—O quê? Como assim você tá terminando comigo, Anahí? O que foi que eu fiz, meu amor?

— Darlan, não dá mais para gente ficar juntos.

— Se foi por causa daquela discussão tola que tivemos , me desculpa, amor eu prometo que não vou mais forçar a barra e vamos nós amar quando e como você quiser…- tenta tocar os ombros dela que se afasta dele.

— Não, Darlan, eu cair na real e vi o quando somos diferentes. Você não demonstra ser sincero.

—Como não? Eu sempre agi com verdade com você, porém vejo que foi você que quem faltou com a verdade comigo.

— O que está dizendo?

— É  isso, você nunca me amou de verdade, nunca foi sincera e até eu sei por qual motivo: você gosta do Inácio, você muda quando ver aquele bastardo. Admita, Anahí, admita!

— Você soube me envolver muito bem, com suas palavras e fingindo ser uma boa pessoa. Eu me enganei, todos me avisaram e eu insistir em continuar com você até ver quem você é, Darlan.

— Anahí, vai se deixar se influenciar pelos outros? Cadê a sua maturidade? Você é adulta, estudada e apesar de ser uma indígena.

— Sou uma indígena com muito orgulho e não é pelo fato de ter sido criada por brancos que me envergonho de onde vim e de ser uma Toriba.

—Eu quero te dizer é  que não permita que a opinião dos outros nós afaste. – segurou o rosto dela. – eu te amo e você é minha.

— Não sou sua, Darlan, nunca fui e nunca serei.

— Confessa vai, confessa que gosta daquele bastardo! – aperta o queixo dela. -Confessa!

— Darlan, você está me machucando! – o empurra.

— Ninguém me faz de idiota, Anahí! Ninguém! -ele aperta o braço dela. – Você é minha! Minha índia!  Você me pertence! – a segura pelos punhos.

— Eu não sou sua! Me largar, Darlan!- tenta se desvencilhar dele e não consegue.

— Fala! Eu quero ouvir você confessar que gosta daquele bastardo! Quero ouvir quem você é de verdade sua traidora!

— Sim! Eu amo o Inácio! É  ele que eu amo!

— Traidora infeliz!  – a arrasta para o sofá.

— O que vai fazer, Darlan? Socorro!

Darlan joga Anahí em cima do sofá.

— Você é minha, Anahí! Minha! Me pertence e vou te fazer entender isso! – deitou em cima dela e começou beija-la a força.

— Não!  Darlan! Socorro! Socorro!

Rafael, Luana e Jacinta entram na sala.

— Meu Deus! Minha filha! Rafael! – gritou Luana.

— Larga a minha filha! – o puxou pela camisa e deu um soco no rosto.

— Misericórdia! – gritou Jacinta.

— Filha! – Luana abraçou a filha.

— Eu quero você fora das minhas terras, Darlan!

— Tio, foi um mau entendido. – tocava nos lábios que sangrava. – Só estávamos tendo um momento íntimo e Anahí se exaltou demais. – riu.

— Mentiroso! Ele me atacou porque eu terminei com ele.

— Você me pertence! É minha mulher! Não aceito que tenha me enganado todo esse tempo.

— Ela não é sua propriedade, Darlan. Agora saía das minhas terras e não quero você aqui e não me faça perder a paciência porque estou me controlado para não fazer uma besteira porque infelizmente você tem meu sangue, é meu sobrinho.

— Sua filha é uma sem vergonha, uma traidora. Estava comigo e me admitiu que gosta do bastardo. Eu imagino os dois transando nesses matos igual dois animais no cio e rindo da minha cara de babaca. Traidores!

— Pare de insultar a minha filha! -gritou Rafael.

—Me respeita, Darlan! – gritou Anahí contida por Jacinta e Luana.

— Não dê ouvidos a ele, filha. – disse Luana.

—O que você faria no meu lugar, hein, tio Rafael? Se de repente tua mulher termina contigo e fala que ama teu irmão?

— Isso não te dá o direito de ataca-la e força-la a está com você. Eu vou te denunciar o que você fez é crime!

— Me denuncie, tio. Pode ir lá na delegacia me denunciar de quê mesmo? Ah, porque você flagrou sua filha fazendo amor com o namorado no sofá da sua casa?

