O delegado Humberto decidiu que iria interrogar todos os envolvidos naquela história do sumiço do filho da Jade. Primeiro convidou Bruno a entrar na sala de interrogatório. O advogado estava relaxado, usando camiseta florida e tênis descolado. Não parecia nada preocupado com a gravidade da situação.  

— Que história é essa que a sua sobrinha tá com o Cícero! Isso é verdade? — questiona Humberto, bufando sem paciência. 

Bruno dá um sorriso cínico. Ele parece não dar crédito para a investigação. 

— Minha sobrinha está viajando. Não tenho tanto contanto assim com ela. Mas, pelo que eu verifiquei, ela não está com o garoto. Vocês podem investigar pra ter certeza. 

Cansado de tudo aquilo, Humberto chama a próxima testemunha: Babemco, o desequilibrado. 

O magnata entra vestindo um terno prata e um chapéu preto. Depois de pedir permissão, ele continua bafoando o seu charuto, enquanto observa desconfiado para o delegado diante de si. 

— Eu preciso de provas! Como você ficou sabendo que o Cícero estava com a sobrinha do Bruno? — questionou o delegado. 

— Meu funcionário seguiu a garota, apertou um pouquinho e ela entregou que é sobrinha do Bruno e que ele tem tudo armado. Inclusive foi ideia dele sequestrar o nene. 

— Onde o seu funcionário está agora? 

— Praia Grande a uns 400 km daqui. Quando ele pegar a garota e o bebe, vai trazer para mim. 

— Isso é loucura. Vou acionar a polícia! 

Em seguida, Jade entrou, sendo a última a ser interrogada. Humberto já não tinha mais um centavo de paciência com toda essa confusão. 

— Quer dizer que você sabia que a sobrinha do Bruno estava com o Cícero e não disse nada para a polícia? 

— Eu disse bem mais que isso! Eu disse que o Babemco assassinou Helena e vocês não fizeram nada! Eu disse tantas coisas, mas nada foi levado à sério! 

— Você percebe como isso soa um pouco esquizofrênico? 

— Sim! Confiar na polícia soa loucura! Eu vou agir sozinha pra resgatar meu filho! Vocês não consegue fazer nenhum serviço decente! São uns incompetentes. 

Humberto bufa, enquanto abre a porta para Jade sair. O caos está formado. 


 

EPISÓDIO: SANGUE, LUZ E VERDADE

 


Enquanto todos estão alvoroçados na capital, Capeto está bem sentado no banco do seu carro, fumando o seu cigarro e tomando café preto, enquanto observa a casa de praia onde Leia está.  

Capeto sabe que a qualquer momento, Morgana vai chegar para saber como a mãe está. E, é exatamente isso que está acontecendo.  

Morgana está na estrada, dentro de um táxi, agarrada com Cícero em direção à casa de praia.  

Capeto não vai aguardar muito. Assim que ela entrar, ele vai dar o bote, apagar as duas, amarrá-las e colocá-las no porta-malas. Vai prender o Cícero na cadeirinha infantil do carro e partir para Recife.  

O velhote tá cansado e só quer dar um fim em toda essa confusão. 

***

Enquanto isso, Victória encontra com Bruno na saída do Décimo Terceiro Distrito de Policia. Ela aparenta preocupaçao e entrega uma garrafa com água para o advogado. Ele sorri, grato. 

— Você tá bem? — ela pergunta. 

— Sim. Essa confusão toda com a Jade é desnecessária, mas sinto que está prestes a terminar — Bruno fala enquanto caminha em direção ao seu carro. 

— Eu também vim acompanhando o Licurgo. Ele tá muito chocado com a reação da Jade. Nós gostamos muito dela, mas eu, pessoalmente, sinto que ela ultrapassou um limite e que talvez não possamos voltar a ter a mesma confiança de antes. Você sente isso também? Sente que a nossa amizade com a Jade está fragilizada? Ela sempre está nos acusando de traição, eu estou cansada de assumir essa persona. 

Bruno da um sorriso iluminado e percebe que conseguiu manchar a imagem de Jade na perspectiva de Victória. 

