As luzes do bunker piscam intermitentemente criando um ambiente de terror e medo. Uma fumaça escura e espessa começa a tomar de conta, preenchendo cada canto do recinto. O lugar se torna um verdadeiro inferno, cheio de tormentas e dor. Jade corre de um lado para o outro desesperada segurando seu rebento, ela sente a morte caminhando por perto.  

Morgana continua caída e sangrando, se continuar assim, ela e o filho também irão morrer rapidamente. Sem falar da bomba que a cada segundo que passa mostra seu time decrescente. Nada é favorável. Nenhuma saída parece existir.  

Ninguém faz nada sozinho. 

Jade foi salva por Licurgo. Ele pilotava um monomotor cesna que caiu na fazenda do amigo. Ela lembra quando acordou machucada e tentou fugir. Licurgo foi paciente e sincero. Logo em seguida, os dois enfrentaram verdadeiros monstros. Sobreviveram se ajudando.  

Licurgo não conseguia falar sobre os seus traumas, mas Jade estava lá para ajudá-lo. Depois o amigo perdeu uma mão. Sangrou muito e esteve perto da morte, só não morreu porque Jade doou seu sangue.  

E ela, tinha aids e foi curada através da fé do Licurgo. Os dois se aliançaram e se tornaram melhores amigos. Eles tinham passado pelo inferno juntos e tinham saído desse mesmo inferno juntos.  

Jade encontrou o seu amado Lucas e formou família. Seu maior sonho se realizou: ela se tornou mãe. Cícero era um verdadeiro milagre! A forma de Deus mostrar que amava Jade.  

A mulher se transformou. Doou toda sua vida em prol da família, ainda que tenha tido uma recaída. Infidelidade. 

Todavia, seu amor por seu filho era indiscutível. Nada poderia tomar o lugar de Cícero. Ele era o maior amor da vida dela, foi por isso que Jade sofreu ao saber que o menino não era seu filho de sangue. Mas, isso não importava. Ela havia doado o coração e agora os dois estavam ligados.  

Porém, as sequelas ficaram e Jade precisou de ajuda psicológica. Depois de ter sido estuprada pelo irmão de Roberval e matar um homem inocente, a mulher se entregou à justiça e passou nove anos atrás das grades. Sua mente estava bagunçada. Ela precisava juntar os pedaços. 

Licurgo tinha a fé, mas Victória tinha a ciência da psicologia. Jade foi encontrando cura para as suas emoções feridas. Suas fraquezas foram transformando-se em força e os anseios em certezas, Victória foi o apoio que ela tanto precisava, até Babemco aparecer na sua vida e pisar em sua dignidade. 

Jade perdeu a percepção do eu, perdeu seu respeito próprio e honra. Babemco entrou em sua mente e instalou o medo. Fez com que Jade duvidasse da própria realidade. Minou sua autoconfiança.  

Mas Jade não estava sozinha, ela ainda tinha os amigos. Porém, Bruno fez com que ela duvidasse dessa amizade verdadeiro. Bruno chegou com o golpe de misericórdia para destruir qualquer senso de segurança em Jade e traiu.  

Ele traiu a confiança que ela tinha nele. Bruno tirou de Jade a segurança de confiar em Licurgo e em Victória. Esse elo havia sido quebrado. Agora a mulher estava sozinha, presa e prestes a explodir junto com a filha do homem que ela assassinara.  

Era o cenário perfeito para o fim.  


 

 

EPISÓDIO: NO PRINCÍPIO…

 

 


Jade põe Cícero próximo a uma parede e começa a revirar os armários. Ela abre gavetas e espalha papéis. Suas mãos incansáveis tateiam em meio à escuridão. A fumaça arde seus olhos e pulmões. Demônios da morte passam atrás dela tentando tocar sua alma. 

Já sem esperança e prestes a desistir, ela encontra um rádio comunicador. Toca em seus botões tentando achar uma maneira de ligar, até que consegue obter um sinal. Ela fala tentando chamar socorro. 