— Você a atacou!

— Quais provas você tem? A cidade sabe que eu e Anahí somos namorados. Quem você tem de testemunha? Tia Luana e Jacinta, a própria Anahí? Não são nada convicentes. Como diz o meu pai: a testemunha é a prostituta das provas. – riu.

— Eu vou te denunciar e será a minha palavra contra a sua, Darlan. -se levantou e ficou de frente a ele o encarando.

— Minha índia, estamos no Brasil, nesse país a justiça é cega e lenta. Acha mesmo que se me denunciarem vou ficar preso? O meu pai é  um juiz, por acaso já viram algum filho de juiz sendo preso? – riu.

— Eu vou te dá uma surra, seu covarde! -Rafael rapidamente levanta o braço.

— Não!  -gritou as três mulheres quase ao mesmo tempo.

Luana e Anahí seguram Rafael.

— Não faça isso, Rafael, não vale a pena. Ele quer te provocar e causa uma tragédia na nossa família.

— Pai, o Darlan é um problema que permitir entra na minha vida e somente eu mesma posso tirar.

— muito bem, Anahí, haja como uma mulher adulta e não como uma guria indefesa que precisa da proteção dos pais.

— Nunca mais se atreva a tocar em mim porque sorte foi a sua que não estava com o meu punhal.

— Seria bem mais excitante, meu amor.

— Fora daqui! Fora das minhas terras,Darlan! Ou eu mesmo te expulso a força!

— Não pode me expulsar! O meu pai…

— O seu pai não manda mais em nada nestas terras. Esse casarão está na minha parte das terras e você a partir de hoje é um estranho e está proibido de entrar nesta fazenda!

— Eu vou te denunciar! – gritou Anahí.

—Faça o que quiser, minha índia.  Sou filho de um juiz e neto de um ex- desembargador, tenho muita grana e influência. Eu contrato um dos melhores criminalista deste país, aliás, ele é meu padrinho, e é capaz de virar o jogo e fazer com que vocês me indenizem por danos morais, ah! E você tio será apenas o papai ciumento. – riu.

—Eu vou te tirar daqui! -partiu pra cima de Darlan.

— Não será preciso, tio. Eu vou embora e enquanto a você Anahí ainda vamos terminar o que a gente começou, minha índia.   -saiu gargalhando.

— Miserável!  Infeliz! – gritou Rafael contido por Luana e Anahí.

— Calma, pai. Calma. Ele já foi embora.

— Esse rapaz é um monstro. Capaz de fazer uma desgraça na família. – disse Jacinta.

— Minha filha! –  Rafael abraçou Anahí.  – Que imagem horrível foi ver ele em cima de você.

— Já passou, pai, eu estou bem apesar do susto. – desfaz o abraço. – Obrigada por me defenderem, se vocês não estivem chegado não quero nem pensar.

— Darlan é louco, um mau-caráter. – falou Luana abraçada a filha.

— Eu vou denunciar o Darlan agora mesmo vou na delegacia e vou mostrar esses hematomas que ele fez em meus braços e no meu rosto.

— Vai avisar o Inácio para ir com você como seu advogado?-perguntou Jacinta.

— Não, eu não vou dizer ao Inácio, eu quero evitar que algo de pior aconteça. O Darlan não vai  desistir tão facilmente. Ele me tem como uma posse, uma coisa dele, é estranho e doentio a forma como me ver, fala de mim e me toca. Como não vi antes? Como? enfim não posso ter medo dele, vou encarar essa situação com coragem, eu sou uma Toriba como também sou uma Barreto.

— Eu e seu pai vamos com você, filha, na delegacia.

— Está bem. Peço que não digam ao Inácio o que aconteceu aqui e nem sobre minha denúncia contra o Darlan na delegacia, eu quero o Inácio longe disso.

 

 

Em suas terras, Darlan entra na cabana.

— Maldito bastardo! Ele vai me pagar caro! – deu um  chute na cadeira que caiu. – Traidora! Minha índia! Ela é minha! – derrubou os objetos que tinha na mesa. – eu preciso relaxar, preciso de Amélia.  – deu uma risada. – Só ela vai me fazer recuperar o meu vigor para depois encontrar a nascente. – pegou o celular que estava no bolso da calça e fez uma ligação. – Diogo?