— Interessante você compartilhar isso. Eu também sinto o mesmo. Jade sempre está no lugar de vítima e nós seus algozes. Numa relação que sempre alguém tem razão e o outro está sempre errado, é claro que há um desequilíbrio.  

Victória segura as duas mãos do amigo e percebe a cumplicidade. Bruno gosta e devolve o carinho mexendo o dedão sobre a mão da psicóloga. 

— Eu tô indo jantar. Quer ir comigo? — convida a mulher. 

— É claro! 

— Nós temos muito o que conversar — ela sorri, sedutora. 

***

Depois do debate Recife cresceu seu ódio contra Jade e a politicagem. Os meios de comunicação não paravam de publicar o vexame causado pelos dois principais candidatos à prefeitura. 

Os acionistas da Prime não paravam de ligar para Cornélio pedindo que Jade sumisse da presidência da empresa. Eles estavam com ódio mortal da CEO, pois a exposição da mulher na mídia afetou diretamente o preço das ações que despencaram vertigionasamente. 

Ao mesmo tempo, Logan se reunia com Babemco para informar que estava planejando um novo ataque a Jade. Os dois se encontraram na mansão e tomando whisky divagaram sobre os planos de contra-ataque. 

Logan, sempre muito enérgico, relatava como estava progredindo em suas ações contra a Prime. Mas, mesmo em sua agitação, o hacker percebeu a tristeza ou qualquer coisa parecida, no olhar de Babemco. Era a primeira vez que Logan notava algum resquiício de fraqueza naquele homem. 

— Eu vou hackear a Prime e expor os dados dos clientes e acionistas. Quando essa bomba estourar, a permanência da Jade na presidência da Prime vai ser impossível. Você tá bem, Babemco? Tô te achando um pouco distante, calado, esquisito! O que tá acontecendo? 

Babemco não parava de expirar aquela fumaça desagradável. Mesmo com o olhar distante, o magnata voltou-se para Logan e disse: — Sim! É um plano excelente. Você vai conseguir tirar aquela louca da presidência. 

— Mas, só isso? — Logan perguntou, desconfiado e percebendo que algo não estava bem. 

— Sim! Na verdade, tem algo que eu preciso fazer e que está me incomodando. Você pode me acompanhar em uma pequena missão? — Babemco pergunta encarando Logan. 

— Sim! Vamos lá! — ele diz, mais por curiosidade do que por qualquer outra coisa. 

Os dois saem da mansão no carro importado de Babemco. Logan dirige. Babemco guia o homem. 

Eles chegam até uma rodovia estadual e seguem até os limites do município, entrando na área metropolitana e viajando por uma região rural. Anoitece enquanto esses dois fazem esta curta viagem. 

— Pra onde você está nos levando, Babemco? 

— Precisamos chegar em Paulista. O cartório onde fiz meu testamento está lá.  

— Testamento? Mas, por que você vai mexer com testamento nessa altura do campeonato? 

— Eu descobri que tenho uma filha. Eu preciso incluí-la no meu testamento! 

Logan continua atento na estrada, porém é surpreendido quando um som muito alto ecooa lá fora. O carro treme e a direção balança. Droga! Eles percebem que um pneu estourou. 

Descem do carro, abrem o porta-malas e veem que não há estepe. E, agora, o que fazer? Não tem borracharia por perto. Já está tudo escuro ao redor e os poucos carros que passam não prestam nenhum socoro. 

— Liga para o Capeto. Ele vai vir nos ajudar! — ordena Babemco. 

— Não podemos tirar o capeto do posto. Ele precisa capturar a garota! 

— Liga logo pro Capeto! Eu não estou nada bem — Babemco fala se encostando na porta do carro e apertando o peito com a mão esquerda. — Rápido! 

Logan percebe a gravidade e sem demora liga para o capanga. 

***

O velho Capeto está bem acomodado observando a casa de praia, quando o seu telefone toca. Ele vê que é Logan e atende com certa rapidez. 

