“Eu Quero Sempre Mais”
[CENA 01 – CASA DE VERÔNICA/ SALA/ TARDE]
VERÔNICA – Então, filha? Vai querer o endereço da enfermeira.
LUANA – (pensativa) Com os dados dela, será mais fácil encontrar alguma pista…
VERÔNICA – Talvez ela mesma dê o enderenço da mulher que ficou com sua filha.
LUANA – Será que ela tem?
VERÔNICA – Anota e vai atrás. Esse é o único jeito de você saber. (Luana tem receio de aceitar, primeiro porque não quer receber ajuda de sua mãe, segundo por acreditar que sua mãe possa estar mentindo, apenas para atrapalha-la na busca pela filha)
LUANA – Qual é o endereço? (Verônica sorri, pega o caderninho que estava com Luana e anota o endereço)
VERÔNICA – (entregando o caderno para Luana) Vai contar para seu antigo namoradinho?
LUANA – Eu e o Sérgio não somos namoradinhos, e sim, vou contar para ele, porque prometi que iriamos encontrar o túmulo da nossa filha, juntos.
VERÔNICA – Nossa filha! É até engraçado ouvir isso saindo de você. Enfim, espero que após você encontrar o túmulo de sua filha, você coloque seus pés no chão, e procure um novo rumo a seguir. Esqueceu que uma boca a mais veio para esta casa, precisamos de dinheiro para se manter. Já que não será mais possível você me mandar as mesadas que você ganhava do Felipe.
LUANA – Não se preocupa, não irei ficar aqui muito tempo.
VERÔNICA – Como assim? Você vai para onde?
LUANA – Estou pensando em alugar algum apartamento, algo assim do tipo. Preciso pensar no que farei ainda.
VERÔNICA – Mais para alugar, você precisa de um emprego. Creio que irá demorar até…
LUANA – (interrompendo-a, indo em direção as escadas) Também já estou de olho nisso. Não se preocupa, mamãe. A senhora me aguentará por pouco tempo apenas.
VERÔNICA – Você vai deixar sua mãe sozinha aqui? (Luana havia ouvido, mas não quis responder, então continuou subindo as escadas) Era só o que faltava!
[CENA 02 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
RITA – O que você está fazendo?
FELIPE – Bem, você não me procurou, não mandou mais mensagens, fiquei preocupado. Estar tudo bem com você e com a criança?
RITA – Sim, estamos. Só estava meio ocupada aqui ajudando meu irmão.
FELIPE – Ele sabe que você está grávida?
RITA – Não, ainda não. Mas não se preocupa, que irei contar para ele.
FELIPE – É bom mesmo. Porque na sua situação, não é bom passar muito tempo em pé.
RITA – (gostou de ver ele se preocupando) Quer comer alguma coisa, ou tomar algo?
FELIPE – Não, obrigado. Só vim mesmo ver você, e também descobrir onde você trabalhava.
RITA – Essa é a lanchonete do meu irmão. É aqui onde eu trabalho.
FELIPE – (olhando ao redor, vendo que é uma lanchonete bem movimentada) Legal o ambiente, e vejo que tem bastante movimento. (repara no palco e no karaokê)
RITA – É, pessoal às vezes vem cantar aqui.
FELIPE – Explicando aquela máquina de karaokê e o palco.
RITA – Inclusive, sua filha já veio aqui algumas vezes.
FELIPE – A Alice?
RITA – Ela mesmo. Ela veio aqui, cantou com outro garoto. Aliás os dois cantam muito bem.
FELIPE – (surpreso) A Alice frequentando uma lanchonete assim. Por essa eu não esperava.
RITA – Sei que a lanchonete talvez não seja igual aos lugares que vocês frequentam, mas é um lugar agradável, divertido.
FELIPE – Não me leva a mal, eu realmente gostei do ambiente, só que a minha filha… esse tipo de lugar não é o favorito dela. Algo muito forte deve ter a feito vim até aqui.
RITA – Quando ela vem, sempre vem com um garoto.
FELIPE – Você sabe que é esse garoto?
RITA – Não. Mas os dois sempre cantam quando vem aqui.
FELIPE – (pensa em Pedro, e diz baixinho) Será que é aqui onde os dois se encontram?
RITA – Quem?
FELIPE – Não é nada. Bem, não quero atrapalhar seu serviço. (retira a carteira do bolso, tira um dinheiro e entrega para ela) Compre algo para você. Daqui a pouco essa barriga começa a crescer.
RITA – Não precisa, Felipe. Tenho umas roupas que ainda me servem…
FELIPE – Aceita por favor. (colocando nas mãos dela) Já disse, não quero que falte nada para ele… e também para você.
RITA – Está bem.
FELIPE – Tchau. Ah, e lembrando, que semana que vem marquei uma consulta com o médico. Não se preocupa, que vou mandar meu motorista vim pegar você.
RITA – Está bem. (Felipe sorri para Rita e vai embora logo em seguida. Rita guarda o dinheiro e fica pensativa)
[CENA 03 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ TARDE]
(Pedro continua sentado no piando, Letícia voltou para cama, e está sentada ao lado de Dácio. Nathaniel e Gaspar estão no canto do quarto, observando-os)
PEDRO – Isso foi incrível. Você tem uma bela voz, Letícia.
LETÍCIA – Obrigada. Você também canta bem, inclusive, canta tão bem quanto sua prima.
PEDRO – Minha prima?
DÁCIO – É que eu contei para ela que a Alice é sua prima. É que a Letícia está participando do programa de música também.
PEDRO – Sério? Mas você não havia me dito que sua prima não podia sair do quarto?
LETÍCIA – É que na verdade quem está participando do programa é minha irmã.
DÁCIO – Isso. É que as duas cantam tão parecidas, que às vezes acabo confundindo.
PEDRO – Bem, então boa sorte para sua irmã. Pelo que tô vendo, vai ser disputado esse programa.
LETÍCIA – Sua prima que eu digo. Foi super elogiada pelos jurados.
NATHANIEL – Bem que você poderia dá uma forcinha, a fazer com que a Alice desistisse desse programa, né?!
GASPAR – (ri) Sabe que eu não posso. E mesmo assim, Letícia é tão talentosa quanto Alice. Olhe lá, se não for mais do que ela.
NATHANIEL – Estou brincando apenas. Sei qual o propósito da Alice na vida da Letícia. De certa forma, ela vai ajuda-la.
GASPAR – E muito…
NATHANIEL – Mas ainda bem que Pedro e ela já se conheceram. Pedro também será essencial.
GASPAR – Sabe que nossos protegidos um vai ajudar o outro, né. Temos apenas que observar, e perceber que tudo está seguindo como deve ser. (olhando sério para Nathaniel) Sem nenhuma interferência nossa.
NATHANIEL – Eu sei, tá. Não estou interferindo em nada. Estou deixando as coisas acontecerem.
GASPAR – Bom.
LETÍCIA – E você não pensou em se inscrever?
PEDRO – Quando eu cheguei na cidade, já havia passado a fase das inscrições.
DÁCIO – Pedro está no Rio tem pouco tempo, Letícia.
PEDRO – É mas ano que vem, irei participar de um programa de bandas. Quer dizer, eu iria participar de um programa de bandas.
DÁCIO – Você não vai mais participar, por quê?
PEDRO – Eu decidi que vou voltar para Minas com minha mãe.
DÁCIO – (ficando triste, mas disfarça) Mas e a escola, sua banda, a gente…?
PEDRO – Eu sei cara… mas não posso deixar minha mãe sozinha na situação que ela se encontra. Ela precisa de mim. E mesmo assim, não pensem que irei esquecer de vocês. Iremos continuar mantendo contato por meio de mensagens, e também, nas férias posso vir aqui, visitar vocês.
DÁCIO – Poxa, primeiro amigo que eu faço na vida, está indo embora.
PEDRO – Não fica assim, se não vou acabar chorando também. (levanta do piano, caminha até ele e o abraça. Dácio pensa em chorar, mas acaba segurando o choro) Vamos continuar sendo amigos. Apenas, distante um do outro agora. (encerrando o abraço) E mesmo assim, você tem o Ramon, o Alan, a Ana. Todos eles são seus amigos.
DÁCIO – Eu sei, só que você se tornou importante pra mim! Mesmo assim, obrigado por tudo. (volta a abraça-lo)
PEDRO – Você também! (encerrando o abraço, Dácio limpa uma lágrima que caiu, disfarçadamente) Bom, que tal cantarmos outra música. Animada dessa vez, para quebrar esse clima de despedidas.
LETÍCIA – Qual a sua sugestão?
PEDRO – Estava pensando em uma nacional dessa vez, ou você também é igual a minha prima, e só canta músicas internacionais?
LETÍCIA – Não, não. Qualquer música que você mandar!
PEDRO – Beleza. Tem violão?
LETÍCIA – Tenho sim.
DÁCIO – Eu pego para você. (caminha até o guarda roupa, pega o violão que estava ao lado dele, e entrega para Pedro)
PEDRO – (voltando para o piano, senta de frente para Letícia, começa a tocar) Essa você deve conhecer. (começa a cantar)
[CENA DE MÚSICA – EU QUERO SEMPRE MAIS (JOÃO GABRIEL)]
[PEDRO]
Sabe aquela sensação 1
De ver o mundo parar
É a mesma que eu tenho
Ao te ver chegar
Parece louco
Mas desse jeito eu quero sempre mais
Não tem razão ou explicação
Eu quero sempre mais
[LETÍCIA]
Sabe quando um dia simples 2
Demora a passar
Minutos viram horas
Pra me torturar
Parece louco
Mas desse jeito eu quero sempre mais
Não tem razão ou explicação
Eu quero sempre mais
É só me olhar desse jeito
E eu não falo mais por mim
Tô morando no seu beijo
Eu nunca pensei em me entregar
Tão fácil assim
[PEDRO (LETÍCIA)]
Sabe quando um dia simples 3
Demora a passar
Minutos viram horas
Pra me torturar
Parece louco
Mas desse jeito eu quero sempre mais
Não tem razão ou explicação
Eu quero sempre mais
É só me olhar desse jeito
E eu não falo mais por mim
Tô morando no seu beijo
Eu nunca pensei em me entregar
Tão fácil assim
Sabe aquela sensação 4
De ver o mundo parar
É a mesma que eu tenho
Ao te ver chegar
Parece louco
Mas desse jeito eu quero sempre mais
Não tem razão ou explicação
Eu quero sempre mais
1. Pedro começa tocando para as cordas do violão, segundos depois começa a focar em Letícia e Dácio.
2. Letícia começa a cantar, Nathaniel observa-os por alguns segundos, depois desaparece junto com Gaspar.
3. Dácio também decidi filmar os dois cantando, dessa vez ele levanta da cama e começa a andar ao redor deles. Pedro fica fazendo a parte principal, Letícia fica como secundária em algumas partes da música.
4. Pedro e Letícia ficam cantando um olhando para o outro, sorrindo.
Anoitecendo…
[CENA 04 – CASA DE VERÔNICA/ Q. DE LUANA/ NOITE]
(Luana está ao telefone com Sérgio)
LUANA – Não, eu não fui atrás ainda, porque queria contar logo para você.
SÉRGIO POR TELEFONE – Se você quiser, pode ir. Porque talvez eu só volte para o Rio daqui duas semanas.
LUANA – Prometi a você que iriamos procurarmos juntos, não prometi?! Então eu vou esperar você voltar.
SÉRGIO POR TELEFONE – Não precisa me esperar, Luana. Pode ir atrás dela, se você conseguir o endereço, aí sim você me espera.
LUANA – Não, não. Está decidido. Vou esperar você voltar. Vou aproveitar esse tempo e ir atrás de um emprego também. Pretendo alugar um apartamento. Não quero ficar morando com minha mãe não.
SÉRGIO POR TELEFONE – Olha só, ficando independente.
LUANA – Sempre fui.
SÉRGIO POR TELEFONE – Nem sempre. Pois você ainda era refém do marido.
LUANA – Pois estou sendo então. (ri)
SÉRGIO POR TELEFONE – (ri também) De verdade, fico feliz que você esteja buscando sua liberdade, seja ela da mãe, do marido. Você sendo a única dona do seu destino.
LUANA – Creio que chegou a hora, né.
SÉRGIO POR TELEFONE – É, melhor tarde do que nunca. Bem, tenho que desligar agora. Qualquer informação nova, você me avisa?
LUANA – Pode deixar.
SÉRGIO POR TELEFONE – Tchau, até mais.
LUANA – Tchau. (Luana desliga, e fica olhando para o celular com um sorrisinho bobo)
[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Carla está sentada no sofá, pensando na conversa que teve com Miguel. Pedro chega em casa, e ela nem percebe)
PEDRO – (entrando em casa, indo em direção a sua mãe) Boa noite, mãe. (Carla não ouve) Mãe? (indo mais próximo dela, tocando em seu ombro) A senhora está me ouvido?
CARLA – Oi, filho. Não vi você chegar.
PEDRO – Percebi. Preocupada com alguma coisa?
CARLA – Nada demais. Ainda bem que você chegou. Vamos comer fora hoje. Decide não cozinhar, já que sua tia vai jantar na casa do namorado.
PEDRO – Tá. Então só vou tomar banho e desço.
CARLA – Está bem. (Pedro vai em direção às escadas, quando lembra de algo)
PEDRO – É… eu tomei uma decisão.
CARLA – Que decisão, filho?
PEDRO – Eu vou voltar para Minas com a senhora. (Carla se alegra)
CARLA – Que boa notícia, filho! (levanta do sofá, caminha até ele e o abraça) Voltaremos a ser como antes lá. Você vai.
PEDRO – É o que eu espero. Vou tomar banho agora. (vai em direção ao quarto, Carla volta para o sofá, um pouco mais feliz)
[CENA 06 – CASA DA MANUELA/ Q. DE MANUELA/ NOITE]
(Manuela está em frente ao espelho, se observando, ainda ouvindo em sua cabeça a voz da Alice a chamando de feia. Se antes ela era feia com o cabelo longo, curto então ela se imagina mais ainda. Sara bate na porta do quarto de Manuela)
SARA – (entrando no quarto) Filha, está pronta?
MANUELA – (fingindo um sorriso) Acho que sim.
SARA – Você está linda, filha.
MANUELA – Da senhora não conta.
SARA – Claro que conta.
MANUELA – Vamos, tenho aula amanhã, precisamos voltar cedo.
SARA – Verdade.
MANUELA – Onde iremos comer?
SARA – Em uma lanchonete de um velho amigo meu. Há tempos que prometi que iria visita-lo. Bem, agora surgiu uma oportunidade.
MANUELA – Então vamos. (se olha novamente no espelho, tentando se achar bonita, finge um sorriso e sai com sua mãe do quarto)
[CENA 07 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ NOITE]
(Alice está ouvindo algumas músicas com o fone de ouvido, que nem escuta seu pai entrando no quarto)
FELIPE – (tocando na perna de Alice, que assusta) Filha!
ALICE – Ai, que susto, pai. O senhor não bateu na porta?
FELIPE – Bati, mas nesse volume todo, você não me ouviu.
ALICE – Eu já estou descendo. Estava só ouvindo umas músicas aqui.
FELIPE – Não vamos jantar em casa hoje.
ALICE – Não? (surpresa) Vamos sair hoje?
FELIPE – Sim. Tem tanto tempo que não fazemos uma programação dessa.
ALICE – Né. O senhor tem andado tão ocupado resolvendo os assuntos daquela empresa, que nem tinha mais esperança disso se repetir.
FELIPE – Pois é, dessa vez as coisas serão diferentes agora. Garanto à você.
ALICE – Posso saber onde vamos? (levanta da cama)
FELIPE – Surpresa. Mas creio que você irá gostar.
ALICE – Amo suas surpresas. Certamente deve ser em algum restaurante que ainda eu não fui né. (entrando no banheiro)
FELIPE – (dizendo baixinho) Dessa vez não, filha. O lugar que eu vou te levar é bastante conhecido por você.
[CENA 08 – CASA DE FLÁVIO/ SALA/ NOITE]
(Flávio e Paula estão no sofá, se beijando)
PAULA – (encerrando o beijo vendo que ele está empolgado demais) Melhor darmos um tempo. Sua sobrinha pode descer aí, e pegar a gente.
FLÁVIO – Ela não vai descer. Coloquei um filme para ela ficar vendo no quarto.
PAULA – E sua irmã? Ela não pode chegar aí e pegar a gente de surpresa?
FLÁVIO – Minha irmã saiu com as amigas dela para alguma festa por aí. Relaxa, ninguém vai atrapalhar a gente.
PAULA – Então é melhor irmos para o seu quarto. Me sinto mais segura lá.
FLÁVIO – Concordo. (volta a beijá-la. Os dois levantam do sofá, ainda se pegando, sobe as escadas e vão trocando beijos até o quarto)
[CENA 09 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Carla está esperando Pedro descer, enquanto isso, está mexendo em seu celular)
PEDRO – (descendo as escadas) Pronto, mãe. Para onde vamos?
CARLA – Pois é, estava procurando aqui alguma lanchonete ou restaurante por perto. Mas, todos são longe.
PEDRO – Bem, eu conheço uma lanchonete que não é tão longe. Costumo muito ir lá.
CARLA – É a que tem karaokê?
PEDRO – Ela mesmo.
CARLA – É pode ser. Aproveito e vejo meu menino cantando pra mim.
PEDRO – E o melhor, a comida já será paga pela canção.
CARLA – Não entendi?
PEDRO – No caminho eu explico para senhora. (Pedro caminha em direção a porta, Carla guarda seu celular na bolsa, e vai até a porta, ambos saem)
[CENA 10 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Dácio entra todo empolgado no quarto de Letícia)
LETÍCIA – Nossa, posso saber qual é o motivo dessa animação toda?
DÁCIO – Aceitei ir até a casa do Daniel.
LETÍCIA – Olha, só! Fico feliz por você. Aproveite.
DÁCIO – Só estou passando para te desejar boa noite, porque talvez eu volte tarde.
LETÍCIA – Não se preocupa, pode se divertir a vontade.
DÁCIO – O Eduardo vem hoje?
LETÍCIA – Vem, ele está chegando.
DÁCIO – Está bem. Boa noite, então prima. Até amanhã.
LETÍCIA – Boa noite. (Dácio beija o rosto de sua prima e sai do quarto)
[CENA 11 – CASA DE DANIEL/ SALA/ NOITE]
(Daniel está andando de um lado para o outro, esperando Dácio. Campinha toca, rapidamente Daniel caminha até a porta)
DANIEL – (sorrindo para Dácio) Pensei que fosse me deixar na mão novamente?
DÁCIO – Dessa vez tomei coragem, e vim.
DANIEL – Entra ou você vai querer ficar aí fora? (Dácio entra e ambos vão para o sofá)
DÁCIO – Certeza que seu pai não vai chegar agora?
DANIEL – Tenho, quando meu pai sai com os amigos, ele costuma demorar. (se aproxima dele) A noite é inteira nossa hoje. (ficando bem próximo dele)
Continua no Capítulo 40…