“Dois Corações”

 

[CENA 01 – SHOPPING/ DIA]
(Alice continua olhando para Rita, desconfiada de sua ajuda espontânea)
ALICE – E você me ajudaria assim, sem pedir nada em troca?
RITA – Só o fato de ajudar você, por quem sou muito fã… é o bastante.
ALICE – Nossa, obrigada. Não imaginava que tinha uma fã n° 1 tão perto de mim.
RITA – Quase isso.
ALICE – Pois bem. Vamos comer alguma coisa, assim posso contar para você detalhadamente qual o plano.
RITA – Bem que eu iria adorar comer alguma coisa com você, só que infelizmente meu irmão precisa de mim na lanchonete. Será que podíamos marcar em um outro momento?
ALICE – Claro, sem problema. Me dar seu telefone, vou adicionar meu número nele aí quando você puder, você me liga.
RITA – Está bem. (entrega seu celular para Alice, que adiciona seu número e devolve para Rita novamente) Assim que eu tiver uma folga, ligarei para você.
ALICE – Ficarei aguardando. Prazer te conhecer…
RITA – Rita. Me chamo Rita.
ALICE – Prazer em te conhecer, Rita. Minha fã. (vai embora, sorrindo)
RITA – (observando-a) É, parece que ela não se lembra de mim. Que bom, posso usá-la para me aproximar do Felipe. (volta para a lanchonete do Ivo)

[CENA 02 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Daniel e Henrique voltam para a mesa após cantarem, Dácio havia ido embora e nenhum dos dois o percebeu entrando ou saindo da lanchonete)
HENRIQUE – (animado) Estava sentindo falta das nossas músicas. Lembra quando cantamos Aí Já Era, detrás da quadra?
DANIEL – (lembrando, sorri) Lembro sim. Também estava sentindo falta de quando cantávamos juntos.
HENRIQUE – Vamos cantar outra depois, com certeza!
DANIEL – Eu não sei. Tenho que voltar para a casa, meu pai deve ter chegado em casa.
HENRIQUE – Relaxa, só vamos tomar um sorvete e iremos cantar outra pequena. E até sei qual iremos cantar. (faz sinal para Ivo, que estava atendendo outra mesa, enquanto Daniel só queria sair dali)

Anoitecendo…

[CENA 03 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Letícia está deitada na cama, olhando para o teto, lembra quando Cássia passou para a semifinal, sorri assim que termina a lembrança. Eduardo bate na porta do quarto dela e entra)
EDUARDO – Oi!! Olha só quem ganhou uma surpresa?! (entra com seu violão nas mãos)
LETÍCIA – (sentando-se, surpresa) Eduardo!! Como entrou aqui? Se a Regina te pega, ela é capaz de mandar os seguranças te tirarem daqui.
EDUARDO – Relaxa, ninguém vai me expulsar daqui. (coloca o violão no sofá do quarto e se aproxima da cama dela) Tenho livro acesso.
LETÍCIA – Como assim?
EDUARDO – Não interessa agora, simplesmente, de agora em diante, não iremos mais se despedirmos por meio de uma tela de computador. (senta-se ao lado dele, segurando-a sua mão) Prometo vim todas as noites de visitar. Até você melhorar e voltar para casa.
LETÍCIA – (sorriso desmanchando-se, abaixa a cabeça) Eu não tenho mais esperanças de voltar para casa.
EDUARDO – Ei, ei… por que está pensando assim? É claro que você vai ficar boa, vai sai desse hospital… não quero te ver triste, ainda mais agora que podemos ficar juntos novamente.
LETÍCIA – Estou três meses internada, Eduardo. Algo me diz que não irei voltar mais para casa.
EDUARDO ­– Não quero que você fique com esses pensamentos, tá bem? Agora vamos mudar de assunto, que eu estava morrendo de saudades de você. (se aproxima dela, a beija)
LETÍCIA – (encerrando o beijo) Eu também estava morrendo de saudades de você. (sorri e voltam a se beijar)
EDUARDO – (encerrando, levanta da cama e pega seu violão) E, sabe de outra coisa que eu também estava sentindo muita saudade? Da cantarmos uma! (sorri e começa a tocar)

[CENA DE MÚSICA – DOIS CORAÇÕES (MELIM)]

