“Zero a Dez”

 

[CENA 01 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
RAMON – (após terminar de cantar mais uma) Pessoal, iremos fazer um pequeno intervalo, e não volta, mais músicas para vocês. (deixa o violão ao lado, e sai do palco em direção a mesa onde Andréa está)
ANDRÉA – Então, pelo visto seu amigo não tem coragem de subir ao palco, e cantar para esse pessoal todo. Se ele não tem coragem de cantar aqui, imagina cantar em um programa de TV, como milhares de pessoas vendo.
RAMON – Ele vai cantar. Vi que na música anterior ele estava curtindo.
[MESA DE PEDRO]
ANA – Você não pensa em cantar mesmo? Precisamos pagar essa comida, lembre-se do combinado.
PEDRO – Não sei, a lanchonete está um pouco cheia hoje, a Andréa e o Ramon estão ali.
CAROL – Ué, não foi você mesmo que disse que não era para nos preocupar com eles, que ninguém iria estragar nosso dia? Me parece que você está muito preocupado com o que eles vão achar se você subir naquele palco.
PEDRO – Nada haver. Simplesmente não tô afim de cantar, e também nunca cantei pra esse tanto de pessoas.
CAROL – Ih, não sabia que a cidade grande tinha te transformado em covarde!
ANA – Eita…
PEDRO – Eu não sou covarde…
CAROL – Se não é, então vai lá naquele palco e canta pra gente.
PEDRO – (fica um pouco pensativo, olha para o palco) Quer saber… eu vou porque eu tenho um acordo com o Ivo, e preciso cumprir a minha parte. Só por isso…
CAROL – Sei… (Pedro levanta da mesa e caminha até a mesa onde Ramon está)
[MESA DE RAMON]
ANDRÉA – Eu sinceramente acho que ele está com medo, isso sim. (Pedro aparece ao lado dela)
PEDRO – Eu quero cantar uma música. Sua banda ainda tá afim?
RAMON – Opa, tá sim. Só ir lá com eles, falar qual música você quer cantar, que eles irão se preparar.
PEDRO – Beleza. (caminha em direção ao palco)
RAMON – Eu não disse que ele iria cantar.
ANDRÉA – É, quero ver se ele vai cantar mesmo em cima do palco, com essa multidão olhando para ele.

[CENA 02 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
MIGUEL – Acho melhor eu me sentar, vai que a resposta…
CARLA – Não precisa. Eu aceito!
MIGUEL – O que?
CARLA – Eu aceito me casar com você. Realmente eu preciso seguir em frente com a minha vida. Deixei ela parada por muito tempo, me dedicando exclusivamente ao meu filho, e acabei deixando a minha de lado. Então, acho que chegou a hora de recomeçar.
MIGUEL – Sério? (surgindo um grande sorriso em seu rosto) Você não tem ideia de como é bom ouvir esse sim. (a abraça) Prometo que te farei a mulher mais feliz desse mundo. (a beija)
CARLA – Eu sei que vai. E prometo, te fazer feliz também.
MIGUEL – Só o fato de saber que irei passar a minha vida ao seu lado, já me deixa feliz. Então, nesse jantar ao invés de anunciar o nosso namoro, irei anunciar o nosso noivado?!
CARLA – Acho que sim.
MIGUEL – Nossa, Carla… Você não tem ideia da felicidade que estou sentido agora. (a abraça novamente, Miguel está com um grande sorriso no rosto, enquanto Carla, aparenta estar feliz)

[CENA 03 – CINEMA/ DIA]
(Cássia e Eduardo estão vendo um filme. Cássia aproveita que o braço de Eduardo está sobre a poltrona, e enrosca o dela no dele)
CÁSSIA – Esse é um dos meus filmes favoritos, sabia?
EDUARDO – Não. (tirando o braço dele, do dela)
CÁSSIA – Desculpa, é que quando vejo esse filme, eu sinto um pouco de inveja da protagonista que tem alguém que a ama, e isso me dá uma certa carência.
EDUARDO – Eu vou pegar mais pipoca, você quer?
CÁSSIA – Não, obrigada. A que eu tenho dá até o final do filme.
EDUARDO – Eu já volto. (sai, Cássia fica vendo o filme um pouco séria)

