In Memorian

Victoria morreu nos braços de Miguel, uma jovem que tinha um futuro promissor, sonhos e um talento indiscutível… Acabou sendo sentenciada de maneira cruel, seu sonho foi interrompido, mas por quais motivos alguém faria algo tão doentio e insano? Para Miguel, sua vida acabou ali, pois se foi para sempre o principal motivo do seu sorriso.

— VICTORIA! NÃAAO!

15 minutos antes…

Victoria está no camarim e termina de conversar com Miguel, André e Henrique.

Victoria: Obrigada, eu amo muito vocês!

Miguel: Agora vá se preparar!

Victoria: Estou indo.

Victoria sai para o outro lado do camarim, Miguel continua no local com André e Henrique.

Henrique: Cara, o Edgar vai apresentar os truques de mágica dele sem o Geraldo?

Miguel: É verdade, Henrique, é melhor levar esse coelho pra ele, senão vai ficar reclamando toda hora.

André: Mas o show dele já começou, o Henrique não pode ir lá agora.

Miguel mexe nas coisas de seu armário enquanto conversa.

— Ah cara, faz qualquer coisa aí, eu não vou ficar tomando conta desse coelho o tempo… (Miguel percebe um objeto diferente nas suas coisas) Mas quem foi que colocou essa faquinha aqui nas minhas coisas?

Miguel segura a faca e mostra para os dois amigos.

Henrique: Nem olhe pra mim, eu não mexo nas tuas coisas.

André: Eu não mexo com facas.

Miguel: Estranho… Bom, depois eu vejo de quem é.

Ele volta a deixar o objeto no mesmo local.

André: Henrique, me passa aqui esse coelho, eu mesmo vou levar ao Edgar.

Henrique: Ótimo!

André pega o coelho e sai do camarim, do outro lado está Victoria que assiste a apresentação de Edgar e Gardênia por trás das cortinas, ela entra pra dentro mais uma vez e respira conversando consigo mesma.

— Calma, Victoria! Você precisa se acalmar.

Aeroporto, 20h10.

O voo com destino a Buenos Aires está prestes a decolar, Karina vai se acomodando nas poltronas do avião e pega o seu celular para mandar uma mensagem para Victoria. No camarim, Victoria ouve o som de mensagem chegando.

Já estou no avião, espero que você arrase. Ah! Não esqueça de usar o pingente que eu te dei hein? Beijos!”

                                                                                                         -Karina

Victoria sorri com a mensagem e manda outra de volta.

“Obrigada por tudo e boa viagem!”

Karina recebe a mensagem e apenas sorri enquanto senta na poltrona do avião. Victoria deixa o celular em cima de uma mesinha e depois pega o pingente a qual Karina lhe entregou e coloca no pescoço, ela fica se olhando no espelho por alguns segundos e Luíza chega interrompendo-a.

—Victoria, o que você tá fazendo? O número do Edgar e da Gardênia já vai terminar, você é a próxima!

— Me desculpa, eu só estava arrumando algumas coisas. Como acha que estou?

— O que é isso no teu pescoço?

— Ah! Isso aqui é um pingente que eu ganhei, achei que daria sorte usá-lo hoje na apresentação.

— Não, querida. (Tira o pingente do pescoço de Victoria).

— Mas…

— …Você estará há mais de 10 metros de altura, um pingente ou qualquer outro tipo de coisa pode te atrapalhar, imagine se isso enrosca em alguma das cordas?

— Eu nem pensei nisso.

— Pois é, então deixa essa parada de pingente pra depois (coloca o pingente em cima da mesinha junto ao celular de Victoria). Agora vá se preparar!

— Obrigada, Luíza.

— Está me devendo uma hein, garota?

Victoria vai para fora e anda pelos cantos da arquibancada para chegar perto do trampolim, André veio do outro lado com uma carta na mão.

— Victoria! Espera! Me mandaram entregar esta carta pra você.