[EDUARDO]
Eu era apenas eu 1
Nada demais
Chorava enquanto meu coração escondido
Ia seguindo os teus sinais

Você era você
Tão especial
Me olhava igual sorriso de criança
Esperando o presente de Natal

[LETÍCIA]
Vi que era amor 2
Quando te achei em mim
E me perdi em você

[EDUARDO E LETÍCIA]
Somos verso e poesia 3
Outono e ventania
Praia e carioca
Somos pão e padaria
Piano e melodia
Filme e pipoca

[EDUARDO]
De dois corações um só se fez 4
Um que vale mais que dois ou três

[LETÍCIA]
Vi que era amor
Quando te achei em mim
E me perdi em você

[EDUARDO E LETÍCIA]
Somos verso e poesia 5
Outono e ventania
Praia e carioca
Somos pão e padaria
Piano e melodia
Filme e pipoca
De dois corações um só se fez
Um que vale mais que dois ou três

1. Eduardo começa a tocar seu violão, assobiando em direção a cama de Letícia. Começa a canta em frente dela. No segundo trecho da música, se afasta da cama, e começa a andar pelo quarto, ainda olhando para Letícia.
2. Letícia, que ficou um pouco mais corada ao ouvir Eduardo, senta-se mais na cama e começa a cantar. Nathaniel aparece ao seu lado, sorrindo. Eduardo volta a se aproxima da cama dela.
3. Eduardo fica do lado dela, e os dois começam a cantar, olho no olho. Nathaniel se afasta, e observa-os cantar no canto do quarto.
4. Eduardo volta a se afastar de Letícia, caminha pelo quarto, e vai para o outro lado da cama dela. Letícia parece bem, parece estar mais viva.
5. Eduardo volta a se aproximar de Letícia, senta-se na cama, e termina a música ao lado dela. Os dois se aproxima e se beijam.

[CENA 04 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA/ NOITE]
(Carla e Miguel vem descendo as escadas, felizes)
FREDERICO – Olha só, parece que o casal aproveitou bem o dia.
PEDRO – Pela a cara de bobo que os dois estão fazendo, parece que sim vô.
MIGUEL – Aproveitamos sim, família. O nosso dia foi incrível. (a beija)
CARLA – E vai ser melhor, assim que a Paula chegar.
FREDERICO – A Paula virá para cá?
CARLA – Sim. (caminha com Miguel até o sofá, os dois sentam-se) Ela só não me disse quando virá, pois precisava pedir férias no trabalho, mas garantiu que será em breve.
PEDRO – Talvez ela venha para comemorar as festas junto com a gente.
FREDERICO – Se ela puder ficar até o Natal, já me faria muito feliz. (campainha, Pedro levanta e vai atender)
MIGUEL – Quem deve ser hora dessa?
PEDRO – Pode deixar que vou perguntar antes de abrir. (encostando na porta) Quem é?
PAULA – A melhor tia do mundo! (Pedro sorri ao reconhecer a voz da sua tia, abre a porta, os dois voltam para a sala)
FREDERICO – Filha! (levanta e a abraça)
CARLA – Paula, o que está fazendo aqui? Estávamos justamente falando de você. (também a abraça) Por que não avisou que viria hoje?
PAULA – Porque queria fazer uma surpresa.
FREDERICO – Mas tinha mandado ao menos uma mensagem, que havia chegado. Teríamos buscado você na rodoviária.
PAULA – Também não queria incomodar, papai. Espero não ter chegado atrasado para o jantar?
CARLA – Não chegou, na verdade iriamos agora mesmo para cozinha.
PAULA – Que bom. Então onde eu vou ficar?
CARLA – Vem, vou te levar até o quarto de hospedes. (Paula e Carla sobem para o quarto, as duas cochicham alguma coisa e sobem sorrindo)
MIGUEL – Que bom que a Paula chegou. Creio que a estadia dela aqui por alguns dias, fará bem para a Carla.
FREDERICO – As duas são muito unidas, tenho certeza disso.