[CENA 04 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro está no palco, se preparando para cantar. Ramon também já voltou e está na bateria)
PEDRO – Olá, á todos. É… irei cantar uma música pra vocês, espero que gostem. (olha para a banda, que começam a tocar)

[CENA DE MÚSICA – SEM VOCÊ NÃO FALTA NADA (OUTROEU)]

Quero não dizer desfaça 1
Quando é pra ser
Vem me entardecer
Se render pra mim

Caso queria o seu toque espalhar
Quero te notar
Te enlouquecer
Esquecer de mim

Vou me desfazer 2
Só querer teu sim

Sem você não falta nada
Só fica sem graça, viver
E sem você não falta nada
Só fica sem graça

Ando adentro e o seu mar descalça 3
Quando vou te ver
Vou me desfazer
Esquecer de mim

Se eu não te ver
Se eu perder teu sim

E sem você não falta nada 4
Só fica sem graça, viver
E sem você não falta nada
Só fica sem graça

Sem você não falta nada
Só fica sem graça, viver
E sem você não falta nada
Falta nada não

Uh, uh, uh, uh, uh
Uh, uh, uh, uh, uh

Sem você não falta nada
Só fica sem graça, viver
E sem você não falta nada
Só fica sem graça

E sem você não falta nada
Só fica sem graça, viver
E sem você não falta nada
Falta nada não

1. Começa a cantar, e percebe que Andréa não para de olhar para ele. Decide então voltar sua visão para o publico do lanchonete.
2. Decide olhar para Carol, e ver que a mesma está se divertindo. Ivo, que estava atendendo uma mesa, decide parar o atendimento e prestar atenção em Pedro. Os amigos fantasmas também fazem o mesmo.
3. Volta a prestar atenção, e dessa vez decide encarar Andréa. E a mesma, parece que também está curtindo a música, e quem percebe é Ramon.
4. Pedro volta a olhar para Carol, e encerra sua música olhando para a mesa onde as meninas estão.

[CENA 05 – CINEMA/ DIA]
(Eduardo e Cássia estão saindo do cinema. Um curto silêncio fica entre eles durante a saída)
CÁSSIA – (quebrando o silêncio) O que acho do filme?
EDUARDO – Achei legal. Não tinha visto ainda.
CÁSSIA – É um dos meus favoritos. E eu já disse isso, né. Mas, então, o que você quer fazer agora?
EDUARDO – Você que sabe, pra onde quer ir agora?
CÁSSIA – Pensei que quisesse voltar pra casa, é porque pela sua cara, parece que nosso passeio não está tão bom assim.
EDUARDO – Não, que é isso. Estou gostando sim. Pra onde você quer ir?
CÁSSIA – Não sei, na verdade queria comer alguma coisa.
EDUARDO – Então vamos procurar alguma lanchonete por aqui. Na verdade, conheço uma aqui perto, e acho que você vai gostar.
CÁSSIA – Então vamos nela!

