“Por Onde Andei”
[CENA 01 – CASA DE ALICE/ SALA/ TARDE]
(Felipe e Luana continuam se olhando, Luana fica sem saber o que dizer)
FELIPE – Você vai embora, Luana?
LUANA – Não vou embora, só vou tirar umas férias. Só passarei alguns meses fora, apenas.
FELIPE – Vai viajar sozinha?
LUANA – Vou. Quer dizer, não. Irei com o Sérgio!
FELIPE – Com o Sérgio. (fica um pouco enciumado) Que bom, fico feliz que você tenha seguido sua vida.
LUANA – Não, não é isso que você está pensando. Não tem nada rolando entre o Sérgio e eu.
FELIPE – Não precisa me explicar nada, Luana. Você estar livre agora, pode se envolver com quem quiser.
VIVIANE – Então esse seu amigo é bem mais que um amigo, Luana!
FELIPE – (caminha até mesa, pega sua pasta) Bem, de qualquer forma, aproveite sua viagem, espero que vocês se divirtam! (sobe para o quarto)
LUANA – Eu e o Sérgio não estamos tendo nada. (Felipe havia subido para o quarto, mas ouviu o que Luana disse) Não precisava ter dito que eu ia viajar, Viviane.
VIVIANE – Desculpa, filha, pensei que depois que Felipe soubesse que você iria viajar, ele fosse ficar com ciúmes ou tentasse te fazer mudar de ideia.
LUANA – Eu e o Felipe nos separamos, Viviane. E você mesma viu como ele saiu daqui, deve sentir nada por mim.
VIVIANE – Não custa nada ter esperanças, filha.
[CENA 02 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
HENRIQUE – Pela a cara que você tá fazendo, eu devo ter feito alguma coisa errada!
DANIEL – (suavizando sua expressão do rosto) Você não fez nada errado. Na verdade, só queria conversar mesmo com você. Não tinha muito o que fazer em casa, então… nada melhor que chamar um amigo para conversar.
HENRIQUE – (sorrindo) Chamou o amigo certo para isso. (pega o cardápio) Então, já pediu?
DANIEL – Não, porque na verdade não iremos comer nada. Vamos dar uma volta.
HENRIQUE – Um passeio?
DANIEL – Sim. Ontem matamos as saudades de quando cantávamos juntos, hoje iremos lembrar de nossos passeios.
HENRIQUE – (sorri) Eu sabia que a minha volta para cá, iria trazer boas recordações a você.
DANIEL – (por dentro sua única vontade é socar a cara de Henrique, por fora, tenta continuar fingindo que está se interessando por ele novamente) E eu quero lembrar de todas elas. (segura de leve a mão dele, disfarçadamente, sorrindo)
HENRIQUE – Então vamos!
DANIEL – Vamos. (os dois levantam e saem da lanchonete)
[CENA 03 – SHOPPING/ TARDE]
ALICE – Você entendeu tudo, né? Ou será que tenho que repetir o plano novamente?
RITA – Não, não precisa. Entendi tudo sim, Alice.
ALICE – Que bom. Não se preocupa, que eu vou mandar uma mensagem para você quando for para o colocarmos em prática. Agora que te expliquei tudo, tenho que ir.
RITA – Vou ficar aguardando sua ligação então.
ALICE – Espero que meu motorista ainda esteja me esperando voltar do banheiro, e que ele não esteja atrás de mim.
RITA – Você não precisa dar satisfação para o motorista!
ALICE – Verdade! (olha para Rita, simpática) Gostei de você. Não sei por que, mas acho que iremos nos dar muito bem.
RITA – Eu também acho! (Alice levanta da mesa, pega sua bolsa e sai da lanchonete. Rita a observa, sorrindo)
[CENA 04 – CASA DE ALICE/ SALA – Q. DE ALICE – Q. DE FELIPE/ TARDE]
LUANA – A Alice estar demorando demais, Viviane. Melhor eu ir.
VIVIANE – Aquela menina quando dar uma volta ao shopping, não sabe mais a hora de voltar para casa. Deve estar andando de loja em loja, procurando roupas.
LUANA – O Felipe liberou ela do castigo?
VIVIANE – Liberou. Desde que ela começou a ir bem nesse programa de música, onde ela prometeu que iria mudar, que o Felipe decidiu dar mais uma chance a ela.
LUANA – Mas se ela realmente estar mudando, creio que devemos dar esse voto de confiança, não acha?! (Alice chega em casa nesse exato momento)
ALICE – Mãe? O que a senhora estar fazendo aqui?
LUANA – (levanta do sofá, caminha até Alice e a abraça) Vim visitar você, a Viviane.
ALICE – Que milagre. Desde que a senhora e o papai se separaram, nunca mais veio aqui.
LUANA – Pois é, minha vida tem sido muito corrida esses últimos meses.
ALICE – Bem, é bom ver a senhora novamente. Preciso experimentar essas roupas agora, licença.
LUANA – Está bem. (Alice sobe para o quarto, Luana volta a sentar ao lado de Viviane, que a observava) Por que está me olhando assim, Viviane?
VIVIANE – Você não queria conversar com a Alice?
LUANA – Sim, já vi minha filha, conversei com ela.
VIVIANE – Vocês trocaram algumas palavras, Luana. Aquilo não foi conversar. Sério, eu não entendo vocês. Você quase não vem visitar a menina e não quis saber como ela estava, se ela estava gostando do programa, essas coisas de mãe.
LUANA – Você tem razão, Viviane. Melhor eu conversar com ela direito.
VIVIANE – Sim, por favor. (Luana levanta do sofá, e sobe para o quarto, um pouco constrangida)
[Q. DE ALICE]
(Alice está sentada em sua cama, mexendo no celular, Luana bate na porta)
LUANA – Licença, posso entrar?
ALICE – Claro. Pensei que fosse continuar conversando com a vovó.
LUANA – Vou continuar conversando com ela, antes queria conversar com você. Posso sentar?
ALICE – Pode. (Luana se senta ao lado de Alice, que continua mexendo no celular)
LUANA – Parabéns por ter chegado na semifinal do programa. Como anda os preparativos para o próximo programa.
ALICE – Já escolhi a música que irei cantar. Só não sei qual irei cantar com outro participante, porque isso será sorteio na hora. Mesmo assim, qualquer uma que vier, eu encaro. Exceto, se vier uma nacional.
LUANA – Você não cantaria uma brasileira?
ALICE – Não.
LUANA – Nem que isso te eliminasse do programa?
ALICE – (fica pensativa) Não sei, mas tenho certeza que não irá cair uma brasileira. Não seria tão azarada assim.
LUANA – Que bom que você está confiante. (as duas ficam em silencio, Alice continua digitando algo em seu celular, Luana a observa e percebe algumas características de Carla nela)
ALICE – (olha para Luana) O que foi?
LUANA – Nada, só procurando algumas características minhas em você.
ALICE – (volta a mexer no celular) Encontrou alguma?
LUANA – Sim. Sei que a nossa relação de mãe e filha não foi uma das melhores, mas… gostaria de dizer que tenho orgulho de ser sua mãe, mesmo não estando tão presente.
ALICE – Por que a senhora tá falando isso?
LUANA – Por nada… (levanta da cama) …e como anda na escola nova? Fez novos amigos?
ALICE – Não gosto dessa escola. Eu queria tá na minha antiga escola, com as minhas amigas. Será que a senhora não podia tentar conversar com o papai, e talvez tentar convencê-lo a me mudar de escola ano que vem?
LUANA – Eu posso conversar com ele.
ALICE – Sério? (levanta da cama animada, e caminha até Luana, a abraça) Obrigada, mãe! Vocês foram casados por tanto tempo, certamente vai saber como convencê-lo.
LUANA – Eu vou tentar, não garanto nada.