[CENA 05 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ NOITE]
(Daniel está estudando, em frente ao computador, lembra da música que cantou com Henrique hoje à tarde. Sua lembrança é interrompida, com um convite de vídeo chamada de Dácio. Levanta da cadeira, fecha a porta do quarto com a chave, volta para a mesa, fecha o livro que estava estudando e aceita a ligação)
DANIEL – Oi! Desculpa por nosso passeio de hoje à tarde ter sido cancelado. É que surgiu um imprevisto…
DÁCIO POR VÍDEO – Sem problema. Eu te vi conversando com um cara e depois indo embora com ele. Suspeito que seja seu ex.
DANIEL – É ele sim.
DÁCIO POR VÍDEO – Para onde vocês foram?
DANIEL – Ele queria conversar comigo, então o levei até a lanchonete do Ivo.
DÁCIO POR VÍDEO – O que ele queria conversar com você?
DANIEL – (percebendo um certo tom de ciúmes na pergunta) Nada demais, na verdade, ele só queria me pedir desculpa pelo que conversamos dias atrás.
DÁCIO POR VÍDEO – Bem, como nosso passeio foi cancelado, tive a tarde de folga para aproveitar e entrei nas redes sociais desse cara aí. (Daniel sorrir ao ver como Dácio se referiu a Henrique) E descobri umas conversas bem ousada com uns outros caras.
DANIEL – Outros caras?
DÁCIO POR VÍDEO – Sim. Uns 6 no total. Dois de onde ele está morando e 4 daqui.
DANIEL – (surpreso) 4?!
DÁCIO POR VÍDEO – Sim. Um até tentou marcar um encontro com ele, depois que ele chegou, só que o cara acabou desistindo na última hora.
DANIEL – Você tem noção de desde quando ele mantém contato com esses 4?
DÁCIO POR VÍDEO – Sim. Eu acompanhei as conversas inteira, o que particularmente é muita conversa, procurando o inicio que elas começaram a ser trocadas. A mais antiga é de dois anos pra cá.
DANIEL – Dois anos?!
DÁCIO POR VÍDEO – (olhando para um papel) As demais são menos de 1 ano. Posso garantir que você não foi o primeiro a ser chantageado com algo íntimo.
DANIEL – Ele chegou a chantagear outros também?
DÁCIO POR VÍDEO – Sim. Ele até conseguiu dinheiro com um.
DANIEL – (levanta da cadeira, decepcionado novamente, diz baixinho) E eu que estava acreditando que o Henrique estava arrependido.
DÁCIO POR VÍDEO – Esse seu ex não é flor que se cheire, hein.
DANIEL – (voltando para a frente do computador) Estou vendo. E o vídeo, você conseguiu encontrar algo?
DÁCIO POR VÍDEO – Não, ainda não. Para invadir o computador preciso de mais um tempo. E mesmo assim, é como eu te falei, ele poder ter o vídeo em outros lugares.
DANIEL – Eu sei. Importa que sabemos quem realmente o Henrique é de verdade. Preciso me aproximar dele, e tentar apagar o vídeo.
DÁCIO POR VÍDEO – Toma cuidado, Daniel. Ele tem um temperamento bastante forte quando é irritado.
DANIEL – Pode deixar, Dácio. Que eu sei me virar com Henrique.

[CENA 06 – CASA DE ANA/ Q. DE ANA/ NOITE]
(Ana está deitada em sua cama, lembra da lembrança que teve quando tocou em Dácio dias atrás, onde o mesmo estava no quarto de Daniel, se beijando. Chega uma mensagem eu seu celular, encerrando sua lembrança)
ALAN POR MENSAGEM – “Vou conversar com minha mãe agora.” “Me deseje sorte!”
ANA – “Vai dar tudo certo. Você vai conseguir convencê-la a buscar um tratamento.” (aguarda uma mensagem de Alan, já que não chega, desliga o celular e volta a olhar para o teto, pensativa)