Diogo estava em um bar e sentado em uma mesa enquanto Suelen estava sentada sob as pernas dele.

— Fala, seu Darlan.

—Quero Amélia. Traga ela pra mim agora.

Diogo olha para Suelen.

—Amélia não está disponível.

—Por que?

— Ela está com outro cliente.

— Outro? Eu disse que queria que a reservasse somente para mim!

— Seu Darlan, outros clientes fizeram ofertas irresistíveis por Amélia. Eu vivo disso, patrão. Eu posso te oferecer outra guria, uma mais experiente, a Suelen.

Suelen olha para Diogo.

— Tá, traga essa Suelen para cá. Estou na minha cabana.

—Como quiser, seu Darlan, garanto que terá uma noite inesquecível. -desligou.

— Acha que vai esconder o sumiço da Amélia por muito tempo? Não se engane Diogo.

— Não se meta e fique de boca fechada é melhor pra você. Vá trabalhar, esse cliente é bom e não quero perder essa oportunidade.

— É ele o dono do garimpo?

— É ele sim. E não seja intrometida.

 

 

Na delegacia estavam Anahí, Rafael e Luana na sala da delegada Marília, uma mulher com idade de trinta e poucos anos, estatura baixa, gorda, pele branca, cabelos loiros, usava calça jeans, blusa azul e um colete. Ela está  sentada a mesa e na outra mesa o escrivão chamado Jardel, um senhor  negro, estatura média, esbelto, blusa preta com colete e calça jeans, cabelos e barba branca e de óculos.

— Minha filha está machucada. Olhe esses hematomas, delegada! – disse Rafael nervoso.

— Senhor, eu não sou cega e estou fazendo as perguntas para sua filha e não para o senhor. Não me faça perder a paciência porque senão eu expulso o senhor pra fora da minha sala.

— Calma, Rafael. – disse Luana.

— Pai e mãe é melhor vocês me esperarem lá fora.

— Vamos, Rafael, vamos. – falou Luana puxando o marido para fora da sala.

Rafael encarava a delegada e saiu da sala com a esposa.

— Pais só atrapalham nessas horas. Acham que as filhas deles são todas santas, se soubessem o que elas fazem escondido. -deu uma risada.

— O que a delegada quer dizer com isso? O meu ex-namorado me agrediu fiscamente e quase me forçou a ter relações com ele por não aceitar que eu terminei o namoro. Que mal eu fiz? E mesmo se tivesse feito alguma coisa eu não merecia passar pelo que eu passei.

A delegada olha para o escrivão.

— Guria, seja sincera comigo, nós duas somos mulheres: você está gostando disso tudo, não é? Qual a mulher que não gostaria de ter dois marmanjos afim dela e mais ainda sendo irmãos.

— Eu não acredito que a delegada está querendo deduzir que eu possa está gostando de ter sido humilhada, machucada e quase violada…

— Pode parar por aí, guria. Eu já vi muitos casos de gurias como você que gostam de provocar os companheiros, criam triângulos amorosos, brigas com famílias apenas por capricho e por se sentirem o centro das atenções.

—Você não me conhece!

—Abaixa esse tom quando for falar com uma autoridade, caso contrário te coloco no xilindró por desacato porque quem fala alto nessa delegacia sou eu.

— Isso é uma injustiça.

—Injustiça é você tirar o sossego  dos seus pais e o meu por causa de uma briguinha de ciúmes com seu namorado porque sei que logo vocês vão voltar é sempre assim brigam, apanham e depois tudo volta ser o maior dos amores como se nada tivesse acontecido.

— É um absurdo eu venho buscar ajuda de uma autoridade após ser agredida e quase violentada e o que recebo são palavras horríveis.- começa a chorar.

— Guria, se veio atrás de conforto na delegacia foi procurar no lugar errado. Vá atrás de um padre, um pastor ou psicólogo talvez com eles encontre isso. Eu quero provas.

— Veja os meus braços! – mostra os braços.- o meu rosto ele apertou e mordeu várias vezes a minha boca. Isso são provas.

— Ah, guria, marcas de amor não doem. – riu.

 

 

Suelen entra na cabana onde estava Darlan.

