Dudu para o carro numa esquina, esperando outros veículos passar.

Tainá e o garçom, na praça, conversam animados. De longe, Dudu observa o casal. A moça se despede e segue a rua, lado oposto.

Dudu, ameaça colocar o carro em movimento, breca, quase atropelando alguém. Ele e a moça entreolham assustados. Ele ameaça falar algo. Ela se vira para traz, ouvindo alguém lhe chamar pelo nome.

Garçom — Francine, espera.

A moça rapidamente sai do meio da rua. O rapaz chega. Eduardo fica atento nos dois, seguindo o caminho, depois que dividem as sacolas de compras.

O sino da igreja toca. Eduardo estaciona o carro e segue a pé, em direção a catedral. Se coloca de joelhos perto do altar e faz uma prece.

Na casa de Afonso, ele é o primeiro ver Dudu entrar na cozinha. — Você falou com o Beto? Que explicação ele lhe deu?

Dudu olha a mãe, a tia Clara, sentadas ao redor da mesa. Mira o chão ao dizer: — Não, não, eu não encontrei o Beto, pai! — e se refere a irmã, também chegando — O garçom voltou a lhe procurar, Tainá?

A mocinha encara todos, senta ao lado da tia, e alegre responde: — Sim! Nós nos encontramos depois que sai da igreja. — e se refere ao pai — Ele disse que vem falar com o senhor. Mas antes, vai viajar com o pai. Vão ficar um tempo fora.

Dudu — Você está confiante de mais. Deveria ir devagar.

Tainá, estranha. — Não entendi. Por que me pede isso? – sorri — Há, ele tem uma irmã muito bonita. O nome dela é Francine. Ele me apresentou. O pouco que conversei com ela me pareceu um amor de pessoa. Na hora, até me lembrei de você.

Dudu sorri — E que Deus me perdoe julgar alguém, antes de conhecer a verdade. Eu vi os dois. Pensei que eram casados. — Faz um gesto qualquer. — Vou tomar banho, depois do almoço, talvez, dou um pulo na fábrica. — e fala com o pai — Contratei o filho do Geraldo para trabalhar no lugar do Beto.

Afonso suspira preocupado. ¬— Isso quer dizer que também perdeu a esperança com o seu irmão.

Dudu — O senhor não devia se preocupar tanto com o Beto, ele está fazendo a escolha que quer.

Afonso — Não é com o seu irmão que me preocupo! Estou preocupado com o que ele possa fazer de errado com as pessoas, como fazia o seu bisavô.

Noemi, saindo — Vou confirmar para ver se o almoço está pronto.

Afonso, desapontado — Acabei de falar besteira. Vou dar uma volta para refrescar a cabeça.

Dudu segue o pai, com o olhar.

Clara depois de observá-lo: — Você mentiu para o seu pai. Esteve sim, com o seu irmão.

Dudu — Como minha tia sabe?

Clara — Você é transparente, como era seu avô. O ponto fraco dele era repetir, várias vezes, a mesma palavra quando se via obrigado a mentir, como você fez quando seu pai perguntou do seu irmão.

Dudu suspira e desabafa: — Beto está perdido, tia. Não sei o que fazer para ajudá-lo. Cheguei ameaçá-lo em fazer o mesmo que meu bisavô fez com o meu avô Eduardo. Mas parece que ele não se importou.

Clara — Seu irmão é do jeito que é desde quando nasceu. Lembro-me da carta que sua mãe me enviou, quando vocês nasceram. Ele ser uma criança muito brava, chorava o tempo todo, enquanto você era o inverso. E também me lembro de quando sua mãe foi para o Rio de Janeiro levar o Custódio para que eu e Glória Maria o conhecesse. Você e seu irmão foram juntos. Lembra-se do que aconteceu lá?

Casa de Glória Maria e Caio. Quarto de José Carlos. Dudu, Beto e Custódio, todos com sete anos. Clara para entre a soleira, ouvindo a conversa.

Custódio — Porque ele sempre está dormindo?

Dudu — Ele não está dormindo. Está descansando.

