“Pra Tudo Acontecer”

 

[CENA 01 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]

[CENA DE MÚSICA – PRA TUDO ACONTECER (SURICATO)]

Eu vim aqui só para lhe dizer 1
Que um novo dia está lá fora
E tá querendo te ver
Viva!

Está nascendo um outro amanhecer!
Já pode abrir a porta
E ver a luz batendo em você

Abra as janelas 2
Pra ver o sol brilhar!
Deixar a lágrima secar
E viver a vida
Sem medo de perder

Pra tudo acontecer 3
E ninguém entender porquê

Não temos tempo de olhar pra trás
Sabemos que os dias nunca se repetem iguais

Abra as janelas 4
Pra ver o sol brilhar!
Deixar a lágrima secar
E viver a vida
Sem medo de perder

Pra tudo acontecer
E ninguém entender porquê

(Oooh, oooh, oooh) 5

Pra ver o sol brilhar
Deixar a lágrima secar
Pra tudo acontecer!

1. Manuela começa cantando encarando Alice. Ela, que não quer se intimidar, encara também.
2. Ivo que estava atendendo uma mesa, parar de atender e presta atenção em Manuela. Éster percebendo que Alice está incomodada com Manuela, começa a bater palma e se divertir. Alice olha para a empolgação exagera de Éster.
3. Manuela foca-se no publico, ignorando Alice. Alice continua observando-a, fingindo que a música não está tão boa assim. Como Manuela parou de encara-la, ela pega seu celular e finge mexer nele.
4. Manuela retira o microfone do suporte e começa a caminha pelo palco, sentido-se a vontade nele.
5. Manuela volta olhar para Alice, e vendo que ela está focada no celular, decide encerrar sua musica olhando para Éster, que está exageradamente empolgada.

(Manuela volta para a mesa, destemida)
ÉSTER – Nossa Manuela, você mandou muito bem. Não esperava que você tinha essa voz toda.
MANUELA – Eu também não. (olha para a mesa de Alice, e a ver mexendo no celular) Acho que ela também não.
ÉSTER – Eu percebi que ela não parava de olhar para o palco. Alice acha que é a única que tem talento. Certeza que por dentro ela deve estar morrendo de raiva, ao ver que você canta tão bem assim.
MANUELA – Que esteja, e que assim ela perceba que não sou mais a aquela garota que abaixava a cabeça quando a via.
ÉSTER – É assim que se fala.

[CENA 02 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ DIA]
(Miguel havia chegado em casa, e encontrado Carla desmaiada. Ele a socorro, e consegue trazê-la a consciência novamente)
CARLA – (recuperando os sentidos) Miguel?! O que aconteceu?
MIGUEL – Eu que pergunto… você está bem? Cheguei em casa e te encontrei caída na cozinha. O que houve?
CARLA – (sentando-se no sofá) Não sei… estava lavando as louças, de repente sentir algumas pontadas na cabeça, tudo ao meu redor começou a girar e só lembro de tudo ter apagado…
MIGUEL – Ainda bem que cheguei cedo. Imaginou se seu pai ou o Pedro tivesse chegado em casa antes.
CARLA – Pedro vai passar o dia com a Carol. Meu pai tá cuidado dos gados dele.
MIGUEL – Você precisa ir até a cidade ver como está esse aneurisma, Carla. Segunda mesmo vou com você.
CARLA – (levanta do sofá, ainda um pouco tonta) Não, não precisa Miguel. Eu estou bem.
MIGUEL – (levanta também, ajudando-a) Bem? Para mim você não está nada bem. E está decidido, amanhã mesmo vamos até a cidade, vamos fazer alguns exames e ver como está essa sua cabeça.
CARLA – Tá, eu vou só para você ver como está tudo bem.
MIGUEL – Saberemos que está tudo bem assim que eu ver os resultados dos exames.
CARLA – Preciso terminar o almoço. Papai daqui a pouco chega.
MIGUEL – Vem, deixa que eu te ajudo. (Miguel se apoia em Carla e os dois vão para cozinha)

[CENA 03 – CASA DE FLÁVIO/ SALA – COZINHA/ DIA]
(Laura se solta das mãos de Paula e sobe para o quarto apresada)
PAULA – Laura, espera… (pensa em ir atrás dela, mas acaba desistido, caminha em direção à cozinha)
FLÁVIO – Ouvi você chamando o nome da Laura. Algum problema?
PAULA – Não, nenhum. (senta-se a mesa) Sua irmã não costuma ficar muito em casa?
FLÁVIO – Não. Às vezes ela só chega tarde em casa, janta, vai para cama e dia seguinte parte para o hospital.
PAULA – Puxado a vida dela, hein.
FLÁVIO – É.
PAULA – Ainda bem que ela tem você, para cuidar da casa e da filha dela.
FLÁVIO – Sim. (Flávio vai para pia, ficando de costa para Paula, que está na mesa pensativa)

