“Meu Abrigo”

 

[CENA 01 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Miguel continua beijando Carla, alguns segundos depois, ela se afasta dele, encerrando o beijo)
CARLA – Não, Miguel. Não piora as coisas, por favor.
MIGUEL – Eu te amo, Carla. E cheguei à conclusão de que não importa onde você esteja, eu só quero ficar ao seu lado. (se aproximando dela) Seja aqui ou em Minas.
CARLA – O que você quer dizer com isso?
MIGUEL – Que se você realmente for embora, eu vou para Minas com você! (Carla fica surpresa com a atitude de Miguel)

[CENA 02 – PRAÇA/ DIA]
(Caio continua sentado no banco, ansioso, esperando o garoto chegar. Ele ainda continua sendo observado pelos policias)
CAIO – (pegando o celular do bolso, esperando que o garoto ligue) Será que ele desistiu?! (segundos depois mexendo no celular, o garoto aparece por detrás dele)
GAROTO – Olha só, né que o filhinho de mamãe veio mesmo.
CAIO – (guarda o celular) Quero resolver logo isso e me livrar de vocês. (no carro, o delegado junto com os policias ficam atentos e se preparam para fazer o flagrante)
GAROTO – Falando assim até parece que não gostou de ter participando daquilo com a gente.
CAIO – Você trouxe o meu dinheiro?
GAROTO – Olha aí… “o meu dinheiro”. Pode dizer o que quiser mas você é igual a nós sim.
CAIO – Quer parar de enrolação e dar logo a minha parte. Tenho pressa em voltar para casa.
GAROTO – Para não preocupar a mamãe, né! Está bem, filho da mamãe. (tira a mochila da costa, a abre e retira um pacote um pouco recheado de dentro dela, no momento que ia entregar para o Caio, dois policias aparecem por detrás dele)
POLICIAL – Paradinho aí! (o garoto logo joga o pacote dentro da mochila novamente, pensa em sair correndo mas logo em sua frente vem vindo outro policial com o delegado)
GAROTO – Você nos traiu?!
CAIO – Eu não sou igual a vocês. (levanta do banco, e se afasta um pouco)
DELEGADO – Muito bem garoto… (olhando para Caio) … você fez a coisa certa dessa vez. (enquanto o policial algemava o outro garoto, Caio ia para perto de seus pais)
CLAÚDIO – Pronto, filho. Estamos orgulhosos de vocês! (Caio sorri, ao ver que sua mãe parece está orgulhosa mesmo)

[CENA 03 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro continua pensativo, enquanto Ivo termina de limpar o balcão)
IVO – Então, garoto. Decidiu a que voz você vai ouvir?
PEDRO – Não. Uma parte minha quer ficar aqui, enquanto outra quer voltar para Minas, junto com minha mãe.
IVO – Certamente uma dessas partes deve ser maior do que a outra. A questão é você saber qual ouvir.
PEDRO – Como se fosse fácil, Ivo.
IVO – Pode não ser fácil, decisão nenhuma é, porque está seria.
PEDRO – Imaginei que você fosse me aconselhar a ficar, afinal, temos um trato.
IVO – Minha vontade é essa, realmente em te convencer a ficar. Só que eu não posso, essa decisão tem que se exclusivamente sua.
PEDRO – Nem que isso ponha fim ao nosso trato?
IVO – (ri) É um risco que terei que aceitar. Mas, sei que você fará a escolha certa. (sai do balcão, até a cozinha, Pedro continua pensativo)

[CENA 04 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
CARLA – Não, Miguel. Não posso deixar que você faça isso. Você tem sua vida aqui, não pode abandoná-la e vim atrás de mim.
MIGUEL – Minha vida é ao seu lado, Carla. Independente de onde eu esteja, estando com você o resto não importa. Eu te amo, Carla e não estou afim de te perder mais uma vez.
CARLA – (sem saber o que dizer) Você não existe mesmo!
MIGUEL – (ri) Então, se você pensou que iria fugir de mim, pode esquecer que eu vou ir atrás de você sempre.
CARLA – O que sua família acha dessa ideia?
MIGUEL – Eu ainda não conversei com eles. Mas, eles irão aceitar de boa.
CARLA – Bem, preciso conversar com meu pai, ver o que ele acha disso.
MIGUEL – Sim, claro. Se você precisar, eu também posso conversar com ele.
CARLA – Não será necessário, não se preocupa.
MIGUEL – Está bem. (se aproxima dela) Mas já sabe, precisar de mim, estou aqui e sempre vou estar. (aproveita e a beija)

[CENA 05 – LANCHONETE/ DIA]
(um grande sorriso surge no rosto de Dácio)
DÁCIO – Você tem certeza, Eduardo? Realmente há uma chance de Letícia ser curada?
EDUARDO – Sim. Pelo menos foi o que o amigo do pai do meu colega disse.
DÁCIO – Eu sabia. Então a Regina esse tempo todo estava enganando a gente. Precisamos contar para a Letícia, ela precisa saber disso.
EDUARDO – Calma, agora não. Precisamos ter certeza.
DÁCIO – Mas você levou os exames, o tal médico viu, você acaba de me dizer que há uma cura.
EDUARDO – Sim, só que ele se baseou nos exames, que aliás, não são tão atuais assim. A Letícia provavelmente deve ter dito outras crises de lá para cá, que talvez possa ter piorado a situação dela.
DÁCIO – Sim, inclusive teve uma após aquela fuga de vocês.
EDUARDO – Exatamente.
DÁCIO – Então, como iremos ter certeza que há uma cura.
EDUARDO – O médico disse que precisa fazer um diagnóstico com ela pessoalmente,
DÁCIO – Nem pensar que a Regina iria deixar que a gente leve um médico diferente para ver a Letícia.
EDUARDO – Eu sei que não deixaria. É aí que eu vou precisar da sua ajuda.
DÁCIO – Pode falar. O que você está pensando?
EDUARDO – Bem, já que não podemos levar o médico até a Letícia, iremos levar a Letícia até o médico.
DÁCIO – Tipo uma outra fuga?
EDUARDO – Tipo isso. Presta atenção, que vou te contar qual é o plano. (Dácio fica atento, ouvindo os detalhes do plano de Eduardo)

[CENA 06 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ DIA]
THABATA – Quer dizer então que a tal paquera é bonitinho?
DANIEL – É, porém baita cuidadoso. Tinha medo até que a gente fosse visto juntos.
THABATA – Tem que compreender também que ele é igual a você, não quer que ninguém descubra a verdade.
DANIEL – Eu sei e isso eu entendo.
THABATA – Qual o próximo passo agora?
DANIEL – Continuar conversando, nos aproximando mais, enfim, deixar as coisas acontecerem.
THABATA – Você já o chamou para vim aqui alguma vez?
DANIEL – Já, só que ele não veio. Me deixou na mão, literalmente.
THABATA – Ao menos da escola ele não escapa, né. A gente nunca o viu por lá?
DANIEL – Não. Pelo menos eu não lembro de tê-lo o visto por lá.
THABATA – Tem alguma foto dele aí?
DANIEL – Não, você não ouviu a parte que ele é super cuidadoso. Nem foto ele quis me enviar.
THABATA – Então o jeito é você me mostrar esse garoto amanhã na escola.
DANIEL – Pode deixar.
THABATA – Ao menos, ele te ajudou a esquecer o…
DANIEL – Nem ouse dizer o nome dele. Esse aí nem sei mais quem é.
THABATA – Isso aí, tá certo. Não vou lembrar dele, porque ele é passado. O presente agora é o Dácio…
DANIEL – O presente agora é o Dácio!

[CENA 07 – CASA DE MANUELA/ Q. DE MANUELA/ DIA]
(Manuela está arrumando sua cama, quando Sara bate na porta do quarto)
SARA – (entrando) Posso entrar?
MANUELA – Sim mãe.
SARA – Como está?
MANUELA – Bem. Estou arrumando meu quarto.
SARA – Arrumou seu material para voltar à escola amanhã.
MANUELA – Vou arrumar daqui a pouco. (fica pensativa)
SARA – Tudo bem?
MANUELA – Tenho mesmo que voltar para a escola amanhã?
SARA – Se você não estiver se sentindo bem, não precisa. Eu posso conversar com o diretor da sua escola.
MANUELA – Não, eu estou bem sim, é que… (não termina)
SARA – Está acontecendo alguma coisa, filha? É que às vezes tenho a sensação de que você não gosta muito do colégio? É por isso que você quer mudar de lá? Tem algo que te incomoda nele?
MANUELA – (pensa em contar a verdade, mas acaba desistindo) Sei lá, mãe. Queria conhecer gente nova, uma escola nova. Aquele eu acabei me cansando.
SARA – Eu não garanti a você que ano que vem te transferiria de colégio! (Manuela confirma com a cabeça) Pois então, o que anda te incomodando ainda?
MANUELA – Não é nada demais, mãe.
SARA – É sim. E dessa vez eu quero saber a verdade, filha. Da última vez que você ficou guardando as coisas só para você mesmo, aconteceu aquilo… Anda, se abre comigo.
MANUELA – Não é nada com que a senhora precise se preocupar, mãe. Estou pronta para voltar para o colégio amanhã, não se preocupa.
SARA – Você tem certeza disso?
MANUELA – Tenho.
SARA – Está bem. Mas já sabe, se algo estiver te incomodando, pode confiar em mim. (se aproxima dela, fazendo carinho na cabeça da filha) Vou estar sempre ao seu lado, filha.
MANUELA – Eu sei disso mãe. (Sara beija a testa da filha)
SARA – Bem, eu estava pensando em comermos fora hoje, o que acha?
MANUELA – Nunca comemos fora, mãe!
SARA – Eu sei, pra isso tem sempre uma primeira vez. Então, topa?
MANUELA – Topo, claro.
SARA – Ok, então. Daqui a pouco volto aqui para ver se você está pronta.
MANUELA – Está bem. (Sara sorri para Manuela, se afasta dela e sai do quarto. Manuela senta em sua cama, pensativa)

[CENA 08 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro continua no balcão, as pessoas já começam a entrar na lanchonete, e Ivo está atendendo-as)
IVO – (voltando para o balcão após anotar alguns pedidos) Então, decidiu?
PEDRO – Decidi! Fiquei refletindo aqui, e comecei a escutar o lado que está falando mais alto aqui dentro de mim.
IVO – Que bom. Bem, só vou ali trazer esses pedidos, aí eu volto para ouvir qual foi a sua decisão.
PEDRO – Tá, sem problema. (Ivo vai para cozinha, segundos depois Andréa entra na lanchonete, e ao ver Pedro, caminha até ele)
ANDRÉA – Gostou daqui mesmo, hein.
PEDRO – Oi, Andréa. É, me sinto bem aqui.
ANDRÉA – Já cantou quantas hoje?
PEDRO – Nenhum ainda. Estava tomando uma decisão.
ANDRÉA – Sobre sua mãe ir embora do Rio?
PEDRO – (ri) O Ramon já contou para você, né?
ANDRÉA – É, para você como as notícias correm rápido por aqui. Enfim, já que cheguei, que tal cantarmos uma. Acho que você está precisando.
PEDRO – Vamos. (sorri e ambos vão em direção ao palco, Andréa antes vai até a máquina de karaokê escolher uma música. Dá play e vai para o palco, ao lado de Pedro)

[CENA DE MÚSICA – MEU ABRIGO (MELIM)]

[ANDRÉA]
Uh, uh, uh, uh 1
Uh, uh

[PEDRO]
Desejo a você 2
O que há de melhor
A minha companhia
Pra não se sentir só

O sol, a lua e o mar
Passagem pra viajar
Pra gente se perder
E se encontrar

Vida boa, brisa e paz
Nossas brincadeiras ao entardecer
Rir atoa é bom demais
O meu melhor lugar sempre é você

Você é a razão da minha felicidade 3
Não vá dizer que eu não sou sua cara-metade
Meu amor, por favor, vem viver comigo
O seu colo é o meu abrigo

Uh, uh, uh, uh
Uh, uh

[ANDRÉA]
Quero presentear 4
Com flores Iemanjá
Pedir um paraíso
pra gente se encostar

Uma viola a tocar
Melodias pra gente dançar
A benção das estrelas
A nos iluminar

Vida boa, brisa e paz 5
Trocando olhares ao anoitecer
Rir atoa é bom demais
Olhar pro céu, sorrir e agradecer

[PEDRO E ANDRÉA]
Você é a razão da minha felicidade 6
Não vá dizer que eu não sou sua cara-metade
Meu amor por favor, vem viver comigo
O seu colo é o meu abrigo

O Meu abrigo
O teu colo é o meu abrigo
O meu abrigo

uh, uh, uh, ah
ah

Você é a razão da minha felicidade 7
Não vá dizer que eu não sou sua cara-metade
Meu amor por favor, vem viver comigo
O seu colo é o meu abrigo

Meu abrigo
O seu colo é o meu abrigo

1. A música começa antes de Andréa chegar ao palco. Quando ela chega, Pedro inicia olhando para ela.
2. Ivo que vem trazendo os pedidos de algumas mesas, para um pouco para prestar atenção neles cantando, confiante de que Pedro não iria deixar aquilo para trás.
3. Pedro e Andréa passam a maior parte olhando para o pessoal da lanchonete, que estão curtindo à música, trocando poucos olhares entre eles.
4. O pessoal dos pedidos chamam Ivo, que sai do balcão apressado para fazer as entregas.
5. Pedro e Andréa saem de onde estão, começando a andar pelo palco, porém ainda trocando poucos olhares entre eles.
6. Ivo após fazer as entregas, volta para o balcão e volta a prestar atenção no show.
7. Andréa e Pedro voltam para a mesma posição que estavam no inicio, terminam a música olhando um para o outro.