Beto carrancudo — Não gosto dele.

Dudu — Porque não gosta dele? Ele não te fez nada de mau.

Beto — E daí! Não gosto e pronto.

Custódio — Eu gosto.

Beto chuta a canela de Dudu.

Custódio — Por que chutou o seu irmão?

Beto — Porque você ficou do lado dele.

Dudu — Não liga não Custódio. O Beto ainda tem que aprender muita coisa.

Beto – Eu não preciso aprender nada. Já sei de tudo.

Dudu — Você não sabe gostar das pessoas.

Beto — Eu vou te dar outro chute se você não parar.

Clara fala com eles. — O que está acontecendo aqui?

Custódio — O Beto está chutando o Dudu.

Dudu – Eu não ligo. O chute dele não dói.

Noemi e Glória Maria chegam na porta.

Glória — Chegou visitas. Vieram conhecer os três meninos.

Na sala, Caio, Adalberto e Ester. Dudu, vendo um vulto escuro, de pé, ao lado de Adalberto. Puxa Noemi pela blusa.

Dudu — Mamãe, podemos conversar?

Noemi — Claro, querido! Pode falar.

Dudu — Aqui não. Em outro lugar.

Noemi pede licença e se afasta com o filho. Beto percebe que a calça do irmão está molhada, e cochicha aos ouvidos de Custódio.

Beto, rindo — Meu irmão fez xixi na roupa. Ele faz isso, todas as vezes que vê fantasma.

Custódio assustado — Tem fantasma aqui?

Todos se olham tensos. Clara pede licença. – Vou ver o que aconteceu com o meu sobrinho.

No quarto, Noemi, depois de ajudar Dudu trocar de roupa. — Agora me diz o que aconteceu?

Dudu — Não gosto da morte.

Noemi — Eu também não gosto, querido. Mas, porque está falando isso?

Dudu — O pai do meu primo vai morrer. A morte está do lado dele.

Clara voltando a si, fala com o sobrinho. — E dois meses depois, o pai do meu genro faleceu. E quanto ao seu irmão, você sempre soube que ele não tem bom sentimento.

Dudu — Hoje, passei na igreja e rezei muito pelo meu irmão. Sempre fiz isso. Sempre peço a Deus para ajudá-lo enxergar que ele não tem motivos para ser revoltado, e muito menos escolher a vida que está escolhendo agora.

Clara — Para um pessoa ter gênero ruim, creio que deve ter algum motivo. Seu avô sempre dizia isso. Era a razão que o levava nunca condenar o pai.

Dudu — A senhora acredita que seja meu bisavô de volta no corpo do meu irmão?

Clara — Se for, posso então imaginar o que seu irmão está fazendo. Montou uma casa de mulheres.

Dudu — Estou pensando em escrever um livro, do meu avô, de Glorinha, enfim, dos antepassados da nossa família. A senhora poderia me ajudar, contando tudo que sabe.

Clara — Será um grande prazer.

Na casa de Beto. Ele, na sala, pega duas taças e coloca no balcão. As moças, prontas, para a noitada chegam, e atentas, observam ele despejar a bebida lentamente. Ele percebe e fala calmamente — Por que me olham tão assustadas?

Estela chega. Ele se dirige a ela.

Beto — Eu esperava você, Estela! — estende-lhe uma taça — Quero que faça um brinde comigo! Vamos brindar o amor.

Estela não se manifesta.

Beto — sorri — Vamos lá, Estela, pegue a bebida.

Estela, sem entender o comportamento dele, olha as moças.

Beto — Você não vai me fazer essa desfeita, na frente das suas amigas?

Estela — Claro que não, Beto! Não é isso! É que estou com uma dor de cabeça horrível, e não queria começar a beber tão já! Desculpe! Bom, eu pego água e brindamos. Já volto.

Beto coloca as taças no balcão. Ele estranha, novamente, o comportamento das moças, atenta a ele. — O que foi meninas? Vocês não estão pensando que coloquei veneno de rato na bebida da Estela?

