programa criado e dirigido por WELLYNGTON VIANNA
apresentação MARCELO DELPKIN

*

Olá, leitor(a)! o Observatório da Escrita está no ar com resenha em dose dupla. Ficou curioso(a)? Aproveite bem o programa de hoje, que está especial.

*


Custe o que Custar estreou na última segunda-feira e mostrou que não está para brincadeira. Tem novelão na área. Criada e escrita por Felipe Veiga, como bem descrito na foto que abre cada capítulo, a novela conta a história dos irmãos Caíque e Alberto Villas Boas. Qualquer semelhança com os bíblicos Caim e Abel não é mera coincidência: foi exatamente neles a inspiração de Veiga para a trama da Cyber. Jeremias está prestes a deixar sua herança nas mãos do dedicado e responsável Alberto, mas o primogênito Caíque não aceita a situação e deseja tornar-se dono de toda a fortuna, mesmo que precise se livrar do irmão. Alberto é dado como morto num acidente de carro. Mas será que morreu mesmo? Aguarde os próximos capítulos. Vamos à resenha do primeiro capítulo.

*

Inspirado nas novelas de João Emanuel Carneiro e nas séries estrangeiras, Felipe Veiga batiza cada episódio da novela. Olhe a imagem do capítulo Castelos Desmoronados ao lado da logo:

*

Nas primeiras cenas são feitas as devidas descrições, a fim de situar os leitores na trama. A função do roteiro é exatamente a de mostrar o que seria captado por uma câmera, caso o autor queira ou precise destacá-lo. Porém a língua portuguesa sofreu um pouquinho com a falta da letra maiúscula nos nomes de locais específicos e com o “e” redundante antes do etc. É que a conjunção já está presente na forma extensa da famosa abreviação latina: et cetera. Et significa “e” em latim e em francês. Aliás, acabei de me lembrar de um gato que tinha esse nome (kkkkkk) na fila da vacinação contra a raiva.

*

Se Théo Blackwell morria de amores pela empregada e “quase segunda mãe” Mirtes em Excelsior, o mesmo não se pode dizer de Caíque em relação a Lutero em Custe o que Custar. O protagonista já mostrou que não será nada agradável. Um toque: cuidado, autor, com o excesso de descrições que possam se aproximar do literário. É preferível mostrar o parentesco entre os personagens nos diálogos, deixando pouca coisa para as descrições. Assim o texto fica mais fluido.

*

Narcisista, orgulhoso, arrogante e presunçoso: todos os ingredientes para escrever um bom vilão estão presentes com força. Caíque me dá raiva só de ler uma fala dele.

*

Já imagina a reação do Caíque após a última fala do pai, não? Vai cair do cavalo rapidinho…

*

Acharam que Alberto era um anjinho? Que nada! Até tem um caso com a mulher do irmão. Se Caíque descobre os galhos na cabeça… Aqui temos Caim e Abel trocando traições.

*

Irmã de Caíque e Alberto, Suzana sonha em ser mãe; mas a agraciada de Felipe será outra. E a história vai render cenas fortes, hein?! Rola até morte! E Suzana vai comer o pão que o marido amassou. Haja sofrimento.

*

Após descobrir que mais uma das tentativas de Suzana engravidar deu errado, Felipe decide se divertir com uma garota de programa… e engravidá-la!

*

Jeremias sabe muito bem os filhos que tem e decide premiar Alberto com a herança. Assinalei algumas pontuações que faltaram no texto, como a vírgula do vocativo (chamamento).

*

Boom!!! Luciana soltou a bomba na cabeça de Felipe. Será que ele vai aceitar o filho? E se Suzana descobrir? Mistério!!!

*

Boom de novo!!! Estou imaginando o efeito de fim de capítulo na cara de orifício anal que o Caíque deve ter feito ao ouvir a revelação.