— Eu preciso de ajuda! Socorro!  

Ninguém responde. Apenas o silêncio. Somente o silêncio. 

** 

— Ela não me deu uma chance para me explicar. Eu precisava dizer que eu confiava nela, independentemente de tudo! Eu sabia quem ela era, mesmo que ela não me reconhecesse — disse Licurgo conversando com Victória alguns dias antes de tudo isso. 

A psicóloga tomou um gole do seu vinho e pareceu indignada. 

— Não podemos fazer mais nada por ela. Tudo o que estava ao nosso alcance foi feito. Eu não quero mais sofrer por conta da Jade. 

— Você tá desistindo dela? — Licurgo perguntou. 

— É que nada que façamos vai mudar a perspectiva dela. Agora é ela que tem que mudar. Nós demos todas as ferramentas para a Jade, ela tem que encontrar o caminho, sozinha. 

Licurgo suspira. 

— Ela não vai conseguir.  

— Ela precisa subir de nível. O tempo tá acabando. Ou ela muda, ou ela morre. A transformação está batendo à porta — Victória diz, enigmática. 

** 

— Alguém?! Socorro — Jade diz, perdendo as forças. 

O rádio continua mudo. Nada. Ninguém. 

A fumaça toma de conta. Cícero começa a tossir muito. A pulsação de Morgana está baixa, e quase não existe. Jade está fraca e mal consegue ficar de pé. Ao olhar para a parede à sua frente, um quadro sustenta a imagem de Babemco vestido em um terno vermelho. O homem parece um fantasma sorrindo da desgraça alheia.  

Jade cai de joelhos e baixa a cabeça. O timer da bomba está prestes a zerar. Ela vai morrer.  

** 

Ao fechar os olhos, Licurgo quase podia sentir o cheiro da fazenda. A brisa refrescante e o clima ameno que abraçavam ao cair do dia. Tudo era Deus ao redor. O som dos bichos, o cantar dos grilos, o relinchar dos cavalos, a gargalhada das crianças. E como sorriam. Sem medo, sem receio, sem pudor. Elas estavam seguras e em casa. Não queriam sair nunca dali. O lugar não era luxuoso, mas era abundante de amor. Eram plenas e felizes. 

— Vocês conseguem escutar Deus no silêncio? — Licurgo perguntava para as crianças que sentavam ao redor de uma fogueira debaixo de um céu deslumbrante e estrelado. 

— Quem é esse Deus que vocês tanto falam, tio Licurgo? — perguntou uma menina desdentada e cheia de franjas. 

— Quem Ele é? — Licurgo repetiu, como também se perguntasse.  

— Ele tá lá em cima? — perguntou a curiosa apontando para o céu. 

— Quem é? Onde está? Onde mora? Como fala? Qual seu cheiro? Sua cor? Qual o tom da sua voz? — Licurgo se questionou. 

— Eu não sei — respondeu a criança. 

— No princípio, Ele criou o céu e a terra — iniciou Licurgo. 

— No princípio? Como assim no princípio? 

— No começo de tudo, quando ainda não existia tempo, ele fez o ponteiro andar pela primeira vez. Ele criou o tempo. No princípio tudo começou, mas antes não havia princípio — Licurgo tentava filosofar com a garota. 

— Não tinha tempo? Como assim? — ela se questiona. 

— Não! Ele criou o tempo — concluiu Licurgo. 

— Eu não consigo entender, tio. 

— É que tem coisas que são incognoscíveis. 

** 

— JADE?! — Alguém respondeu pelo rádio. 

— Socorro! Me tira daqui? — Jade respondeu em desespero. 

— Onde que você tá? — perguntou a voz desconhecida. 

— Eu tô em um bunker! Abre essa porta, por favor! Tem uma bomba e vai explodir em pouco tempo — ela tosse. 