[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro retorna para mesa)
PEDRO – (olhando para Carol) Quem é o covarde agora?!
CAROL – Só fiz isso pra te desafiar, pois sabia que você iria lá.
PEDRO – Sei… Quero ver sua coragem agora e se fantasiar de milho, e ir pra aula semana que vem.
CAROL – Isso pra mim será fichinha.
PEDRO – Será fichinha, é. Vou saber se é fichinha depois que eu tiver o vídeo em minhas mãos.
ANA – Nossa, vocês parecem um casal.
[MESA DE RAMON]
RAMON – Viu, como ele arrebentou no palco.
ANDRÉA – É, até que ele sabe cantar alguma coisa.
RAMON – Confessa, Andréa. Tu sabe que o garoto manda bem, eu vi lá do palco você se divertindo com a música.
ANDRÉA – Quero ver se ele canta bem em um dueto. (levanta da mesa e vai em direção à Pedro)
RAMON – Como assim? (vai atrás dela)
[MESA DE PEDRO]
CAROL – Nós não somos um casal. Na verdade… (Andréa aparece nesse momento)
ANDRÉA – Parabéns! Você cantou bem lá em cima.
PEDRO – Obrigado.
ANDRÉA – Gostaria de cantar uma música com você!
PEDRO – Desculpa, mas não vou cantar mais nenhuma hoje. Na verdade, estou meio ocupado agora.
ANDRÉA – (olhando para Ramon) E ainda você quer colocar um cara, que tem apenas uma música no repertório?
PEDRO – Eu não tenho só um repertório. Realmente, eu não quero cantar. Você vai me obrigar agora?
RAMON – Melhor voltarmos para a nossa mesa, Andréa.
ANDRÉA – Também acho. Antes, vou subir naquele palco e vou mostrar como se canta de verdade. (sai da mesa em direção ao palco)
RAMON – Vai me desculpando aí, Pedro. Andréa é meio maluquinha mesmo. (vai em direção a Andrea)
ANDRÉA – (após instruir os colegas de banda que música irá cantar) Bom dia a todos, chega de músicas masculina por hoje, né?! Que tal agora um toque feminino para animar mais este dia. (a banda começa a tocar)

[CENA DE MÚSICA – MALANDRAGEM (CASSIA ELLEN)]

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha 1
Esperando o ônibus da escola, sozinha
Cansada com minhas meias três quartos
Rezando baixo pelos cantos
Por ser uma menina má

Quem sabe o príncipe virou um chato
Que vive dando no meu saco
Quem sabe a vida é não sonhar

Eu só peço a Deus 2
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Bobeira é não viver a realidade 3
E eu ainda tenho uma tarde inteira
Eu ando nas ruas
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo pra cantar

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Eu ando nas ruas 4
Eu troco um cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo pra cantar

Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar

Quem sabe eu ainda sou uma garotinha!

1. Começa cantando olhando para Pedro, como se estivesse mostrando para ele como se canta de verdade.
2. Retira o microfone do suporte e começa a andar pelo palco.
3. Pedro começa a curtir a musica. Ramon não tira os olhos de cima e Andréa, que está andando de um lado para outro pelo palco.
4. Volta a colocar o microfone no suporte, e vai até o fim da música olhando para  o publico. No ultimo verso da música, olha para Pedro.

[CENA 07 – CASA DE PEDRO/ COZINHA/ DIA]
(Carla e Paula estão na cozinha, conversando. Miguel já havia ido embora)
PAULA – Certeza que é isso que você quer, irmã?
CARLA – Preciso seguir minha vida, Paula. Você está cansada de me aconselhar isso.
PAULA – Está bem. Só que casamento, é algo sério. É algo que deve ser pensado com calma, não de um dia para o outro.
CARLA – Eu gosto do Miguel, e essa é a coisa certa a se fazer.
PAULA – Está bem. (campainha) Olha, deve ser a Camila.
CARLA – Deixa que eu atendo. (caminha apressada até a porta) Oh, amiga! (a abraça)
CAMILA – Quanto tempo minha amiga. Como você está? Me parece triste?
CARLA – Tanta coisa pra te contar. Vem, entra. A Paula está na cozinha, estamos preparando o almoço. (Camila entra, e ambas caminham até a sala)
CAMILA – Vim cedo demais?
CARLA – Não, estamos finalizando tudo.
CAMILA – Pois irei ajudar no que tá faltando. Assim, você aproveita e já vai contando o que anda te perturbando.
CARLA – Você me conhece, né?
CAMILA – Sou sua amiga, sei quando você não está bem. (as duas vão até a cozinha, conversando)

[CENA 08 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
CÁSSIA – Realmente, essa lanchonete eu não conhecia. Ainda mais que rolava shows.
EDUARDO – Pois, é! As vezes costumo vir aqui também para cantar.
CÁSSIA – Você também canta?
EDUARDO – Sim. Não é a única cantora aqui.
CÁSSIA – Essa eu não sabia. Gostaria de um dia te ver cantando.
EDUARDO – Por que não agora? Isso, você quer cantar comigo?
CÁSSIA – O que? Aqui? Melhor não, não preparei nenhuma música, nada.
EDUARDO – Bora? Também gostaria de te ver cantar. Afinal, se você conseguiu entrar para um programa de música, é porque talento você tem. Então qualquer música você certamente mandará bem.
CÁSSIA – Não sei, preciso fazer alguns ensaios, preparar a voz.
EDUARDO – (decepcionado) Que pena.
CÁSSIA – (não querendo deixar essa má impressão) Mas, já que você quer tanto. Vou cantar uma com você. Só me dá alguns minutinhos, quando eu me preparo um pouco lá no banheiro.
EDUARDO – Claro, fique a vontade.
CÁSSIA – Licença. (levanta da mesa, caminha apressada para o banheiro)
[BANHEIRO FEMININO]
CÁSSIA – (em frente ao espelho) Ah meu Deus. E agora? (pega seu celular da bolsa) Atende, Dácio. Atende, garoto. Finalmente você atendeu. A Letícia ele já acordou? Ela está bem? Que bom. Preciso que você vá até ela, e peça para que ela se prepare que vamos cantar uma música. Assim, aproveitamos e testamos se esse seu novo aparelho vai realmente funcionar. (retira uma gargantilha da bolsa e coloca no pescoço) Anda garoto, só faz o que eu estou pedindo. É urgente!

[CENA 09 – CASA DE PEDRO/ COZINHA/ DIA]
CAMILA – É, eu também estou achando esse casamento as pressas um pouco precipitado. Não é melhor vocês irem com calma, iniciar o namoro direito, ver realmente se vai dá certo a relação.
PAULA – Espero que você ela consiga ouvir, Camila. Porque eu falei a mesma coisa pra ela, só que ela não me escuta.
CAMILA – Seja sincera, Carla. É isso realmente que você quer?
CARLA – É, e sinto muito, mas vocês não vão me fazer mudar de ideia.
CAMILA – Não queremos te fazer mudar de ideia, simplesmente queremos entender essa sua escolha.
CARLA – Não precisam entender, só quero que vocês me apoiem.
CAMILA – Pode ter certeza que iremos apoiar suas escolhas.
CARLA – Então, bora mudar de assunto, minha decisão já está tomada. Enquanto a você, como está indo a vida de advogada?
CAMILA – Trabalhoso, porém, me sinto realizada em poder defender as pessoas.
PAULA – A Camila tem um dos melhores escritórios de advocacia da cidade.
CARLA – Estou vendo. Percebendo até que o estilo de roupa dela mudou.
CAMILA – Também não é pra tanto, Carla. Só que na minha profissão eu preciso me arrumar melhor.
CARLA – E seu filho, por que ele não quis vir?
CAMILA – Ele disse que tinha um trabalho para fazer com alguns amigos, então o deixei. Estou priorizando muito os estudos dele. Enquanto o Pedro, onde é que ele está.
CARLA – Ele saiu, foi apresentar a cidade para uma amiga lá de Minas que veio visitá-lo. Mas, logo ele deve está aparecendo por aí.

[CENA 10 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
EDUARDO – (tomando um suco, ainda aguardando Cássia voltar do banheiro, segundos depois, Cássia retorna para a mesa) Então, pronta?
CÁSSIA – Sim.
EDUARDO – Ok. Então vou lá falar com o dono e já volto. (se retira da mesa, Cássia aproveita e liga para Dácio)
CÁSSIA – Então? Já está tudo pronto? Sim, estou com ele ligado. Está bem, assim que eu der o sinal. (desliga, guarda o celular e aguarda Eduardo, um pouco nervosa)
EDUARDO – Pronto, temos permissão. Vamos?
CÁSSIA – Vamos. (Eduardo segura as mãos dela, e os dois vão para palco)
EDUARDO – (soltando das mãos dela, e percebendo-a nervosa) Está tudo bem? Parece nervosa?
CÁSSIA – É que tem muita gente, né.
EDUARDO – É bom você ir se acostumando, que quando você estiver no programa, milhões de pessoas estarão de assistindo. Olá, pessoal, bom dia. Vamos cantar uma música, espero que gostem. (dá sinal para que a banda de Ramon começasse a tocar)

