“Canção de Amor”
[CENA 01 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ QUADRA/ DIA]
DANIEL – (andando de um lado para o outro, nervoso) Preciso da sua ajuda para algo que vai acontecer. E você é o único que pode me ajudar a prevenir isso.
DÁCIO – Será que teria como você parar de ficar andando de um lado para o outro, olhar para mim e contar o que está acontecendo?!
DANIEL – Desculpa, Dácio… é que você não tem ideia do problema que está a caminho, se um vídeo meu cair na internet.
DÁCIO – Vídeo? Que vídeo seu?
DANIEL – (para de andar, ficando próximo a Dácio) Lembra que eu te contei que conheci um cara, que ele foi meu primeiro…
DÁCIO – Sim! O que tem esse cara?
DANIEL – Bem, ele viu aquele vídeo que eu publiquei na rede social, que você filmou naquela lanchonete, onde você aparece.
DÁCIO – Sim e…
DANIEL – Ele me perguntou se você era meu amigo ou se tava rolando alguma coisa entre a gente, e eu acabei dizendo que tínhamos alguma coisa. Do nada, ele começou a ficar grosso comigo, pediu que eu terminasse o que tivesse contigo…
DÁCIO – Só o que faltava ter um ex ciumento atrás de mim, Daniel.
DANIEL – Ele não vai atrás de você. Ela está atrás de mim…
DÁCIO – Como assim?
DANIEL – Ele disse que se eu não terminasse com você, ele publicaria o vídeo da nossa primeira noite na internet. E faria questão de enviar para o meu pai.
DÁCIO – Vocês filmaram isso?
DANIEL – Eu não queria, mas acabei sendo convencido por ele. Ele me garantiu que iria apagar logo em seguida.
DÁCIO – Você tem certeza que ele tem esse vídeo?
DANIEL – Tenho. Ele me enviou um trecho! (pega seu celular e mostra para Dácio. Dácio olha por poucos segundos, depois devolve para Daniel)
DÁCIO – Você disse a ele que divulgar imagens intimas de pessoas sem a autorização da mesma é crime?
DANIEL – Sim, disse. Só que é como eu falei para você. Depois que ele descobriu que eu estava com outro cara, ele virou outra pessoa. Ele não tá nem aí se pode ser preso ou não, o que ele quer de verdade é que esse vídeo cai na rede, e que todos saibam que eu sou gay. Inclusive meu pai.
DÁCIO – Ele aparece no vídeo?
DANIEL – Não na versão que ele me mostrou. Ele cortou toda vez que o rosto dele aparece. Por favor, Dácio, você que entende desses assuntos de tecnologia, me ajuda. Me diz que tem algum jeito de entrar no computador dele e apagar?
DÁCIO – Ter até tem, só que provavelmente ele não deve ter esse vídeo só no computador. Certeza que ele tem uma cópia em outros lugares.
DANIEL – Mas você é fera nesse assunto, deve existir algum jeito de apagar esse vídeo.
DÁCIO – Daniel, se acalma, tá. Você está nervoso, não está conseguindo pensar bem. Vamos para sala, daqui nós vamos para a lanchonete, e lá poderemos pensar em uma solução mais tranquilo.
DANIEL – Está bem. Mas estou com cabeça nenhuma para assistir aula.
DÁCIO – Não precisa prestar atenção na aula, só senta na cadeira, olha para o professor e finja estar interessado na aula. (olha ao redor, ver que não tem, se aproxima dele, segura sua mão) Não se preocupa, vamos dar um jeito nisso.
DANIEL – Obrigado. (o abraça)
[CENA 02 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ DIA]
CARLA – Alô? (Luana fica em silêncio desde que falou a última vez) Alguém aí? (Luana acaba desligando) Bem a ligação caiu. Se ligar de novo, não me encontrará em casa. (coloca o telefone no lugar, verifica se não esqueceu nada e sai de casa para o hospital)
Mais Tarde…
[CENA 03 – CASA DE SAMUKA/ COZINHA/ TARDE]
(Samuka e Beatriz estão na cozinha lanchando e conversando, Beatriz estar feliz por seu filho ter voltado)
BEATRIZ – E a Mônica, volta quando?
SAMUKA – Ela disse que iria passar alguns dias na casa da avó dela, depois viria para cá.
BEATRIZ – Vou deixar preparado logo um quarto para ela. Ou não será necessário, já que vocês dois estão namorando…
SAMUKA – Aí vai depender dela, que se fosse por mim, nos dois dormiríamos no mesmo quarto.