Licurgo caminha em meio a destroços com o rádio na mão. Ele avista uma viatura se aproximando do que sobrou da mansão do Babemco. De longe, o fazendeiro avista o delegado Humberto correndo em sua direção acompanhado de alguns policiais. 

Ao seu lado, Licurgo vê Victória se apoiando em Marcelo. Os dois estão sangrando, mas parece que vão sobreviver.  

Uma ambulância e um carro de bombeiros estacionam. O socorro chegou. 

— Mas que merda aconteceu aqui? — Humberto pergunta, avistando os escombros que sobraram das explosões provocadas por Babemco. 

— Tem sobreviventes! A Jade precisa de ajuda — Licurgo diz, entregando o rádio para o delegado. 

— Socorro! Me tira daqui! — Jade continua gritando em desespero. 

— Onde você está? — o delegado questiona. 

— Tem um bunker. Eu não sei qual o cômodo, mas vocês precisam ser rápidos. A bomba vai explodir! — ela avisa. 

— A bomba? — Humberto surpreso. — Se afastem todos daí — o delegado ordena para os bombeiros que prestavam os primeiros socorros. — Tem uma bomba prestes a explodir. Eu vou chamar o esquadrão antibombas — ele avisa para Jade. 

— Não tem tempo. Vocês precisam abrir a porta! Meu filho ta aqui! A Morgana tá sangrando e ela tá grávida. Todos nós vamos morrer — ela chora, sem esperanças e sua voz começa a enfraquecer. 

— A única coisa que podemos fazer é desativar esta bomba. Mas não podemos arriscar. Você consegue desativá-la? — o delegado questiona. 

— Eu não consigo nem enxergar direito aqui dentro. Por favor, façam alguma coisa!  

Licurgo corre em direção a Marcelo e puxa o hacker pelo colarinho — Agora é sua vez de ajudar! Vamos, faça alguma coisa pra tirar ela de lá! Você é hacker! Desativa a merda da bomba. 

Marcelo está assustado e não sabe o que fazer. 

— Vamos! Reaja! Ajuda! — Licurgo ordena. 

O hacker levanta e se aproxima do delegado — Pergunta a ela como é a bomba?  

— Eu não sei, não consigo ver nada! 

Licurgo se aproxima trazendo um cilindro de ferro que está agarrado a vários fios. — Isso deve ser da bomba! — afirma o fazendeiro. 

— Eu preciso de um laptop! — diz Marcelo. 

Victória vem mancando. Ela percebe a agonia na face do amigo, Licurgo.  

— O que tá acontecendo? — pergunta a psicóloga. 

— Quantos minutos você ainda tem? — pergunta Marcelo. 

— Quatro minutos — declara Jade. 

— Procura a porta e digita a senha que eu vou te dizer — afirma Marcelo, convicto. 

— Mas, como assim? — pergunta Licurgo. 

— Eu lembrei que eu hackei essa porta. Eu disse a senha para a Morgana. 

— Por que você não disse isso antes? — perguntou o delegado, irritado. 

— Eu não tava pensando direito, mas agora eu lembrei — confirma Marcelo. 

— Qual a senha? — Jade fala, se aproximando da porta e do teclado. 

Marcelo informa a senha. Jade digita. Um barulho ensurdecedor ecoa por toda a sala. O time da bomba pula de quatro minutos para dois minutos. 

— Ai meu Deus, o que você fez? — Jade perguntou aos prantos. 

— Droga! A bomba deve tá ligada com a porta e programada para agilizar a explosão. Não mexe mais no teclado. Você precisa desativa a bomba manualmente. 

Jade encara suas mãos. Elas tremem. 

** 

Apartamento de Yeda. Algumas semanas atrás. 

Licurgo encara as plantas e o verde que pulsa delas. Ele levanta o regador e molha as folhas pacientemente. Seu olhar é puro e profundo. Mas, tem uma planta que está envolta em espinhos. Ele precisa cortar alguns ramos que estão morrendo, mas os espinhos não lhe permitem.  

