“Tudo Diferente”
[CENA 01 – CASA DE SAMUEL/ SALA/ NOITE]
DANIEL – (surpreso) O que faz aqui?
HENRIQUE – (se aproximando dele) Vim visitar um velho amigo.
DANIEL – (se afasta, indo para outra direção da sala) Mas você não tinha ido embora com seus pais. Que não podia mais voltar para cá…
HENRIQUE – Eu não voltei em definitivo. Minha família ainda tem alguns parentes aqui e os convenci de passar o fim de ano com eles.
SAMUEL – (saindo da cozinha) Seu amigo vai jantar com a gente?
DANIEL – Não, pai. Ele na verdade já estava de saída.
HENRIQUE – Eu só vim ver meu amigo, passadinha rápida. (caminha até Daniel, toca no ombro dele, estendendo a mão. Daniel tem um certo receio, mas acaba pegando na mão dele, logo solta) Foi bom te revê de novo, velho amigo.
DANIEL – Eu abro a porta para você. (vai até a porta)
SAMUEL – Antes de você ir, eu posso te perguntar uma coisa?
HENRIQUE – Sim.
SAMUEL – Na verdade, desde que você chegou que estou tentando lembrar de onde o conheço. É que conheço todos os amigos do meu filho, e você não lembro…
HENRIQUE – Eu e o Daniel somos amigos do colégio, já pedi para ele me convidar mais vezes na casa dele, mas aí fui embora e não deu mais.
SAMUEL – Entendo.
HENRIQUE – Bem, boa noite. (vai em direção à porta)
SAMUEL – Boa noite. (olha estranho para Henrique, depois volta para a cozinha)
HENRIQUE – (saindo de casa, Daniel estava lá fora) O que você fará amanhã?
DANIEL – (fechando a porta) Confessa que você voltou por causa daquela história?
HENRIQUE – Do que você está falando? Voltei para te ver, estava com saudades.
DANIEL – Não. Você voltou para ver mesmo se eu terminei com Dácio. Você perdeu seu tempo vindo até aqui, porque eu e ele não temos mais nada.
HENRIQUE – Primeiro, você está errado. Segundo, voltei para te ver, se quer acreditar ou não, fica à vontade. E terceiro, não vou esconder que fiquei feliz com o término seu com esse cara aí. (se aproxima dele) Apesar de tudo, é difícil esquecer o que a gente viveu.
DANIEL – (se afasta, abre a porta de casa) Só para deixar claro, não fui eu que colocou um ponto final nessa história. (entra dentro de casa, fecha a porta)
[CENA 02 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ Q. DE PEDRO/ NOITE]
PEDRO – (encarando sua mãe, curioso) O que a senhora tem para falar sobre meu pai?
CARLA – (se afasta de Pedro, nervosa) Nem sei como dizer, filho…
PEDRO – (com receio de que ao tocar nesse assunto, ela piore de sua doença, decide não se interessar muito) Mãe… de boa! (caminha até ela) Seja o que for, não é importante agora. Vamos jantar?
CARLA – Mas eu preciso te contar a verdade, filho!
PEDRO – (percebendo-a nervosa) Não fará diferença agora, mãe… tá?! Fica tranquila… (segura na mão dela) … somos só nós dois e sempre foi.
CARLA – (olhando para o filho, emociona-se) Me perdoa?
PEDRO – Perdoar do que, mãe?
CARLA – Eu não sou uma mãe tão boa quanto você pensa. (se afasta de Pedro)
PEDRO – (percebendo-a bem estranha) Do que a senhora está falando? A senhora é a melhor mãe do mundo. Tenho orgulho demais em ser seu filho.
CARLA – (pensativa, e acaba desistindo de contar a verdade) Eu que tenho orgulho de ver o homenzinho que meu menino estar se tornando.
PEDRO – Homenzinho dar a sensação deu ser criança ainda, mãe.
CARLA – Tá bom, meu homenzão! (os dois riem, Carla tenta se recuperar) Vamos jantar, então? Seu avô e o Miguel estão nos esperando.
PEDRO – Carol não chegou ainda? (caminha até o espelho, bagunça um pouco o cabelo)
CARLA – Não sei, acreditando que sim. Você não quer deixá-la esperando, né?!
PEDRO – Estou pronto já. Vamos. (os dois saem do quarto)
[CENA 03 – CASA DE LUANA/ Q. DE LUANA/ NOITE]
LUANA – (encerrando o beijo, sorri) Isso é golpe baixo. (se afasta dele)
SÉRGIO – Então você vai aceitar viajar comigo?
