“Xarope Pra Tosse”

 

[CENA 01 – CASA DE PEDRO/ Q. DE PEDRO/ NOITE]
PEDRO – Eu não vou embora do Rio. Estou me adaptando aqui, tenho novos amigos…
CARLA – Filho, eu sei que você fez novos amigos aqui, mas você não sente saudades dos seus antigos lá em Minas?
PEDRO – Sinto, só que… eu não estou entendo, mãe? Porque a senhora quer voltar para Minas, sendo que pela primeira vez estou me sentindo bem aqui. O que está acontecendo?
CARLA – (querendo contar a verdade) Você só precisa entender, que foi um erro termos vindo para cá.
PEDRO – Por que foi um erro? Queria entender essas mudanças repentinas da senhora, de simplesmente sair de um lugar para o outro.
CARLA – Não precisa entender… sou sua mãe, você só precisa fazer o que eu estou pedindo.
PEDRO – Desculpa, mas dessa vez eu não vou obedecer a senhora. Se a senhora quiser voltar para Minas, que volte. Eu vou continuar morando aqui com minha tia.
CARLA – Você faria isso com sua mãe?
PEDRO – Eu não quero ir embora. Já disse. Eu vou ficar e não a nada que a senhora diga ou faça que fará eu mudar de ideia.
CARLA – Está tarde, todo mundo aqui deve estar cansado, só vim comunicar a decisão que já está tomada. Amanhã, conversaremos todo mundo mais tranquilo, e trataremos sobre a mudança. (Pedro não diz nada) Boa noite, filho. (pensa em caminha até ele, porém sai do quarto, Pedro volta para a cama, um pouco com raiva de sua mãe)

[CENA 02 – CASA DE VERÔNICA/ Q. DE LUANA – SALA/ NOITE]
SÉRGIO – (surpreso e confuso) Como assim nossa filha?
LUANA – A criança que eu esperava naquela época, era sua.
SÉRGIO – (levanta da cama) Minha? Que brincadeira é essa, Luana?
LUANA – Não é brincadeira. Você era o pai da minha, filha.
SÉRGIO – Mas você e o Felipe fizeram um teste de paternidade, e o teste deu positivo.
LUANA – Isso é uma longa história, que irei resumir. Eu até hoje ainda não entendo como aqueles testes podem der dado positivo, sendo que a Alice não é filha nem minha e nem do Felipe.
SÉRGIO – Como assim?
LUANA – Infelizmente a criança nasceu prematura de um mês, e não conseguiu resistir ao parto. Minha mãe…
SÉRGIO – (interrompendo-a) Claro que tinha que ter o dedo de sua mãe no meio dessa história.
LUANA – Minha mãe, com medo de que o Felipe pedisse o divorcio já que a criança era a única coisa que ligava a gente, pagou à uma enfermeira que fizesse uma troca de bebês, com uma outra mulher que havia dito gêmeos no mesmo dia que eu.
SÉRGIO – E você aceitou isso?
LUANA – Eu não sabia. Ela me contou alguns meses depois essa história.
SÉRGIO – E mesmo sabendo disso, ficou guardando esse segredo esses anos todos?
LUANA – Eu precisava fazer com que o Felipe me amasse, e essa criança é a única coisa que me ligava com ele.
SÉRGIO – Isso é muito pra mim. Eu não esperava isso de você.
LUANA – Não quero que voltemos a lembrar do passado. O que foi feito, foi feito. O que eu quero é a sua ajuda para encontrarmos o tumulo da nossa filha.
SÉRGIO – Encontrar um tumulo. Sério que você está me pedindo isso?
LUANA – Você é a única pessoa em quem eu posso contar agora.
SÉRGIO – Isso é muita coisa pra mim. Eu tive uma filha, e nem ao menos puder vê-la.
LUANA – Se isso te confortar, eu também não.
SÉRGIO – Você tem alguma pista de ao menos quem é essa mulher que teve gêmeos?
LUANA – Não. Na verdade, não sei nem por onde começar. Posso contar com você para encontrarmos nossa filha?
SÉRGIO – Filha morta está! De que adiantaria encontrá-la, se nunca saberemos como ela foi? Se parecia comigo… ou contigo. Deveria ser linda se parecesse com você.
LUANA – Ao menos, poderemos ter a chance de nos despedirmos dela.
SÉRGIO – (pensativo) Te dou uma resposta amanhã. Preciso digerir essa atitude sua com a da sua mãe.
LUANA – Tá. Sem problema, então fico aguardando sua resposta.
SÉRGIO – Acho melhor eu ir. (indo em direção à porta)
LUANA – Eu te acompanho.
[SALA]
LUANA – (abrindo a porta, Sérgio sai) Você quer marcar em algum outro lugar amanhã?
SÉRGIO – Eu te ligo.
LUANA – Está bem. (antes que Luana e Sérgio se despedissem, Verônica aparece na sala)
VERÔNICA – Com quem você está falando, filha? O que esse rapaz está fazendo aqui? Fala sério que você está pensando em reviver o casinho entre vocês?
LUANA – Não tem ninguém revivendo nada aqui, mamãe. Sérgio é meu amigo, e só o chamei porque preciso da ajuda dele.
VERÔNICA – Você envolveu ele naquela história?
SÉRGIO – (com raiva e nojo dela) História está criando por você.
VERÔNICA – Quer saber, façam o que quiser. Se querem estragar tudo, o problema será todo de vocês. (vai para cozinha)
SÉRGIO – Por que você decidiu morar com essa mulher novamente?
LUANA – Apesar de tudo ela é minha mãe, né?!
SÉRGIO – Com uma mãe dessa, é bem melhor ser órfão.
LUANA – Então até amanhã. (os dois se abraçam) Fico aguardando a sua ligação. (Sérgio sai, Luana observa por alguns segundos, fecha à porta e volta para o quarto)

[CENA 03 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Eduardo está olhando para Dácio com tanta expectativa, como se Dácio fosse dar o resultado de algum teste para ele)
EDUARDO – Então Dácio, me diz logo, a uma cura para a doença da Letícia?
DÁCIO – Eu ainda não descobri isso. Só te chamei aqui, pra dizer que consegui pegar alguns exames do quarto da Regina.
EDUARDO – Tá com eles aí?
DÁCIO – Estou. (retira alguns papeis da mochila e entrega para Eduardo) Bem, como eu não tenho tempo para leva-los até um médico que entenda…
EDUARDO – Não se preocupa, isso eu faço. Um colega meu que trabalha comigo, o tio dele é médico, ele pode me ajudar.
DÁCIO – É da mesma área?
EDUARDO – Não sei. Mas ele é médico, alguma coisa deve ajudar.
DÁCIO – Bem, te chamei só para te entregar esses exames. Preciso encontrar um táxi agora.
EDUARDO – Quiser eu te dou uma carona. Sempre ando com um capacete reserva.
DÁCIO – Não precisa, sério.
EDUARDO – Faço questão. E mesmo assim, aproveito e visito a Letícia.
DÁCIO – Sendo assim, aceito.
EDUARDO – Ótimo, e cara… mais uma vez, obrigado por está me ajudando nessa história.
DÁCIO – Que é isso. Se for para Letícia, faço com o maior prazer. Só preciso que você me entregue esses papeis logo. Se a Regina der por falta, ela pode desconfiar e não deixar o quarto dando bobeira novamente.
EDUARDO – Claro, entendo. Não se preocupa, só irie ficar com eles o tempo necessário para o médico, pai do meu amigo analisar. Garanto que vou entregar para você novamente.
DÁCIO – Então vamos?
EDUARDO – Vamos. (os dois levantam e saem da lanchonete)