Nenhuma responde. Estela volta com uma taça cheia de água. — Prontinho. Vamos brindar o amor, como você quer.

Juntos levam as taças que se encontram no alto. — Ao amor! TIM! TIM!

Beto toma um gole do vinho. Estela a água. As moças, ainda paradas, olham os dois. Ele pega a taça que colocou no balcão, despeja o vinho no copo dele. Toma de uma só vez, olha as moças — Pronto, meninas! Tomei meu próprio veneno.

Encena como se estivesse morrendo. Depois solta gargalhada e diz: — A vida para mim são apenas momentos que eu posso viver. Não tenho medo da morte. Vou trocar de roupa. — Joga um beijo para Estela. — Gosto muito de você, Estela! E já que está com dor de cabeça pode descansar. Não precisa se expor esta noite. Pode dormir. Pode sair. Pode fazer o que quiser, está livre! — e sai subindo a escada.

Estela termina de tomar a água.

Uma das moças — Estela, por um momento, pensei que o Beto fosse envenenar você.

Outra moça — Eu já ouvi falar nisso.

Outra moça — Eu também! Quando eu morava na rua, ouvi alguém dizer que há muitos anos atrás, existia um homem, dono de um bordel. Ele matava qualquer um, principalmente as moças que não aceitasse fazer o que ele queria. E se elas se negassem tomar a bebida, ele despejava a força, goela a baixo. Quando você se negou a tomar a bebida veio toda essa história na minha cabeça.

Estela ri — Espera, aí meninas? O Beto não é tão mal assim!

Outra moça — Estela, você pirou? Hoje de manhã, falou do comportamento do doutor Custódio. Do outro irmão do Beto, e se eles são mansos enfrentaram a fera, imagina se o demônio resolver descer do trono.

Estela enruga a testa — Eu falei isso?

Moça 1 — Sim! Todas nós ouvimos, o Beto também.

Estela — Não me lembro disso! — E recorda suas palavras com Raquel — De repente, senti arrepios pelo corpo. Olha como estou arrepiada.

Raquel — Credo, Estela! Ouvi, muitas vezes, as pessoas dizerem que quando arrepiamos assim, do nada, é porque a morte passou por perto.

Estela volta a si, rindo diz: — Eu, hem! Melhor começar tomar cuidado com a minha boca, e prestar atenção em tudo que falar de agora para frente. — mostra a taça — Para não morrer envenenada. E já que o nosso amo me dispensou, vou dar uma volta pela cidade, sem horas para voltar.

Estela sobe a escada, no quarto troca de roupa. Pega debaixo do colchão uma fotografia, e lamenta: — Onde você está? Por que não consigo encontrá-lo? Qual a razão deu vir parar neste lugar? Tem que ter uma explicação. — e sem se conter chora.

Cristovam e Sara surgem, em meio uma luz amarelada, se colocam ao lado dela.

Sara – Em breve, tudo vai passar.

Cristovam — Assim, esperamos!

Jardim de uma casa. Eduardo, 13 anos, chega trazendo uma pasta de couro. Quando vai bater na porta, vê Glorinha, (7 anos) cabisbaixa, sentada no balanço. Ele se aproxima. — O doutor José Carlos é o seu pai? — Glorinha não se manifesta, ele insiste — Ele está em casa? Como é o seu nome? — Sem ver reação dele e as lágrimas pingando — Não vai me dizer que o seu pai também bate na sua mãe, por isso você está chorando? Imagino como você deve estar se sentindo, eu também já chorei muito e, bom, vim trazer os documentos da casa para o seu pai assinar. — e corre atrás dela que foge. Consegue segurá-la.

Julia chega correndo, pega a filha pelos braços — Pedi para você não sair do balanço.

Eduardo — A culpa foi minha madame. Eu vim trazer os documentos para o vosso esposo assinar.

Julia — Ele não está. Não deve demorar.

Eduardo — Tenho que esperar.

Dudu, sentado ao lado da escrivaninha, relê o manuscrito que acabava de escrever. Sorri — É! Acho que foi assim que aconteceu! — Levanta, e na sala, mostra para a tia Clara, junto com Noemi. — Tia, de uma lida nisso.

