Olá, leitor! Olá, leitora! Começa agora o vigésimo Observatório da Escrita, desde que comecei a apresentar este programa em 11 de novembro de 2018. Uma resenha da série Vale Dicere foi postada naquele dia, lembra? Hoje não tem resenha, mas vai ter coisas muito especiais envolvendo Saber Amar e Clarice Lispector. Vamos em frente!

 


Hoje vou fazer algo que costuma acontecer no Backstage: uma propaganda de uma das próximas produções da Cyber TV.

Dois dias depois da estreia do Observatório, surgia uma série chamada 00:00 neste próprio horário. Exibiu quinze contos de muito suspense e terror e obteve uma das maiores audiências da casa – superada até hoje apenas pelo programa dominical Cyber Show. Mais que isso: a primeira série integrante do projeto Autoria Coletiva, idealizado e dirigido por Isa Miranda, já rende frutos diversos. Entre eles, estão a versão digital a ser lançada no Amazon em breve, prêmios conquistados por alguns dos contos (como o Infinity 2018 para A Cobrança e Reflexo da Morte, de Cristina Ravela e Melqui Rodrigues respectivamente), e a nova série antológica de romance.

Saber Amar tem estreia marcada para a próxima semana, com postagens duas vezes por semana (terças e sextas) às 23h. O elenco traz nomes poderosos. Alguns deles são conhecidos do Mundo Virtual, como Fabiana Prieto, Alberto Sant’Anna, J.C. Gray, Eduardo Moretti, Andréa Bertoldo, May Margret, Hugo Martins, Cainara Biondo e Isa Miranda. Também integram o time: E.E. Soviersovski, Mori Katsu, Mayara de Godoy, Margareth Brusarosco, Gessyca Freze, Raquel Machado, L.M. Braz, Néka Martins e Júlia C. Marques. Pelo que li dos contos, a nova série promete repetir ou até superar o sucesso de 00:00.

Em Saber Amar, os personagens terão histórias de amor de diversas categorias: o amor próprio, o romântico, aquele entre irmãos, entre pais e filhos, o amor aos animais, o apego a um lugar de estimação e o que mais se possa imaginar de bom que passe pelo coração. Embora haja conflitos e obstáculos muitas vezes difíceis de serem ultrapassados, o final sempre será feliz. A intenção da antologia é trazer histórias para o(a) leitor(a) sonhar, amar e ter esperança.

Fique ligado(a), que a série vem logo para a telinha da Cyber. Dia 7 de maio, às 23h, começa com um conto imperdível de Hugo Martins.

 


A Ucrânia, um dos mais famosos países do Leste Europeu, contribuiu intensamente para a literatura brasileira. De lá veio, ainda bebê e fugindo da Guerra Civil Russa com a família, a futura escritora Chaya Pinkhasovna Lispector – ela mesma, a Clarice (1920-1977). Após uma breve passagem por Maceió, se estabeleceu em Recife (declarava-se pernambucana e renegava sua ligação com a Ucrânia), até se mudar para o Rio de Janeiro, já adolescente, e se estabelecer.

Estudou direito na UFRJ, já sabendo desde cedo que queria seguir carreira literária. Trabalhou como tradutora (era poliglota), escritora, jornalista e contista. Lançou inúmeros trabalhos como Laços de Família (não há relação direta com a obra homônima de Manoel Carlos), A Hora da Estrela (que rendeu uma adaptação em webfilme na Web Mundi recentemente), Perto do Coração Selvagem, A Maçã no Escuro, O Ovo e a Galinha, entre outros – seu estilo passava por romances, novelas literárias, contos, crônicas, entrevistas e temas infantis. Suas fontes de inspiração eram diversas: desde romances água-com-açúcar até histórias “pesadas” como as de Fiódor Dostoiévski, embora se destaque Felicidade, de Katherine Mansfield, que seria seu livro de cabeceira: “Este livro sou eu!”, dizia Clarice.

No seu estilo, prevalecia o drama subjetivo e a ruptura com o enredo factual. Suas histórias sempre apresentavam histórias nas quais as crises existenciais ocorriam tanto nos personagens, quanto nas formas literárias em si. O estilo da autora era particular e inimitável. Em sua carreira de três décadas e meia, Clarice foi contemporânea de outros grandes talentos nacionais. Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Francisco de Assis Barbosa, Jorge Amado e Guimarães Rosa foram alguns deles.

A escritora faleceu. em 1977, de câncer de ovário. Porém, uma década antes, ela se envolveu num incêndio. Enquanto fumava na cama, Clarice adormeceu e causou um grave incêndio no quarto. Após quase perder a vida, ela ficou dois meses internada e precisou de cirurgias para aplicação de enxertos. Hoje, mais de 40 anos depois, a obra de Clarice Lispector é lida, citada e amada por leitores do Brasil e do mundo.

 


O Observatório da Escrita fica por aqui, mas no próximo domingo tem mais. Uma obra da DNA e outra da WebTV ganharão resenhas. Espero você!

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