— Capeto, nós estamos precisando de ajuda! — Logan fala quase aos berros, tentando controlar a ansiedade. 

—Eu não posso sair daqui! O que tá acontecendo? 

— Nós estamos na estrada. O pneu estorou e Babemco está morrendo na minha frente! Vem logo, por favor! 

— Mais que merda! Onde vocês estão exatamente? — o velhote pergunta dando partida na sua pick-up. 

— Estamos no quilômetro 12 da BR 232! Vem logo! Eu acho que o Babemco vai morrer — decreta o hacker, um pouco assustado. 

Ele não curte o empresário, mas não se preparou para vê-lo morrer ali, na beira da estrada.  

***

Foi só Capeto sair do posto, que o táxi de Morgana estacionou em frente à casa. A garota desceu com uma mala e uma criança em seu colo. Bateu na porta em desespero e pediu que o taxista esperasse caso precisasse retornar imediatamente. Mas, sua mãe abriu a porta e sorriu calorosa. 

Morgana a abraçou aliviada ao perceber que estava tudo bem com Dona Leia. 

— Ai meu Deus! Tudo bem com a senhora? Alguém apareceu por aqui? Tá tudo bem, mãe? 

Mas, dona Leia nem percebeu ou ouviu as perguntas preocupadas da filha. Ela só tiniha olhos para o pequeno Cícerro que sorria de forma angelical para a dona de casa. 

— Ai meu Deus que coisa linda! Deixa a vovó dar um cheiro nessa belezura! — gritou Leia arrancando Cícero dos braços da filha. 

— Mãe! — Morgana ainda tentou repreendê-la, mas sem sucesso. 

— Eu tô aqui preocupada com a senhora e a senhora simplesmente me ignora?! 

Leia está encantada com o nenê, e Cícero joga todo o seu charme de primogênito mimado. Ele brinca, sorri e puxa o cabelo de Leia, que adora a interação com o pequeno. 

— Nós precisamos sair daqui, agora! — decreta Morgana com uma certa urgência na voz. 

— Mas, por quê? Eu fiz a janta, arrumei todas as nossas coisas e estou preparada para passar meus três meses aqui! Não vai ser você que vai me tirar do meu paraíso na praia. E, agora me diz, de quem é esse bebê? 

Morgana desiste de convencer sua mãe e tenta se acalmar. Mas, ela sabe que é perigoso ficar. O homem que filmou sua mãe também deve saber onde ela está. Logo, continuar na casa não é nada seguro. 

— É o filho de uma amiga minha. Amanhã nós precisaremos retornar e deixar ele com a mãe. Você vai comigo! 

Leia bufa chateada, mas logo volta a sorrir com o pequeno Cícero. Eles formam uma dupla e tanto. 

***

Água morna, leite morno, fralda lavada, nenê limpo e cheiroso. Cícero sorri ao ser bem cuidado por Dona Leia. Morgana ajuda a mãe, colocando talco no pequeno, trocando a fralda, e levando uma mijada no antebraço. As duas sorriem e se divertem ao cuidar dele. 

— Eu não vejo a hora do meu neto nascer — confessa Leia, alisando a barriga da filha. 

Morgana olha para o carinho que recebe da mãe e cruza o olhar com Cícero que toma sua mamadeira em silêncio, e solta o bico, apenas para sorrir como se agradecesse pelo cuidado. 

— Espero que o meu seja tão simpático como essa gracinha — diz Morgana, alisando a bochecha do garoto. 

— Seu pai estaria muito feliz — diz Leia. — Ele sempre gostou de crianças. Sempre. O sonho dele era ter mais filhos. Mas, o destino não deixou. Nós estávamos nos preparando para te dar um irmãozinho, mas o tempo arrancou Roberval de mim. 

— Eu sinto falta do papai. Todo tempo. 

— Uma hora dessas ele estaria jogando esse pequeno pra cima e rolando com ele no tapete da sala — diz Leia, alisando a cabeça de Cícero. 

— Ele foi um pai excelente. Ele cuidou de mim da melhor forma. Foi o melhor pai que pudia ter — Morgana fala, enquanto derrama uma lágrima. 