Clara, depois de ler. — Caso não foi assim, não sei como poderia ter acontecido.

Noemi também lê. Fica surpresa: — Filho, você vai escrever a história do seu avô?

Dudu — Vou usar a minha imaginação, unindo o que a senhora sempre falou a respeito dele e o que minha tia me contou de manhã. Acho que já tenho toda, escrita na minha mente. Só vou precisar de tempo para fazer isso. Vai ser uma longa história do meu avô.

Afonso chega ouvindo a conversa. — Seu avô Dudu ou seu avô Aloizio?

Dudu — Posso também escrever a história do meu avô Aloizio, mas, creio que não vou ter muito o que contar dele.

Afonso — Vdd. A história do meu pai foi igual a de muitos. E se você juntas outras histórias que já ouvi, e que já presenciei vai ficar melhor ainda.

Dudu — O senhor está falando do que aconteceu com o meu tio Robson e meu primo Zequinha. — e se refere a tia — A senhora acha que tem relação com a história do meu avô Eduardo?

Clara — Depois que seu avô se foi, eu e sua avó Francisca conversamos muito, ela me dizia que meu pai, passou em acreditar mais ainda em na vida após a morte, depois da morte do meu filho. Minha mãe também acreditava que Zequinha era meu avô reencarnado, recendo na pele o que ele se negou.

Dudu senta na cadeira. Pensa e depois diz: — Se ligar os fatos, pode ser que seja mesmo verdade.

Afonso ri, sentando ao lado do filho — E agora ele voltou como seu irmão?

Dudu — Começo acreditar seriamente que podemos viver novamente na terra. O senhor se lembra do primeiro natal que o Custódio passou junto de nós, e o presente que deu a ele?

Afonso — Claro que sim! E não foi só para ele. Você e o Beto receberam iguais.

Dudu — O senhor pediu para que lêssemos a bíblia. Que não deveríamos ter pressa, que tínhamos a vida inteira para isso.

Afonso — Você foi o primeiro a terminar.

Dudu — Demorei mais de dois anos. Li, lentamente para poder entender, e procuro fazer o que está escrito na escritura. O Custódio demorou mais de cinco anos. Disse, várias vezes, que pouco entendeu. E, o Beto também leu.

Afonso, muito sério — Quando ele terminou, me devolveu o presente e disse: Nem que eu leia esse livro mil vezes, nada vou entender.

Dudu — Ele demorou mais de dez anos para ler.

Afonso sorri — Fiquei feliz quando ele terminou. Achei que ia desistir antes mesmo de começar.

Dudu — O Beto se esforçou muito, por isso ele conseguiu chegar no fim.

Afonso — Eu preferia que ele tivesse lido alguns versículos, e entendesse alguma coisa. Não ler inteira e não entender nada. Como o Custódio fez. Ele me falou, faz pouco tempo, que desistiu na metade.

Dudu fica pensativo. O pai pergunta — Mas e aí? O que isso tem ver com a história do seu avô?

Dudu — O Criador entregou seu único filho a humanidade, que morreu por todos nós, para nos redimir do pecado e nos dar a vida Eterna. Vida ao nosso espírito. Isso me leva a entender que a nossa alma não morre. Ela vive eternamente. E se ela vive, para onde vai? O céu pertence somente aos puros de coração. E a terra foi criada para a humanidade.

Afonso — Nesse caso, voltamos para a terra.

Dudu — Ontem, quando conversei com o Luiz, liguei os fatos. Ele está começando fazer exatamente como meu avô Eduardo fez, com a mesma idade. Mas, uma coisa está me deixando confuso. Se ele acreditava Glorinha ser minha prima Glória Maria reencarnada, então, meu avô se casou com a mulher errada. Ou, talvez, tinham que viver como viveram. Acredito que nada é por acaso. Alguma razão levou os dois a terem a vida que tiveram, e ele agora está vivendo o mesmo amor, com a pessoa certa. Maria também é apaixonada pelo Luiz. E quando o senhor me pediu para ficar de olho no casalzinho, ouvi uma voz me dizendo que os dois vão precisar de muita ajuda.

