Capítulo escrito por: Charlotte Marx
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O escrivão chega para seu expediente naquela delegacia em Doce Recanto e se choca ao ver o jovem que estivera ali no dia anterior para fazer uma denúncia totalmente risonho, saindo debaixo da mesa juntamente com o delegado que suava de prazer.
– Espero que essa noite jamais saía dessa sua mente perturbada e que sirva para apagar um certo boletim de ocorrência do computador. Isso passa esse bração forte por cima do meu ombro e deleta para sua putinha ver!
O profissional obedece abobalhado e ofegante . Sam sorri fingindo beijá-lo e passa os dedos compridos em seu nariz.
– Bobinho! Espero que o meu problema esteja resolvido, hein? Detesto homem que não é macho alfa!
Ele se levanta titubeante e vai para cima do escrivão.
– Sai para lá, que eu não curto essa praia não, sou pai de família!
O vilão ri achando graça e termina de abotoar o blazer que seus amigos trouxeram para a madrugada que passara naquela madrugada cafona tentando provar a sua inocência, a qual deveria ser a mais óbvia, ele era uma pessoa tão boa, não fazia mal nem mesmo a uma mosquinha de açúcar.
O escrivão ficou pasmo.
– Deixou o réu escapar? Você ficou maluco?
O delegado ainda estava nas nuvens.
– Eu nunca pensei que uma bicha fosse saciar tanto a minha fome, quem diria, não é que eu curti.
O outro não parou de fazer o sinal da cruz, após ouvir isso.
Na saída do local, Sam já com seus óculos escuros, apropriado ao ensolarado das nove horas, ajeitou o penteado quando entrou em seu conversível rosa – veneno e girou a chave, mas a ignição não pegou, tentou mais uma vez e nada, nada, bateu a mão no volante.
– Mas que saco! Mais essa agora! Ah, mas se você pensa carrinho que vou entrar contigo numa oficina mecânica, você está muito enganado! Aquilo é uma zona cheia de ratinhos sujos de graxa, não tem nem graça de pegar, com aquela magreza esquelética e etcetera, apesar bebê que eles vivem a folhear revistas pornôs, o que significa uma coisa: o sêmen deve estar faminto para extravasar e depois da seca que aquele borra-botas me deixou, nada melhor que…
Ele escuta um assovio familiar, olha para o outro lado da rua e avista Cristiano com o corpo sarado e as camisas nas costas, algo toma-lhe o corpo, o fogo começa a subir as suas costas, arrepiando por inteiro. Engoliu seco, tentando pisar no acelerador mais uma vez. Cristiano riu do desespero dele e sedutor, aproximou-se, depositando o braço na porta do motorista.
– Não adianta, cara, vai precisar de um mecânico para consertar.
Sam tentou se comportar.
– Em primeiro eu tenho brasão, não admito que me trate como um qualquer e depois tira essas patas imundas de cima do meu carro, vai emporcalhar o capô !
– Puxa, você está bravo! Mas acredito que seja pelo ódio do carro não pegar, né? Eu tenho uma chave de grifo aqui, se você quiser que eu dê uma olhada no motor.
A bandida não agüentou, agarrou-o pelo ombro, puxando para cima do seu corpo.
– Só se for agora! Dê-me um trato, bonitão!
E Cristiano pode dar asas a sua vontade.
***
Débora se recorda de Paçoca e cogita a possibilidade de ser traída desde aquela época da rua. Lágrimas umedecem seu martírio contra o câncer, quando alguém bate a sua parte, ela olha e sorri ao ver seus pais adotivos.
– Oh, meus queridos, me dêem um abraço, está sendo um dia muito difícil para mim!
Os dois a apertaram forte. Pedro ousou questionar.
– Por quê? Recordou-se de seu irmão?
Débora negou.
– Antes fosse apenas dele, meu pai. Paçoca me traiu, mãe. Traiu-me com uma enfermeira na minha frente no jardim.