— Pra mim? Quem foi?

— Eu não sei. Foi alguém da plateia, eu vou lá ver o Miguel, até mais!

Victoria percebe que a carta tem apenas o seu nome no local do remetente.

“Para Victoria.”

Ela intrigada, entra no camarim novamente pra vê do que se trata.

Do outro lado do camarim, está Miguel guardando algumas claves e Nando chega neste momento.

— Miguel, o que tá fazendo aqui ainda? A tua mulher vai apresentar o número solo dela em poucos minutos.

— Eu sei, já estou indo. Escuta, Nando, sabe se alguém do circo perdeu alguma faca? Deixaram uma aqui nas minhas coisas, mas não é uma faca muito utilizada em um número circense.

— Bom, pode ser do Edgar, ele adora usar coisas extravagantes nos números dele, vai ver ele deixou cair e alguém encontrou e deixou nas tuas coisas.

— Bem provável, mas obrigado mesmo assim.

Enquanto isso, no outro camarim, Victoria se certifica se alguém a estava observando e decide abrir a carta. Ao abrí-la se depara com a seguinte mensagem:

“Rosa é a tua cor”.

Victoria não entende absolutamente nada da mensagem que está escrita e fica por alguns segundos intrigada, até que um dos trapezistas chega. Seu nome é Leandro, rapaz de 27 anos com olhos claros e barba fechada.

— Victoria, já vai começar, pode ir subindo ao trampolim.

— Tudo bem, Leandro, eu já estou indo.

Victoria deixa a misteriosa carta em cima de uma cadeira e sobe ao trampolim. Na arena Edgar e Gardênia já haviam saído, e Fausto anuncia a entrada de Victoria.

—E com vocês a nossa estrela, Victoria! Ela vai apresentar um novo número e sem nenhuma proteção.

Victoria está em pé no trampolim e a plateia aplaude, Joana e Augusto pareciam estar bastante animados ao ver a filha. Uma das mulheres da plateia está do lado do casal e começou a elogiá-la.

—Mas que moça linda! Olhem o sorriso dela!

— Ela é a minha filha.

— Sério? Parabéns! Ela é muito linda!

— Obrigada.

—Ela tem irmãos?

— Não, não, ela é minha única e mais preciosa filha.

Victoria colocou as mãos em um dos trapézios e iniciou seu número “voando” pelas cordas e passou para o outro trapézio, então ela se detém por instantes neste último e faz uma pose mandando beijos para o público que retribuía de igual modo. Lá embaixo perto da arquibancada está Miguel e os outros assistindo, Luíza chega até ele e questiona:

— Eu não entendo porque a Victoria estava tão nervosa.

— Como assim?

— Ela queria usar um pingente na apresentação, ela pirou!

— Sim, foi a Karina que deu pra ela.

— A Karina?

Aeroporto, 20h15 5 minutos antes do acidente.

Estão todos prontos dentro do avião, Karina guarda o seu celular no bolso de seu casaco. No interfone soa o comunicado.

— Atenção passageiros com destino à Buenos Aires! Apertem bem os cintos, vamos decolar em 5 minutos!

A aeromoça faz a última vistoria para ver se todos já estavam completamente seguros, ao ver que tudo corria bem, ela deu um último comunicado.

Señoras y Señores! Vámonos a Buenos Aires!

Os passageiros aplaudem e começam a gritar:

Viva a la Argentina!

Karina também está contente com a viagem, embora pensativa.

Circo MAXIMUS, 20h17- 3 minutos antes do acidente.

Victoria está balançando no trapézio e chega do outro lado do trampolim, Fausto anima o público que não parava de aplaudir a apresentação da moça, ela se prepara para balançar no trapézio mais uma vez e notou um pequeno laço cor de rosa em uma das cordas do trapézio, ela fica intrigada e veio flashes na sua mente do momento em que ela abre a carta com a mensagem:

“Rosa é a tua cor.”