Jade aparece. É o momento perfeito para a mulher exercitar a paciência. 

— Minhas mãos são falhas e tremem o tempo todo. Eu não vou conseguir cortar esses ramos e ainda vou furar toda a minha mão. — Jade avisa, ao chegar no apartamento de Yeda. 

— Vamos lá! Você precisa cortar esses ramos! Eu sei que você consegue! — Licurgo incentiva. 

— Lembre-se! Sutileza. 

** 

No princípio, Jade acordou de um pesadelo. Suas mãos tremiam e ela precisava comprar um chá. Ela tinha medo. Era madrugada quando ela saiu de casa e foi a uma loja de conveniência comprar o chá.  

Voltou pra casa, tomou o chá, derrubou a xícara e continuou nervosa com as mãos trêmulas. 

Quando foi ao programa do Dial, foi acusada por Babemco e teve seu passado exposto. Deixou o microfone cair. 

O que fazer com as mãos fracas? 

As mãos. Tão essenciais e tão desvalorizadas. Mão é sinônimo de realização. É com elas que você segura a vida. É sua ferramenta natural. Licurgo não tem uma mão. Mas, Jade tem as duas, ainda que trementes. 

A mão é capacidade de fazer, de construir. Quando a mão é retirada a capacidade se vai. Mão é sentir, é tocar, é abraçar. Mão é recolher uma lágrima, é apertar o ombro e segurar a outra mão em sinal de cumplicidade. Dar a mão. 

Estender a mão. 

** 

Marcelo continua guiando Jade pelo rádio, que começa a falhar. 

— Você precisa identificar o fio vermelho e desconectá-lo — instrui o hacker. 

Dentro do bunker, Jade não consegue enxergar um palmo à sua frente. A fumaça tomou de conta. Ela tosse e o ar começa a lhe faltar. 

— Eu não consigo enxergar. São muitos fios. Eu mal consigo enxergar o timer agora. 

— Você vai se guiar pelo tato — diz Marcelo. 

— Qual o fio eu preciso desconectar? — Jade grita. 

— Você encontrou o dispositivo?  

— Sim! Tem muitos fios saindo da fonte — Jade avisa tocando na bomba e no cilindro. 

— O fio vermelho é áspero e tem várias bolinhas. 

Jade começa a tatear os fios e verificar um por um. — Todos tem bolinhas! Eu posso puxar qualquer um? 

— Não! Se você puxar o fio errado a bomba vai explodir imediatamente. 

Jade se afasta — Eu não consigo! 

— Vamos lá, Jade! O fio vermelho tem pequenas bolinhas e mais próximo da fonte elas começam a se espaçar ficando uma distante da outra — Marcelo diz, olhando para o laptop em seu colo. 

— Droga! — ela berra. 

— Você não tem tempo, Jade. Se quiser sobreviver, vai ter que desconectar o fio certo. 

Victória se aproxima e pega o rádio. — Oi amiga, sou eu, Victória. Você lembra do nosso exercício? Vença o tempo. Agora é o momento de vencer o tempo. É o momento de fazer esse timer parar e congelar tudo ao seu redor. A maior luta, não é a que acontece fora, mas, é a batalha em seu interior. Você tem que vencer o medo, tem que vencer a angustia e ansiedade e parar o tempo. 

Jade chora. 

— Victória, as minhas mãos. Eu não consigo fazer com que elas parem de tremer — a mulher diz em meio às lágrimas. 

Licurgo se aproxima. — Respira e seja sutil, lembra? Você lembra de cortar os galhos secos da planta cheia de espinhos? Nada é por acaso. Você já passou pelo treinamento. O teste final chegou e nós sabemos que você é capaz. Agora só depende de você. 

— Licurgo. Victória. Me perdoem. Eu nunca devia ter desconfiado de vocês — Jade declara, emotiva. 