BEATRIZ – Por precaução, vou deixar um quarto preparado. Vai que ela não se sentirá à vontade.
SAMUKA – E as novidades daqui?
BEATRIZ – As coisas aqui continuam as mesmas desde que você foi para Nova York.
SAMUKA – Notícias do Frederico?
BEATRIZ – Ele tá bem, lá no sítio dele. A filha mais velha dele acabou de se casar, estão todos felizes.
SAMUKA – E o tio?
BEATRIZ – Seu tio é um que sempre diz que vai vim aqui me visitar, e até agora nada.
SAMUKA – Mas ele tem que vim este final de ano. Vamos passar o natal em família.
BEATRIZ – Acho difícil, mas… posso falar com ele depois. E como andam as coisas lá na faculdade de música? Soube que você ganhou um prêmio importante.
SAMUKA – Não foi tão importante, mas é um prêmio que muitos alunos desejam. Anualmente há uma competição interna na faculdade, onde os melhores vetaremos competem entre si, para ganhar o troféu Voz de Ouro. Eu simplesmente venci este ano!
BEATRIZ – Quanto orgulho tenho de você meu filho. (faz um carinho no rosto dele)
SAMUKA – Eu que sou grato a senhora por ter me escolhido no meio daquele tanto de crianças, e ter me dado essa vida, que eu jamais imaginaria ter.
BEATRIZ – Eu sabia desde que coloquei os olhos em você que você seria meu, e que seria grande. Tanto, que fiquei sabendo também que você fez um teste para fazer uma peça na Broadway…
SAMUKA – Ah, agora isso sim será um grande prêmio. Na verdade, estou aguardando a ligação dos produtores. Porém estou confiante.
BEATRIZ – Você conseguirá, filho. E eu estarei lá para ver sua estreia nos palcos.
SAMUKA – Eu sei que estará. (levanta da mesa) Desculpa, mas tenho que visitar um amigo agora. Prometo conversarmos mais assim que eu chegar. (beija o rosto de Beatriz e sai da cozinha em seguida) Até.
BEATRIZ – Até, filho.
[CENA 04 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice entra em seu estúdio, feliz e morrendo de saudade de cantar nele)
ALICE – Meus equipamentos!!! Quanta saudades que estava de vocês. (caminha até o painel e pega seu caderninho de música) Meu caderninho. (o abre, e ver a última música que estava compondo) Agora que você voltou para mim, vou terminar você. E será você quem me levará para a próxima etapa. (sorrindo, senta-se na cadeira, liga alguns equipamentos, painéis, e ler os versos que havia feito na ultima música em seu caderno)
[CENA 05 – CASA DE TIAGO/ SALA – Q. DE TIAGO/ TARDE]
(Tiago está sentado no sofá, mexendo em seu celular, campainha toca, imaginando que seja Manuela, ele vai atender empolgado)
TIAGO – (abrindo a porta, sorri ao ver Manuela) Pensei que você não fosse vim.
MANUELA – Confesso que estava criando coragem para vim.
TIAGO – (segura na mão dela, e a puxa para dentro) Não precisa ficar nervosa, tá. Não acontecerá nada que você não queira. (os dois vão para o sofá, Manuela se senta, ansiosa, Tiago liga a TV) Alias, tinha programado um filme para a gente ver. (dá play no filme, e senta ao lado dela) Como não esperava se você ia vim mesmo, achei melhor ligar para a pizzaria só depois que você chegasse. (pega seu celular, manda mensagem para a pizzaria) Pronto, em alguns minutos iremos comer. (a percebe Manuela um pouco tensa) Ei, relaxa… Não vai acontecer nada, te garanto. Vamos só ver um filme.
MANUELA – Eu não quero só ver um filme. (se aproxima dele e o beija. Os dois começam a se pegar no sofá, Manuela empurra Tiago, ficando em cima dele, segundos depois, ela tira sua blusa)
TIAGO – Você tem certeza?
MANUELA – Sim. (volta a beijá-lo, o clima esquenta, e no momento que Manuela iria tirar a camisa de Tiago, ele encerra o beijo)
TIAGO – Espera. Aqui na sala não. Melhor lá no meu quarto. (levanta, segura na mão dela e os dois vão trocando beijos até o quarto dele. Chegando ao quarto, os dois caminham até a cama. Em pouco tempo, Tiago tira sua camisa. Segundos de beijos depois, tira a calça dela e a observa)
MANUELA – (com receio de que ele esteja achando o corpo dela feio) O que foi?