— Então, você é a Suelen. – a olha com desejo dos pés a cabeça e depois segura o queixo dela. – não é tão bonita como Amélia, mas é o que temos pra hoje. – a beija e rasga a blusa dela. – eu vou te amar como se fosse minha índia. Você é minha! Minha Anahí ! – a beija.

Anahí sai entristecida da sala da delegada e encontra os pais na entrada da delegacia.

— Filha, está tudo bem? – perguntou Luana.

— Vamos embora daqui, meus pais.

— O que aquela delegada fez? Ela te provocou? Te insultou ? Quem ela pensa que é?

—Pai,é melhor irmos embora. Não quero arrumar mais problemas. Vamos.

Na cabana, Suelen e Darlan tinham relações dentro de uma caixa d’água e ele segurava uma garrafa de cerveja.

— Quem é a sua índia?  -o beija.

— Anahí,  minha namorada.

— E por que não está com você? Me deixa adivinhar: vocês brigaram? – falou próximo ao ouvido dele. – desabafa comigo.

— Brigamos. Eu perdi o controle. Ela me provocou, ela buscou isso. Ela teve coragem de dizer na minha cara que ama o bastardo do meu irmão! Que ódio!

— Ela não merece um homem como você, Darlan. É tão bonito, tão sedutor e cheio da grana. – o beija. – qualquer mulher gostaria de ser sua.

— Eu não quero outra. Aquela índia é minha! Não consigo fazer amor com outra mulher sem ver ela, foi assim com Amélia, está sendo com você e será com qualquer outra. Estou louco de amor, de desejo, obcecado por Anahí o meu desejo é possuí-la e ama-la até o fim da minha vida.

—É só paixão que em breve se apaga. Ela já esteve com você?

— Não, ela foge de mim como um animal que se defende de seu predador.

— Deve ser por esse motivo que está tão louco por ela por ainda não ter a tido como sua e quando a ter em seus braços depois o encanto se acaba e vai perceber que ela é uma mulher igual as outras.

— Anahí é minha!

—Enquanto não tem a sua índia, você tem a mim a sua Suelen.

Por conta do efeito do álcool, Darlan olha para Suelen e ver Anahí.

—Anahí, minha índia. – a beija.

 

 

Delegada Marília em sua sala na delegacia conversa com Jardel o escrivão.

— Uma hora dessa da noite essa guria vem tirá o meu sossego por causa de uma briguinha de ciúmes com o namorado? Pode isso, Jardel?  – levantou da cadeira e acendeu um  cigarro.

— Não pode doutora, não pode.

— É por causa desse tipo de mulher que muitas apanham de verdade e não são respeitadas. Eu sei o que passei para chegar onde eu cheguei, muito marmanjo quis me subestimar e me prejudicar e coloquei todos pianinho comigo, ninguém tira sarro da minha cara.

— A senhora é muito respeitada, doutora, por todos os policiais deste distrito. Sua carreira é inquestionável e mais ainda por sua defesa aos direitos das mulheres.

— Sim, essa é a luta que desde que me tornei delegada foi a minha bandeira de honrar em proteger as mulheres.

— Doutora, sem querer duvidar da sua experiência, aptidão e de sua intuição, e se aquela guria que acaba de sair desta sala estiver dizendo a verdade? Se o ex- namorado realmente a agrediu e tentou…

— Jardel, querido. – sentou na cadeira. – eu sou a delegada, ela que lute para contratar um advogado para convencer o juiz . Cada um faz a sua parte, eu faço  a minha.

 

 

De manhã Rafael, Luana e Jacinta estavam no corredor do hospital.

— Não vamos dizer nada o que aconteceu ontem para o Anderson.

—Quanto isso não se preocupe, Rafael. – disse Luana.

Os três entram no quarto e ver Anderson e Inácio que havia acabado de dá o café da manhã a ele.

—Olha só que surpresa pensei que eu  não tinha mais irmão, nem cunhada e nem Jacinta.

— Aconteceram algumas coisas que me impediram de vim até ao hospital. – disse Rafael.

— Estou orando por você, Anderson, e pedindo a Deus que você saia deste hospital. Eu quase me internei nos hospital com problema respiratório, fiquei de cama por causa dessa fumaça toda das queimadas. -falou Jacinta.

— Não sabia que estava doente, Jacinta. – disse Inácio.