Victoria deduz que aquela carta fazia referência ao laço cor de rosa que está na corda do trapézio, e ao invés de usar o outro, opta por usar o trapézio onde está o laço. Ela começa a balançar, e lá embaixo Miguel observa e conversa com André e Luíza.

— Ela ficou nervosa, e isso porque não sabe que eu estou mais nervoso que ela.

Luíza questiona:

— Por quê?

Miguel olha para Luíza e suspira:

— Porque vou pedi-la em casamento hoje, Luíza.

— Ah meu Deus, é sério?

— Sim, logo após esse espetáculo.

André percebendo a distração de Miguel, chama a atenção dele.

— Miguel, olha!

Miguel vira o rosto lentamente para cima e viu de longe a corda se rompendo e Victoria caindo a metros de altura, o público paralisa. Depois de cair, os olhos dele se enchem de lágrimas e ele grita desesperadamente:

­— VICTORIA!

Enquanto isso, o avião onde está Karina acaba de decolar e já está sobre os céus, ela olha para a janela e começa a pensar.

Espero que você tenha conseguido alcançar voo… Victoria.

Agora…

Miguel está abraçado à Victoria e não quer largá-la de nenhuma maneira, Fausto chama algumas pessoas da segurança para interver a situação, Joana cai em terra e fica desnorteada, Augusto tenta acalmá-la, Susana pega o celular e disca o número da ambulância. Miguel começa a gritar desesperado, foi quando Nando e algumas pessoas do circo tentam tirá-lo de perto do corpo de Victoria.

Miguel: Não! Me soltem! Eu quero ficar com ela! Me soltem seus desgraçados!

Nando: Miguel, você precisa se afastar!

Miguel: Não, me deixa em paz! Sai de perto de mim!

Leandro desce do trampolim e se aproxima deles.

Leandro: Não, isso não pode… Não tem como ela ter caído dali por descuido, não tem como!

Edgar se aproxima e verifica a pulsação.

— Ela realmente faleceu, eu sinto muito.

Miguel: Não! Victoria!

Joana: Minha filha!

André: Não, isso não pode ser!

Miguel: Me soltem todos vocês! Me soltem!

Nando: Já chega, Miguel!

Miguel dá um soco no nariz de Nando, este revida e parte para cima dele.

Susana: Miguel, para!

Luíza: Alguém chama a polícia!

A plateia se desespera e sai correndo provocando um grande tumulto. Miguel e Nando continuam brigando no meio da arena e rolam pela areia se sujando enquanto trocam socos. Henrique chora sem parar e grita desesperado:

— Miguel, chega!

Miguel se detém e desiste de dar outro soco em Nando, os seguranças chegam e apartam Miguel para longe de Nando e dos outros. Leandro segura Nando.

Edgar: O que vocês acham que estão fazendo seus idiotas? Tem uma mulher morta aqui, respeitem a memória dela!

Gardênia: Não, isso não pode ter acontecido.

Susana vai de encontro a Miguel para abraçá-lo.

— Filho, eu já chamei a ambulância.

— Me diz que isso não tá acontecendo, mãe, por favor, me diz que isso não está acontecendo.

Miguel abraça a sua mãe e está completamente inconsolável.

Quase 1 hora se passou, os paramédicos já estão colocando o corpo de Victoria dentro da ambulância, Joana e Augusto choram inconsoláveis, alguns policiais estão fazendo perguntas ao Seu Fausto que também não tinha ideia de como isso aconteceu.

­— Eu posso garantir que o nosso circo sempre foi o mais seguro dessa cidade, nunca houve um acidente dessa magnitude aqui, eu juro que não foi negligência nossa.

O policial em questão responde:

— Bem, senhor, de qualquer modo, teremos que abrir uma investigação e saber se realmente houve uma falha no trapézio onde ela estava.

Ali perto, Miguel continua em estado de choque e sua mãe tenta consolá-lo.