Mais Tarde…

[CENA 09 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ TARDE]
(Letícia está em seu quarto, trocando mensagens com Eduardo, quando Dácio entra)
DÁCIO – Oi! Ocupada?
LETÍCIA – (sarcástica) Muito, não tem ideia! Tenho muito o que fazer aqui presa nesse quarto.
DÁCIO – É um tédio, eu sei. Mas, se for para te animar um pouco. Meu amigo Pedro está vindo para cá.
LETÍCIA – Sério?
DÁCIO – Sim. Vocês vão se dar bem, tenho certeza. Pedro é super gente boa.
LETÍCIA – Pois então deixa eu me preparar né. Já que ele veio aqui para cantar comigo, preciso está pronta.
DÁCIO – Não precisa, você como ele também nasceu com este talento. Qualquer música que você pegar, vai dominar.
LETÍCIA – Sabe qual é o estilo de música que ele gosta?
DÁCIO – Não. Para falar a verdade, Pedro canta qualquer ritmo. Mas para de se preocupar com isso, quando ele chegar aqui, você vai conhece-lo e vai ver que ele não liga muito para isso.

[CENA 10 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Andréa continua na lanchonete, dessa vez está com Ramon)
RAMON – Ele não contou que decisão ele tomou?
ANDRÉA – Não.
RAMON – E você também não quis nem perguntar?
ANDRÉA – Também não.
RAMON – Qual é, Andréa? Você sabe o quanto é importante eu saber qual foi a decisão dele. Se ele sair da banda, adeus sonho de me inscrever no programa ano que vem.
ANDRÉA – Às vezes eu acho que você coloca muita expectativa no Pedro, esquecendo que você também é talentoso, e que teria as mesmas chances com ou sem o Pedro.
RAMON – Não sou tão talentoso quanto ele, e você está dizendo isso para me motivar, porque certamente desconfia que ele tomou a decisão de ir embora. Não é isso?
ANDRÉA – Você vai acabar surtando, de verdade! (Ivo aparece ao lado dela)
IVO – O Pedro já foi?
ANDRÉA – Já. Tem alguns minutos que foi embora.
IVO – Poxa, estava tão ocupado atendendo as mesas, que acabei não encontrando um tempinho para ouvir qual foi a decisão que ele tomou.
ANDRÉA – Até você?
RAMON – Viu, não sou o único que também está nessa expectativa?
IVO – Ele não contou para vocês?
ANDRÉA – Não.
IVO – Bem, certamente ele amanhã virá aqui e perguntarei para ele. Qualquer coisa, só chamar gente. (sai da mesa deles)
ANDRÉA – Parece que o assunto do momento é Pedro!

[CENA 11 – CASA DE FLÁVIO/ SALA/ TARDE]
(Flávio está com sua sobrinha sentados no sofá, ambos estão vendo TV. Ele está com a mão nas pernas da garota, fazendo alguns carinhos, ela pelo contrário, parece com medo, e gostando nada dele bem próxima dela)
FLÁVIO – Vamos terminar o filme e depois a gente sobe, viu. (se aproxima do ouvido dela, ela se retrai, fecha os olhos como se estivesse com nojo dele) Vamos brincar um pouquinho. (se afasta do rosto dela, volta a prestar atenção no filme, ainda acariciando a perna da garota)

[CENA 12 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ TARDE]
(Dácio acompanha Pedro até o quarto de Letícia)
DÁCIO – (entrando no quarto, Pedro logo atrás) Licença, Letícia. Bem, este é o Pedro. (Pedro caminha até ela, e a cumprimenta)
PEDRO – Prazer, Letícia.
LETÍCIA – O prazer é meu, Pedro, em finalmente estar te conhecendo. O Dácio fala muito de você. (Dácio fica sem jeito, e tenta mudar de assunto)
DÁCIO – E essa é o piano dela.
PEDRO – (caminhando até o piano) Sempre tive vontade de aprender a tocar piano.
LETÍCIA – (levantando) Aprendi a tocar com 6 anos de idade. De lá para cá, este piano vem me acompanhando. Quiser posso te dar umas aulas depois.
PEDRO – Pode ser.
LETÍCIA – (senta, pedindo para que Pedro senta-se ao lado dela) Dácio me disse que você também canta.
PEDRO – O mesmo que você. (Letícia começa a tocar no piano, Pedro ri) Conheço está música.

