Roberto balança o corpo de Jorge caído no chão.

Roberto: Pai? Fala comigo! – ao vê-lo sem reação enquanto a polícia e a ambulância chegam ao local. 


Carlos cheirava pó de cocaína na residência quando escuta uma batida e abre a porta.

Rodrigo: Caramba, o olho continua inchado, hein? O soco que o Roberto te deu foi forte!

Carlos: O olho inchado é por sua culpa, maldito! O que veio fazer aqui? – puxa a camisa de Rodrigo.

Rodrigo: Calma! Vim pra conversar…

Carlos: Não quero papo com traíra! Jogou a culpa do golpe no laticínio em cima de mim e me ferrei! Ódio de você Rodrigo, porém tem uma coisa que preciso saber… Quem são Francisco e Marta que a Laura disse? De que sangue derramado do passado ela se referia?

Rodrigo: A Laura não deveria informar isso pra você!

Carlos: Eu quero a verdade!

Rodrigo: Não se mete! Por favor, Carlos.

Carlos: Uma ameaça?

Rodrigo: Não. Um conselho para o próprio bem.

Carlos: Para o meu bem? Afinal, que mistério é esse?

Rodrigo: Se afasta da Laura e não atrapalhe os nossos planos!

Carlos: Que planos?

Rodrigo: Você nem imagina a questão envolvida no casamento da Laura! Não adianta me encher de perguntas porque não terá resposta!

Carlos: Espera Rodrigo!

Rodrigo: Só avisando por respeito a você. Te vi crescer, considero um irmão, o Moisés é testemunha. Não comente o que a Laura confessou pra ninguém ou sofrerá as consequências! – se dirige ao portão.


Na capital paulista, Maria e Catarina aguardam ansiosas no corredor da emergência. Alguém se aproxima com uma cara séria.

Catarina: Vó! O médico! – chama atenção de Maria que estava com a cabeça no colo de Catarina.

Doutor Joel: Podem ver a paciente.

Maria: Como ela está doutor?

Doutor Joel: Veja você mesmo. – permite a entrada de Maria e Catarina.

Catarina: Tia… – se assusta ao notar a aparência de Carolina.

Maria: Carol, o Edu… – olha com tristeza pra Carolina sentada de costas na cama.

Carolina: Eu sei que ele morreu no acidente. A enfermeira me contou. – finalmente mostra a cicatriz no rosto. Uma lágrima escapa de Carolina.

Maria: Eu sinto muito filha… Eu sinto… – ao abraçá-la.

Catarina: Avisaram na recepção que o bebê permanece ótimo. – enxuga o choro de Carolina.

Carolina: O filho na barriga é a esperança que restou. O que restou da desgraça que arruinou a minha vida.

Maria: Vamos superar Carolina. Vamos superar juntas.


De volta a São Roque, Laura freia o carro no meio da estrada ao se deparar com a motocicleta de Juca.

Laura: Imbecil… – ergue a mão pra dar um tapa, no entanto Juca segura o braço dela.

Juca: Nem ouse me enfrentar!

Laura: O Jorge ainda vive!

Juca: Impossível… Dei quatro tiros no velho…

Laura: Ele segue em coma, internado. Se acordar, será o fim.

Juca: Eu fiz o que pude. Aí o seu marido atrapalhou, tive que fugir.

Laura: Deveria terminar o serviço antes do Roberto aparecer!

Juca: Tentei! Juro que tentei!

Laura: Te contratei pra tentar por acaso?

Juca: Se deixasse matar o Roberto eu teria finalizado… Não entendo o pedido pra poupá-lo.

Laura: Não há necessidade de entender.

Juca: Tenho a leve impressão que gosta do cara. Não importa. Preferiu salvar o Roberto, então se vire pra resolver. Desejo apenas a grana que prometeu.

Laura: Você terá o pagamento. 

Juca: Aliás, surgiu a dúvida do motivo desesperado pra matar o Jorge!

Laura: Não sobrou alternativa. Espalharam o segredo! 

Juca: Como? Quem mais sabia?

Laura: Você, meu pai, Isadora, Lúcia, Carlos e o catador de latinhas.

Juca: Carlos? O drogado que apresentou?

Laura: Ele me ama, jamais iria prejudicar.

Juca: Certeza? O Carlos pode estragar tudo! Temos que se livrar dele! Ouviu?

Laura: Nada vai nos impedir.

Juca: Acho bom. – coloca o capacete e sobe na moto.


Zeca corre ao encontro de Roberto no hospital. 

Zeca: Senhor Roberto… Novidade?

Roberto: Péssima a situação dele… Na UTI.

Zeca: Ei! Não perca a fé! Força amigo!


Amanhece. Laura desce as escadas do casarão na fazenda Corais analisando o enorme retrato de Helena.

Laura: Oi Helena. – resmunga sozinha.

Laura afasta o quadro com certa dificuldade revelando o cofre atrás da fotografia de Helena. Digita o código facilmente e retira maços de dinheiro. Logo a campainha toca e ela atende a visita.

Laura: Consegui destravar o cofre e peguei parte da riqueza que o Jorge escondia. Depois de tanto observá-lo, decifrei a senha.

Rodrigo: Excelente. O problema não é somente a fortuna. Fiquei sabendo da situação do Jorge. Você é louca de tomar a decisão e não me consultar? – grita na última frase.

Laura: Não teve outro jeito, o Jorge descobriu!

Rodrigo: O pior é se ele sobreviver…

Laura: Garanto que não sobrevive!

Música de encerramento: Cazuza – O tempo não para Tema: Bar da Maria

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo