“Flor e o Beija Flor”
[CENA 01 – CASA DE PEDRO/ Q. DE PEDRO/ TARDE]
CARLA – Você sabe da minha relação com o Felipe… e por mais que eu queira, não posso impedir que vocês se aproximem!
PEDRO – Então, posso me aproximar do meu tio?
CARLA – Vai ser tão estranho ver você chamando o Felipe de tio… mas pode sim, filho. Talvez faça bem a você a aproximação com ele.
PEDRO – Obrigado, mãe! (a abraça)
CARLA – Tem outra coisa que eu quero conversar com você.
PEDRO – O que?
CARLA – Eu aceitei o convite do Miguel para me apresentar a família dele como sua namorada.
PEDRO – Olha… meio rápido, hein!
CARLA – Se você quiser, posso negar o convite. Posso adiar esse jantar…
PEDRO – Não, mamãe. Quero que a senhora seja feliz. E eu gostei do Miguel, vejo que ele realmente gosta da senhora.
CARLA – É, Miguel é bastante especial para mim.
PEDRO – Quando vai ser?
CARLA – Estou esperando Miguel me avisar.
PEDRO – Está bem.
CARLA – Então, vou deixar você trocar de roupa. Não quer comer alguma coisa?
PEDRO – Quero sim.
CARLA – Vou fazer um lanchinho para o meu menino, então. (faz carinho na cabeça dele)
PEDRO – Daqui a pouco eu desço. (Carla sai do quarto, Pedro caminha até sua cama, se senta, pega seu celular e digita uma mensagem)
[CENA 02 – CASA DA ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
FELIPE – Bem, eu nem sei por onde começar essa história…
ALICE – Do começo, pai.
FELIPE – Está bem. Não vou ficar dando rodeios. Eu tenho uma irmã!
ALICE – Uma irmã? Que história é essa?
FELIPE – É uma longa história, filha… o fato é que, eu tenho uma irmã. E ela tem um filho, seu primo.
ALICE – Tá, e por que o senhor está me contando isso agora?
FELIPE – Por que ela está namorando o Miguel.
ALICE – Não, espera. Estou entendendo nada dessa história maluca. O senhor tem uma irmã, que está namorando o seu primo, o Miguel?! Agora quero saber essa história completa.
FELIPE – Não dá tempo, filha, já disse. O que você precisa saber é isso. Eu tenho uma irmã, e o Miguel está namorando com ela.
ALICE – Tá, mas porque está me contando isso? Por acaso o Miguel irá apresenta-la para a família?
FELIPE – Exatamente. Então, antes de criar qualquer confusão nesse jantar, quis preparar logo você.
ALICE – A mamãe sabe dessa história?
FELIPE – Ela sabe em partes. Mas não sabe que tenho uma irmã.
ALICE – O senhor vai contar para ela também?
FELIPE – Sim. Antes queria contar para você primeiro.
ALICE – É, pelo visto ganhei uma tia e um primo. Espero que eles sejam legais.
FELIPE – Eles são sim. Eu conheci o garoto, acredito que vocês vão se dar bem.
ALICE – Espero, papai. Bem, se era só isso que o senhor queria falar comigo, então vou indo. Tenho um trabalho com as meninas.
FELIPE – Também tenho uma reunião daqui a pouco. Vamos então! (Alice e Felipe saem do estúdio)
Anoitecendo…
[CENA 03 – CASA DA LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
DÁCIO – Como você está?
LETÍCIA – Melhor.
DÁCIO – Você deu um baita susto na gente, viu.
LETÍCIA – Eu sei. Não gosto quando isso acontece.
DÁCIO – Importa agora que você está bem, e logo estará com uma carinha bem melhor.
LETÍCIA – E como foi seu dia?
DÁCIO – Foi bom. Ajudei o Pedro a procurar a casa do pai dele, só que não conseguimos quase nada. Mas prometi que não iria desistir. Irei atrás de alguma outra pista.
LETÍCIA – E sobre sua mãe?
DÁCIO – Ainda não comecei a pesquisar sobre ela.
LETÍCIA – Tem medo de se decepcionar com alguma coisa?
DÁCIO – Também. Na verdade, tenho medo do que eu posso encontrar se iniciar essa busca.
LETÍCIA – (segura as mãos dele) Independente do que você fizer, poderá sempre contar comigo, viu.
DÁCIO – Sei disso, prima. (Nathaniel aparece no quarto, ao lado de Letícia, ele toca no ombro da garota, e Letícia sente uma sensação boa) Está tudo bem, Letícia?
LETÍCIA – Sim. Estou sentindo uma coisa boa, você não tá?! Tipo como se uma energia boa estivesse crescendo dentro de mim.
DÁCIO – Realmente, você está ficando mais corada.
LETÍCIA – Sabe o que está me dando vontade agora?
DÁCIO – O que?
LETÍCIA – Cantar uma música.
DÁCIO – Não, nem pensar. Você precisa descansar, você passou mal Letícia…
LETÍCIA – Eu estou bem, Dácio. Sério! Pega meu violão, por favor. Quero cantar uma música.
DÁCIO – Olha, só vou fazer isso porque eu gosto de te ouvir cantar. Mas se você sentir qualquer coisa, por favor me fala.
LETÍCIA – Tá. (Dácio sai de perto de Letícia e pega o violão que estava do outro lado do quarto, volta para Letícia e entrega para ela)
DÁCIO – Que música você vai cantar?
LETÍCIA – Você conhece… (Letícia começa a tocar o violão e canta Flor e o Beija Flor)
[CENA DE MÚSICA – FLOR E O BEIJA FLOR (HENRIQUE E JULIANO part. MARILIA MENDOÇA)]
Essa é uma velha história 1
De uma flor e um beija-flor
Que conheceram o amor
Numa noite fria de outono
E as folhas caídas no chão
Da estação que não tem cor
E a flor conhece o beija-flor
E ele lhe apresenta o amor
E diz que o frio é uma fase ruim
Que ela era a flor mais linda do jardim
E a única que suportou
Merece conhecer o amor e todo seu calor
Ai, que saudade de um beija-flor 2
Que me beijou, depois voou
Pra longe demais
Pra longe de nós
Saudade de um beija-flor
Lembranças de um antigo amor
O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo
Essa é uma velha história 3
De uma flor e um beija-flor
Que conheceram o amor
Numa noite fria de outono
E as folhas caídas no chão
Da estação que não tem cor
E a flor conhece o beija-flor
E ele lhe apresenta o amor
E diz que o frio é uma fase ruim
Que ela era a flor mais linda do jardim
E a única que suportou
Merece conhecer o amor e todo seu calor
Ai, que saudade de um beija-flor
Que me beijou, depois voou
Pra longe demais
Pra longe de nós
Saudade de um beija-flor
Lembranças de um antigo amor
O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo
O dia amanheceu tão lindo
Eu durmo e acordo sorrindo 4
- Letícia começa a cantar, Dácio a observa, preocupado se Letícia realmente está bem para cantar.
- Nathaniel aparece do outro lado da cama, sentado ao lado de Letícia.
- Ao cantar, Letícia parece está mais disposta, isso faz com que Dácio relaxasse e aproveitasse até o fim da música.
- Assim que Letícia termina de cantar, Nathaniel desaparece.
[CENA 04 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Ivo está conversando com seus amigos fantasmas)
FÁBIO – Agora é só questão de tempo, que o Pedro fará o papel dele.
IVO – Também estou percebendo que ele está se rendendo ao poder da música. Duvido nada que daqui um tempo, ele não vai querer está nesse palco cantando todos os dias.
FÁBIO – Eu tenho é certeza disso.
JORGE – Agora, precisamos que ele aceite o convite do Ramon, e entre para a banda dele.
IVO – Ele vai aceitar. Vou dá uma forcinha, podem deixar comigo.
JORGE – Acho que sua irmã vai querer aprontar alguma!
IVO – Como assim?
FÁBIO – Melhor você ir lá fora, o Jorge tem razão. (Ivo saí da cozinha, e vai para o balcão e dá de cara com Rita toda produzida)
IVO – Vai sair, irmã?
RITA – Vou tentar mudar minha situação.
IVO – Onde você vai?
RITA – Não se preocupa maninho. Ah, não sei que horas vou voltar, talvez não volte a tempo para te ajudar a fechar a lanchonete.
IVO – Isso não é o problema. Só quero saber pra onde você vai.
RITA – Eu já passei da idade de ficar dando satisfação, né. (pisca para Ivo, e vai embora logo em seguida)
JORGE – (aparecendo ao lado de Ivo) Eu disse que ela iria aprontar alguma coisa.
IVO – Você sabe para onde ela tá indo? (Jorge apenas olha para Ivo e desaparece)
[CENA 05 – CASA DA ANDRÉA – Q. DA ANDRÉA/ NOITE]
ANDRÉA – Nossa, essa eu não esperava.
RAMON – Você tem que ver ele cantando, Andréa. Assim, o cara arrebenta. Canta até melhor que eu.
ANDRÉA – Uau! Te ouvi dizer isso, é demais pra mim.
RAMON – Tá, talvez a gente tenha julgado o cara mal. Ele até que me parece ser gente boa.
ANDRÉA – Ah não! Não, não, certeza que quem tá aqui na minha frente é o Ramon que eu conheço?
RAMON – Tá bom, sua chata. Não vou falar mais do Pedro. Mas você pode ter certeza, que ele vai entrar pra minha banda, isso vai.
ANDRÉA – Se você quer o amigo dos esquisitos na sua banda, que seja.
RAMON – Mudando um pouco o assunto, e quanto ao programa? Tudo preparado?
ANDRÉA – Sim, não vejo a hora desse final de semana passar, e chegar o dia.
RAMON – Topa um dueto agora?
ANDRÉA – Não, quero descansar minha voz!
RAMON – (um pouco decepcionado) Então, tá. Então por qual motivo você me chamou aqui?
ANDRÉA – Esqueceu que as minhas atividades ficarão com você, até a gravação do trabalho.
RAMON – E tu acha que eu fiz as minhas?
ANDRÉA – Não quero saber. Meu único foco é o programa. Só não quero que nenhuma das minhas atividades fiquem sem ser entregues.
RAMON – Tá, só não garanto que virá notas boas por aí.
ANDRÉA – Agora que foi a primeira semana de aulas, posso recuperar depois. Só não quero desviar do meu foco. Programa, programa, programa!
[CENA 06 – EMPRESA/ SALA DE FELIPE/ NOITE]
(Felipe está terminando alguns relatórios, quando é surpreendido por Rita entrando em sua sala)
FELIPE – O que significa isso? Como você entrou aqui?
RITA – Mesmo não trabalhando mais aqui, ainda tenho uma certa influência.
FELIPE – Já conversamos tudo que tínhamos que conversar. Melhor você ir embora.
RITA – Calma, nem disse qual foi o motivo que me trouxe aqui.
FELIPE – Você tem 1 minuto pra dizer o que veio fazer aqui, depois chamo os seguranças.
RITA – Não se preocupa… (caminha em direção a ele, do outro lado da mesa) …só vou precisar de alguns segundos. (rouba um beijo dele, logo em seguida, ele a empurra)
FELIPE – Tá maluca! Não temos mais nada.
RITA – Vai dizer que você não estava com saudade dos meus beijos.
FELIPE – Vou chamar a segurança para te tirar daqui. (ia pegar o telefone, mas Rita impede)
RITA – Não, tenho uma ideia melhor.
FELIPE – Eu não vou ficar com você, prometi para mim mesmo que não iria trair minha família.
RITA – Você talvez tenha prometido isso, só que eu não prometi nada. (volta a beijá-lo, dessa vez a resistência de Felipe é menor)
FELIPE – Não me faça ser rude com você!
RITA – Sabe que eu gosto quando você é rude comigo. Ainda mais quando estamos tendo uma transa selvagem.
FELIPE – Não me provoca, você não sabe do que sou capaz…
RITA – Estou louca pra saber do que você é capaz. (Felipe dessa vez quem a beija, e num só ato, a coloca em cima da mesa, e ambos começam a tirar a roupa)
Amanhecendo…
[CENA 07 – CASA DO PEDRO/ COZINHA – SALA/ DIA]
PAULA – Confesso que estou ansiosa pra ver como isso vai se desenrolar. Vai ser engraçado ouvir o Pedro chamando o Felipe de tio, sendo que ele é o seu verdadeiro pai.
CARLA – Shiii, sua maluca. Fala baixo. Você quer que o Pedro ouça.
PAULA – Foi mal, desculpa! Só que é engraçado essa situação toda. Esse circulo que a vida está criando entre vocês.
CARLA – É, enquanto você acha engraçado, eu tô aqui morrendo de medo, de que talvez eu tenha feito a escolha errada.
PAULA – Irmã, fica tranquila. Estou só brincando, vai dá tudo certo. Você vai ver que o sobrinho e tio vão se dá tudo bem. (Pedro entra na sala)
PEDRO – Bom dia, família!
CARLA – Bom dia, filho.
PAULA – Bom dia.
CARLA – Vou preparar teu café. (levanta da mesa, caminha até o fogão)
PEDRO – Obrigado, mãe. Quem diria, né. Tenho mais um tio.
PAULA – Era justamente o que eu e sua mãe estávamos conversando antes de você chegar.
PEDRO – Não ficará com ciúmes? Vai que eu comece a gostar mais do meu novo tio…
PAULA – Aí de você se isso acontecer. Eu praticamente criei você, nem pensar que vou deixar você me trocar por um tio que você mal conhece.