Elvira finge não ter sido a responsável pelo suborno da cena.
– Que horror! Como ele se atreveu a fazer isso nas suas condições? Por que não procurou um motel ou algum lugar discreto, pelo menos, mas só de ter te traído, ele não é digno de você, minha menina. Eu sempre soube que aquele sujeitinho não era para você!
Débora chora e a abraça, a matriarca troca olhares de tédio com o marido.
– Calma! Vai passar! Por favor, não chore. Vai estragar a princesa linda que tem dentro de você!
Nesse ínterim, Jesus bate a porta, todos se viram o semblante do oncologista não podia ser melhor, trazia consigo o resultado dos exames que Débora fizera quando tivera os primeiros sangramentos nasais e auditivos somado a algumas conclusões de leucemia.
– Tenho uma notícia excelente ótima para dar a você, Debby!
A menina encheu-se de esperança. Elvira sorriu, como desejava tê-lo com um genro, ele sim era partido para sua filha. Um homem de classe. Ele disparou.
– Você está curada! Já vamos iniciar a diminuição do coquetel na próxima dosagem.
Ela gritou de alegria, abraçando os pais, mas o profissional os corrigiu.
– Ainda tem mais! Por que não me contou, mocinha, que havia feito uma cirurgia de adenóide quando criança? Eu não vi nada mencionado no seu histórico!
Ela avermelhou-se.
– Nossa, nem me lembrava disso. Por quê? Era relevante?
Ele confirmou.
– Tanto era que os sangramentos nasais tidos foram causados por um pequeno trombo formado por uma micro hemorragia do ato da operação. Ele cresceu por mais vários anos até que felizmente rompeu e culminou nos episódios aparentemente assustadores. Já analisamos o local com ressonância e ficou claro que não há mais nada, só indico uma pequena lavagem intra-auditiva para limpar o canal.
Elvira o abraçou como ele era um adorável rapaz. Foi quando o celular de Pedro gritou anunciando uma reunião e ele fez sinal para a esposa que se despediu rapidamente da filha e desapareceu com ele naquele corredor. Sós, ela confessa sorridente pela notícia.
– Eu realmente não acreditava que fosse sair dessa, sinceramente a temática da sua visita hoje foi inesperada. É inacreditável saber que estou curada, é como se minhas células se enchessem de novo de esperança, sabe? Veio uma espécie de força interna, um pouco de estima daquelas de levantar a cabeça e seguir em frente.
Jesus permitiu acariciar sua face. Num primeiro momento, ela se assustou com o gesto, mas não negou que estava gostando daquele carinho. Ele, desde sempre, fora um belo amigo, só pelo fato de não ter contado nada aos seus pais, de ter respeitado a decisão de seu maninho. Mas o que vinha adiante era ainda mais surpreendente.
– Fico olhando para você, Debby, como é uma menina linda e não digo isso por estereótipo, você supera qualquer delimitação que a sociedade rotula como ideal. Não vou negar que fiquei feliz pela sua separação, não por seu sofrimento, isso sim foi injusto, por que você é tão complexa, tão perfeita que não merecia ser tratada daquele jeito, fiquei feliz por saber que agora tenho chance de fazer algo que queria há muito tempo, algo que extrapola o meu próprio amor por mim mesmo, algo que vai dar a você o valor que você merece, a felicidade que você sempre sonhou…
Ela o interrompe corada.
– O que isso significa Jesus?
Ele sentencia os dizeres com um beijo apaixonado. Na porta, calado em lágrimas, Paçoca que viera visitá-la, observa a cena e sem coragem de enfrentá-la, foge em desalento.
MAIS TARDE…
Laila desembarca no aeroporto de Guarulhos e retira do bolso um bilhete que Mãe Joaquina escrevera com o endereço do hospital que Débora estava internada.
– Pode deixar amigos, vou fazer o máximo para ajudá-los nessa empreitada!