Os três dormiram na mesma cama de casal. Cícero se aconchegou no meio das duas e teve uma noite inesquecível. Morgana fez questão de cantar várias canções de ninar até que ele adormecesse. Um sonho. Uma alegria. Uma família feliz. 

***

No dia seguinte, Jade entrou na Prime com sangue nos olhos. Ela reuniu o conselho e decretou: — Eu quero Bruno fora dessa empresa! Imediatamente. 

Cornélio levantou-se exaltado, e com o dedo em riste contra-atacou: — Quem deveria deixar essa empresa, era você, Jade! Você vai levar a Prime à falência! Essas loucuras e vexames em público já mancharam demais o nome da companhia. Chega de nos envergonhar! Você é uma piada! Uma piada mal contada e sem graça alguma. Já chega! Já chega! 

Bruno entra na sala e coloca-se contra a rival. Ele sabe o que ela está pedindo, e simplesmente não pode deixar barato. 

— Então é assim que você paga tudo o que eu fiz por você? Todo o apoio que eu te dei para que você subisse e se sentasse na cadeira da presidência! É assim que você me recompensa, me apunhalando pelas costas? 

— Você é um cínico, sádico e descarado! O traidor aqui é você, Bruno! Não ouse me chamar de traidora! Eu não fiz o que você fez! Você me enganou esse tempo todo e achou que não iria ter retaliação? Aqui nessa empresa, ou fica eu ou você! Nós dois, não podemos dividir o mesmo espaço, e como eu não quero sair, você vai ter que partir, o mais rápido possível! 

Bruno suspira e simplesmente declara: — A diferença que nos caracteriza é porque você é uma mulher de palavras. Eu, eu não… — ele dá as costas e sai da sala, deixando todo mundo com uma interrogação e um pouco de frio na barriga. O que esse louco está planejando fazer? 

Bruno desce do edifício da Prime e tomando seu carro arranca para o litoral em direção à Praia Grande. Ele vai visitar Cícero, Leia e Morgana. Com quais intenções? Ninguém sabe. 

***

Enquanto Bruno arquiteta seus planos sórdido. Babemco é medicado em uma clínica particular de Recife. Depois de ter sido socorrido por Capeto, ele foi levado urgentemente para a emergência e logo foi tratado por médicos capacitados. 

Na sala de espera, Logan conectado ao seu notebook, toma um susto ao ver o médico aparecer preocupado. 

— Ele é seu amigo? — pergunta o doutor para Logan. 

O hacker para e pensa: “amigo? Será que Babemco é amigo? Talvez um dia tenha sido, mas hoje não se aproxima de uma relação de amizade, mas de qualquer forma ele quer saber a situação do magnata e afirma que “sim, somos amigos”, declara Logan, nada convicto. 

— A situação dele não é nada boa. O câncer se espalhou por todo o corpo. Ele está morrendo e tem pouco tempo de vida. Infelizmente. 

Logan deixa o computador cair e sem reação desaba no sofá, incrédulo. “Então quer dizer que o Babemco está prestes a morrer?” 

— Você não sabia? — questiona o médico. 

Logan não consegue responder e simplesmente nega com a cabeça. 

— Isso é uma droga! 

***

Leia e Morgana estão na mesa da cozinha tomando o café tranquilamente. Elas conversam sobre as lembranças dos dias passados, das férias, dos encontros e dos imprevistos. As melhores viagens sempre tinham algum emprevisto, algo esquecido, perdido ou trocado. Elas curtiram muito a vida ao lado de Roberval. 

Porém, toda a calmaria da manhã foi interrompida quando alguém quase derroubou a porta da frente batendo desesperadamente. As duas deram um pulo da cadeira ao notar os baques vindos la de fora.  

— Quem quer derrubar a porta? — Leia gritou, já estressada. 

Cícero acordou e começou a chorar. Morgana teve medo. 

— Abram a porta agora mesmo! Vamos, eu não tenho tempo! — gritava Bruno, enquanto esmurrava a porta de vidro. 