[CENA 04 – CASA DE ANDRÉA/ Q. DE ANDRÉA/ NOITE]
(Andréa interrompe o beijo e se afasta de Ramon)
RAMON – Não quero mais esconder o que estou sentindo, Andréa.
ANDRÉA – É melhor você ir, Ramon. Está tarde, é perigoso você voltar para cara hora dessa.
RAMON – Não iremos nem conversar com o que acabou de acontecer aqui?
ANDRÉA – Não aconteceu nada aqui. Foi o impulso da música, ela que provocou isso.
RAMON – Não, não foi à música. (se aproxima dela, os dois voltam a ficar de frente um para o outro) Eu sei que você deve sentir algo por mim. Sei que você também gostou desse beijo, tanto que se não tivesse gostado, teria me dado um tapa, e até agora não recebi nenhum.
ANDRÉA – Esse beijo não significou nada, Ramon. Pra mim você é só um amigo e não passará mais do que é isso.
RAMON – É o que veremos. Não vou esconder mais o que sinto, e quero deixar bem claro isso.
ANDRÉA – Então, sinto muito mais se você continuar com essa história, de que possa ter algo entre a gente, vou ter que te decepcionar, mas sem chance nenhuma.
RAMON – Eu não duvidaria tanto assim. (tenta se aproximar dela, Andréa desvia e caminha até sua cama)
ANDRÉA – Está tarde, Ramon. Melhor você ir.
RAMON – (sorrindo) Até amanhã então! (Andréa não responde, assim como também não olha para ele. Ramon sai do quarto, Andréa senta-se em sua cama, pensativa)

Amanhecendo…

[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ SALA – COZINHA/ DIA]
(Pedro vem descendo as escadas apressado, vai direto em direção à porta da rua. Paula aparece nas escadas e o chama, antes mesmo que ele saísse)
PAULA – Não vai tomar café, Pedro?
PEDRO – Estou sem fome. (sai de casa, antes que Paula fizesse outra pergunta, Paula continua em direção à cozinha)
PAULA – Bom dia, irmã.
CARLA – (organizando a mesa) Bom dia!
PAULA – O Pedro acaba de sair de casa, disse que estava sem fome.
CARLA – Ou talvez não queira terminar a conversa que iniciamos ontem.
PAULA – Você finalmente tomou alguma decisão?
CARLA – Tomei. (sentando-se à mesa) Vou voltar para Minas.
PAULA – E o Miguel?
CARLA – Infelizmente, vou ter que terminar com ele.
PAULA – Ou seja, vai ter que machucá-lo novamente.
CARLA – Não diz essa palavrar, machucar. Porque é como se eu tivesse apedrejando o Miguel, ou algo do tipo.
PAULA – Bem, teoricamente, o que ele vai sentir é quase isso.
CARLA – Só que foi um erro eu ter vindo para cá. Eu sabia que lá no fundo, cedo ou tarde, Pedro e Felipe iriam se aproximar. Só não esperava que fosse tão rápido assim.
PAULA – O Pedro não aceitou a ideia?
CARLA – Não. Ele não quer deixar os amigos que fez aqui para trás, disse que está se adaptando à cidade já.
PAULA – Pior que de certa forma, eu entendo o Pedro. Só que, também essa é a melhor opção para vocês.
CARLA – Mesmo que isso tenha que machucar as pessoas quem eu amo.
PAULA – E seu tratamento? Não vai querer ir ao médico antes, ver se está tudo bem, se pode continuar tomando a medicação mesmo longe?
CARLA – Sim, estava pensando em ir lá Segunda. Nesse final de semana, tratarei de arrumar a mudança de volta.
PAULA – Já avisou o papai?
CARLA – Ainda não, quero logo resolver isso.