[CENA DE MÚSICA – ZERO A DEZ (IVETE SANGALO part. LUAN SANTANA)]

[LETÍCIA]
Numa escala zero a dez, eu te dou cem 1
E cem parece pouco pra você
Mais de um milhão de corações, eu quero um
E o seu é o bastante pra eu viver

[EDUARDO]
Deixa eu te levar pra ver as flores 2
Colorir nosso jardim de amor
Enquanto o céu vai misturando as cores
A gente ama até o sol se pôr

[LETÍCIA]
É você, só você 3
Que sabe me fazer feliz
Que chega em meu ouvido e diz
Que o meu desejo é desejar você

[EDUARDO]
É você, só você 4
Que sabe me fazer feliz
Que chega em meu ouvido e diz
Que o meu desejo é desejar você

Numa escala zero a dez, eu te dou cem 5
E cem parece pouco pra você
Mais de um milhão de corações, eu quero um
O seu é o bastante pra eu viver

[LETÍCIA]
Deixa eu te levar para ver as flores 6
Colorir nosso jardim de amor
Enquanto o céu vai misturando as cores
A gente ama até o sol se pôr

[EDUARDO]
É você, só você 7
Que sabe me fazer feliz
Que chega em meu ouvido e diz
O meu desejo é desejar você

[LETÍCIA]
É você, só você
Que sabe me fazer feliz
Que chega em meu ouvido e diz
Que o meu desejo é desejar você

Deixa eu te levar para ver flores 8
Colorir nosso jardim de amor
Enquanto o céu vai misturando cores
A gente ama até o sol se pôr

[EDUARDO E LETÍCIA]
É você, só você
Que sabe me fazer feliz
Que chega em meu ouvido e diz
Que o meu desejo é desejar você

É você (é você), só você (só você)
Que sabe me fazer feliz (sabe me fazer feliz)
Que chega em meu ouvido e diz

[LETÍCIA]
Que o meu desejo é desejar você
Você
Que o meu desejo é desejar você

[EDUARDO E LETÍCIA]
É desejar você

1. Cássia aparenta está nervosa, pois, caso o aparelho de Dácio não funcionasse aquela longa distância, tudo estaria acabado. Mesmo assim, ela consegue dublar assim que Letícia começa a cantar em seu quarto. Cássia canta olhando para Eduardo.
2. Começa cantando olhando para Cássia, depois olha para a plateia.
3.  Eduardo começa a perceber que o tom de voz de Cássia está diferente cantando. Ele acha semelhante com o tom de voz de Letícia, e lembra dela. No quarto, Letícia fecha os olhos e imagina Eduardo ao seu lado cantando.
4. Eduardo ver Letícia ao seu lado. Ele retira o microfone do suporte, e começa a se aproximar dela.
5. Ainda vendo Letícia no palco, Eduardo continua se aproximando dela, cantando olhando em seus olhos.
6. Letícia se afasta um pouco dele, também retira o microfone do suporte e caminha para frente do palco. Eduardo a observa.
7. Segura na mão dela, que a faz novamente olhar para ele.
8. Volta para detrás do suporte do microfone. Eduardo volta para o dele, mas continua olhando para ela. No quarto, Letícia abre os olhos e fica até o final da música cantando para Dácio, que estava ao seu lado.
9. No palco, Eduardo ver que é Cássia que está ao seu lado cantando, então para de olhar para ela e volta à olhar para a plateia. Ao contrário de Cássia, que fica olhando para ele até o final da música.

(Eduardo e Cássia voltam para mesa)
CÁSSIA – (mais tranquila) Nossa, adorei isso. Preciso fazer mais vezes. E você canta muito bem.
EDUARDO – Você também. Aliás, seu timbre de voz muda quando você está cantando.
CÁSSIA – É, costumo ouvir muito isso.
EDUARDO – E o mais engraçado, que essa sua voz é bem parecida com a voz da garota que estava no quarto de sua casa. Como isso é possível?

Contínua no Capítulo 18…

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