[CENA DE MÚSICA – A THOUSAND MILES (VANESSA CARLTON)]

[LETÍCIA]
Making my way downtown 1
Walking fast
Faces passed
And I’m home bound
Staring blankly ahead
Just making my way
Making my way
Through the crowd

And I need you
And I miss you
And now I wonder

[PEDRO]
If I could fall 2
Into the sky
Do you think time
Would pass me by?
‘Cause you know I’d walk
A thousand miles
If I could

[LETÍCIA]
Just see you

[PEDRO]
Tonight

It’s always times like these 3
When I think of you
And I wonder if you ever
Think of me
Cause everything’s so wrong
And I don’t belong
Living in your
Precious memories

‘Cause I need you
And I miss you
And now I wonder

[LETÍCIA]
If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass me by?
‘Cause you know I’d walk
A thousand miles

[PEDRO]
If I could
Just see you

[LETÍCIA]
Tonight 4

And I, I, don’t want to let you know
I, I, drown in your memory
I, I, don’t want to let this go
I, I, don’t

[PEDRO]
Making my way downtown
Walking fast
Faces passed
And I’m home bound

[LETÍCIA]
Staring blankly ahead 5
Just making my way
Making my way
Through the crowd

[PEDRO]
And I still need you

[LETÍCIA]
And I still miss you
And now I wonder

[PEDRO]
If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass us by

[PEDRO E LETÍCIA]
‘Cause you know I’d walk 6
A thousand miles
If I could
Just see you

If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass me by
‘Cause you know I’d walk
A thousand miles
If I could

[PEDRO]
Just see you 7
If I could

[LETÍCIA]
Just hold you
Tonight

1. Letícia começa tocando o piano, Pedro se senta mais próximo das tecla e as observam.
2. Dácio senta na cama e observa os dois. Por detrás dele, aparecem Nathaniel e Gaspar que também os observam cantando.
3. Pedro posiciona uma mão sobre as teclas do piano, e ao observar os movimentos de Letícia, começa a repeti-los sem tocar nas teclas.
4. Letícia olha pela primeira vez que começou a música para Pedro, o mesmo olha para ela sorrindo, e isso a deixa relaxada.
5. Pedro começa a tocar com a mão que estava sobre as teclas, dessa vez sendo acompanhado por Letícia do outro lado.
6. Dácio decide filmar os dois cantando. Pedro coloca a outra mão e começa a tocar com as duas.
7. Pedro e Letícia se entre olham algumas vezes, ambos terminam a música olhando para as teclas do piano.

[CENA 13 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Rita está no balcão, fechando a conta de uma mesa, quando é surpreendida por Felipe)
FELIPE – Então é aqui que você trabalha!
RITA – Felipe?! O que está fazendo aqui?

[CENA 14 – CASA DE VERÔNICA/ SALA/ TARDE]
(Luana está ao telefone, Verônica vem vindo da cozinha e ouve a última parte)
LUANA – É para um trabalho da faculdade. Estou fazendo uma pesquisa de quantas crianças nasceram nesta época. Na verdade, o foco é em mães que tiveram gêmeos. Está bem, ficarei no aguardo. (desliga e repara em sua mãe)
VERÔNICA ­– Trabalho da faculdade?
LUANA – Precisava inventar uma desculpa, para conseguir a lista das crianças que nasceram no mesmo dia que a minha.
VERÔNICA – Claro que tinha que ser essa história novamente.
LUANA – Não adianta querer me fazer desistir que eu não vou. Vou aguardar a atendente me ligar, me dando a relação dessas crianças.
VERÔNICA – Eu não vou te impedir. Se você quer tanto mexer nessa história, fique à vontade. Aliás, ao invés de você ficar perdendo seu tempo, eu mesma posso te dá o telefone da enfermeira que fez a troca para mim.
LUANA – Você tem o telefone dela?
VERÔNICA – Tenho sim. Telefone, endereço, dados bancários… o que você quiser! (Luana levanta do sofá, surpresa) Então, querida, vai querer o contado dela?

Continua no Capítulo 39…

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