[CENA 06 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro chega à lanchonete do Ivo, ainda chateado com sua mãe. Senta em uma mesa, e lembra da conversa que teve com ela ontem à noite. Lembra de Alice, e lembra de Carol…)
PEDRO – Preciso colocar isso pra fora. (levanta da mesa, vai até a máquina de karaokê, busca alguma música que o ajudasse a colocar essa confusão para fora. Após selecionar uma, caminha até o palco e começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – COUGH SYRUP (YOUNG THE GIANT)]

Life’s too short to even care at all oh 1
I’m losing my mind losing my mind losing control
These fishes in the sea they’re staring at me oh oh
Oh oh oh oh
A wet world aches for a beat of a drum
Oh

If I could find a way to see this straight
I’d run away
To some fortune that I should have found by now
I’m waiting for this cough syrup to come down, come down

Life’s too short to even care at all oh 2
I’m coming up now coming up now out of the blue
These zombies in the park they’re looking for my heart
Oh oh oh oh
A dark world aches for a splash of the sun oh oh

If I could find a way to see this straight
I’d run away
To some fortune that I should have found by now

And so I run out to the things they say could, restore me
Restore life the way it should be
I’m waiting for this cough syrup
To come down

Life’s too short to even care at all oh 3
I’m losing my mind losing my mind losing control

If I could find a way to see this straight
I’d run away
To some fortune that I should have found by now

So I run out to the things they said could, restore me 4
Restore life the way it should be
I’m waiting for this cough syrup
To come down

One more spoon of cough syrup now, oh
One more spoon of cough syrup now, oh

1. Pedro começa a cantar, e começa a lembrar de todas as coisas que aconteceram desde que chegou no Rio.
2. Pedro lembra de Carol, nos beijos que ambos trocaram, na forma que os terminaram, e como ela se afastou dele.
3. Pedro lembra de Alice e na sintonia que dois sentem quando estão cantando. Lembra de Ana, Dácio, da banda com o Ramon.
4. Lembra de sua mãe, e de como os dois estavam felizes em Minas, e como só ele agora está feliz, e sua mãe não.

[CENA 07 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ DIA]
(Daniel sai do banheiro, justo no momento que chega uma mensagem em seu celular)
DANIEL – (enxugando as mãos, pegando o celular e lendo a mensagem, que aliás é de sua paquera) Agora que ele pede desculpa? (desliga o celular e joga em cima da cama, pensa em sair do quarto, porém fica pensativo, pega o celular novamente, e digita uma mensagem) “Custava ter dito que não viria” “Assim não me deixaria esperando à toa”
CARINHADOPC – “Desculpa, é que surgiu algo urgente que eu precisava resolver”
DANIEL – “E o que de tão urgente você teve que resolver?”
CARINHADOPC – “Não posso falar”
DANIEL – “Está bem, não irei forçar nada” “Mas, o encontro de hoje está em pé?” (dessa vez demora um pouco para a resposta chegar)
CARINHADOPC – “Sim” “Na quadra da escola, à tarde”
DANIEL – (sorrindo) “Você não vai me dar nenhum bolo dessa vez não, né?”
CARINHADOPC – “Não, pode ficar tranquilo…rs”
DANIEL – “Está bem. Até mais tarde então.”
CARINHADOPC – “Até mais” (Daniel joga o celular na cama, e sai feliz do quarto)

[CENA 08 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Pedro está na mesa com Ramon, o pessoal da banda estão em cima do palco organizando os equipamentos)
RAMON – Vocês não pode ir embora, cara? E a banda? E o programa?
PEDRO – Eu não vou. Se a minha mãe quiser que ela vá sozinha. Eu vou ficar aqui.
RAMON – Você tá chateadão, hein? Quer colocar isso aí pra fora não, lá em cima do palco?
PEDRO – Eu já cantei uma antes de vocês chegarem. Deu uma aliviada. Mas daqui a pouco, cantaremos uma. A Andréa não quis vim?
RAMON – Na verdade, nem contei para ela que iriamos nos encontrar aqui.
PEDRO – Vocês brigaram?
RAMON – Não. Na verdade, eu a beijei ontem à noite.
PEDRO – Sério, cara? Contou para ela o que sente…
RAMON – Ela não quis conversar sobre o assunto, mas senti que ela ficou balançada com o beijo.
PEDRO – Então alguma coisa ela deve sentir.
RAMON – Sim.
PEDRO – Cara, eu dou total apoio. E também desejo muita sorte, porque para aguentar o temperamento da Andréa, só você mesmo.
RAMON – Tem que ser guerreiro, né. (os dois riem)