PEDRO – Eu sei disso. Só estou brincando. Não trocaria a melhor tia do mundo por nada.
PAULA – Mesmo não gostando de você me chamar de tia, gostei de ouvir essa palavra nessa frase.
CARLA – (servindo Pedro) Aqui está filho.
PEDRO – Obrigado, mãe.
CARLA – Então, quais são os seus planos para o seu primeiro final de semana na cidade?
PEDRO – Ainda não pensei. Talvez convite a Ana para me apresentar um pouco mais a cidade, ou fique aqui em casa ajudando a senhora. Não decidi ainda. (campainha)
CARLA – Deixa que eu atendo! (levanta e vai em direção à porta)
PAULA – Quer apostar uma pizza como é o Miguel?
PEDRO – Apostado!
[SALA]
MIGUEL – Oi, bom dia!
CARLA – Bom dia. (o beija)
MIGUEL – Então, tem algum plano pra hoje?
CARLA – Por enquanto não.
MIGUEL – Ótimo, tenho planos para nós.
[CENA 08 – CASA DA ALICE/ Q. DE FELIPE/ DIA]
(Felipe está terminando de se arrumar, quando Luana acorda)
LUANA – Que horas você chegou ontem?
FELIPE – Cheguei você já estava dormindo. Se fosse uma boa esposa, saberia.
LUANA – Estava cansada ontem. Você também poderia ter ligado e avisado que iria ficar até tarde na empresa.
FELIPE – Eu esqueci de ligar. Tinha muita coisa para resolver ontem.
LUANA – Viu, então não adianta colocar a culpa toda inteira em cima de mim.
FELIPE – Chega de conversa, estou atrasado já. Não irei tomar café com vocês hoje.
LUANA – (levantando da cama) Tem dias que você não toma café da manha com sua família.
FELIPE – Mas tentarei voltar para o almoço.
LUANA – Não vou nem criar expectativas, porque eu sei que você não vai vim. (entra no banheiro)
[CENA 09 – CASA DO CAIO/ COZINHA/ DIA]
(Cláudio está terminando de preparar a mesa para o café da manhã, quando Camila entra na cozinha)
CAMILA – É tão bom acordar, e dá de cara com uma mesa maravilhosa como essa feita pelo o seu marido.
CLÁUDIO – Tenho que preparar, né. Nem sempre tenho a oportunidade de tomar café com a melhor advogada desse país. (a beija)
CAMILA – O Caio já acordou?
CLÁUDIO – Não, mas daqui a pouco vou chamar ele.
CAMILA – Estou pensando em ir até à casa da Carla hoje, e queria leva-lo.
CLÁUDIO – Tá. Você pensa em passar o dia na casa dela, afinal, eu acho que vocês tem muita coisa para colocar em dia.
CAMILA – Sim, talvez eu volte só à noite.
CLÁUDIO – Que bom, pelo visto hoje terei o dia inteiro só pra mim. Deixa eu pensar pra quem eu vou ligar para me fazer companhia nessa manhã.
CAMILA – Vem com essas brincadeiras, pra você ver se já não solicito o nosso divórcio.
CLÁUDIO – (rindo) Você não tem ideia de como eu gosto de te ver com essa carinha irritada. (a beija)
[CENA 10 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ QUADRA/ DIA]
(Daniel está por detrás da quadra do colégio, cujo nos finais de semana não há muita movimentação, esperando por Henrique)
DANIEL – (sorri ao ver Henrique se aproximando) Que demora, hein! Daqui os carinhas começam a chegar para jogarem, e não daria da gente ficar! (o beija)
HENRIQUE – Estava ocupado com meu pai.
DANIEL – Acontecendo alguma coisa? (o percebe meio quieto)
HENRIQUE – Precisamos ter uma conversa.
DANIEL – (se afastando um pouco dele, preocupado) O que houve?
HENRIQUE – Não agora. E não aqui. O que precisamos conversar é importante.
DANIEL – Nossa, agora fiquei curioso. É grave?
HENRIQUE – Melhor deixarmos isso para um outro momento, porque como você mesmo disse… (voltando a se aproximar dele) …daqui a pouco começa a chegar gente, e não vai dá tempo de aproveitarmos. (o beija)
DANIEL – Você tem toda a razão! (os dois se aproximam mais para o canto da quadra, e voltam a se beijarem)
[CENA 11 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Camila chega à casa de Carla, porém a mesma havia saído com Miguel)
CAMILA – Poxa, justo hoje que consegui uma folga no escritório.
PAULA – Pois é, depois que ela e o Miguel se assumiram, tão nesse love aí.
CAMILA – E quanto ao Pedro, ele está? Quero tanto conhece-lo.
