O Vazio que Habita em Mim – Capitulo 23: O Anjo da Morte

Tudo acaba aqui…

Se você chegou até aqui obrigado por simplesmente me ouvir. Esse foi o meu final.

Eu estou morto…

Não pense que minha morte foi de uma forma triunfal ou heroica, porque não foi. Estávamos nos dois naquela sala, diante de um monitor dividido em quatro telas mostrando tudo o que estava acontecendo nos outros complexos.

Como Adão sugerira, nós tomamos o lugar e o caos estava finalmente instaurado. Meu papel era distrai-lo para que todos os pavilhões fossem tomados, e eu o fiz.

Adão era meu monstro assim como Álvaro continuava sendo. Ambos me atormentavam dia e noite.

Aquilo tinha que acabar, de uma forma ou de outra.

Eu Fiz escolhas erradas não há dúvida e elas me le­varam a isso, mas eu fui feliz. E eu não me arrependo de nada do que fiz. Aquele foi meu ato de coragem… meu ato de redenção.

Levei a mão as costas e tirei de lá a arma que Santo cristo havia me entregue algum tempo atrás para alguma eventualidade. A lembrança daquele ho­mem nunca me deixou e mesmo com todos os alucinógenos usados por mim ele nunca me abandonou.

Aquela era a hora para que tudo aquilo acabasse. Se eu morreria eu o levaria comigo para o inferno. Na verdade, ele estava comigo até mesmo no fim.

Uma alucinação…

— Você é meu bom menino. — A voz dele estava pró­xima.

— A dor não vai embora! Porque não vai embora? — Eu respondi enquanto lagrimas rolavam sobre meu rosto

Minhas mãos tremiam, meu corpo não me obedecia, eu queria respirar, mas o ar não vinha.

— Você é meu bom menino. — Ele repetia.

— Vai embora!

— Eu não posso! Eu sou o vazio que habita em você. Eu só posso partir quando você partir.

—… O vazio que habita em mim.

— O Anjo da Morte! Está na hora venha!

— Não!

— Eu a guardei para você. Para este momento.

Então Álvaro colocou em minhas mãos a mesma faca manchada de sangue que eu usei para mata-lo. Pegou minhas mãos, e com um movimento rápido transpassou meu corpo, mas o sangue não flui, apenas um aperto em meu peito.

Apenas o brilho das estrelas me serviu de testemunha. No fim, ele veio me buscar… como sempre prometera em meus pesadelos.

E assim, aqui estou eu vendo estes estudantes remexerem em meus restos mortais em busca de conhecimento. Engra­çado não, como as coisas acontecem.

No final nos resta apenas um filme em preto e branco.

 

***

 

A partir daqui só posso supor o que aconteceu, não me culpe pelo que fiz. Foi a única alternativa para que tudo aquilo acabasse. A faca estava cravada em meu peito, o sangue fluía para fora do meu corpo, a última coisa que vi foi o rosto de ambos sorrindo para mim enquanto o último fio de vida de deixava para sempre.

No fim eu deixei que o anjo da morte me levasse para o esquecimento.

 

 

 

 

 

 

 

FIM…-” ”>-‘.’ ”>

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