De manhã no escritório do casarão estavam Inácio, Rafael e Luana.

– Coitada dessa moça. Quando uma mulher está fugindo de um homem boa coisa ele não fez a ela. – disse Luana.

-Quem será esse tal de Diogo? – perguntou o fazendeiro.

-Ela não diz quase nenhuma palavra. Não quer nem eu chegue perto dela. A única pessoa em quem confia é Tânia.

-Talvez a Tânia possa nós ajuda a entender o que aconteceu com essa moça, entretanto temos que ter cuidado porque não a conhecemos e não sabemos se ela tem boa índole ou não.

-Tem razão, amor. É uma estranha dentro da nossa fazenda. Vamos esperar alguns dias até que ela se acalme e nos explique o que aconteceu.

-Agradeço por deixarem Amélia ficar na fazenda. Peço que não digam a ninguém que ela está aqui porque talvez este Diogo esteja procurando por ela pelas redondezas.

-Estamos sempre dispostos a ajudar. Vamos manter a estadia de Amélia em segredo por enquanto. – falou Rafael.

Na comunidade ribeirinha, Diogo invade a casa de Roberta e a encontra na sala.

-Onde está a Amélia?

-Ela não está aqui. Você a levou.

-Ela fugiu! Aquela maldita fugiu e estou a caçando por todo pantanal e não a encontro!

Suelen sai de dentro do corredor e entra na sala.

– Eu não acredito no que ouvir: você deixou a Amélia fugir? A sonsinha fez você de idiota. -deu uma gargalhada.

-Ela fugiu e vocês terão o que a encontrar e a trazer para mim.- apertou o pescoço de Suelen.

-Diogo! Me solta! – gritava sufocada.

-Larga ela, Diogo! Tá a machucando! -gritou Roberta.

Diogo larga o pescoço de Suelen que recuperava o ar.

-As duas tragam a Amélia pra mim ou caso contrário vão pagar caro! -saiu.

– Tudo isso é culpa da estúpida da Amélia. Onde está essa guria?

-Amélia foi esperta em ter fugido. Eu devia ter feito o mesmo.

– vocês duas são duas ingratas. Deviam me agradecer por ter as vendido para o Diogo porque jamais conseguiriam ter as vidas mansas que tem.

-Eu estou cansada de viver sustentando você e Amélia. Eu vou encontra-la e entrega-la ao Diogo porque eu quero que ela sofra na pele o que eu sofro. Um dia vou embora desta casa e serei livre.

-nunca será livre. Você pertence ao Diogo e a mim.

-quer pagar pra vê? – saiu.

– volte aqui, Suelen, volte sua ingrata!

 

Entardeceu no pantanal e Anahí entra na varanda e encontra Inácio.

-Inácio preciso conversar com você.

-Sobre o quê?

-Darlan.

– O que o seu namorado playbozinho arrogante fez dessa vez?

-vamos conversar em outro lugar.

 

Décio acaba de entrar no quarto de Anderson, no hospital.

-Décio não esperava sua visita.

-Anderson, como está?

-Segundo o doutorzinho metido a besta estou melhorando.

– Não me diga que quem te salvou foi …

-Sim, foi o Marcos. Eu fui salvo pelo meu próprio inimigo.

-Que ironia do destino.

-A vida decidiu debochar de mim. Como soube do acidente?

– Por Verônica, liguei  para ela para falar sobre o divórcio e me disse do seu acidente e não me deu nenhuma informação há mais e desligou na minha cara. Eu liguei várias vezes pra você, mas não me atendeu.

-O meu celular se danificou no acidente. Verônica deve está torcendo para que eu morra pra ficar com a minha herança, ela vai se decepcionar porque tenho minha ribeirinha ela é que me dá forças para sair desse hospital, ela é  o meu remédio que me cura. Sairei desse hospital, vou me divorciar de Verônica e vou me casar com Fernanda.

-Foi só você sentir ameaçado em perder a sua ribeirinha para o Marcos pra você se decidir se divorciar de Verônica.

-Esse é o único jeito de ter minha ribeirinha de volta.

-Certa está Fernanda em não aceitar ser amante só quem já passou por isso sabe o que é.

-Essa é nova pra mim. Você já passou por isso, Décio? Quem você foi? O traído, o traidor ou o amante?

-o amante.

Anderdon dá uma risada.

-Quem diria que você, Décio com essa cara de nerd e bom moço esconde algo podre? É como dizem que santinhos como você são os piores.

– Não me orgulho com o que fiz. Foi o pior erro da minha vida.

-ela era casada ?

-noiva.

-Então a noivinha fez a despedida de solteira com você. -riu.

-Eu me apaixonei por ela. O noivo a enganava e casou por interesse  – seguiu em direção a janela e ficando de costas para Anderson.

-E ela deve ter lhe dado um chute e escolheu o noivo, aceitei?

-Sim, ela casou com ele.

-Era o esperado. Ela usou você para se vingar do noivo. Ainda mantém contato com ela?

-As vezes.

-Eu a conheço ?

Décio estava com vontade de revelar ao amigo a verdade de que teve um caso com sua esposa quando era sua noiva, mas sabia que aquele não seria o momento ideal e nem o lugar afinal Anderson ainda se encontrava em estado de saúde em risco. Ele virou-se para o amigo.

– Não o conhece.

-Ainda gosta dela?

– Não, percebi que ela é muito diferente de mim, tem uma forma peculiar de viver a vida. O que sei é que tenho uma suspeita que existem um laço que me liga a ela para sempre.

-Quer dizer que você tem um filho com ela?

-Sim, eu tenho certeza que aquele filho é meu.

De repente a enfermeira entra no quarto.

-Boa tarde. Vim alferir a pressão e a temporatura, senhor Anderson.

-Faça o que tem que fazer por acaso tenho alguma escolha?

 

Inácio e Anahí estão sentandos de baixo de uma árvore.

-Darlan não é o homem que pensei que fosse.

-Qual a novidade? Você não quis me escutar e disse que eu estava com ciúmes. – se levantou.

-E não estava? -levantou-se e o encarou.

– Como pôde acreditar no Darlan? Estava tão na cara quem ele é.

-Nunca se apaixonou? Nunca gostou de alguém ao ponto de imaginar que essa pessoa fosse perfeita e que jamais iria erra?

– Sou apaixonado sempre fui, mas o meu amor por ela é impossível.

-Por que?

-Ela não me ama como homem e sim como irmão.

Inácio mergulha dentro da cachoeira e Anahí logo após mergulha em direção a ele.

Ele sobe em uma pedra ao lado da queda d’água da cachoeira e se senta. Depois Anahí sobe na pedra e se senta ao lado de Inácio.

– Quem é ela, Inácio?

-Olhe para baixo.

Anahí olha para baixo e ver seu reflexo na água.

-Sou eu.

-Sim, eu te amo, Anahí. -segura o rosto dela a fazendo olhar para ele.

-Por que não me disse antes, Inácio?

-Medo que se afastasse de mim. Não quero que se afaste de mim depois de ter falado o que sinto por você, eu aceito que me veja apenas como…

-Eu também te amo, Inácio, desde que desceu de mim a primeira lágrima do ovário e meu corpo se tornou terra fértil.

– Anahí, eu lutei contra esse sentimento dentro de mim. Pensei que fosse fantasia de guri. O tempo passou e continuo a te amar.

Aos poucos acontece o beijo entre Anahí e Inácio enquanto as gotas d’água caiam da cachoeira e molhavam suas peles e aquele beijo era o reecontro do sangue mestiço de Inácio com a origem do sangue nativo brasileiro de Anahí.

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