— Miguel, eu estou aqui filho.

— Eu… Eu ia pedir ela em casamento, mãe, eu ia me casar com ela, por que isso aconteceu? Por que isso aconteceu, mãe?

Joana veio em direção a eles completamente histérica.

— Isso é tudo culpa tua!

— Do que você está falando?

— Maldita hora que eu deixei minha filha se aproximar desse circo e de todos vocês, agora ela está morta!

Fausto: Senhora Joana, não nos culpe pelo o que aconteceu.

Joana: Eu culpo sim! Esse maldito circo, esses malditos artistas! Vocês mataram a minha filha! Mataram ela!

Gardênia: Escuta aqui sua velha maldita! A Victoria era uma das melhores artistas desse circo, como pode nos culpar pelo que aconteceu? Foi um acidente! Um terrível acidente!

Joana: Não! Vocês a mataram! Todos vocês! Principalmente você, Miguel de Paula.

Miguel: O que você tá dizendo?

Joana: Você que mais incentivou a Victoria de participar de toda essa palhaçada.

Augusto: Querida, se controle.

Joana: Não! Você vai me pagar, Miguel! Todos vocês seus palhaços de meia tigela.

Miguel: Tirem essa mulher daqui! Tirem ela!

Os policiais levam Joana e Augusto numa viatura e seguem a ambulância pelo qual estão transportando o corpo de Victoria. Todos estão em estado de choque, Luíza está encostada próxima à tenda e totalmente petrificada, André percebe e se aproxima dela.

­— Luíza, por que você está assim?

— É tudo minha culpa.

— Do que você tá falando?

— A Victoria queria usar o pingente que a Karina deu à ela para dar sorte, e eu tirei o pingente do pescoço dela, se ela tivesse usado talvez… Talvez…

Luíza se agacha no chão e começa a chorar, André a abraça. Ainda no local, Nando se aproxima de Miguel.

— Me desculpa por ter te batido, cara… Eu… Eu não sei o que…

Miguel interrompe a fala de Nando e decide abraçá-lo.

— A culpa não foi tua, Nando, não foi tua.

Ambos estão abraçados e lágrimas escorrem pelo rosto dos dois, Leandro está próximo a Edgar e também se encontra impactado diante do incidente.

— Poderia ter sido eu.

— O que você tá dizendo?

— Poderia ter sido eu que tivesse caído naquele trapézio, por que tinha que ser a Victoria? Por quê?

Gardênia se aproxima do Seu Fausto que neste momento arranca sua gravata borboleta do pescoço e lança-a ao chão.

— Seu Fausto, o que faremos agora?

— Eu… Eu não sei.

38 horas depois…

A família de Victoria não esperou muito para poder velar o corpo da filha, em uma igreja eles fazem uma cerimônia onde prestam as suas homenagens à jovem, o caixão está próximo ao altar, algumas pessoas fizeram um discurso para homenageá-la, todos do circo estão ali presentes. Joana já está terminando o seu discurso.

— Palavras nunca serão o bastante para discernir o peso que estou sentindo neste momento. Seja lá onde minha filha esteja agora… Espero que ela possa me perdoar se alguma vez eu não pude fazer muito por ela. Obrigada!

As pessoas aplaudem o discurso emocionados, todos respeitando o luto em que estão naquele momento. Miguel se aproxima do altar para discursar e Joana fica incomodada com a presença do jovem, porém Augusto sussurra em seu ouvido.

­­— Por favor, Joana, é o velório da nossa filha, ele também está sofrendo muito, respeite este momento.

Joana consente o pedido de Augusto e deixa Miguel prosseguir, este pega um papel e suas mãos começam a tremer, todos estão sentados no banco da igreja e o observam completamente arrasados. Miguel desiste de ler o papel e engole seco para começar a falar.