***
Sam sai do seu closet vestido de Robin e pula em sua cama como se estivesse em uma missão de salvar o mundo, Cristiano surge debaixo da cama vestido de Batman e o agarra por trás, eles rolam pelo colchão e se pegam ainda mais, até que Sam cai farto, estirado no chão.
– Francamente, querido, você é o melhor que eu já fiquei, sensacional! Delicioso! Irresistível!
Cristiano fica gamado naqueles dizeres e tenta encochá-lo, mas o vilão se esquiva.
– Chega, né? Por hoje, pelo menos! Daqui a pouco tenho facul. Vou tomar um banho, me espera aí para a gente se despedir.
Cristiano sorri maliciosamente para ele.
– Posso assistir a um pouco de TV?
Sam arqueia a sobrancelha
– Mas claro! Contanto que não ouse dar audiência a TV Cultura, ela é comunista!
Quando está entrando no banheiro, escuta por um telejornal que Fernanda Van Gogh foi encontrada morta no fosso do elevador de uma emissora de televisão. Ele se volta bruscamente e constata que sua mãe faleceu, soltando um grito de horror.
***
Roberto (Lucas) se felicita ao perceber a entrada do médico a seu leito. O profissional anuncia.
– Pois é as enfermeiras já me contaram que está sentindo melhor, mas eu ainda pretendo deixá-lo de…
O cardiologista rebate.
– Nem pense em terminar essa frase, eu fiz faculdade de medicina também e posso afirmar categoricamente que a atropina já venceu os espasmos musculares do VX, inibindo a ação da acetilcolina, não estou tendo mais sudorese excessiva que é um fenômeno típico e os episódios de náusea e lacrimejo já pararam há horas, desse modo se puder assinar a minha alta, eu ficaria grato, por que quero visitar o meu namorado.
O especialista ficou pasmo com aquela revelação. Minutos depois, já livre, batera na porta do quarto do namorado, meio às escondidas, pelo horário de visita ser mais tarde e percebe que ele está dormindo. Senta-se na poltrona ao lado e observa por um segundo o seu jeitinho de roncar. Como ficara feliz de ter o reencontrado, de poder reviver aquele amor de infância, de perceber que um príncipe encantado pode sim existir, basta acreditarmos. Acariciou os cabelos do jovem e este despertou, sorrindo para ele. Lucas perguntou.
– E então está se sentindo melhor?
Robson permitiu covinhas de encanto surgirem em sua face.
– Como não poderia estar se está aqui!
O mocinho encheu de lágrimas os seus olhos e o abraçou.
– Me perdoa, me perdoa, meu amor, por ter te intoxicado também com o veneno, não foi minha culpa, ele estava no estado gasoso, espalhou-se difundindo pelo ar do apartamento. Fiquei com tanto medo que sofresse por minha causa.
Robson o puxou para seu colo, beijando-o forte.
– Nem repita uma bobagem dessas! Se eu não tivesse entrado naquele apartamento, eu iria me arrepender para o resto da vida, por que ela não teria a menor graça sem você, meu Guimarães Junior!
O protagonista o beija, sorrindo.
– Meu Ladrão de livros! Como eu te amo.
O outro devolveu o carinho.
– Eu também, seu bobo. Amo-te demais, cara. E te digo mais, nós juntos vamos resolver o mistério da morte de seu pai, eu te prometo!
Nesse instante, Ezequiel que estava à procura dos dois, invade o quarto.
– Aconteceu uma coisa muito grave!
Roberto (Lucas) se levanta desesperado.
– Você está branco, brother! O que foi que aconteceu?
O bandido dispara.
– A elevador que a Mãe do Van Gogh estava, na emissora Novilíngua, despencou do vigésimo andar, com ela dentro, morreu na hora, estão dizendo que foi sabotagem!
Lucas trocou olhares com o flautista que entendeu na hora sua desconfiança.