ALICE – (volta para cama) Ficarei esperando a senhora. (Luana sai do quarto, até o quarto de Felipe)
[Q. DE FELIPE]
(Felipe sai do banheiro, em direção a sua cama. Pega alguns comprimidos, o coloca na boca e os toma com um copo d’água. Luana bate na porta)
LUANA – Desculpa, sei que você não está se sentindo bem.
FELIPE – Pode entrar, sem problema.
LUANA – Prometo não demorar.
FELIPE – (levanta da cama e caminha até ela) Veio se despedir?
LUANA – Não, pra falar a verdade vim em favor da Alice.
FELIPE – A Alice pediu para você vim aqui?
LUANA – É que ela não está se sentindo bem na escola nova.
FELIPE – Eu não vou mudar ela de colégio.
LUANA – Ela sente falta dos amigos dela, Felipe. O que custa a menina passar o último ano no ensino médio dela ao lado dos amigos.
FELIPE – Você sabe o porquê a coloquei de castigo? (Luana nega com a cabeça) Ela fazia bullying com uma menina da sala dela. E essa mesma menina, tentou cometer suicídio por causa dessas humilhações.
LUANA – (surpresa) Isso é sério?
FELIPE – Ela não te contou isso, né.
LUANA – Não. A menina estar bem?
FELIPE – Acredito que sim. Creio que já tenha conseguido retornar sua vida normal. O fato, é que a Alice não vai mudar de escola. Eu posso até ter a tirado do castigo, devolvi o celular dela, os cartões, mas ela não vai voltar para o antigo colégio.
LUANA – Se você devolveu todas essas coisas para ela, por que ela mereceu tê-los de volta?!
FELIPE – Sua filha precisa ser mais humilde. Algo que infelizmente falhamos ao ensinar a ela.
LUANA – (pensativa) Eu posso até ter sido uma mãe distante para Alice, mas você não, Felipe. Você deu mais que coisas materiais para aquela menina, você deu amor, carinho de pai. Eu posso ter falhado com ela, você não.
FELIPE – Eu também falhei, Luana. O meu erro talvez tenha sido não ter dado a ela limites. Meu medo de que ela sentisse a minha falta por passar muito tempo na empresa, tenha sido responsável por ter dado tudo de mão beijada a ela. Não ensinei o real valor das pequenas coisas.
LUANA – Essa culpa é nossa. Se você acha que assim é o melhor para Alice, então não irei me intrometer. Irei conversar com ela. (caminha em direção à porta, Felipe a chama)
FELIPE – Você e o Sérgio realmente não estão juntos? (se aproxima dela)
LUANA – Não, não estamos tendo nada.
FELIPE – Pena, estava pensando que ele seria o responsável por você ter mudado.
LUANA – Você acha que eu mudei?
FELIPE – Sim, e para melhor! (Luana e Felipe continuam se olhando por alguns segundos, Luana sorri e sai do quarto. Felipe volta para sua cama, senta-se e fica pensativo)
[CENA 05 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ TARDE]
(Carla e Paula chegam em casa, ambas molhadas e sorrindo)
PEDRO – (levanta do sofá, surpreso ao ver mãe e tia molhadas) Uau, nunca vi vocês duas assim!
CARLA – Nem eu, filho. Nem sei quando foi a última vez que eu e a Paula passamos um tempo só nos duas, assim se divertindo.
PAULA – Sua mãe parecia que havia voltado a ser criança na cachoeira, Pedro. Queria porque queria brincar de pega-pega.
PEDRO – Não acredito!!
CARLA – Qual é gente?! Normal isso, e mesmo assim… não é por que eu virei adulta, que eu não posso brincar de vez enquanto.
PAULA – É que você nunca foi disso, convenhamos.
PEDRO – Bem, como vocês duas passaram a tarde brincando na cachoeira, tá na hora do adulto aqui colocar as crianças para tomarem um banho, trocarem de roupa, se não ambas vão pegar um resfriado.
PAULA – Ih, Carla… olha lá o rapazinho querendo ser o adulto!
