTAL: Pássaros.

CAM AÉREA sobrevoa a Praia de Leblon, com alguns turistas caminhando em sua orla. Em seguida corta para a fachada da Mansão Albuquerque.

 

CENA 20. MANSÃO ALBUQUERQUE. INT. NOITE.

Murilo, Marina, Lorenzo e Bárbara estão sentados à mesa, jantando.

 

MURILO – Vou aproveitar que estão todos reunidos para falar de algo sério. Lembram da Cecília, a assassina do papai? Ela apareceu hoje lá na empresa, fez o maior escândalo e garantiu que vai se vingar da gente por termos a coloca na prisão.

BÁRBARA – Sério, pai? Não acredito! Essa ridícula está é perseguindo a gente mesmo, ontem a noite eu encontrei ela na casa da Larissa e hoje a tarde na loja da tia Joyce, inclusive ela foi a modelo escolhida para representar a loja, e a tia Joyce deixou bem claro que nada a fará mudar as coisas!

MARINA – Não acredito que a Joyce vai permitir! Que saco! Nós temos que ficar espertos com essa garota, não podemos brincar, ela já matou um e pode matar outro!

MURILO – Está tudo bem, Lorenzo?

LORENZO – Não, pai, eu preciso contar uma coisa! Por incrível que pareça, eu conheci essa Cecília, a mesma que quer se vingar de vocês, na praia. A gente estava ficando, até que ela descobriu que eu era dessa família e acabou com tudo!

MARINA – Pois graças a Deus que essa imunda acabou com tudo, tem outras melhores para você, filho!

 

Todos voltam a comer. Lorenzo fica triste ao ouvir sua família falando mal de Cecília.

 

CENA 21. RUA. EXT. NOITE.

Cecília está andando no meio da rua, triste. Elias vem de longe, correndo na direção dela, para na frente dela.

 

ELIAS – Filha, me desculpa! Eu fui muito estúpido com você, eu reconheço! Me perdoa e volt para casa, por favor!

CECÍLIA – Tá bom, pai, eu te desculpo!

 

Cecília e Elias se abraçam, ambos emocionados.

 

CENA 22. MANSÃO ALBUQUERQUE. SUÍTE DE LORENZO. INT. NOITE.

INSTRUMENTAL: Triste.

Lorenzo está sentado em sua cama, segurando uma foto de Cecília, chorando.

 

LORENZO – Porque as coisas tem que ser assim? Eu te conheci à tão pouco tempo e já te amo tanto, e agora essa de que não vamos pode ficar juntos, Cecília…

 

Marina abre a porta com raiva, arranca a foto das mãos de Lorenzo e a rasga, joga no chão, com raiva. Ela e Lorenzo se encaram.

Imagem congela no personagem Lorenzo.

 

FIM DO CAPÍTULO.

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