Amanhecendo…

[CENA 07 – CENTRO EDUCACIONAL GUSTAVO AGUSTO/ PÁTIO/ DIA]
(Manuela está andando pelos corredores, procurando por Tiago. Ela vai para o pátio e o encontra conversando com outra garota, bem sorridente)
MANUELA – Então é isso?
TIAGO – Isso o que?
MANUELA – Você já me dispensou?
TIAGO – A gente conversa depois sobre as aventuras do seu irmão. (a outra garota vai embora, Tiago se levanta da mesa e fica de frente para Manuela) Do que você tá falando?
MANUELA – Você não me manda mais mensagens, passou ontem por mim e fingiu que eu não existia. É isso? Conseguiu o que queria e depois me deixa de escanteio.
TIAGO – Eu só estou fazendo o que você me pediu. Estou te dando espaço para você estudar para seus estudos.
MANUELA – Mas precisava sumir assim, não mandar mensagem, não falar comigo.
TIAGO – Eu estou falando com você agora.
MANUELA – Não estou me referido a agora, você sabe muito bem. Eu tenho medo de te perder. Tenho medo de você ter apenas me usado e…
TIAGO – Olha, o antigo Tiago seria capaz de fazer isso. Ficaria contigo e depois partiria para outra. Esse Tiago… (se aproxima dela) … com quem você tá falando agora, não seria capaz disso. Confesso que fiquei um pouco chateado, por você estar me trocando por livros, mas eu entendo e não quero ser o responsável por você ter ido mal no vestibular.
MANUELA – Então, tudo bem com a gente?
TIAGO – Se você me garantir que vai gabaritar a prova nesse final de semana sim. (a abraça e os dois caminham em direção à escola, sorrindo)

[CENA 08 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ DIA]
(Carla está terminando de lavar algumas louças, Paula entra na cozinha)
PAULA – Nossa, tive uma noite tão tranquila. O sossego que tem aqui é tranquilizador demais. (senta-se a mesa, e começa a se servir) Bom dia, irmã.
CARLA – Bom dia. O campo trás muita paz mesmo. Bom para quem precisa relaxar.
PAULA – Cadê todo mundo?
CARLA – Miguel está ajudando o papai com a fazenda, com os animais. Pedro está na escola.
PAULA – E você fica aqui sozinha a manhã inteira?
CARLA – (guardando as últimas louças, enxuga as mãos e senta-se em frente da irmã) Geralmente, sim. Não tenho muito o que fazer por aqui. Geralmente dou uma volta pelo campo, banho na cachoeira…
PAULA – Por falar em cachoeira, daqui a pouco quero dar uma volta por lá. Você vem comigo?
CARLA – Vou sim, quero aproveitar o máximo a sua estádia aqui.
PAULA – (percebendo algo estranho) Tudo bem? Alguma novidade sobre seu aneurisma?
CARLA – Nada novo. Os últimos exames mostraram que ele parou de aumentar de tamanho, e a tranquilidade do campo, tem sido um dos fatores que ajudaram nisso.
PAULA – Que bom, minha irmã. Se continuar nesse ritmo, pode ser operável, né?
CARLA – (fica alguns segundos em silêncio, pensa em contar a verdade para a irmã, mas acaba desistindo) O médico me deu algumas semanas para novos exames. É preciso verificar se ele realmente parou de crescer, e verificar se a área que ela está localizado, realmente pode ser operável.
PAULA – Vai dar tudo certo, irmã. Tenho fé que você ficará boa, e voltará a sua vida como era antes. (Carla finge um sorriso para irmã, logo após fica apreensiva)

[CENA 09 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Ana e Alan estão conversando em um dos banquinhos, Alan está sério)
ANA – (preocupada com a cara que Alan está fazendo) Como foi a conversa com a sua mãe?
ALAN – Não tem jeito, Ana. Com minha mãe não tem diálogo. Quando ela coloca algo na cabeça, ninguém tira.
ANA – Então ela não aceitou ir atrás de um tratamento?
ALAN – Não, porque ela mesmo diz que não tem doença nenhuma. Que ela consegue parar quando ela quiser.
ANA – Todos dizem isso.
ALAN – O pior que ela já devolveu a casa para o dono, e temos algumas semanas para a mudança.
ANA – Você vai embora mesmo?
ALAN – Vou. É só o tempo de encerrar o ano letivo, e vou embora para sempre, Ana!