CARLA – (caminhando até Pedro, querendo abraçá-lo) Oh, meu rapazinho tomando conta da mãe e da tia dele. Vem cá, meu neném. (Pedro foge de sua mãe) Tá merecendo um abraço molhado.
PEDRO – Não, nem pensar, mãe.
CARLA – Segura ele, Paula. (Paula e Carla tentam pegar Pedro para abraçá-lo, o mesmo corre para cozinha, seguido por Carla e Paula)
Anoitecendo…
[CENA 06 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Letícia está sentada na cama, ao lado dela Eduardo)
EDUARDO – Você precisa conhecer o Samuka. Foi uma das primeiras pessoas que fiz amizade assim que cheguei ao Rio. Certeza que vocês se dariam muito bem.
LETÍCIA – Creio que se eu estivesse em outra situação, iria ser um prazer conhecê-lo.
EDUARDO – Vou ver se consigo trazer ele aqui.
LETÍCIA – Não precisa, Eduardo. Se você fizer isso, pode gerar problema com a Regina.
EDUARDO – Não se preocupa, que essa aí não pode fazer nada comigo.
LETÍCIA – O que você fez?
EDUAROD – Eu não fiz nada, Letícia.
LETÍCIA – Fez. Pra você não estar mais com medo assim da Regina, e ela ter dado a você livre acesso para me visitar, é porque alguma coisa você fez. Anda me conta.
EDUARDO – (levanta da cama, em direção ao violão) Eu não fiz nada, acredita em mim. Agora vamos mudar de assunto, e vamos cantar. (começa a tocar algumas notas, antes que Letícia voltasse a perguntar algo)
[CENA 07 – CASA DE SAMUKA/ SALA/ NOITE]
(Samuka e Mônica vem descendo as escadas de mãos dadas)
BEATRIZ – Olha só, que casal lindo.
SAMUKA – Obrigado, mãe. Vamos jantar fora hoje, desculpa tá?!
BEATRIZ – Sem problema, querido. Podem ir tranquilos. São jovens, precisam aproveitar.
MÔNICA – Disse para o Samuka que só aceitaria sair com ele, se ele prometesse que amanhã faremos algo especial com a senhora.
BEATRIZ – Não precisam fazer nada especial, queridos. Eu estou bem, de verdade. Já me acostumei com a silêncio desta casa, particularmente até gosto.
SAMUKA – Mesmo assim, garanto que faremos algo especial amanhã. (caminha até Beatriz) Tchau, mãe. (beija a testa dela, volta para perto de Mônica em seguida)
MÔNICA – Tchau, Beatriz.
BEATRIZ – Tchau, queridos. Divirtam-se.
SAMUKA – Pode deixar. (vão embora, Beatriz fica na sala, feliz)
[CENA 08 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ NOITE]
(Carla e Miguel vem descendo as escadas, chegando à sala, Carla observa sua família reunida conversando, felizes)
PEDRO – Pronto, o casal desceu podemos jantar agora.
CARLA – Estava pensando em fazermos uma programação diferente hoje.
FREDERICO – Diferente como, filha?
CARLA – Estava observando a lua lá no quarto, e ela está tão linda hoje. Não podíamos ter uma refeição aqui dentro dessas paredes, com um campo bonito lá fora. Então eu pensei, que tal acamparmos lá fora hoje? (Pedro se anima)
PAULA – (surpresa) Acamparmos? Uau, realmente o casamento fez bem para você. Nunca pensei que fosse ouvir uma ideia dessa vindo de você.
CARLA – Sei que o Pedro também ama acampar, então, porque não fazemos isso tudo em família.
MIGUEL – Eu apoio.
PEDRO – Já vou pegar as barracas! (levanta do sofá, em direção as escadas) E vou ligar para a Carol também. (sobe para o quarto, mexendo no celular)
FREDERICO – Se vamos acampar, melhor organizarmos a comida lá dentro.
CARLA – Sim. (todos vão para cozinha, Miguel abraçado com Carla)
[CENA 09 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ NOITE]
(Daniel e Dácio estão conversando via vídeo chamada)
DANIEL – Eu me segurei para não contar o que você descobriu e perguntar quem seriam os outros três caras que ele tem conversando. Mas consegui me segurar, não podia colocar tudo a perder.