Anoitecendo…

[CENA 04 – CASA DA ANDRÉA/ Q. DA ANDRÉA/ NOITE]
(Andréa e Ramon estão buscando a música para cantarem na etapa do dueto no programa)
RAMON – Ouve essa. (entrega o celular com os fones para ela) Eu particularmente gostei. (Andréa ouve por alguns segundos, depois tira os fones do ouvido)
ANDRÉA – É legalzinha.
RAMON – Ou seja, não. (volta a procurar outra)
ANDRÉA – Estou pensando em cantarmos uma internacional.
RAMON – Tipo?
ANDRÉA – Sei lá, alguma atual que esteja fazendo sucesso entre os jovens.
RAMON – Tenho uma playlist cheia de músicas atuais.
ANDRÉA – Precisa ser animada, que dê vontade de dançar. (Ramon procura alguma música na sua playlist) Que faça com que a plateia e jurados levantem, dancem, se animem… O pessoal de casa também. Que mesmo não vendo que acompanha o programa, só pela música divirta o pessoal que está assistindo.
RAMON – (continua subindo várias músicas pela tela do seu celular, até que encontra uma que talvez seja a que agrade Andréa) Acho que encontrei a música perfeita para você. Não é atual, porém faz qualquer um dançar. (entrega o celular com o fone para ela. Andréa começa a ouvir e sorri para Ramon)
ANDRÉA – Isso, Ramon. Essa é a música. (ouvindo e dançando um pouco)

[CENA 05 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ NOITE]
(Daniel e Dácio estão se pegando em cima da cama. O pai de Daniel estava para igreja, e como desculpa para poder ficar em casa, Daniel tinha trabalho para fazer e não podia ir)
DANIEL – (tentando tirar a camiseta de Dácio, encerra o beijo) Tá calor aqui, não acha?!
DÁCIO – Sim, porém melhor não. Seu pai pode voltar a qualquer momento. (volta a beijá-lo)
DANIEL – (já que não tirou a dele, tira a própria camisa) Então vou tirar a minha. (Dácio observa o corpo de Daniel, faz alguns carinho com a mão, e volta a beijá-lo) Anda, tira a sua também! (alguns segundos de beijo, Daniel tenta novamente tirar a camisa de Dácio, porém ele é impedido, dessa vez acaba levantando da cama, indo em direção à mesa do computador)
DÁCIO – Melhor darmos um tempo. Se não seu pai chega aí, e pode estranhar se pegar a gente nesse estado. (olha para o meio das pernas)
DANIEL – Você sempre fugindo. (pega sua camisa, veste e senta-se na cama) Então tá… o que você quer fazer?
DÁCIO – Sei lá, vamos conversar…
DANIEL – Está bem, vamos conversar… Como está sua prima?
DÁCIO – Ela diz que está bem, porém percebo cada vez mais que a doença dela progride.
DANIEL – Você acha que ela talvez não… (não termina a frase)
DÁCIO – Acho que sim. Sei lá… o Eduardo, namorado dela, tinha encontrado uma chance de curá-la, porém, depois que a doença dela se agravou, acho que essa cura ficou impossível.
DANIEL – Não desanima. (levanta da cama e caminha até ele) Você tem fé?
DÁCIO – Assim… nunca fui de acreditar em Deus, orar, essas coisas… mas, ultimamente tenho me apegado em tudo, para vê-la bem.
DANIEL – Pois então, tenha fé, acredite que ela irá se recuperar, e que um milagre vai acontecer na vida dela.
DÁCIO – Se você ver o estado dela, pode achar difícil acontecer um milagre.
DANIEL – Quando se tem fé, nada impossível. Eu quero conhecer a sua prima.
DÁCIO – Por quê?
DANIEL – Ué, quero conhecê-la apenas. O que tem demais?
DÁCIO – Nada.
DANIEL – Além do mais, você havia me dito que ela canta. Quem sabe não posso cantar uma música com ela.
DÁCIO – Você canta?
DANIEL – Sim. Canto muito na igreja, pessoal lá me adora.
DÁCIO – Essa é nova para mim.
DANIEL – Está duvidando?
DÁCIO – Não, longe disso… é que estamos ficando já há algum tempo e você nunca me disse que cantava.
DANIEL – Você nunca perguntou.
DÁCIO – Está bem, vou ver um dia aí para apresentar vocês dois.
DANIEL – Enquanto isso… acho que a situação aí… (aponta para o meio das pernas de Dácio) … diminuiu um pouco. Creio que podemos voltar onde estávamos. (o beija e um puxa de volta para cama)