As mulheres no interior da casa correram para o quarto e pegaram Cícero no colo. 

— Para com isso, Bruno! Você está nos assustando! — revidou Morgana. 

— EU NÃO QUERO SABER! ABRAM A PORTA E ME DEEM A CRIANÇA! 

Morgana e Leia se entreolhara. 

— Ele não tá bem! Isso não é normal?! Por que ele quer a criança. Morgana?  

A garota não sabia como responder sem entregar que Cícero fora sequestrado por ela. Mas, de toda forma, concordava com a sua mãe: — Eu não posso entregar o nene para esse louco. Ele não tá bem! 

Morgana e Leia estavam assustadas. Cícero corria perigo. 

Bruno somente parou quando notou uma viatura se aproximando. Percebeu então que as mulheres não estavam blefando. Elas de fato ligaram para a polícia. Ele então correu e fugiu dirigindo seu carro de volta para Recife. A missão de sequestrar o Cícero novamente, não foi bem-sucedida. 

— Nós temos que ir — disse Morgana para sua mãe. 

— Eu preciso saber o que está acontecendo.  

— Eu vou contar tudo. Mas, antes vamos embora. Essa casa não é mais segura. 

***

Yeda entra no Décimo Terceiro Distrito determinada. Ela vai ao encontro de Humberto que está bem sentado em sua poltrona. 

— Então, é assim que você vai resolver toda essa merda? — Yeda com ódio. 

— O que você quer? Você deixou tudo para trás, e agora está me pressionando? Sai da minha sala, Yeda! Agora! 

— Eu já te disse que o merda do Babemco matou Helena com um tiro à queima roupa e você não faz absolutamente NADA!  

— Onde estãos as provas! Eu já disse que esse caso foi encerrado! O que você quer que eu faça? 

— Foi o próprio Babemco que arquivou o caso. Como você deixou o delegado Sérgio por as mãos nessa história? 

— Pergunta para o Delegado Geral. Isso foi coisa dele! Mas, como você não é mais da polícia, acho que vai ser difícil ter acesso a ele. E, como não é filha, fica mais complicado ainda! E, ai, como vai ser? 

Yeda percebe a ironia e sai da sala quase tendo um treco de raiva. 

— Isso não pode acabar assim. 

***

Bruno voltou para a Prime e descobriu que o Conselho aprovou a votação para excluí-lo da vice-presidência. Ainda mais transtornado ele revirou a sua sala. Tomado pelo ódio, simplesmente não sabia mais o que fazer. 

Foi então que avistou Victória vindo em sua direção. A mulher usava um vestido que torneava todo o seu corpo tornando-a ainda mais atraente.  

Ela o convidou para almoçar. Os dois foram para o apartamento de Bruno, pediram comida tailandesa e conversaram sobre os últimos acontecimentos. 

— Eu acho que só você me entende, Victória. Jade surtou e está afastando todo mundo da vida dela. Quando ela perceber o erro que cometeu vai ser tarde demais. 

Victória toma mais um gole do champanhe e serve uma taça para Bruno. 

— É triste tudo o que está acontecendo. Mas não podemos levar toda a carga que ela está jogando sobre nós — ela diz, tocando no ombro do advogado. — Meu, Deus! Falando em carga, como você está tenso — ela repete o movimento percebendo a tensão no ombro do amigo. — Tira a camisa e eu vou te fazer uma massagem. Você precisa e merece relaxar. 

Bruno está meio assustado, mas devagarzinho retira a camiseta. Victória se aproxima e derrama no ombro dele, um óleo que encontrou no banheiro. O advogado revira os olhos ao sentir as mãos apertando seus braços. 

— Nossa, isso é delicioso — ele fala, com os olhos fechados. 

Victória continua massageando-o e tocando o corpo inteiro. Ela passa as mãos nos peitos, na barriga, nos braços e antebraço. Bruno deita totalmente relaxado e descansado.  

