“Os Anjos Cantam”

 

[CENA 01 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Ana continua olhando para Alan)
ANA – Você vai fugir?
ALAN – Nós vamos. Vem fugir comigo, Ana.
ANA – Não, eu não posso Alan. E você também não. Esse não é o melhor jeito para resolver as coisas.
ALAN – Se eu ficar com minha mãe, ela vai me levar para uma outra cidade, e eu nunca mais irei ver você. Mas se você fugir comigo… (segura as mãos dela) …poderemos ficar juntos para sempre.
ANA – (solta das mãos dele) Desculpa, mas não. Eu não posso fugir com você.
ALAN – Eu pensei que você estivesse do meu lado?!
ANA – E estou. Só que fugir não vai resolver nada. Não vai ajudar sua mãe. Pelo contrário, pode só piorar as coisas.
ALAN – (se afasta dela, de cabeça baixa) Então eu não posso contar com você.
ANA – Você estar nervoso, não estar pensando corretamente. Vem comigo pra casa, lá eu posso te ajudar.
ALAN – Não. (levanta da mesa, pega sua mochila)
ANA – (levanta também) Onde você vai, Alan?
ALAN – Eu vou para um lugar onde eu não tenha mais que fugir.
ANA – Espera, Alan… (tenta segurar o braço dele)
ALAN – (saindo da mesa, antes que Ana o segurasse) Não venha atrás de mim, Ana. (sai da lanchonete, Ana continua em pé, observando-o, triste)

[CENA 02 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ NOITE]
(Pedro continua em pé na entrada da cozinha, Carla e todos na mesa, ficam surpresos)
PAULA – Claro que sua mãe vai morrer. Todos nós iremos morrer um dia Pedro.
PEDRO – Só que eu ouvi que…
PAULA – Você ouviu que quando sua mãe morrer, algo que vai demorar muito tempo, ela gostaria de ser enterrada onde a mamãe e a sua irmã estão. (olha para Carla para que ela confirmasse)
CARLA – É verdade, filho. (levanta e caminha até ele) Não precisa se preocupar, eu estou bem. Você quer jantar?
PEDRO – Não, obrigado. Eu comi com a Carol no passeio. Estou sem fome agora.
PAULA – (tentando mudar o clima que ficou na sala) Quero só saber quando vai sair o casamento de vocês!
PEDRO – Vai demorar ainda viu. Nem eu e nem ela, estamos com planos de casar.
PAULA – Estão certo, casamentos é só roubada. Exceto o da sua mãe, esse é sucesso. (Carla volta a sentar-se na mesa)
PEDRO – Bem, vou para o meu quarto. Qualquer coisa, como alguma coisa mais tarde.
CARLA – Está bem, filho. Mais tarde passo em seu quarto, para dar meu boa noite.
PEDRO – Ok. (Pedro sai da cozinha, todos voltam a se tranquilizar)
MIGUEL – Essa foi por pouco.
FREDERICO – Ele precisa saber, Carla.
CARLA – Eu sei, pai. Eu vou contar para ele, só preciso de um tempo.
FREDERICO – Tempo é o que você não tem, filha.

[CENA 03 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ NOITE]
(Daniel e Henrique continua sem encarando por alguns segundos, Henrique sai debaixo de Daniel, levanta da cama e caminha até o computador)
DANIEL – Eu preciso acreditar em você, e para isso você precisa apagar aquele vídeo.
HENRIQUE – Você tem razão!
DANIEL – Tenho?
HENRIQUE – Tem. Eu vou apagar o vídeo. (pega seu celular, entra em sua conta da nuvem) Eu o salvei na nuvem, mas vou apagá-lo agora. (Daniel não imagina que seria tão fácil assim convencê-lo, sorri) Pronto, apagado.
DANIEL – Sério? (levanta e caminha até ele, para conferir)
HENRIQUE – Sim. Veja! (mostra o celular para Henrique)
DANIEL – Maravilha!
HENRIQUE – (coloca o celular na mesa, se aproxima de Daniel, que começa a esquivar dele) Agora, é hora de continuar o que estávamos fazendo.
DANIEL – (se afastando dele) Também quero, mas acho que meu pai estar para chegar.
HENRIQUE – Não estar. Ainda é cedo. Quando seu pai sai com os amigos dele, sei que ele só volta tarde.
DANIEL – Eu o ouvi combinando que não poderia ficar até tarde hoje.
HENRIQUE – (começa a ficar desconfiado) Você tava me usando, né?
DANIEL – Te usando? Como assim?
HENRIQUE – Você tava todo fácil assim pra mim hoje, com esse papinho mole, me trouxe até sua casa, para me convencer a apagar o vídeo? E agora que eu apaguei, você está querendo sair fora.
DANIEL – Não, claro que não. Quero muito ficar contigo novamente. Só tenho medo de meu pai chegar e nos pegar aqui.
HENRIQUE – (volta a se aproximar dele) Algo me diz que seu pai não vai chegar tão cedo. Então, acho que temos muito tempo para aproveitar um pouco. (o beija, e sente o beijo dele diferente dessa vez) Você não quer ficar comigo, né?
DANIEL – (se afasta dele novamente) Claro que quero!
HENRIQUE – Não quer ficar comigo, porque ainda continua com aquele cara.
DANIEL – Você está enganado.
HENRIQUE – (volta a se aproximar dele, o puxa pela cintura) Se estou enganado, então fica comigo! (os dois se olham por alguns segundos, Daniel não quer ficar com Henrique, mas com medo de que ele fica chateado e tenha outra cópia do vídeo por aí, volta a fingir estar interessado nele)
DANIEL – Vou te mostrar, como o único que eu quero ficar aqui é com você! (o beija, os dois voltam a se pegar, caminham para a cama, e se jogam nela. Henrique tira sua camisa, tira a calça, assim como Daniel, e voltam a se pegar)