[CENA 06 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ NOITE]
(Carla, Miguel, Frederico e Pedro estão jantando. Frederico e Pedro estão conversando, enquanto Carla está calada, pensativa, e Miguel preocupado observando-a)
PEDRO – É apenas uma ideia que o pessoal estava combinando. Porém, se o senhor não aceitar, sem problema.
FREDERICO – Problema nenhum, garoto. Podem combinar a festa de fim de ano aqui. Adoro ver esse sítio movimentando. Por falar nisso, não vejo a hora de ver algumas crianças correndo de um lado para o outro por essas bandas. (olha para Carla, porém ela acaba não ouvindo) Filha? Está tudo bem?
CARLA – (prestando atenção ao que seu pai falava) O que?
MIGUEL – Seu pai estava comentando com Pedro que não ver a hora de ver várias crianças correndo pelo sítio.
CARLA – Desculpa, pai… mas criança o senhor não verá tão cedo.
MIGUEL – Apesar deu já ter dito essa conversa com ela, Frederico.
PEDRO – Eu ia adorar também ter um irmãozinho ou até uma irmãzinha.
CARLA – Eu sei que ia, mas não estamos planejando ter uma criança agora.
FREDERICO – Vocês não veem o tamanho desse sítio? Eu o comprei justamente para ver meus netos correndo e brincando por ele.
CARLA – Ué, eu já lhe dê um neto. Que alias brincou muito por esses campos. E a única filha que falta lhe dar um neto aqui é a Paula. O senhor devia conversar com ela.
FREDERICO – Já falei várias vezes com sua irmã, porém aquela ali é outra que sempre diz que não se ver sendo mãe agora. Tenta convencê-la, Miguel…
MIGUEL – Quando sua filha coloca algo na cabeça, é meio difícil tirar meu sogro. Mas não se preocupa, pode deixar que em breve encheremos a fazenda do senhor netos.
 CARLA – Encheremos é?
MIGUEL – Sim. Ou você pensa que só teremos um filho?! Não, quero ter 3, 5… (Carla ri)
CARLA – 5? Não voa Miguel…
MIGUEL – Tão vendo aí…?!
CARLA – O máximo que teremos é dois e olhe lá. Quem decide a quantidade aqui sou eu, viu.
MIGUEL – Dois ou cinco, tanto faz. Pode ser até um também, sendo o fruto do nosso amor é o que importa. (segura nas mãos dela)
FREDERICO – Lembrem-se que estamos jantando, hein… (Carla e Miguel ri, Miguel solta da mão dela e todos voltam a comer, dessa vez Carla começa a prestar atenção nas conversas)

Amanhecendo…

[CENA 07 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA – REFEITÓRIO/ DIA]
(Letícia está vomitando em um balde, Regina está ao lado dela, observando)
REGINA – (Letícia termina, retira o balde do meio dela) Como está?
LETÍCIA – (volta a se deitar, continua pálida) Um pouco fraca.
REGINA – Descansa, querida. (ajeita o travesseiro dela) Qualquer coisa estou aqui fora. (Letícia fecha os olhos, e acaba dormindo. Regina fica alguns segundos olhando para ela, depois sai do quarto. Assim que Regina sai do quarto, Nathaniel aparece apreensivo. No refeitório, Cássia liga para mãe dela)
[REFEITÓRIO]
REGINA – (atendendo) Oi.
CÁSSIA AO TELEFONE – Como ela está?
REGINA – Mal. Passou a noite vomitando, amanheceu do mesmo jeito.
CÁSSIA AO TELEFONE – Será que ela vai morrer justo agora?
REGINA – Vira essa boca para lá, garota. Letícia vai ficar bem, tá.
CÁSSIA AO TELEFONE – Se ela morre, adeus programa mamãe.
REGINA – Relaxa está bem. Tem algumas semanas antes dele ser ao vivo, certo?! Até lá, teremos fé que a Letícia irá ficar boa.
CÁSSIA AO TELEFONE – Não sei não. Melhor começarmos a pensar em uma outra forma deu continuar no programa. Tipo gravarmos a voz dela, e o Dácio desenvolver algum programa ou aparelho que duble em definitivo a voz.
REGINA – Se acalma tá. Continua praticando a música sozinha, e deixa que da Letícia cuido eu. (Cássia desliga, Regina fica tomando o café pensativa)