LUANA – Não sei, Sérgio… posso pensar?
SÉRGIO – Deve. (volta se aproximar dela) E mesmo assim, creio que depois desse beijo, você já tem a resposta. (os dois ficam se olhando, sorriem) Vamos jantar fora?
LUANA – O que?
SÉRGIO – Depois que cheguei de viagem, não comi nada. Estou morrendo de fome.
LUANA – Melhor não… vai que nesse jantar você tente me beijar novamente, para me convencer a viajar com você.
SÉRGIO – Confesso que pensei em te beijar novamente, porém, não para te convencer. E mesmo assim, vai te fazer bem comer fora uma noite. Imagino a chatice que deve ser ter todas as refeições com a sua mãe na mesa.
LUANA – A gente se acostuma.
SÉRGIO – Mas então… você topa ou não, sair para jantar comigo?
LUANA – (pensativa) Se for apenas um jantar…
SÉRGIO – Se for mais do que isso, você pode chamar a polícia.
LUANA – (ri) Está bem, só vou trocar de roupa, então.
SÉRGIO – Tá… (caminha até a cama, sentando-se) … sem problema, eu espero.
LUANA – (indo até ele, segura-o pelo braço, o levanta da cama e o leva em direção à porta) Vai me esperar sim, mas é lá fora.
SÉRGIO – Por que não posso esperar aqui?
LUANA – Por que não! Não demoro, garanto. (o empurra para fora do quarto, fecha a porta, e sorri)
Amanhecendo…
[CENA 04 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Ana acaba de vir da sala de Alan, e por não o encontrar lá, decide procurá-lo pelo pátio da escola)
ANA – (o encontra sentado em um dos bancos, sozinho, de cabeça baixa) Finalmente te encontrei. Fui na sua sala, você não estava lá. (ele não fala nada, apenas olha para ela sério, levanta e se afasta) Alan, espera, por favor… (segura o braço dele) Preciso mostrar algo para você.
ALAN – Eu não quero ver.
ANA – É importante… (pega seu celular) … é sobre sua mãe. (entrega o celular para ele)
ALAN – (tem receio de ver o vídeo, mas a sua dúvida de sua mãe ser inocente ou não acaba sendo maior) Que imagens são essas?
ANA – São imagens da câmera do comercio aqui da frente. Quero que você repare atentamente nas cenas. (Ana se aproxima dele, ficando ao seu lado, vendo o vídeo. Alan ver as cenas da sua mãe indo embora da escola)
ALAN – Só vejo minha mãe indo embora.
ANA – Espera, vou avançar um pouco mais. (avança para as cenas da mãe de Alan voltando para a escola com uma sacola vazia nas mãos)
ALAN – Minha mãe está voltando? O que ela veio fazer na escola se todo mundo já foi?
ANA – Continua observando. (minutos depois, Alan ver as cenas de sua mãe saindo da escola, com a sacola que trazia anteriormente vazia, um pouco cheia agora)
ALAN – Ela certamente esqueceu algo e veio buscar.
ANA – Também queria acreditar nisso, Alan… mas não foi. Dentro desta sacola, tem os alimentos da despensa.
ALAN – É mentira… (entrega o celular para e continua andando)
ANA – Você viu as imagens?
ALAN – Que não provam nada.
ANA – (segurando-o novamente pelo braço) Alan, por favor, me escuta. Eu também não gosto de estar acusando sua mãe assim, mas se ela cometeu algum crime, ela deve ter algum motivo.
ALAN – Minha mãe não é nenhuma criminosa. (puxa seu braço, se afasta dela)
ANA – Desculpa, não queria falar dessa forma.
ALAN – Eu devia era sair desse colégio, e ir embora assim como minha sugeriu.
ANA – Vocês vão embora? Mas e a escola de dança?
ALAN – Eu não fui para a audição.
ANA – Você não fez isso. Era a sua oportunidade, Alan. Como pode jogar isso fora?!
ALAN – Não temos nada para ficar dando satisfação a você. E por favor, não fale mais comigo. Depois disso… finja que a gente nunca se conheceu. (sai andando, e dessa vez Ana não o segue. Dácio, que estava observando os dois, se aproxima de Ana assim que Alan vai embora)
DÁCIO – Ele não acreditou, né?
ANA – Não. E dessa vez parece que ele não quer me ver nunca mais.