— Eu só queria dizer que… A Victoria é e sempre será a mulher da minha vida. Eu não sei por que isso aconteceu, a gente não entende os desígnios de Deus, mas ninguém pode me culpar por não amá-la, pois enquanto ela estava viva, eu a amei como se não houvesse o amanhã, todos os nossos momentos juntos, nossas conversas… Ela era a mulher mais doce que eu já conheci nessa vida. Ela se dava bem com todo mundo, ela era o ar que eu respirava e agora ela se foi… Se foi para sempre… Se eu pudesse… Se eu tivesse algum poder traria ela de volta nem que seja por 1 segundo apenas para abraçá-la uma última vez, se ela tivesse aqui agora na minha frente eu diria: “Eu sempre vou me lembrar do teu sorriso… Victoria… Eu te amo”.

Miguel não consegue conter a emoção assim como todos os que estão ali presentes, André e Luíza se levantam dos bancos e correm até ele para abraçá-lo.

— Irmão, eu sinto muito!

— A gente tá com você, Miguel, sempre estaremos.

O sacerdote faz um comunicado.

— Bem, agora levaremos o caixão até o local do enterro, lá vocês poderão prestar uma última homenagem à jovem Victoria.

Miguel interrompe.

— Espera um pouco!

Miguel se aproxima do caixão que, todavia estava aberto, ele observa o corpo de Victoria. Ela está linda e com um belo vestido branco ao invés de uma roupa preta convencional. Miguel tira as alianças do bolso e coloca uma delas no dedo da mão esquerda de Victoria.

— Ficaremos juntos para sempre, minha Victoria.

Após este momento, todos já estão no local do enterro e os coveiros já estão colocando o caixão na cova, todos desconsolados e alguns continuam a jogar flores em cima do caixão. Henrique também se aproxima e joga uma linda rosa, as pessoas presentes começam a cantar em homenagem à jovem enquanto os coveiros jogam areia na cova.

Minutos depois, o enterro chegou ao fim e as pessoas começam a ir embora, mas Miguel queria ficar mais um pouco, porém Susana o chama para ir.

­­— Filho, eu sei que neste momento tudo o que você quer é ficar sozinho, mas ficar aqui agora não vai resolver de nada, vamos pra casa e lá você pode descansar.

Miguel suspira, porém consente o pedido da mãe e resolve ir com ela.

Cerca de duas horas depois, todos já se encontram em suas casas, Susana pega as chaves do carro e decide ir ao supermercado.

— Miguel, eu vou ao supermercado e depois eu volto, quer que eu traga alguma coisa pra você?

— Não, mãe, tá tudo bem, eu vou tomar um banho e depois vou deitar.

— Tudo bem. Até logo, filho!

Alguns minutos depois, Miguel já se encontra no banheiro, ele abre o chuveiro e deixa a água cair por alguns minutos, enquanto vai colocando a mão na água quente, começam a surgir várias lembranças dele e de Victoria quando estavam juntos, eles tomando sorvete numa praça, correndo pelo lago, se divertindo numa roda gigante…

Ele vai entrando debaixo do chuveiro lentamente, enquanto deixa apenas a água cair em seus ombros, neste momento as lembranças de Victoria não paravam de pulsar em sua mente, foi quando sua respiração começa a ficar mais forte e ele começa a chorar sem parar.

Ele coloca as mãos em seus cabelos como se tivesse sentindo muita dor e aproveitando que não tinha ninguém em casa, ele chora alto e se ajoelha no chão do banheiro com seu corpo completamente nu.

Ele soca a parede do banheiro até seu punho começar a sangrar , a dor física naquele momento não se comparava com a dor de sua alma. O sangue de suas mãos escorre pelo ralo e ele encosta na parede agachado e continua a chorar sem cessar…

Vemos depois o quarto de Miguel com o retrato dos dois em cima do criado-mudo e uma mensagem escrita por ele na foto.

 

“Eu sempre vou te amar… Minha Victoria.”

 

 

 

 

 

Próximo Capítulo:

Terça, 19 de Março.

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