Amanhecendo…

[CENA 04 – CASA DE ANA/ COZINHA/ DIA]
(Ana estar tomando o café da manhã, preocupada com Alan, que até agora não atende suas ligações e nem responde suas mensagens)
ANA – (digitando mais uma mensagem) “Por favor, Alan… onde você está? Estou preocupada!” (guarda o celular, volta a comer, preocupada)

[CENA 05 – CASA DE LAURA/ SALA/ DIA]
(Laura está na sala vendo TV, a empregada que a mãe dela contratou estar na cozinha, preparando o almoço. Flávio consegue abrir a porta, entra devagarinho, e ao ver Laura sozinha na sala, se aproxima da garota. Caminha em passos leves próximo ao sofá, e por trás, segura a boca da menina, que a assusta)
FLÁVIO – Shii, shii. Eu voltei, querida. (Laura logo fica com medo, começa a chorar) Oh, tanto tempo sem me ver que ficou emocionada. Nós vamos nos divertir agora, viu. (a tenta tirar do sofá) Shii, se você fizer qualquer barulho, eu mato você aqui mesmo. (Laura logo fica paralisada, chorando) Boa menina. (consegue tirá-la do sofá, e com a mão na boca dela, saem de casa)

[CENA 06 – CASA DE SAMUEL/ Q. DE DANIEL/ DIA]
(Daniel está sentado em sua cama, pensativo. Chega uma mensagem de Dácio em seu celular)
DÁCIO POR MENSAGEM – “Então, como foi o encontro com o chantagista?”
DANIEL – “Bem. Consegui com que ele apagasse o vídeo”
DÁCIO POR MENSAGEM – “Sério? Que bom, isso significa que estar livre dele?!”
DANIEL – “Talvez. Preciso saber se ele não tem uma outra cópia do vídeo por aí”
DÁCIO POR MENSAGEM – “Já que ele não tem mais nada para te chantagear, podemos usar o que descobrimos dele, o que acha?”
DANIEL – (pensativo antes de responder) “Melhor não. Preciso garantir que não há nenhum outro vídeo, aí decidimos como iremos nos livrar dele”
DÁCIO POR MENSAGEM – “Como você quiser” (não trocam mais mensagem, Daniel guarda seu celular, e pensa na noite anterior)

[CENA 07 – CASA DE PAULA/ SALA/ DIA]
(Flávio chega na casa da Paula, com a Laura. Ela continua assustada)
FLÁVIO – Chegamos, querida. (solta ela, que corre para próximo as escadas)
LAURA – Eu quero a minha mãe!
FLÁVIO – Sua mãe não gosta de você.
LAURA – (grita) Mentira!
FLÁVIO – (se aproxima dela, agressivo) Não grita. (coloca a mão na boca dela novamente, Laura começa a chorar) Ninguém pode saber que estamos aqui. (faz carinho no rosto dela) Eu não vou machucar você, querida. Eu vou tirar a mão da sua boca, mas você vai me prometer que não irá gritar. Promete? (Laura confirma com a cabeça, Flávio espera alguns segundos, retira a mão da boca de Laura, que começa a gritar)
LAURA – Socorro!! Alguém me ajuda… (Flávio coloca a mão na boca dela novamente)
FLÁVIO – Eu não queria fazer isso, mas você não me dar outra opção. (a segura nos braços com força, ainda tampando a boca dela. Ela tenta resistir, mas não tem forças contra ele, Flávio a leva para a cozinha)

[CENA 08 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ SALA – COZINHA – Q. DE CARLA/ DIA]
(Paula vem descendo as escadas, com uma pequena mochila nas costas. Deixa a mochila em cima do sofá, caminha até a cozinha a procura da irmã. Não a encontrando, e estranhando, decide procurá-la no quarto dela)
PAULA – (batendo na porta e entrando) Carla, estou indo para rodoviária. (a encontra deitada na cama) Não levantou hoje?
CARLA – (doendo a cabeça) Não. Acordei com uma forte dor de cabeça. Consegui nem levantar da cama.
PAULA – Então é melhor eu ficar aqui, você talvez precise de alguma coisa.
CARLA – Eu estou bem, irmã. É só uma dor de cabeça, logo ela vai passar. Não quero estragar sua viagem.
PAULA – Eu posso viajar outro dia, sem problema. A minha preocupação agora é com você.
CARLA – Estou bem, não precisa se preocupar. (senta-se na cama, as dores aumentam, ela disfarça) Viu, consigo até levantar.
PAULA – Eu acho melhor você ficar deitada. Quer que eu pegue algum remédio para você?
CARLA – Não precisa. Tenho os mais importantes aqui comigo… (aponta para uma bandeja com alguns comprimidos) …e você vai perder seu ônibus.
PAULA – Eu já disse. Eu não me importo, posso viajar outro dia. Não posso viajar, com você nesse estado.
CARLA – Você é muito cabeça dura, não é mesmo!
PAULA – Tenho a quem puxar. (Carla volta a se deitar) Vou guardar minha mochila no meu quarto, é já que eu volto.
CARLA – Melhor você descer para a cozinha, preparar o almoço para quando o papai e o Miguel chegarem.
PAULA – Não tenho boas recordações da última vez que tentei cozinhar.
CARLA – Relaxa, se você não quis viajar, você vai aprender agora. (Paula ri)
PAULA – Você tem certeza que estar se sentindo bem para descer?
CARLA – Estou sim. Vai lá guardar sua mochila, que daqui a pouco desço para te ensinar a cozinhar.
PAULA – Está bem, qualquer coisa, só me chamar. (Paula sai do quarto, Carla continua deitada na cama, com muita dor de cabeça)

Anoitecendo…

[CENA 09 – CASA DE ANA/ SALA/ NOITE]
(Ana estar vendo TV, quando escuta seu pai vindo da cozinha, falando com alguém pelo telefone)
JUNIOR – Se acalme senhora, creio que a minha filha não tem nada a ver com o sumiço do seu filho. (Ana logo pensa em Alan, desliga a TV e presta atenção em seu pai) Eu garanto a senhora que ele não está aqui. Se não acredita venha a senhora mesma conferir. Pode chamar, que ninguém aqui tem nada a esconder da polícia. (mãe de Alan desliga) Desligou na minha cara.
ANA – Era a mãe do Alan?
JUNIOR – Era. Ele não aparece em casa desse ontem à noite. Ela acha que ele veio para cá, porque os dois vão se mudar em alguns dias. O Alan não está aqui não, né Ana?
ANA – Não. Ele foi embora.
JUNIOR – Como assim ele foi embora? (senta-se no sofá, ao lado de Ana)
ANA – Ele combinou um encontro comigo ontem, e me chamou para fugir com ele. Eu obviamente não aceitei, tente convencê-lo a mudar de ideia, mas ele foi embora assim mesmo.
JUNIOR – Você não tem ideia para onde ele foi? A mãe dele estar preocupada procurando-o.
ANA – Não sei, pai.
JUNIOR – Você precisa contar isso para ela. Talvez ela tenha alguma ideia para onde ele tenha ido. (levanta do sofá, discando para a mãe de Alan)
ANA – Ela não gosta muito de mim, duvido que que vai querer falar comigo.
JUNIOR – Se o assunto for sobre o filho, vai sim. (mãe de Alan atende) Oi, acredito que a ligação tenha caído daquela hora. Eu conversei com a minha filha, e ela tem algo para contar para você. (passa o celular para Ana) Conta a verdade, filha.
ANA – (recebe o celular de Junior, coloca no ouvindo) Oi.

