Roberto abre o celeiro onde monta no seu cavalo carinhosamente chamado de Zorro. Percorre a fazenda rumo ao vilarejo da região.


Entardecendo. Carolina e Isadora encontram Helena na varanda, se despedem dela.

Isadora: Dona Helena, nós terminamos o serviço. Estamos indo embora, tá?

Helena: Tá meninas, bom descanso. – enquanto rega as samambaias.

Isadora: Obrigada.

Elas caminham por alguns minutos na trilha.

Isadora: Finalmente chegando em casa, sorte que moramos perto da fazenda, hein?

Carolina: Pior que ainda tenho faculdade.

Isadora: Você sabe que será puxado Carol.

Carolina: Vou tentar, não dá pra ficar dependendo da mãe, tenho que me virar.

Estavam chegando quando reparam na cara de tristeza de Maria encostada no balcão do bar.

Isadora: Mãe? Que cara é essa?

Maria: Ah minhas filhas, nem imaginem o que aconteceu…

Carolina: Fala logo mãe!

Maria: Aquele desgraçado do seu ex-namorado Carolina.

Carolina: O Juca?

Maria: Ele mesmo.

Guilherme: O Juca matou dois policiais na frente da escola e quase matou a Cacá também. – aparece perto do balcão com Aninha.

Carolina: A Cacá? Fez algum mal pra Cacá?

Maria: Apontou um revólver na direção da Cacá! Uma arma na cabeça da minha neta… Guilherme viu tudo e me contou quando chegou da escola. O cara passou dos limites, é um maluco drogado!

Carolina: Não entendo como se tornou um monstro, não é a mesma pessoa que conheci.

Isadora: Cadê a Catarina, ela está bem?

Guilherme: Calma mãe, tá bem sim. A Cacá foi pra casa de uma amiga da escola, daqui a pouco deve estar de volta.

Isadora: Ela deveria ter voltado junto com você e seu irmão! – diz ela pegando Aninha no colo.

Maria: Tô muito preocupa Carolina, preocupada com o que esse desgraçado pode fazer! Você nunca deveria ter se envolvido com ele minha filha! O Juca se tornou um perigo pra nossa família.

Carolina: Eu sei mãe, eu sei. Se pudesse voltar atrás…

Cliente do bar: Dona Maria, três cervejas pra nós, ó!

Maria: Já vai! – se vira para o freezer e pega as garrafas.

Carolina: Mãe pode deixar, eu levo as cervejas, se acalma.

Maria: Me acalmar como Carolina? Com esse bandido atormentando?

Carolina leva as cervejas na mesa e vem ao balcão apoiar seus braços na mãe.

Carolina: A senhora ficar nervosa não resolve nada! Vou ali na mata pegar ervas pra fazer um chá. Não fica desse jeito mãe, por favor!

Carolina sai do bar em direção à estrada de terra, alguns minutos depois encontra plantações de camomila e começa colher as flores. Porém percebe um barulho no matagal e sente que está sendo vigiada. Com medo resolve voltar, no entanto uma mão agarra o seu braço.

Juca: Oi Carol.

Carolina: Juca? O que você está fazendo aqui?

Juca: Estava louco pra te ver outra vez! Sentir o teu cheiro, os seus lábios… – ele encosta o nariz no pescoço dela e tenta deslizar até a boca, mas rapidamente Carolina afasta o rosto e tenta se soltar.

Carolina: Me solta! Quantas vezes vou ter que falar que acabou tudo entre nós?

Juca: Não, não acabou! Não se livrará de mim tão fácil! Eu te amo Carolina, nem consigo parar de pensar em você.

Carolina: Pois eu só tenho nojo de você, nojo da pessoa que se tornou. Era um cara trabalhador e honesto, de uma hora pra outra se tornou um bandido da pior espécie, se envolveu com drogas, não é o Juca que conheci.

Juca: É, tem razão. Não sou o Juca daquela época, cansei de ser burro! Sabe o que dá ser bonzinho nessa vida? A gente só se ferra! Eu posso te oferecer uma vida nova de princesa Carolina! Não precisa sofrer por migalhas, posso te dar o que merece!

Carolina: Eu não quero nada, nada de você, seu lixo! Me solta, me larga!

Juca: Não vou desistir de você Carol! Se não vir por bem, então será por mal!

Carolina: Me larga, me deixa em paz! Me solta, por favor!

Roberto: Solta ela, você ouviu? – diz o rapaz que chega montado no seu cavalo. Ele desce do animal e fica frente a frente com Juca que continua segurando Carolina à força.

Roberto: Solta ela!

Juca: Quem é você pra falar o que devo fazer? Não se mete, cai fora!

Roberto: Solta ela ou você verá com quem está se metendo! – arregaça as mangas cumpridas da camisa. Juca derruba Carolina no chão e encara Roberto com ódio, tira o revólver da cintura e aponta pra ele.

Juca: Perdi minha paciência.

Carolina: Não Juca, não atira, por favor! – fala desesperada enquanto Roberto sente um calafrio ao ver o inimigo com a arma na sua mira.

Juca aperta o gatilho.

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Música de encerramento: Imagine Dragons – Radioactive Tema: Livre

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