PAULA – Está, sim. (caminha até a escadas e grita em direção aos quartos) Pedro, tem alguém aqui que quer te conhecer. (volta para perto de Camila) O Caio tá crescendo rápido, hein. Última vez que eu vi, não chegava na minha cintura.
CAMILA – Também, a última vez que você o viu, ele tinha 8 anos.
PAULA – Verdade! (as duas riem, exceto Caio, que não para de mexer no celular. Pedro vem descendo as escadas)
CAMILA – Nossa, Pedro é praticamente um homem já. Olha só o tamanho dele.
PAULA – Né, cresceu na fartura do sítio do avô, o resultado foi só esticar. Pedro, essa é a Camila, muito amiga da sua mãe.
PEDRO – Prazer, Camila. (os dois se cumprimentam)
CAMILA – O prazer é meu, querido. Esse é o meu filho, Caio.
PEDRO – (estende a mão para cumprimenta-lo) Beleza, Caio?
CAIO – (guardando o celular no bolso) Beleza.
CAMILA – Quem sabe você e o Pedro não se tornam melhores amigos, como eu e a mãe dele somos.
CAIO – Talvez.
PAULA – Pedro, por que não leva o Caio até o seu quarto, e o apresenta pra ele.
PEDRO – Pode ser! (Pedro faz sinal para que Caio o seguisse, e os dois vão em direção as escadas. Paula e Camila vão para cozinha)
CAMILA – Aproveitando que estamos sozinhas, nossa, é incrível a semelhança entre o Pedro e Felipe.
PAULA – Né, cada dia mais percebo que os dois estão ficando parecidos. Tipo os olhos dele, a forma do rosto…
CAMILA – Ele sabe que a Carla está de volta?
PAULA – Sabe, ih Camila é tanta coisa que aconteceu nessa semana.
CAMILA – Bem, como a Carla não está aqui, custa nada você me contar!
PAULA – Então, tá. Enquanto conto, vou preparar algo pra gente. (Camila senta à mesa, enquanto Paula lava algumas coisas)
[CENA 12 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ DIA]
(Letícia está dormindo, e como nas outras vezes, está tendo o mesmo sonho com o pai. Nathaniel está ao lado dela)
GASPAR – (aparecendo ao lado dele) Você gosta dessa lembrança, né Nathaniel!
NATHANIEL – Ela também gosta. É uma das favoritas dela. Ela ficará bem para o programa?
GASPAR – Ficará. O talento dela não ficará escondido por muito tempo.
NATHANIEL – Prometi ao pai dela que faria a filha dele famosa.
GASPAR – Uma promessa meio impossível. Você sabe que o destino dela não será esse.
NATHANIEL – Sei. Mesmo assim, nunca deixei de cumprir uma promessa minha. (olha para Gaspar e sorri)
GASPAR – Vamos, eles querem conversar com você!
NATHANIEL – Estou indo. Deixa ela só curti um pouco mais essa lembrança.
GASPAR – Não demora! (desaparece, Nathaniel volta a observar Letícia, sorrindo)
Anoitecendo…
[CENA 13 – EMPRESA/ SALA DE FELIPE/ NOITE]
(Felipe está digitando algo em seu computador, quando a porta de sua abre e Rita entra)
RITA – Estava com saudades?
FELIPE – Já ia te ligar. Acho que isso não é certo!
RITA – (se aproximando dele) Já disse a você pra não pensar muito. Simplesmente, aproveita o momento. (senta em seu colo)
FELIPE – E se alguém nos descobre?
RITA – Bem, eu não vou contar pra ninguém. Você vai? (Felipe sorrir e a beija. Novamente a joga em cima da mesa, e começam a tirar suas roupas)
[CENA 14 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Miguel e Carla chegam do incrível passeio que tiveram)
MIGUEL – Pronto, está entregue.
CARLA – Adorei o dia que tivemos. Muita, obrigada! Estava precisando relaxar um pouco.
MIGUEL – Ainda bem que mesmo depois de tanto tempo, eu ainda consigo te entreter. (Carla sorri)
CARLA – Você não quer entrar?
MIGUEL – Na verdade, estou criando coragem para encerrar esse dia.
CARLA – Tem mais coisa ainda?
MIGUEL – Tem! Era pra eu ter feito isso algumas horas atrás… (ficando de joelhos) …mas, só agora estou tendo coragem. (Carla imagina o que seja) Queria que esse pedido fosse especial, em um lugar bonito e tal, mas… vai ser assim…
CARLA – Miguel…
MIGUEL – Você quer se casar comigo?
Continua no Capítulo 15…