Juca e Zeca encaram Laura na esperança de uma resposta no galpão secreto.

Juca: Então, Laura? Quando será o próximo passo? Estou ansioso pra me vingar da Carolina!

Laura: Calma, Juca! Um tempo para o Zeca arrancar o máximo que puder da fortuna!

Juca: Tempo? Não suporto essa demora! Tivemos que esperar vinte anos!

Laura: Se pretende ganhar uma boa grana, terá que esperar!


Oito meses voam no calendário…


Beto encontra Melissa no cemitério diante da cova de Moisés.

Beto: Mel? A Maria me contou que estava aqui.

Melissa: Oi, Beto. Muito difícil superar a morte do meu pai, e teve a pobre da Cacá que não merecia…

Beto: Imagino.

Melissa: Tudo o que eu desejo no momento é esganar a maldita da Laura!

Beto: Se ela voltou realmente como o Moisés afirmou…

Melissa: Precisa pagar caro pelo sangue derramado, fervendo de ódio por causa da desgraçada!

Beto: Ei, você não pode se estressar! Lembre-se do que carrega no ventre!

Melissa: É o bebezinho que me enche de forças pra prosseguir de pé! ― se levanta exibindo a enorme barriga redonda.

Beto: Venha, dou uma carona pra você. Aproveito pra te deixar com a Maria, perto do local que mora a Priscila!

Melissa: Você continua namorando a mulher misteriosa? Sabemos apenas o nome da incrível Priscila que você não enjoa de repetir!

Beto: Apaixonado, Mel! Porém não consigo convencê-la de almoçar com a família, nem uma fotografia aceitou mostrar!

Melissa: Bem estranho, hein?

Beto: Pois é, medo que seja casada, alguma coisa deve esconder! Gostaria de apresentá-la pra minha mãe!

Melissa: Que tal tirar uma foto sem ela perceber?

Beto: Ótima ideia!

Os dois vão embora juntos e no trânsito, avistam Laura andando distraída pela rua.

Beto: Olha a Priscila ali!

Melissa: Perfeito! Ela não vai notar! Me empresta o seu celular! Pronto! ― com um clique na câmera.

Beto: Obrigado, Mel! ― buzina pra Laura que o repara da esquina.

Melissa: Tchazinho, Beto! Fico na região, vou comprar remédio na farmácia! ― abandona o veículo.

Beto: Beleza. Tchau. 

Laura: Beto?

Beto: Olá, gatona! Entra aí no carro!

Laura: Quem era aquela que observei saindo do automóvel?

Beto: Ah, a Mel, uma grande amiga. Na verdade, está grávida de um filho meu.

Laura: O quê?

Beto: Nada de ciúmes! Ocorreu antes da gente se conhecer. Uma única transa e acabou na maior confusão, longa história que te explico depois, detalhe por detalhe, ok?

Laura: Por que não me falou sobre o assunto?

Beto: Não ia estragar o clima de romance entre nós! Aliás, a Mel era casada com a Cacá que foi atropelada!

Laura: Uau! Que loucura!

Beto: Né? O que falta acontecer? Vivendo uma novela!


Na propriedade Corais, Carolina jogava xadrez com Joel.

Carolina: Ah, palhaçada! De novo, Joel! Eu não venci nenhuma vez!

Joel: Kkkkkk!

Carolina: Você só rindo do meu desastre!

Joel: Kkkkkkk! Você que não presta atenção nas armadilhas!

Carolina: Se divertindo, safado? Revanche!

Joel: Carol? Pare! Kkkkkkk! Carol… Kkkkkk! ― mergulha em gargalhadas com as cócegas de Carolina, de repente o silêncio domina a cena. Joel e Carolina se beijam.


Beto se despede de Laura logo após um período na residência alugada dela. Zeca espreitava nos fundos, aguardando a retirada do rapaz.

Zeca: Nojo da melação de vocês! Finalmente o moleque se mandou!

Laura: Sem drama, Zeca! Estaremos livre dele em breve. Depende de você, conseguiu mais dinheiro?

Zeca: Sim, peguei o restante do cofre secreto no quadro da Helena, além dos investimentos que a Carolina liberou pra reforma do laticínio! Não é fácil conquistar a confiança da Carol, insisti e lutei bastante pra ela me fornecer o comando dos negócios! Décadas lutando!

Laura: Valeu a pena o esforço. Chegou a hora.

Zeca: O que faremos com o Joel que se enfiou lá no casarão?

Laura: A burra da Carolina ainda não tem ideia que ele me ajudou na morte do Jorge no hospital!

Zeca: Caramba! O Joel que te ajudou na época? E não me disse isso?

Laura: Aposta quanto que máscara dele vai cair?


Beto estaciona na fazenda e localiza Joel constrangido ao lado de Carolina no sofá da sala.

Joel: Desculpa, Carol! Desculpa pelo beijo.

Carolina: Vamos esquecer. Sou noiva do Zeca!

Beto: O que estão aprontando?

Carolina: Oi, querido! Onde se meteu, filhote?

Beto: Na casa da Priscila.

Carolina: Claro, a namoradinha que você não teve coragem de divulgar! Cansada do suspense!

Beto: Eu que tô cansado da sua implicância!

Carolina: Implicância? Totalmente enfeitiçado por ela, você preferiu se arriscar em São Roque! Não entende o perigo que corre na cidade se esbarrando no Rodrigo ou com a Laura?

Beto: Não aguento ouvir tanta asneira! Se o Rodrigo ou a Laura quisessem algum mal, já teriam feito, não acha? Arranjei uma imagem da Priscila pra senhora satisfazer sua curiosidade! ― entrega o aparelho telefônico.

Carolina: Ela é a sua namorada? ― se assusta ao analisar o rosto de Laura.

Beto: Qual o problema?

Carolina: Não acredito… Nãoooo! ― grita na última palavra e arremessa o smartphone na parede.

Joel: Carol? Você tá pálida!

Carolina: É ela, Joel. A Laura. A assassina! ― chora desesperada.

Beto: Kkkkkk! Resolveram brincar comigo?

Carolina: Não se trata de brincadeira, Beto. Uma maravilha, se fosse! Eu reconheço a cara da piranha! Pintou o cabelo, mudou a cor dos olhos, mas não me engana! Tenho certeza! ― se recorda do assassinato do Roberto e de Laura disparando o revólver. Lágrimas escorrem de Carolina.

Beto: Se confundindo! Somente uma semelhança na aparência!

Joel: Também suspeito, Beto. Não duvido da Laura, capaz de qualquer atitude! Provavelmente o motivo de não aparecer na nossa frente!

Beto: O que vocês informaram é grave demais! Acusando a Priscila de um crime!

Carolina: Faço questão de ver a fuça da Priscila pessoalmente! Você me levará até ela. Agora!

Música de encerramento: Cazuza – O tempo não para Tema: Livre

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