TIAGO – Você é mais linda do eu imaginava. (isso a deixa feliz e aliviada, volta a beijá-la, segundos depois retira sua bermuda. Antes de jogar a bermuda para o lado, retira a carteira do bolso, e dela retira uma camisinha, olha para Manuela e sorri) Vamos precisar dela, né! (os dois voltam a se beijar, retiram as demais peças de roupas e continuam a relação)
[CENA 06 – CASA DE FLÁVIO/ COZINHA/ TARDE]
(Paula está comendo um pedaço de bolo feito por Flávio. Flávio havia ido até o quarto de Laura, chamá-la para comer também)
FLÁVIO – (entrando na cozinha, Laura logo atrás, de cabeça baixa) E o bolo, como é que está?
PAULA – Ótimo, que bom que ao menos um de nós sabe cozinhar.
FLÁVIO – Você cozinha bem também, sua comida naquele dia estava ótima. (corta um pedaço de bolo, e entrega para Laura. Paula começa a estranhar como Laura reage quando Flávio se aproxima dela)
PAULA – (tentando puxar assunto com Laura) Deve ser bom ter um tio que faz bolo para gente, né Laura?! (Laura não responde, assim como também não come o bolo)
TIAGO – Ela é tímida, Paula.
PAULA – Sua irmã chega cedo do trabalho hoje?
TIAGO – Não. Se não me engano ela terá plantão hoje, por quê?
PAULA – Queria conversar com ela. Sei lá, vamos nos casar, eu e sua irmã ainda não trocamos nada ainda.
TIAGO – Para você ver o quão ocupada ela é. (senta-se ao lado de Paula)
PAULA – (reparando que Laura ainda não tocou no bolo) Você está sem fome, Laura?
TIAGO – Quiser pode ir comer em seu quarto, querida. Te chamei para que você não comesse sozinha lá em cima. (Laura levanta da cadeira, e sai da cozinha deixando o pedaço de bolo)
PAULA – Acho que ela não quer!
TIAGO – Mais tarde se ela quiser, levo para ela. (pega o pedaço que seria de Laura e começa a comer)
PAULA – (levantando da mesa) Licença, vou ao banheiro.
TIAGO – Tá, claro. (Paula sai da cozinha, sobe as escadas e acaba alcançando Laura antes de chegar ao quarto)
PAULA – Laura, espera, por favor. (a garota para em frente ao quarto dela, segurando a maçaneta da porta) Eu não sei se é impressão minha, mas às vezes percebo essa relação sua com seu tio um pouco estranha… Ele faz alguma coisa com você? (Laura não responde) Pode confiar em mim, prometo não dizer nada para ele.
LAURA – (abaixa a cabeça e diz) Por que você não casa logo com ele, para ele finalmente parar de fazer essas coisas comigo! (entra no quarto, trancando-o)
PAULA – Que coisas, Laura? (bate na porta) Laura, que coisa o Flávio faz com você? Conversa comigo, garota. (encosta o rosto na porta, e ouve choro, se afasta, desce para a sala, e entra na cozinha)
TIAGO – Quer mais um pedaço de bolo.
PAULA – Não, obrigada.
TIAGO – Bem, então melhor guardar. (levanta, pega o bolo em cima da mesa e o coloca no balcão da cozinha, o cobrindo, Paula senta na cadeira, observa Flávio, séria e pensativa)
[CENA 07 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Daniel e Dácio estão conversando, Daniel continua preocupado)
DÁCIO – Você voltou a trocar mensagens com ele?
DANIEL – Não. Na verdade estou evitando entrar em alguma rede social, justamente para não falar com ele.
DÁCIO – Você nunca percebeu esse lado maluco dele?
DANIEL – Não, ele sempre se mostrou ser legal, divertido… não imaginei que ele pudesse ser assim.
DÁCIO – Se ele tá fazendo isso, certamente, ele deve sentir alguma coisa por você.
DANIEL – Problema dele, depois disso não sinto nada mais por ele. E em pensar que eu fiquei dias me lamentando, por ele ter ido embora, por ter me deixado aqui.
DÁCIO – Calma, estava pensando em algumas soluções. Caso ele poste mesmo na internet, eu posso localizar o servidor que o vídeo foi publicado e retirar. O problema seria se o vídeo fosse compartilhado, o que dificultaria tudo.
DANIEL – Uma vez espalhado, já era.
DÁCIO – Exatamente. Mesmo que eu conseguisse hackear o computador dele, e saber a hora exata que o vídeo foi publicado, séria questão de segundos para o mesmo se espalhar pelo mundo virtual.
DANIEL – Eu não sei se ele iria se espalhar tanto assim. O proposito dele é mostrar para o meu pai. Ele sabe que eu nunca me assumiria publicamente.