Afonso ri. — Isso, com toda certeza. Já estou até ouvindo o Moreira dizer, amanhã, quando ver o Luiz lá na fábrica: já tenho que engolir o pai, agora vou ter que engolir o filho também.

Naquele instante, Maria e Luiz, na rua, conversam.

Maria, surpresa. — Você vai trabalhar com o meu pai, na fábrica?

Luiz — Pensei que você iria ficar feliz, sabendo que consegui um emprego.

Maria, aborrecida — Luiz, isso não vai dar certo. Conheço meu pai, ele vai implicar com você também, como sempre implica com o seu.

Luiz — Eu vou trabalhar no escritório, longe do seu pai e do meu. Ou, você acha que o meu, vai gostar de me ver lá também? Eu nem falei pra ele, nem vou falar.

Maria — Eu, ainda acho que isso não vai dá certo. — Faz sinal com a mão se despedindo — Tenho que ir agora.

Luiz — A gente se vê amanhã, perto da escola.

Maria se alegra, e vai embora. Ao se virar para o lado, Luiz vê uma madre, que disfarça e retorna o caminho. A madre olha para trás. Luiz percebe.

Afonso e Dudu continuam a conversar.

Dudu — Pensando por outro lado, o Beto não se afastou de nós porque ele quis. Apenas ficou até o Luiz chegar, e acredito também, que não está fazendo o que ele quer, mas sim, como se alguma coisa o obrigasse a fazer o que está fazendo. E lhe digo mais: O Beto leu a bíblia até o fim porque quis mostrar a ele mesmo que era capaz de fazer alguma coisa boa. Leu também por respeito e admiração que tem pelo senhor. O Beto sabe que o senhor nunca falhou com ele, e sempre lhe mostrou o caminho da verdade, da justiça e do amor.

Afonso — Prometo não brigar com ele. Vou tentar conversar numa boa quando ele aparecer.

Dudu — Meu irmão é apenas uma ovelha que se desgarrou.

Afonso — Isso para mim ficar preparado?

Dudu — O filho pródigo voltou para o pai.

Afonso sorri — Certo! Vou esperar um milagre acontecer na vida do seu irmão, e recebê-lo de braços abertos quando precisar de mim.

Dudu pega na mão do pai em cima da mesa — Eu também não vou perder a esperança, pai! Tudo que o Beto tiver que passar ele vai passar. Ninguém vai viver a vida dele. Ninguém vive a vida de ninguém. Quando o espírito conduz, o corpo não consegue evitar. — Olha a tia e pergunta — Qual erro, nesta vida, meu primo José Carlos cometeu?

Clara — Nenhum!

Dudu — E onde está o amor de Deus sobre ele?

Afonso — O filho de Deus também não tinha pecado e sofreu por todos nós.

Dudu — Então, outras pessoas ainda devem sofrer para manifestar o amor de Deus? O que o filho D`ele já viveu não basta para mostrar esse amor? Outro, inocente, também tem que viver o mesmo sacrifício? Se nosso espírito recebeu vida eterna, após o sangue de Cristo derramado, o sofrimento e a dor não faz parte de Deus, mas sim, do pecado de cada um… A morte é o recomeço de nova vida. A ressurreição é a chance de desfazerem os pecados, através de uma nova vida.

Noemi — Nós nascemos do pecado!

Dudu — A senhora está falando do pecado de dormir na mesma cama que meu pai? Ter dado vida aos seus filhos?

Noemi, envergonhada, abaixa os olhos.

Dudu — Esse amor não é pecado, mãe! Deus fez o homem e a mulher para se amarem e se multiplicarem no amor. Pecado são erros que homens e mulheres cometem fora desse amor determinado por Deus. Se não fosse através do amor entre dois seres, não existira a humanidade. Não existiria nenhum tipo de vida animal na terra. O fruto que recebemos da árvore da vida é o que se plantamos todos os dias, enquanto vivemos.

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