[CENA 08 – HOSPITAL (MINAS)/ DIA]
(Carla e Miguel estão na sala do médico, aguardando-o vim com os resultados. Carla tenta parecer tranquila, porém Miguel sabe que ela está nervosa)
MIGUEL – (segurando as mãos dela) Vai ficar tudo bem, viu. (Carla olha para ele e dá um leve sorriso)

[CENA 09 – COLEGIO ESTADUAL GUSTAVO AUGUSTO/ PÁTIO/ DIA]
(Alan e Ana estão sentados em um dos bancos do pátio conversando, Ramon caminha até eles)
RAMON ­– E aí, pessoal?
ANA – Oi!
ALAN – E aí.
RAMON – Tudo bem com vocês?
ANA – Sim. Aconteceu alguma coisa?
RAMON – Não, nada. Por quê?
ANA – Nada, é que simplesmente tem um tempo que você não tem falado com a gente. Pensei que tivesse acontecido algo para você ter vindo aqui hoje.
RAMON – É, eu sei. Desculpa, gente, de verdade. É que tenho ajudado a Andréa com o programa e tal, enfim… Alan, sei que você manda muito bem na dança, eu e a Andréa gostaríamos de saber se você não poderia nos ajudar com alguns passos de danças para a próxima fase do programa dela.
ALAN – É…
ANA – (interrompendo-o) Sabia que tinha alguma coisa. Vocês não voltariam a falar com a gente se não tivesse algo por trás.
RAMON – É só um favor, cara. Temos uma música super animada, e gostaríamos de apresenta-la com uma coreografia… (pega seu celular do bolso para mostra a música para ele)
ANA – (levantando do banco, segurando a mão de Alan) Desculpa, mas o Alan tem outros compromissos agora. Vamos, Alan. (sai puxando a mão dele, para dentro da escola)
RAMON – Ué… vocês nem deixaram eu mostrar a música. (Ramon fica parado, confuso observando-os)

[CENA 10 – CENTRO EDUCACIONAL OLIVEIRA SANTOS/ REFEITÓRIO/ DIA]
(Thalita, Éster e Manuela estão lanchando em uma mesa)
THALITA – Ah, não… agora eu preciso ver você cantando.
MANUELA – Tá, qualquer coisa a gente vai para a lanchonete do Ivo, e canto outro por lá.
ÉSTER – Tive uma ideia melhor. Que tal você cantar aqui?
MANUELA – O que? No meio do pessoal da escola? Não, nem pensar.
THALITA – A Alice costuma fazer isso direto, nunca deu problema.
MANUELA – A Alice tinha dinheiro, né. Pai dela tinha uma certa influência aqui, eu não.
ÉSTER – Mesmo assim, estamos no horário de intervalo. Creio que não terá problema nenhum.
THALITA – É, Manuela. Vai, canta uma para gente.
ÉSTER – Mostre que você é tão boa quanto a Alice.
MANUELA – Se bem que ela não vai estar aqui para ver minha apresentação.
THALITA – Quem disse que não vai? (pega seu celular, e exibe para suas amigas) Irei fazer uma live, e certamente ela irá ver.
MANUELA – (confiante) Que música vocês querem ouvir.
ÉSTER – Eu tenho uma aqui. (procura alguma música em seu celular, mostra para Manuela) Conhece essa?
MANUELA – Conheço.
ÉSTER – Ótimo. (levanta da mesa, e caminha até um grupo de garotos que tinham uma caixinha de som, pede emprestado, conecta o celular na caixa e começa a tocar a música. Manuela levanta da mesa, começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – MESA 16 (PLUTÃO JÁ FOI PLANETA)]

[MANUELA]
Concentração, distraída 1
O copo na mesa
Atenção perdida

Olho no lance, é gol, gritaram
Eu não sei do que falam
Nem sei se me chamaram

Então ela chegou 2
E chegou tão bonita
Atenção na chegada
Esquece a partida

[TIAGO E MANUELA]
Quem é ela que chegou? 3
Quem é ela que pediu a cerveja?
Quem é ela que gritou
Garçom, me vê já uma mesa!