DÁCIO – Eu também não. A sociedade onde vivemos é muito preconceituosa, mesmo dizendo que não são.
DANIEL – Que bom que você me entende. (segura a mão dele rapidamente, já que estavam em um local público)
DÁCIO – Ainda tem opção, dele ter o vídeo armazenado em vários lugares.
DANIEL – Não tem uma forma de você descobrir isso?
DÁCIO – Não, por mais que a tecnologia nos ajude muito, ela infelizmente é limitada para algumas coisas.
DANIEL – Então eu não vejo outra solução à não fazer o que ele pediu. Temos que terminar!
[CENA 08 – PIZZARIA (trabalho de Eduardo)/ TARDE]
(Samuka está comendo uma pizza, enquanto espera por Eduardo, que tinha ido fazer uma entrega. Alguns minutos de espera, ele observa Eduardo estacionando a moto fora da pizzaria. Samuka abaixa a cabeça, querendo que o velho amigo não o reconheça, querendo o surpreendê-lo. Eduardo entra na pizzaria, com sua mochila de entregas na mão, e passar perto de Samuka)
SAMUKA – (levanta a cabeça, falando alto para Eduardo) De acordo com o meu relógio, você devia ter chegado 2 minutos antes. (Eduardo leva um susto, porém ao reconhecer o amigo, logo fica feliz)
EDUARDO – Samuka? O que está fazendo aqui? (deixa a mochila no chão, caminha até o amigo que havia levantado e o abraça) Chegou quando?
SAMUKA – Cheguei hoje, cara.
EDUARDO – Férias já da faculdade?
SAMUKA – Já. Agora só ano que vem.
EDUARDO – Está certo. (repara em sua chefe, que estava no caixa, observava-o conversar com o cliente, algo que ela não permite) Bem cara, eu gostaria de sentar aqui e conversar com você, mas a chefia ali já está de olho.
SAMUKA – Tranquilo, mano. Não quero te atrapalhar. Na verdade, só vim aqui mesmo, saber se você continuava trabalhando aqui.
EDUARDO – Mas à noite, se quiser marcar alguma coisa.
SAMUKA – Pode deixar. Te mando mensagem!
EDUARDO – Beleza. (o abraça novamente) É muito bom te ver de novo, cara. (pega sua mochila, e caminha em direção à sua chefe, Samuka volta a comer sua pizza)
[CENA 09 – CASA DA ANDRÉA/ Q. DE ANDRÉA/ TARDE]
(Andréa está deitada na cama, ouvindo algumas músicas, procurando a próxima que irá cantar no programa, Ramon bate na porta de seu quarto, mas como ela estava de fone de ouvido, acaba não ouvindo)
RAMON – (entra no quarto, e a encontra deitada, caminha até ela, toca em seu ombro, o que a assusta) Ei!
ANDRÉA – Ai, que susto Ramon! (retira os fones) Não sabe bater?
RAMON – Eu bati, você que não ouvi.
ANDRÉA – Estou procurando umas músicas para cantar no programa.
RAMON – E o nosso trabalho?
ANDRÉA – Ah não… não me venha falar de trabalhos da escola. Meu foco é o programa.
RAMON – Mas é nós dois, Andréa… Esse trabalho tem grande peso na última nota do período.
ANDRÉA – (volta a colocar o fone de ouvido) Tenho certeza que você conseguirá fazer um bom trabalho sozinho.