DÁCIO – Ainda bem que você não contou nada. Como foi o passeio de vocês?
DANIEL – Um saco. Tentar ser legal com ele, sendo que a minha vontade é socar a cara dele, tá difícil pra mim.
DÁCIO – Uau, não conhecia esse seu lado briguento.
DANIEL – Eu sou da paz, mas pisa no meu calo pra você ver.
DÁCIO – Quero nunca pisar no seu calo. (os dois riem) Por quanto tempo será que iremos continuar assim?
DANIEL – Até eu conseguir apagar aquele vídeo. E tô com uma ideia aqui e acho que você pode me ajudar.
DÁCIO – É só falar, que eu faço. (Daniel conta para Dácio a ideia que teve para conseguir pegar o vídeo de Henrique)
[CENA 10 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ CAMPO/ NOITE]
(Miguel está colocando alguns pedaços de madeiras na fogueira, para mantê-la bem acessa por um bom tempo. Carla, Paula e Frederico estão sentados conversando, atrás dele. Pedro e Carol se aproximam)
PEDRO – (trazendo dois banquinhos) Pronto, agora ninguém vai sentar no chão. (coloca-os do outro lado da fogueira, Carol e Pedro sentam-se)
CAROL – (entregando o violão que trazia para Pedro) Adorei a sua ideia, Carla. O céu tá muito lindo para ficar dentro de casa.
MIGUEL – Pronto, fogueira bem acessa. Qualquer coisa, tem uns pedaços de madeira aqui, para irmos colocando. (senta-se ao lado de Carla)
PEDRO – Se acabar podemos pegar mais também. (começa a tocar algumas notas em seu violão)
CAROL – (sorri) Acampamento e música, amo! (Pedro começa a tocar, todos o observam)
[CENA DE MÚSICA – POR ONDE ANDEI (NANDO REIS)]
Desculpe 1
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado
E eu entendo
As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança
Por onde andei 2
Enquanto você me procurava?
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Amor, eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo 3
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama
Por onde andei 4
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei?
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Uh! Uh! Uh!
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Uh! Uh! Uh!
Amor, eu sinto a sua falta 5
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem
Uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama
Por onde andei 6
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei?
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Uh! Uh! Uh!
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Uh! Uh! Uh!
Por onde andei 7
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei?
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
1. Pedro está tocando, olha para Carol, sorri e volta a olhar para o violão. Miguel coloca seu braço ao redor de Carla, e olham para Pedro.
2. Pedro olha para a sua família e os ver curtindo. Paula levanta, caminha até a caixa de isopor, pega uma latinha de refri e volta para onde estava.
3. Carla e Miguel se entre olha algumas vezes, assim como Carol e Pedro.
4. Carla olha ao redor, ver a família feliz, se divertindo. De repente, Carla pensa em Felipe, seu sorriso logo some, desvia sua atenção para a fogueira.
5. Miguel percebe que Carla ficou quietinha, segura na mão dela, que a faz voltar de sua lembrança com Felipe.
6. Paula levanta novamente, e dessa vez vai até a comida, pega um pedaço de carne, e volta para a posição que estava.
7. Carla continua abraçada com Miguel, porém a lembrança que ela teve com Felipe, a deixou um pouco desligada na música. Pedro encerra a música olhando para Carol, todos batem palma.
[CENA 11 – CASA DE FELIPE/ Q. DE FELIPE/ NOITE]
(após passar a tarde dormindo, Felipe acorda ainda sentindo-se um pouco mal. Se estica até o outro lado da cabeceira da cama, pega seu celular e ver que horas são. O coloca de volta, e no momento que ia se levantar seu celular toca)
FELIPE – Alô.
CARLA POR TELEFONE – Oi!
FELIPE – Carla? (Carla fica em silêncio do outro lado da linha)
Contínua no Capítulo 67…