***
Mais tarde…
Marcos chega de helicóptero direto de Brasília ao imenso campo atrás da rede de televisão acompanhado de alguns parlamentares aliados e de seus assessores quando uma multidão de jornalistas de diversas emissoras os cercam, ele atravessa com dificuldade a fachada do local e chega à perícia técnica que está a sua espera do lado de fora da área isolada, enquanto os demais batem foto do que sobrou do elevador.
– Então ela está morta mesmo, Doutor, é isso?
De repente, por entre os profissionais, Dalila que estava acompanhada do irmão e Cristiano o estapeia com gosto.
– Cretino! Eu sei que foi você que a matou! Por que ela iria entregar nosso caso, não foi?
O que ela estava dizendo? Sam fica revoltado com aquela notícia. O ministro fica vermelho diante das câmeras sobre a fúria da menina.
***
Laila pede licença para entrar no quarto. Jesus e Débora que se engraçavam, concentram-se naquela presença. A jovem se encanta.
– Não sabe de como fico feliz de te encontrar, amiga! Desde os tempos do Reformatório, não tem como te esquecer, é a irmã que não tive.
Débora se lembra daquele olhar, do certa maneira de se expressar e até um pouco da voz, seus olhos se encheram de lágrimas.
– Não acredito que está aqui, Laila!
A jovem correu para abraçá-la. Jesus sorriu ao ver a cena.
JÁ DE NOITE…
Sam joga com força sua irmã dentro da limusine e esmurra Dalila com vontade.
– Você pirou, sua doente! Como é que você faz uma revelação dessas assim diante daqueles entrevistadores abutres de discórdia e sensacionalismo barato? E ainda mancha o nome do meu pai, da nossa família, com essa sua fixação asquerosa.
Dalila rebate.
– Não é fixação, nós temos um caso incestuoso desde muito tempo. Mamãe descobriu tudo, ameaçou denunciá-lo, acabou na correria caindo da escada, aproveitamos para mantê-la calada e internamo-la num clínica, mas como podíamos imaginar que ela iria fugir e acabar desse jeito. Pobre mãe, se eu soubesse que esse monstro fosse capaz de te matar, eu jamais…
Sam esmurra de novo a caçula.
– Cala essa boca! Sua estúpida! Nosso pai é inocente, não matou ninguém!
Cristiano fica impressionado com a altiveza do rapaz. Aquilo era tão tesão para ele, logo maquinou uma cena brutal sobre os lençóis com o vilão.
Marcos entra no carro totalmente perdido pelo cheque milionário que tivera que fazer para censurar aquela reportagem nas emissoras que o abordaram. Era nítido seu sofrimento com o gasto demasiado. Sam o acalmou.
– Ta vendo o que você fez sua imbecíl? Ele está passando mal e por sua culpa! Calma papinho, tudo vai passar! Quer um dry Martini?
Dalila cruzou os braços.
– Se depender de mim, esse homem nunca mais vai tocar o dedo em mim. Como você pode, ser tão baixo e encomendar a morte dela? Ela era a mãe dos seus filhos?
Sam precipitou-se para agredi-la, mas Marcos o segurou.
– Com uma mulher não se bate nem com uma flor, seu covarde!
Ele pegou firma as mãos da menina que tentou puxar de volta e a olhou no fundo dos olhos.
– Eu te juro que não fiz nada contra ela! Juro pelo nosso amor de anos e você sabe que nunca te dei motivos para duvidar dele!
Sam se irritou com aquilo.
– Para de se humilhar por causa dessa piranha falsa. Que exemplo de homem você é, hein? Seu frouxo! Agora vamos ter que agir logo, em surdina, para tirar a sua da reta, nem sei por que faço isso por você! Nessas horas que eu percebo que o meu lugar no céu está garantido!
Pegou o celular e discou para uma pessoa.