— Nós vamos conversar, agora vai e desarma essa bomba — Licurgo diz, e percebe que o rádio desligou — Jade? Jade? 

A bateria do rádio acaba. Agora Jade está sozinha. 

** 

Jade estava sozinha. Enquanto tateava os fios um vulto negro envolto em trevas levantou-se do seu lado esquerdo. Ela sentiu os cabelos da nuca arrepiarem. 

O cheiro era podre. A voz gutural. O som da morte em puro ódio bradava no ouvido da mulher — EU vou matar… Você vai morrer. É o seu fim. Vocês são meus.  

Sutileza 

Com os olhos fechados, Jade virou a cabeça para o lado e disse: Cale-se. Você não é bem-vindo. Eu vou viver. Nós vamos viver. Eu tenho o controle em minhas mãos. 

Ela pegou o fio e saiu percorrendo por sua extremidade e sentindo a aspereza do material. 

Outro vulto levantou-se. Tinha um martelo e uma toga. Era um demônio em forma de lei. Um advogado. 

— Eles te enganaram. Você vai puxar o fio errado — disse o demônio, incitando a desconfiança. 

— Cale-se. Eu confio! — ela disse com os olhos fechados sentindo as bolinhas do fio se dispersarem. 

Os demônios levantaram-se prontos para agarrarem-se com ela, mas ela continuou firme. 

— Respire. Vença o tempo — Jade declara. 

O timer marca quarenta segundos. São quarenta segundos para salvar seu filho. Trinta segundos para tentar viver mais uma vez. Vinte segundos e parar o tempo. Cinco segundos e o timer congela. 

Os demônios ficam suspensos com suas garras afiadas e prontas para dar o bote.  

Jade abre os olhos e tudo ao redor está congelado. A fumaça se dissipa e ela enxerga tudo com nitidez. Morgana caída, com o rosto pálido. Cícero agonizando sem ar. Ela sente a dor e vê o mal que causou. Tanto sofrimento, tanta destruição. 

Jade puxa o fio. 

** 

Os médicos correm pela UTI em desespero. Morgana está morrendo. Eles tentam reanimá-la. Ela precisa de sangue. O bebê não foi atingido pela bala, mas caso o parto não seja feito imediatamente, os dois correm risco de morte. 

Ela perdeu muito sangue. 

— Eu sou doadora universal. Podem doar o meu sangue pra ela — Jade declara se aproximando. 

— Salvem minha filha! — Leia pede aos prantos. 

Os médicos afastam a mãe e deixam Jade por perto. Eles vão fazer a transfusão. Mais uma vez, Jade se apresenta para doar seu sangue. Dessa vez, para filha do homem que ela matou. O destino mais uma vez dando uma chance para a mulher se redimir. 

— Não deixa minha morrer, Jade — Leia pede. 

— Ela vai ficar bem. Não se preocupe! — Jade fiz, confiante. 

“Você tem que sobreviver”, pensa Jade. “Eu não vou deixar você partir. Esse não é o momento”. 

Ela segura a mão de Morgana, enquanto os médicos abrem o acesso para que a vida de uma passe para a outra. 

Jade sente seu espírito saindo de si e indo para Morgana. Agora, elas compartilham do mesmo sangue, da mesma sorte, da mesma dor.  

O pequeno Cícero está bem. Não teve nenhum dano. 

Fora do hospital Victória e Licurgo conversam com a polícia. Mas, onde estão os outros? Onde está Yeda e Babemco? Logan e Capeto? O que aconteceu? O que ainda vai acontecer? 

— Não encontramos Yeda! — declara o delegado Humberto para Licurgo e Jade. 

— Precisamos encontrá-la — declara Licurgo.  

— Sim! Ninguém vai ficar para trás. 

CONTINUA… 

 

ATENÇÃO: A PARTE 2 DESTE EPISÓDIO SERÁ EXIBIDA QUINTA-FEIRA DIA 04/04 ÀS 20H NA WIDCYBER. 

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