[CENA 10 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ CACHOEIRA/ DIA]
(Paula e Carla estão tomando banho na cachoeira, ambas se divertindo e brincando)

[CENA 11 – CADEIA/ DIA]
(os presos estão se encaminhando para tomar banho de sol, Flávio observa a movimentação estranha que alguns estão fazendo. O cara que estava combinando a rebelião ontem, olha para outros caras e dão sinal para começar. Dois acabam criando uma briga no corredor da cadeia, os dois guardas que estavam acompanhando os presos tentam separar, no entanto, essa briga foi apenas precursora de outras brigas. Em questão de minutos, uma multidão de presos criam uma confusão nos corredores. Outros guardas aparecem, tentando acalmar. Flávio fica de olho no cara que organizou tudo, e ao ver ele correndo para o pátio, vai atrás. No pátio, havia uma escada no local e alguns outros presos já esperando por esse cara. Pouco a pouco ele conseguem subir o muro e pulam para fora da cadeia. O último, deixa a escada em pé no muro, Flávio aproveita essa chance e também consegue fugir)

Mais Tarde…

[CENA 12 – SHOPPING/ TARDE]
(Rita está sentada em uma lanchonete, em um andar abaixo à lanchonete do Ivo. Ela aproveita que conseguiu se livrar um pouco do irmão, liga para Alice e combina com ela para as duas conversarem)
RITA – (Alice entra na lanchonete, procura por Rita. Rita e ver primeiro e dar sinal para ela) Alice, aqui!
ALICE – (senta-se de frente a ela) Eu também não posso demorar, consegui despistar do motorista do meu pai, mas logo ele deve vir atrás de mim.
RITA – Não se preocupa, eu também não posso demorar muito. Só combinei aqui para saber do seu plano.
ALICE – Você está disposta mesmo a me ajudar com meu pai?
RITA – (confiante) Pode contar comigo, para o que você precisar. (Alice olha para Rita, sorrindo)

[CENA 13 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Daniel está sentado em uma mesa, trocando mensagem com Dácio, aguardando Henrique. Henrique entra na lanchonete, ver Dácio e caminha até ele)
HENRIQUE – (sentando em frente à ele, sorrindo) Não esperava que iriamos repetir nosso número tão rápido assim.
DANIEL – (desligando o celular, olha para ele sério) Não te chamei aqui para cantarmos.
HENRIQUE – E essa frieza toda?
DANIEL – Precisamos conversar, Henrique. E o assunto é sério! (Henrique fica sério)

[CENA 14 – CASA DE ALICE/ SALA/ TARDE]
(Luana e Verônica estão na sala conversando)
VIVIANE – E para onde você vai?
LUANA – Vou passar um tempo na fazenda de um amigo.
VIVIANE – Esse amigo é só um amigo mesmo ou é algo mais…
LUANA – (envergonhada) É só um amigo, Viviane. Vim aqui apenas me despedir, saber como vocês estão. Ver a Alice também.
VIVIANE – Desculpa o que vou te falar agora, mas para uma mãe, você quase não vem visitar a menina. Você ao menos a parabenizou por ela ter chegado a semifinal daquele programa?
LUANA – Não pessoalmente. Mas mandei mensagem para ela parabenizando-a no dia seguinte do programa.
VIVIANE – Uma filha precisa muito mais que simples palavras por mensagem. Ela precisa de carinho, afeto… algo que só a mãe pode dar. (Luana abaixa a cabeça)
LUANA – Ela está em casa?
VIVIANE – Não. Infelizmente ela saiu. Foi comprar alguma coisa para usar no programa. Mas logo ela deve estar voltando, quiser esperar.
LUANA – Vou esperar um pouco. Felipe está na empresa?
VIVIANE – Está sim, não se preocupa que você não correrá o risco de encontrá-lo aqui. (assim que Viviane termina de falar, Felipe chega em casa) Filho? (Luana se levanta) Você chegou cedo? O que houve?
FELIPE – Não estava me sentindo muito bem. (coloca a pasta em cima da mesa da sala, e se aproxima de Luana) Oi, Luana.
LUANA – Oi, Felipe. Você não estar se sentindo bem?
FELIPE – É apenas uma dor de cabeça, um mal-estar. Acho que por mexer demais no computador. Não precisa se preocupar, vou tomar um banho, tomar um remédio e me deitar. E você, o que veio fazer aqui?
VIVIANE – (respondendo antes que Luana falasse) Ela veio se despedir, filho. Luana vai embora! (Felipe olha para Luana, surpreso, assim como ela, já que não queria contar a verdade para Felipe)

Continua no Capítulo 66…

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