– Estava com saudades de mim? Acho que vamos ter que dar uma acelerada naquele nosso plano! Tudo bem para você?
***
Mais tarde…
Ezequiel estacionou em frente à casa da senhora responsável pela adoção dos primos Almeida: Luana e Robson, desligou o motor. O casal namorava no banco de trás, apaixonado. O bandido pigarreou meio sonolento.
– Chegamos pombinhos!
Lucas corou-se pela desatenção e agradeceu o amigo pela carona e se despediu com um aceno. Robson, no entanto, não o cumprimentou, estava confuso, olhava para o final da rua incerto. O mocinho percebeu.
– Amor? O que foi? Ta tudo bem?
O flautista confirmou.
– Está sim! Escute, vou te dar as chaves, pode entrar, já avisei minha mãe sobre sua vinda. Essa hora ela deve estar dormindo, não se preocupe em incomodar, a casa é sua. Vou dar um pulo na padaria aqui perto, comprar ingredientes para preparar um lanche para gente.
O jovem sorriu.
– Não quer que eu vá contigo? Assim entramos juntos!
Robson protestou.
– Nada disso. Você precisa descansar! Inalou uma boa quantidade de veneno! Ligue a televisão e descanse no sofá, se quiser deitar na minha cama, é o primeiro quarto logo que chega ao corredor. Vou dar um pulo lá, rapidão! Não demoro!
– Tudo bem! Eu te espero então! Mas não demora, hein? Vou ficar com saudades!
O ladrão de livros riu e o beijou.
– Pode deixar!
E saiu disparate, enquanto o cardiologista abria a porta.
***
Joaquina termina de digitalizar as provas de seus alunos e apaga o escritório. Desce pelas pequenas escadas laterais, em caracol, chegando-se ao pátio central. Um segurança chega a seu encontro avisando sobre a presença de um homem em lágrimas. Ela precipita-se até a grade e pede para abrir ao ver Paçoca.
– Bruno! O que houve, meu filho?
O ex-traficante a abraça forte.
– Foi a Débora, Joaquina! Ela acredita na cilada que armaram para mim, beijou até outro homem.
A freira se emocionou com o desabafo.
NO OUTRO DIA…
Amanhece e Roberto (Lucas) se espreguiça, percebendo que dormira no sofá. A televisão estava ligada e ele não se lembrara de como fora parar ali. Aproximou-se do quarto de Robson e a cama do rapaz estava feita, intacta, parecia nem ter sido usada, estranhou. Voltou à sala e se recordou de que assistia a uma série na espera dele voltar da Padaria. Será que aconteceu alguma coisa? Dormira em casa? Vestiu depressa a sua jaqueta jeans que deixara sobre o braço do sofá e abriu a porta, assustando-se com uma equipe policial. O delegado era o mesmo que prendera Sam.
– O senhor está preso por falsidade ideológica e pelo assassinato de Fernanda Van Gogh!
O garoto chocou-se ao ser algemado.
***
Em sua mansão, Sam aguardava ansioso junto com sua irmã e seu pai a chegada de alguém. Apertaram a campainha, o vilão abriu, abraçando uma pessoa.
– Nem sabe como senti sua falta! Todo esse tempo de armação me deixou cada vez mais obcecado para por fim a felicidade daquela bicha proletária! E então conseguiu entregá-lo?
Todos aprontaram os ouvidos quando o homem tirou o capuz e começou a falar.
– Consegui sim! Conversei com meu amigo cientista forense que pegou o caso de Fernanda e ele conseguiu implantar nas cordas cerradas as digitais que dei de Lucas. Procurou a polícia depois e denunciou-o, afinal eles possuem o acesso ao banco de digitais que fazemos no título de eleitor. O plano foi um sucesso.
Dalila abaixou a cabeça. Marcos sorriu. Sam pulou no colo de Robson e o beijou pela notícia dada.
CONTINUA…-” ”>-‘.’ ”>