DÁCIO – Não fica assim, Ana. Deixa as coisas esfriarem, ele irá refletir, e irá atrás da verdade. (a abraça, nesse momento Ana ver uma lembrança de Dácio. Dácio está no quarto de Daniel, os dois estão se pegando. A lembrança encerra assim que Ana se afasta de Daniel, surpresa) O que foi? Parece que se assustou com algo?
ANA – Eu tenho que ir. O professor já vai entrar na sala. (olha para Dácio de modo estranho, e sai logo em seguida)
Mais Tarde…
[CENA 05 – CASA DA ANDRÉA/ Q. DE ANDRÉA/ TARDE]
(Andréa está sentada em seu computador ouvindo música, enquanto recebe uma ligação da produção do programa)
ANDRÉA – (atente, animada) Alô. Sim, posso falar. Já esperava que a próxima etapa seria as batalhas. Um dueto e um solo também?! Sim… entendi. Já decidiram as duplas! Com quem eu irei batalhar? Vocês irão encaminhar um email com os dados. Está bem, estou aguardando então. (desliga, e entra em seu email pelo computador) Com quem será que eu irei competir?! Espero que não seja melhor do eu. Que é isso Andréa, parece até que estar com medo. Quanto mais forte a concorrência, mais você consegue mostrar que é capaz. (email da produção chega, e Andréa ver a sua concorrente de batalha)
[CENA 06 – CASA DE LETÍCIA/ SALA/ TARDE]
(Cássia vem descendo as escadas, quando seu celular toca)
CÁSSIA – Alô. Oi, sim é ela. A próxima etapa já é as batalhas? (caminha até o sofá, sentando-se) Não, na verdade já esperava, só fiquei surpresa mesmo. Os sorteios das duplas já foram feito então. Sim, está bem, fico aguardando o email de vocês. Ok, obrigada, tchau. Nem acredito que a próxima fase está chegando. (levanta apressada, em direção as escadas) Preciso conversar com a Letícia, e conhecer minha concorrente de batalha e descobrir os pontos fracos dela.
[CENA 07 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice está em seu estúdio, ouvindo a sua música finalizada. Ela curte, e acredita que irá conseguir passar para a próxima fase com está música. Seu celular toca, e assim que ver que é da produção, retira os fones rapidamente e atende)
ALICE – Alô! Estou podendo falar sim. (vibra ao saber que a próxima fase é a das batalhas) Estava ansiosa por está fase! Quem será a minha rival? Vocês irão encaminhar por email. Está bem, aguardo então. Sim, eu sei que as músicas têm que ser enviadas antes, não se preocupa, que iremos enviar. Está bem, obrigada. (desliga, olha para o fone, onde dar de ouvir sua música ainda tocando) Nem acredito, próxima fase, aí vou eu!
Semanas Depois…
[CENA 08 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO (ao vivo)/ NOITE]
LAURO – (no meio do palco, animado) Boa noite! No ar, mais um programa ao vivo para todo o país. O programa de hoje promete, hein. Creio, que chegou a melhor etapa do programa… a etapa das batalhas. (plateia bate palmas) Nesta etapa, duas vozes de cada grupo se enfrentaram em duas modalidades, solo e dueto. A pontuação desta vez irá variar, de acordo com a modalidade. Nas batalhas solo, serão contados somente os pontos da plateia e dos jurados. Nos duetos, leva os pontos a voz mais votada pelo o pessoal de casa. (olha para os jurados) Estão ansiosos? (todos confirmam) Então sem mais delongas, que comecem as batalhas)
[CENA 09 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(devido a aparição de Ivo no programa, a clientela de sua lanchonete aumentou, e justamente como hoje é dia do programa, tem mais gente que o normal. Samuka e Eduardo também estão na lanchonete)
SAMUKA – Preciso ver sua apresentação neste programa. Sério mesmo que você teve coragem de cantar para o Brasil inteiro?
EDUARDO – Cantei, tá na internet, só pesquisar depois. Não faço a melhor faculdade de música em Nova York, mas convenhamos que eu mandei bem.
SAMUKA – Vou pesquisar depois. Isso é mais um indício que você deveria tentar uma vaga para Nova York. Qual é, eu e você lá, iriamos detonar. Duvido que teria alguma dupla melhor que nós.
EDUARDO – Sabe que eu tenho outros planos, Samuka. E mesmo assim, não pretendo seguir está carreira da música. Canto apenas por diversão.
SAMUKA – Você não sabe o que está perdendo.
