Beto e Laura se encaram ao som da música eletrônica.

Beto: Aé? Bonita você, hein?

Laura: Obrigada garoto, pelo elogio, apesar da idade pra ser sua mãe!

Beto: Nem parece. Fora que adoro mulheres maduras.

Laura: Ah, você não é gay?

Beto: Não, kkkkkk! Curto outra coisa mesmo. Tô na balada gls porque sou amigo das donas ali e por isso ganho bebida de graça, entendeu?

Laura: Entendi!

Beto: Estranho… Sensação que te conheço de algum lugar!

Laura: Eu também! — se beijam intensamente.

Beto: Desculpa o beijo, não resisti. Você é muito charmosa.

Laura: Esquecemos de nos apresentar, qual o seu nome?

Beto: Roberto, me chama de Beto, por favor! E o seu?

Laura: Priscila.

Beto: Prazer, Priscila. Não acredito que valeu a pena vir aqui pra encontrar uma gata igual a você! — dançam na pista por minutos.

Laura: Vamos pra minha casa, eu moro perto. Assim ficamos à vontade!

Beto: Opa, topo! — é puxado por Laura pra fora da balada enquanto Catarina e Melissa observam de longe.

BETO

Melissa: De onde surgiu a criatura que o Beto agarrou?

Catarina: Sei lá, parece familiar! Acho que já vi a cara dela…

Melissa: Deixa o Beto se divertir, né? Aliás, todo mundo se divertindo, lotado o salão!

Catarina: Pois é, deu certo, conseguimos Mel! Esgotaram os ingressos! — ao assistir o show da transexual Labella no palco com um belo vestido fazendo dublagem de uma canção.


Zeca desce as escadas do casarão e localiza Carolina rodeando a sala.

Zeca: Carol, amor, venha dormir! Agora que estamos namorando oficialmente, não há necessidade de continuarmos em quartos separados!

Carolina: Verdade Zeca! Esperei tanto por esse momento, pena que a Ana não reagiu bem. Preocupada, medo que Isadora a manipule!

Zeca: Calma, ela não é mais uma criança que a gente pegava no colo, é esperta, cedo ou tarde a ficha vai cair e perceber que a Isa não presta!

Carolina: Ignorei que a Ana cresceu! Preferia que ainda fosse a menininha que nos obedecia.

Zeca: Quero te avisar que preciso sacar uma quantia pra investir no laticínio.

Carolina: Claro Zeca. Amanhã iremos ao Banco. — finaliza com um selinho em Zeca.


Beto e Priscila acordam na cama da residência dela.

Beto: Que noite maravilhosa! Será que estou no céu?

Laura: Kkkkkk! Você é uma comédia, Beto!

Beto: Você gostou da transa, Priscila? Confessa!

Laura: Lógico, Beto.

Beto: Gostou realmente?

Laura: Lindas tatuagens… — desliza as mãos no corpo dele.

Beto: Se quiser posso tatuar uma em você, tatuador profissional, tenho um estúdio no centro de São Roque!

Laura: É? Amei a proposta!

Beto: Vive sozinha, Priscila? Trabalha no quê?

Laura: Sou vendedora de cosméticos! Perfumes, cremes, maquiagens…

Beto: Vendedora? Morando num paraíso e o carrão top estacionado na garagem?

Laura: Boa parte do dinheiro é da herança dos parentes que faleceram…

Beto: Perdão, não deveria me intrometer na sua vida. Compartilho a dor. Perdi o meu pai antes de nascer.

Laura: Que triste, como ele morreu?

Beto: Foi assassinado. Muda o assunto, me sinto mal! Tava ótimo estar com você, mas preciso voltar pra fazenda!

Laura: Ok, anjo.

Beto: Não pense que se livrou de mim! Ansioso pra te ver novamente!

Laura: Você tem o meu número, combinamos o rolê!


Uma moto estaciona em frente de um galpão do vilarejo. O homem tira o capacete e aperta a mão de Gustavo.

Juca: Então é o local que arranjou pra esconder a droga?

Gustavo: Super discreto. Melhor do que o casebre na mata.

Juca: E o emprego de garçom, ontem anoite?

Gustavo: Faturei um valor razoável. As sapatonas Cacá e Mel não notaram que eu vendia cocaína ao servir o pessoal do bar.

Juca: Excelente! Prossiga na boate até atrair vários clientes! Sempre carregue pouca quantidade, não podemos dar bandeira!

Gustavo: Eu odeio andar no meio daquelas bichas, povo nojento!

Juca: Não ouse desistir, moleque! Imagine a fortuna que receberemos nessa história!


Isadora e Ana circulam pela calçada no centro da capital paulista.

Isadora: Bastante difícil arranjar serviço sendo uma ex-presidiária!

Ana: O pior é que a grana está acabando!

Isadora: Ligou pro Zeca reclamando da mesada?

Ana: Ele disse que me paga na semana que vem! Escutou? — ao reparar no silêncio de Isadora mirando a visão em um mendigo sentado no chão, pedindo esmola na multidão da avenida movimentada.

Isadora: Cala a boca, Ana! Céus… Ei moço! — se aproxima admirada ao analisar metade do rosto dele queimado e cego do olho direito.

Ana: Quem é o sujeito? Fala!

Isadora: Rodrigo… — Rodrigo se levanta assustado.

Música de encerramento: Cazuza – O tempo não para Tema: bar da Maria

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