—  Estava mais graças ao bom Deus estou melhor.

— Vejo que está em boa companhia. – disse Luana.

— O guri do mato está aqui me ajudando a comer, meus braços engessados me impossibilitam de fazer coisas tão simples, eu me sinto um inútil nesta cama de hospital poderia está vivendo minha vida e com a Fernanda.

— Bom já que terminei  de te ajudar no café, eu vou dá uma saída e tomar o meu. Com licença. – Inácio saiu.

— Esse guri é de ouro. Abençoado foi você, Anderson. – falou Jacinta.

— Deve está arrependido do que falou para mim, ele não me engana.

—Anderson. – falou Luana o repreendendo.

— É a verdade, cunhada.

— Jacinta vem comigo lá fora, acho que vi o padre Manoel e quero falar com ele.

— Sim, claro ,dona Luana.

Luana preferiu deixar Rafael a sós com o irmão para falar sobre as queimadas. Jacinta e Luana saíram do quarto.

— o que houve, Rafael ? essa tua cara me diz que coisa boa não tá acontecendo.  Fala logo e abre o jogo.

Rafael se senta na cadeira ao lado da cama.

— Tá difícil, irmão, as queimadas mataram a metade dos gados da fazenda. O cenário é desesperador. Muito triste. Nunca vi tanto fogo assim passando por cima de tudo.

— Vai ficar tudo bem, Rafael, vai superar essa.

— Estou desesperado. – começa a chorar. – ver tudo que nossos pais conquistou virar cinzas. – começou a chorar. – e tudo isso é maldade humana. Gente que se aproveita da seca onde fica mais propício do fogo se alastra para botar fogo nas matas para desmatar e usar as terras.

— Rafael você sempre foi um espelho pra mim. Eu queria ter sido como você , irmão. Você superou tanta coisa difícil a perda dos nossos pais ainda começando a vida e eu um guri arteiro de catorze anos, conseguiu administrar bem a fazenda, depois a perda do seu filho Bento e não se permitiu se abater. Chorou e sei como chorou, porém continuou a acordar cedo, arregaçar as mangas e trabalhar.

— Eu sei, Anderson, irmão. – tocou na mão de Anderson. – a gente é bem diferente, entreranto esse laço que nos unem nós fortalece. Somos os Barreto e nada pode nós fazer desistir do que a gente quer.

— Nada, irmão, nada.

— Quando te vi lá na UTI pensei que ia te perder.

— Estou aqui vivo e vocês terão que me aturar mais um tempo. – riu.

—Toma juízo, Anderson.

— Ainda vai ter que puxar minhas orelhas.

Rafael ficou sério.

— É só as queimadas ou tem mais alguma coisa que está me escondendo?

— É somente as queimadas mesmo.

 

 

Darlan esta sentado a mesa dentro da cabana e joga o dinheiro no chão.

— Pegue teu dinheiro, vadia e suma da minha frente.

Suelen pega as notas de dinheiro no chão e Maurício entra pela porta que já estava aberta.

—Patrão, desculpa a porta estava aberta e não sabia que estava ocupado.

Maurício olha para Suelen e a reconhece.

— Suelen já está de saída.

Suelen passa por Maurício e sai.

—Suelen já é pra mim uma conhecida.

Suelen ouvia a conversa dos dois escondida ao lado da porta.

— É mesmo? – levanta da cadeira. – não me foi tão interessante, gostei da outra, é uma pena que tive que me contentar com ela. Amélia estava ocupada com outro.

— Patrão, já reviramos toda essa parte do rio que corta essa terra e nada de ouro, nem diamante ou pedras preciosas. A gente tá perdendo tempo e dinheiro aqui.

— Eu quero encontrar a nascente! Ela é que me interessa!

— E onde tá essa bendita nascente, patrão? Só a índia sabe.

— Eu tive paciência demais com Anahí, essa índia vai me dizer onde está essa nascente querendo ou não.

— Quando será isso, patrão? Tem homens que estão indo embora porque o garimpo não tá tirando nada, nenhum lucro se quer.

—Será logo, Maurício. A nascente e a índia são minhas e eu como dono vou as possuí e as usufruir com todo direito que tenho nem que preciso eu tenha que derramar sangue. – sorriu.

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