EDUARDO – Olha lá, as batalhas vão começar. (os dois prestam atenção na TV)
[CENA 10 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Letícia está em frente ao espelho do banheiro, aparentemente saudável, porém nervosa de que algo aconteça com ela novamente, e atrapalhe sua irmã)
LETÍCIA – Você consegue, só mais duas músicas e terá terminado!
[CENA 11 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ NOITE]
(Lauro está apresentando as duas primeiras vozes do grupo A, as fotos de ambas aparecem na tela, e as duas se encontram no palco. Como foi por ordem de sorteio, Alice vai competir com Jackeline, queridinha também pelo pessoal de casa)
LAURO – (no canto do palco, olhando para a câmera) Que comece as batalhas. (Alice já se encontra em frente ao palco, Jackeline está no fundo do palco, aguardando a apresentação da sua concorrente)
[CENA DE MÚSICA – MÚSICA ORIGINAL]
(Alice canta sua música original no programa, Felipe está ao lado, vendo a filha cantar por outro monitor, junto com Lauro)
LAURO – Não conheço está música. Qual cantor é?
FELIPE – É dela mesmo, ela quem compôs.
LAURO – Uau. Essa informação eu não sabia. (voltam a prestar atenção na apresentação de Alice, Felipe está bobo com a filha)
[CENA 12 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ NOITE]
(Pedro e Carol estão assistindo o programa sozinhos. Carla não estava se sentindo muito bem, havia ido se deitar com Miguel, Frederico foi dormir também)
PEDRO – Não conhecia está música.
CAROL – Convenhamos que ela é boa. Vou já pesquisa-la na internet. (pega seu celular e começa a digitar trechos da música, tentando encontrá-la) Estranho, não aparece.
PEDRO – Também não me recordo do nome quando apareceu.
CAROL – Talvez ela comente o cantor, daí é mais fácil procurar.
PEDRO – Tenho que concordar também, que é uma bonita música. Acho que está aí ela leva.
CAROL – Olha só, finalmente decidiu torcer para a priminha.
PEDRO – Eu não estou torcendo por ela, ainda acho que tem vozes melhores que merecem este prémio. No entanto, concordo que ela é uma excelente cantora. Se não fosse tão mimada, até torceria para que ele tivesse um futuro brilhante na música.
CAROL – Também não estou torcendo para ela, mas ela canta bem, isso não podemos negar.
[CENA 13 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ NOITE]
(Alice encerra sua apresentação, e sai do palco aplaudida pelos jurados e plateia. Jackeline vai para frente do palco começa a cantar)
[CENA DE MÚSICA – TUDO DIFERENTE (MARIA GADÚ)]
Todos caminhos trilham pra a gente se ver 1
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Todos caminhos trilham pra a gente se ver 2
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Todos caminhos trilham pra a gente se ver 3
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
(2x)
A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
Você passa, eu paro 4
Você faz, eu falo
Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem
Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo
Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate
Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas as trilhas caminham pra gente se achar, viu
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade
A qualquer distância o outro te alcança 5
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta
1. Jackeline começa a andar pelo palco, focando-se na plateia. Alice está no fundo, ouvindo a música da rival, e achando que a vitoria está no papo já.
2. Jackeline para de andar em frente aos jurados, ainda focando-se na plateia.
3. Alice finge estar curtindo a apresentação de Jackeline. Lauro, que está com a mãe de Jackeline vendo a apresentação, abraça a mãe dela, que se emociona.
4. Jackelina volta a andar pelo palco. Alice está apenas balançando a cabeça de um lado para o outro, ainda fingindo curtir a música.
5. Volta para o meio do palco, encerra a música, olhando para a plateia. Assim que termina, plateia e jurados batem palmas, não com tanto empolgação como foi para Alice.
[CENA 14 – CASA DA ANA/ SALA/ NOITE]
(Ana está assistindo o programa sozinha, Junior havia ido dormir)
ANA – É, essa Jackeline canta bem. (campainha) Quem será hora dessa? (pensa em chamar seu pai, antes decidi ir até a porta, e verificar quem é) Quem é?
ALAN – (respondendo do outro lado da porta) Sou eu, Ana. Deixa eu entrar, por favor.
ANA – Alan? (assim que abre a porta, Ana encontra Alan chorando, ele a abraça)
ALAN – (chorando) Deixa eu ficar aqui hoje, por favor?! (Ana continua abraçando-o, confusa)
Continua no Capítulo 60…