[CENA 10 – CASA DE PAULA/ COZINHA/ NOITE]
(Laura está amarrada na cadeira, enquanto Flávio termina de organizar alguns pacotes de biscoito na mesa para jantarem. As luzes continuam apagadas, já que Paula continua em viagem, e ele não queria que ninguém aparecesse)
FLÁVIO – Por enquanto, temos só isso para jantarmos, querida. A Paula deve estar viajando, quando ela voltar, poderemos comer algo mais saudável, todos juntos em família. (Laura apenas o observa com nojo, Flávio enche uma tigela com biscoito e coloca na frente dela) Eu vou tirar a fita da sua boca, mas só se você prometer que não irá gritar. Ninguém pode saber que estamos aqui. (Laura fica quieta, Flávio levanta e tira a fita dela com cuidado. Vendo que ela não gritou, volta para onde estava, nesse momento Laura grita)
LAURA – Socorro!! Alguém me ajuda, socorro!! (Flávio se aproxima dela furioso, volta a tampar a boca dela com as mãos)
FLÁVIO – Você é teimosa, garota. Você não me dar outra opção a não ser tomar uma atitude mais drástica. (Laura o observa, com muito medo)

[CENA 11 – SÍTIO DE FREDERICO (MINAS)/ COZINHA/ NOITE]
(Carla estar sentada na mesa, ajudando a irmã a terminar o jantar. A dor de cabeça diminuiu, mas ainda continua incomodando-a)
PAULA – (apagando o fogo do fogão) Pronto. Agora só terminar de preparar a mesa.
CARLA – Viu, como é fácil cozinhar.
PAULA – Sendo auxiliada por você, fica né. Se fosse eu sozinha, teria estragando alguma coisa.
CARLA – Amanhã você fará sozinha, então.
PAULA – Nem pensar. (recebe uma ligação) Ué, que estranho?
CARLA – Quem é?
PAULA – É a mãe da Laura. Por que será que ela está me ligando?
CARLA – Atende, ué.
PAULA – Alô. Calma, você estar muito nervosa. Se acalma, e me conta o que estar acontecendo. (senta-se na mesa, chocada) Como assim o Flávio fugiu? A Laura sumiu? Mas como isso aconteceu? Você acha que ele está com ela?!

[CENA 12 – HOSPITAL/ Q. DE LETÍCIA/ NOITE]
(Eduardo estar andando pelo quarto de Letícia, tocando violão)

[CENA DE MÚSICA – OS ANJOS CANTAM (JORGE E MATEUS)]

[EDUARDO]
No primeiro instante, vi que era amor 1
No momento em que a gente se encontrou
No segundo instante, vi que era você
Já te amo tanto sem te conhecer

É que nos meus sonhos você é linda 2
Pessoalmente é mais linda ainda
Nosso amor veio de outras vidas
Eu vou te amar nas outras vidas que virão

É que você nasceu pra ser minha 3
Vamos dividir uma casinha
Uma cama, dormir de conchinha
Deus abençoou a nossa união

[EDUARDO E LETÍCIA]
E os anjos cantam nosso amor, ouo, ouo ouo 4
E os anjos cantam nosso amor, ouo, ouo, ouo
E os anjos cantam

1. Eduardo começa a tocar e andar pelo quarto do hospital, olhando para Letícia. Nathaniel aparece no canto do quarto, e os observa.
2. Letícia estar sentada na cama, dançando seguindo o ritmo da música, aparentemente bem.
3. Eduardo se aproxima de Letícia, sorrir e volta a andar para o outro lado do quarto.
4. Letícia começa a cantar com Eduardo, ele volta a se aproximar dela, e encerram a música. Nathaniel fica alguns segundos os observando, depois desaparece.

*Na versão de Eduardo, a música é acompanhada apenas pelo violão.

EDUARDO – (colocando o violão ao lado, caminha até a cama de Letícia, e senta-se ao lado dela) Você me parece tão bem hoje!
LETÍCIA – Estou ansiosa para o final do programa.
EDUARDO – Eu também. Essa vitória vai ser sua, confia em mim.
LETÍCIA – O que você está aprontando Eduardo? Olha lá, hein… essa final é muito importante para a Cássia, e para mim também.
EDUARDO – Não se preocupa, tá. Não vou fazer nada para estragar a noite da Cássia. Já escolheram a playlist para a final?
LETÍCIA – Já. Na verdade, a Cássia já preparou. (abaixa a cabeça, pensativa)
EDUARDO – E por que essa carinha?
LETÍCIA – É que eu queria cantar uma música para o meu pai. Mas, a Cássia disse que não dava, porque ela já havia preparado a playlist. E eu também não quis exigir muito, ela já vem com essa playlist muito antes do programa começar, é o momento dela. Ano que vem, eu poderei cantar todas para o meu pai.
EDUARDO – Que música você gostaria de cantar?
LETÍCIA – (pega seu celular, procura a música, e mostra para Eduardo pelo fone de ouvido) Essa. (Eduardo ouve a música)
EDUARDO – A música é bonita. (retira os fones e entrega para ela) Não se preocupa, você vai cantá-la na final do programa. Pode deixar comigo! (olha confiante para Letícia, a mesma fica curiosa)

Contínua no Capítulo 72…

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