[TIAGO]
Ela chegou às 6
Sentou na 16
E pediu whisky pra dois

Olhou pra mim 4
Ergueu o copo
E fez sinal de depois

[MANUELA]
Então eu me aproximei 5
Tropecei no meu medo
Atenção na chegada
Esquece a partida

[TIAGO E MANUELA]
Ela é a que chegou 6
Ela é a que pediu a cerveja
Ela foi sem me dizer o nome
E eu fiquei só na mesa

1. Manuela levanta da mesa, começa a andar pelas outras mesas, dançando. Tiago, que estava sentado com alguns outros amigos, observa surpreso Manuela cantando, os poucos começa a curtir a música. Thalita inicia sua live assim que Manuela começou a cantar.
2. Manuela está no meio da lanchonete, nenhum pouco envergonhada dos outros olhando para ela. Alguns curtem a música, e estão se divertindo. Tiago, levanta de sua mesa e se aproxima de Manuela.
3. Tiago começa a cantar junto com Manuela, ela fica surpresa, porém em momento algum para de cantar. Os dois começam a dançar.
4. Tiago se afasta de Manuela, dessa vez começa a andar pelas mesas, Manuela faz o mesmo, indo em direção oposto, ambos continuam se olhando. Thalita e Éster estão em pé, dançando também. Thalita continua fazendo a live na rede social dela.
5. Manuela volta a se aproximar de Tiago, os dois ficam um de frente para o outro, dançando.
6. Manuela e Tiago terminam a música próximos um do outro, Tiago ver uma Manuela diferente em sua frente, ambos sorriem. Após o fim da música, pessoal batem palmas.

[CENA 11 – COLEGIO ESTUDAL GUSTAVO AUGUSTO/ REFEITÓRIO/ DIA]
(Ramon e Andréa estão lanchando em uma mesa, observando Ana e Alan em outra)
ANDRÉA – Quer dizer que ele disse não?
RAMON – Ele não disse não, na verdade, ele não disse nada… A Ana o puxou antes mesmo deu mostrar a música.
ANDRÉA – Ah, mas eu vou lá agora mesmo. (levanta um pouco, porém é impedida por Ramon)
RAMON – Melhor não, Andréa. Por um lado eles estão certos.
ANDRÉA – Como assim?
RAMON – Eles estão chateados por a gente nunca mais ter conversado com eles. E acham que só fui atrás deles, porque estamos precisando de ajuda.
ANDRÉA – E não estamos?
RAMON – Sim, estamos. Só que não precisa ficar explicito para eles. Vai por mim, melhor deixarmos o tempo passar, vamos voltar a conversar com eles como antes, e em pouco tempo o Alan estará nos ajudando.
ANDRÉA – Olha lá, Ramon… temos pouco tempo para criar uma coreografia para está música.
RAMON – Confie em mim, sei o que estou fazendo. (observa a mesa de Alan e Ana)
ALAN – Ramon não para de olhar pra gente.
ANA – Deixe que olhe. E nem pense em aceitar ajudá-los. Você precisa se concentrar na sua apresentação para a banca.
ALAN – Eu sei, só que…
ANA – Só que nada, Alan. Eles ficaram um tempão sem conversar com a gente, agora que precisam, eles vêm atrás. Convenhamos que isso é puro interesse. (a mãe de Alan se aproxima dele)
ALAN – Mãe? (levantando, ao observa-la triste, a mãe se aproxima do ouvido dele, diz algo, faz um carinho em sua cabeça e depois vai embora, Alan volta a se sentar triste)
ANA – O que foi, Alan?
ALAN – Minha mãe foi despedida. Ela foi acusada de roubo e a mandaram embora!

[CENA 12 – HOSPITAL (MINAS)/ DIA]
(Carla e Miguel estão aflitos esperando o médico trazer os exames, segundos depois de espera, o médio chega com uma cara nada boa)
MIGUEL – Então, doutor? Alguma melhora do aneurisma…
CARLA – Essas tonturas são por causa da medicação, né?
DOUTOR – Infelizmente não, Carla. O aneurisma aumentou de tamanho. (Carla fica surpresa, Miguel continua segurando a mão dela) Sua situação está critica agora.
MIGUEL – Como assim, doutor?
CARLA – Eu corro risco de vida, é isso que o senhor quer dizer, né? (o médico não responde, apenas observa para os dois sério)

[CENA 13 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ DIA]
(Regina volta para o quarto de Letícia, verificar se ela continua dormindo ou se voltou a vomitar. Ao entrar no quarto, a encontra deitada, caminha até a cama dela, a cobre um pouco e ao perceber que seu corpo não faz movimentação de que esteja respirando, se preocupa)
REGINA – Letícia? (toca nela, e ver que ela não reage) Letícia, é hora de acordar, querida. (toca no pulso dela, e ver que está sem pulsação) Ah meu Deus. Letícia!! (começa a gritar) Socorro, alguém me ajuda. Um médico, alguém… Letícia, por favor acorda. (em questão de segundos uma enfermeira entra, e começa a avaliar Letícia. Nathaniel está no fundo do quarto, sério, observando Letícia imóvel)

Continua no Capítulo 51…

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