[CENA 09 – CASA DE LETÍCIA/ Q. DE LETÍCIA/ DIA]
(Letícia está praticando em seu piano, Dácio está sentado na cama, mexendo em seu celular)
LETÍCIA – Eita, que as mensagens não param.
DÁCIO – Muito assunto.
LETÍCIA – Estou vendo. Quando vocês finalmente vão se conhecer?
DÁCIO – Marcamos um encontro aí, só que estou pensando se vou.
LETÍCIA – Eu recomendo que você vá. Afinal, hoje é sábado, melhor que ficar em casa.
DÁCIO – Eu não sei. Estou pensando ainda.
LETÍCIA – Não sabe a sorte que você tem e está desperdiçando.
DÁCIO – Mudando um pouco de assunto, você acha que o Eduardo vem hoje ver você?
LETÍCIA – Acho que vem, ele não me mandou nenhuma mensagem mudando os planos, então acho que sim.
DÁCIO – Quero conversar com ele algo?
LETÍCIA – Sobre o aplicativo de investimento?
DÁCIO – Aplicativo de investimento? (lembrando de sua desculpa) Ah, sim, isso. Sobre o aplicativo de investimento. Preciso conversar com ele sobre isso.

Mais tarde…

[CENA 10 – PRAÇA/ TARDE]
(Luana está em um banquinho da praça, esperando Sérgio aparecer)
LUANA – (levantando assim que a vista Sérgio) Estava preocupada já. Você demorou, hein!
SÉRGIO – Estava pensado ainda. Acredita ou não, mas tomei a decisão minutos atrás saindo do carro.
LUANA – Importa que você chegou à uma conclusão, né. Então, você vai me ajudar a encontrar nossa filha? (Sérgio a observar sério)

[CENA 11 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ QUADRA/ TARDE]
(Daniel está detrás da quadra do colégio. Acaba de chegar, anda um pouco pelo o muro da quadra, procurando ver se sua paquera havia chegado. Como não encontrou ninguém, pega seu celular e digita uma mensagem)
DANIEL – “Cheguei à quadra já” “E você?” (aguarda uma resposta, porém ela não vem. Daniel desliga o celular, guarda no bolso e começa a andar procurando-o, se ver alguém que possa ser sua paquera. Alguns minutos se passam desde que ele enviou a mensagem, volta a pegar seu celular novamente, e digita outra mensagem) “Você está chegando?” (espera alguns segundos, volta a olhar ao redor, e nem sinal de vida) “Não acredito que você me deu outro bolo!” (assim que envia a mensagem, sua paquera havia acabado responder)
CARINHADOPC – “Acabei de chegar. Estou atrás de você.” (Daniel olha para trás surpreso, finalmente ver sua paquera, e sorrir)

[CENA 12 – CASA DE PEDRO/ SALA/ TARDE]
(Miguel e Carla estão na sala conversando, ele está animado contado para ela sobre algumas decorações para o casamento, Carla está séria)
MIGUEL – Na verdade quem deu está sugestão dos doces, foi minha tia, mas acho melhor você conversa com ela. Aliás, acabei de lembrar que ela quer ver com você se tem como você ir lá um dia em casa. Assim, vocês duas podem planejar melhor como será a decoração, os doces, salgados… (percebendo que Carla não está bem) Nossa, eu aqui todo animado falando sobre os detalhes do nosso casamento e você aí com essa cara. Está tudo bem?
CARLA – Precisamos conversar, Miguel.
MIGUEL – Está bem. Sobre o que?
CARLA – (respira fundo) Desculpa, estou vendo você tão animado aí com os preparativos, mas… não terá mais casamento!

Continua no Capítulo 36…

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