RAMON – Você não vai me ajudar, é isso? (Andréa o ignora, aumentando o volume tão alto, que Ramon dava para ouvir a batida da música) Está bem… (falando um pouco alto) … depois que reprovarmos, quero ver como você explicará isso para seus fãs. (sai do quarto, um pouco chateado)
[CENA 10 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice havia acabado de compor a sua música, precisa apenas criar a melodia, e prepará-la para o programa)
ALICE – (fechando o caderninho) Agora, vamos fazer uma pausa. (pega seu celular e começa a mexer em suas redes sociais) Nossa, como meu número de seguidores aumentou nessas últimas semanas. Mais um pouco, chego a 1 milhão! (volta a abrir seu caderno, abre em uma das letras de música que compõe, tira uma foto de um verso, começa a digitar na foto) “Preparando a música para a próxima fase (emoction de nota musical e violão)”. Publicar! (em questão de segundos, vários comentários começam a aparecer, assim como curtidas, Alice sorri, guarda seu celular, prepara uma música no computador, faz alguns ajustes no painel de som, levanta, vai até a outra sala do estúdio e começa a cantar)
[CENA DE MÚSICA – LOVE SONG (SARA BAREILLES)]
Head under water 1
And they tell me to breathe easy for a while
The breathing gets harder, even I know that
You made room for me, but it’s too soon to see
If I’m happy in your hands
I’m unusually hard to hold on to
Blank stares at blank pages
No easy way to say this
You mean well, but you make this hard on me
I’m not gonna write you a love song 2
‘Cause you asked for it
‘Cause you need one, you see
I’m not gonna write you a love song
‘Cause you tell me it’s
Make or breaking in this
If you’re on your way
I’m not gonna write you to stay
If all you have is leaving I’m gonna need a better
Reason to write you a love song today
I learned the hard way 3
That they all say things you want to hear
And my heavy heart sinks deep down under you
And your twisted words, your help just hurts
You are not what I thought you were
Hello to high and dry
Convinced me to please you
Made me think that I need this too
I’m trying to let you hear me as I am
I’m not gonna write you a love song 4
‘Cause you asked for it
‘Cause you need one, you see
I’m not gonna write you a love song
‘Cause you tell me it’s
Make or breaking in this
If you’re on your way
I’m not gonna write you to stay
If all you have is leaving I’m gonna need a better
Reason to write you a love song today
Promise me that you’ll leave the light on
To help me see with daylight, my guide, gone
‘Cause I believe there’s a way you can love me because
I say
I won’t write you a love song
‘Cause you asked for it
‘Cause you need one, you see
I’m not gonna write you a love song
‘Cause you tell me it’s make or breaking in this
Is that why you wanted a love song?
‘Cause you asked for it
‘Cause you need one, you see
I’m not gonna write you a love song
‘Cause you tell me it’s make or breaking in this
If you’re on your way
I’m not gonna write you to stay
If your heart is nowhere in it
I don’t want it for a minute
Babe, I’ll walk the seven seas when I believe that
There’s a reason to
Write you a love song today
1. Alice coloca o fone de ouvido, e começa a cantar, feliz.
2. Sozinha, sentindo-se a vontade, começa dançar pela sala de som.
3. Volta a ficar de frente com o microfone, ainda dançando.
4. Alegre, se diverte sozinha, curtindo a música.
[CENA 11 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ TARDE]
(Carla está tomando um chá, pensativa. Miguel entra na cozinha, a encontra, aflito)
MIGUEL – (sentando ao lado dela) Então? Como foi lá no hospital? O que o médico disse? (Carla olha para ele, séria)
[CENA 12 – CASA DE PAULA/ SALA/ TARDE]
(Paula chega em casa, vai até o sofá, se joga nele e fica olhando para o teto, pensativa)
PAULA – O que será que o Flávio faz com a Laura que ela não quis me dizer? (começa a pensar em várias coisas, inclusive, em que ele abusa dela) Será que isso? (lembra das marcas que no corpo da menina) Será que o Flávio seria capaz de fazer isso com a própria sobrinha? (levanta do sofá, sentindo-se enojada, ao imaginar isso. Vai em direção a escada, antes que subisse algum degrau, a campainha toca) Será que ele?! (vai em direção à porta, tem um certo receio em abrir, mas acaba abrindo) Luana?
LUANA – Oi, Paula. Será que eu posso entrar para conversar com você?
[CENA 13 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ TARDE]
(Letícia acaba de acordar, e fica olhando para o teto, pensativa, sozinha)
LETÍCIA – (levantando da cama, com uma certa dificuldade, caminha até o espelho do banheiro, e se observa. O reflexo que ela ver é de uma garota pálida, cansada, quase sem vida…) Você precisa ser forte, Letícia! Não se deixe vencer por está doença. (lembra de seu pai) Oh, pai… não me abandona, por favor. (volta para cama, deita-se e volta a olhar para o teto. Segundos depois, Regina entra no quarto, trazendo uma bandeja com os remédios de Letícia)
REGINA – Que bom que você está acordada, querida. Hora de tomar seus remédios.
LETÍCIA – (limpando uma lágrima que havia caído) Posso fazer uma pergunta a você, Regina?
REGINA – Claro! (prepara os comprimidos para entregar para Letícia)
LETÍCIA – Eu já estou algumas semanas nesse hospital, e certamente eu não vou voltar mais para casa. (Regina para de separar os comprimidos, e olha para Letícia) Eu sei que não vou ficar curada, não adianta ficar criando mais expectativas em mim, imaginando que um dia terei uma vida normal. Se que isso será impossível… eu só preciso saber, quanto tempo de vida ainda me resta, Regina?
Contínua no Capítulo 57…