As mãos do advogado encontram a cintura da mulher e os olhos se cruzam. O tesão aumenta. Bruno retira a camiseta de Victória e aproxima seus lábios dos dela. O beijo acontece. É quente e molhado. As línguas se enroscam em uma troca de paixão e desejo.  

Victória termina de tirar sua camiseta e puxa a calça de Bruno. Os dois se devoram no fogo da paixão. Ele empurra ela sobre o sofá e lambe a barriga dela. Victória revira os olhos gemendo de prazer. Ela sente a língua de Bruno lhe penetrar por inteiro. A língua quente e profunda que suga seu prazer gerando ainda mais desejo. Eles se despem. Corpos suados reluzentes. Óleo, saliva e mordidas.  

Victória abre as pernas e aguarda ser penetrada. Bruno é agressivo e encaixa o seu amor dentro da psicóloga. Ela geme ao ser penetrada. Seu suspiro é de alívio. Completude e rendição. Ela está aberta ao amor e aos movimentos ritmados do pênis que lhe roça e lhe toma por completo. Gozo! 

***

É fim de tarde, quando Victória levanta. Veste sua roupa e mexe no ombro de Bruno. Ele está apagado e não reage. A mulher corre até a porta e abre. Yeda e Brutus entram no apartamento. 

— Vão! Rápidos! — Victória ordena. 

— Você deu o remédio pra ele? — Brutus pergunta. 

— Claro! Mas, nós não temos tanto tempo assiim. Dependendo do organismo o efeito é mais rápido. 

Brutus e a delegada entram no escritório de Bruno e vão até o cofre que fica próximo à mesa.  

O hacker conecta alguns cabos à entrada do cofre e começa a digitar alguns códigos em seu notebook. 

— E aí, vai dar certo? — Yeda pergunta, sacando sua arma e ficando de guarda, caso Bruno acorde. 

— Acho que sim. Mas, vai demorar um pouquinho. Por que não amarrar ele? — o hacker pergunta, olhando para a arma na mão de Yeda. 

— Eu não quero que ele saiba que estivemos aqui. Vamo logo, Brutus. Eu preciso desse pen-drive. Com isso, nós temos a prova contra o Babemco. 

O hacker se volta para o seu notebook e concentra toda energia em desbloquear o cofre. Enquanto, Yeda aguarda apreensiva e torcendo que o calmante continue fazendo efeito em Bruno. 

Uma hora depois, Brutus levanta e se estica: — Terminei! 

Yeda se aproxima, curiosa. 

— Você conseguiu desbloquear? 

Brutus confirma com a cabeça. 

— Qual a senha? 

Ele apenas aperta uma tecla do seu computador e o cofre emite uma luz verde em sua tela, demonstrando que fora aberto. 

A ex-delegada se aproxima, abre o compartimento e verifica os objetos que estão dentro. Ela retira alguns maços de dinheiro, uma pistola e o pen-drive. 

— Verifica se o vídeo tá ai! — ela pede, entregando o dispositivo para Brutus. 

O hacker insere o pen-drive no notebook e localiza o arquivo. O vídeo começa a rodar. Yeda assiste tudo em silêncio. Ela vê quando Babemco faz o seu discurso idiota falando sobre a luz da verdade. Em seguida ele dispara na cabeça de Helena.  

Yeda assiste tudo sem desviar o olhar. Ela está resignada e com raiva. Babemco precisa ser preso. 

Victória se aproxima. 

— Obrigada por nos ajudar com tudo isso, Victória — Yeda diz, abraçando a mulher. 

— Esse idiota merece. 

Brutus levanta com sono. — Vamos levar pra polícia? 

— Não! O delegado Sérgio e o Delegado Geral iriam sumir com isso, imediatamente. Nós vamos fazer algo mais dramático — Yeda fala, misteriosa. 

— Dramático? Como assim? — o hacker, confuso. 

— Você vai ver… 

 

CONTINUA…

 

 

ATENÇÃO: A PARTE 2 DESTE EPISÓDIO SERÁ EXIBIDA NA QUINTA-FEIRA, DIA 07/03 ÀS 20H NA WIDCYBER.

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