*

Custe o que Custar é um novela com todos os elementos de um folhetim: inveja, amor, traição, brigas e um pouco de humor quando possível. Caíque, o vilão, é o personagem de melhor construção na primeira semana. Ele ofusca Alberto em vários momentos. Luciana e Suzana também têm tramas fortes e marcantes, o que é um presente para qualquer dupla de atrizes. Tiffany, por sua vez, tem suas ótimas tiradas. O enredo é desenvolvido sem pressa e com bastante sutileza. Jussara e Lutero, os empregados da mansão de Jeremias, mantêm o carinho da Mirtes dos Blackwell. Pede-se atenção apenas à questão das crases e das pontuações. No resto, inclusive em relação ao formato de roteiro, parece tudo adequado. A novela promete repetir ou até superar o sucesso da atração anterior, Excelsior. Parabéns por mais este projeto que se realiza, Felipe! Gostei muito!

*


Acredite se quiser: a questão a seguir caiu no vestibular da PUC do Paraná. Apesar de a imagem não estar muito nítida, vale o riso (ou o choque).

*


Vamos à segunda resenha da noite. Não é quadro da Astrolozilda, mas o tema é o mesmo.

Os Segredos dos Signos é um enorme sucesso. Para quem não conhece, é a série antológica da Megapro que traz as aventuras de doze mulheres, uma de cada signo do zodíaco. Um dos episódios, o de Escorpião, foi escrito com a devida intensidade por May Margret (Entre Nós, Encontros e Desencontros). Famosa nos formatos poético e literário, ela estreou como roteirista. Vamos ver como ela se saiu? Seguem os destaques do episódio A Dança.

*

A história começa com o casal Nando e Luana discutindo em plena pista de dança, simplesmente por ciúmes. As instruções de roteiro começam tudo em ordem, apenas com uma vírgula que entrou distraída e de penetra na festa (rsrs). A descrição dos personagens em parênteses ajuda a caracterizá-los para os leitores, sendo tal item facultativo. Há autores que preferem omitir este detalhe e deixar para que o público monte a imagem dos personagens na cabeça. Questão de preferência.

*

Xiii, Nando! Mulheres escorpianas costumam ser rancorosas e nunca se esquecem de nenhum, nenhum mesmo, deslize. E não aceitam que apontem os erros delas. Por isso jamais cutuque alguém desse signo, se não quiser uma inimiga para toda a eternidade.

*

Atenção, autora, às vírgulas obrigatórias nos vocativos (chamamentos). Tudo bem? Outra coisa: o nome do personagem é uma homenagem ao escritor Weslley Vitoritti? Fiquei curioso.

*

Escorpianos(as) e sua profundidade de um pires abismo. Quanto mais intensos(as), melhor. Morte é o assunto favorito da turma nascida entre 23 de outubro e 21 de novembro. Vingança? Melhor ainda. E sexo, muito sexo. Além de fuçarem a conta de todo mundo nas redes sociais, só pra descobrirem os segredos mais íntimos. Tudo isso graças à influência de Marte e Plutão.

*

Lembrei de uma cena de O Leão em que Solange dança sensualmente (e bêbada) para Ivan… até que é flagrada pelo marido. A quenga em há em Solange saúda a quenga que há em Luana. Quanto à escrita, marcaria em destaque o nome da música, apenas para despertar mais atenção ao sonoplasta: pode ser em vermelho, como nas marcações que abrem as cenas, ou em itálico, negrito, qualquer coisa.

*

Nando também é de Escorpião? Se sim, teremos um casal entre tapas porradas e beijos relações sexuais por toda a vida. Nem mesmo um vulcão é tão intenso. Nando e Luana são capazes de matar um ao outro, apenas para terminarem suas vidas com emoção.

*

A marca registrada da autora: o casal se desencontra durante toda a trama, e assim a vida coloca mil e um obstáculos para que eles se proporcionem a chance de os pombinhos se unirem no amor.

*

Sim, escorpianos(as) adoram se jogar nos braços do Morfeu, o deus do sono. Isso enquanto não despejam venenos de ciúme e de recalque.

*

Orgulho fora de hora faz mal, querida! Filho é coisa séria, e o Nando tem o direito de saber que vai ser pai do seu filho. Que coisa feia, Luana! O bebê não merece sofrer por causa do seu rancor.

*

Weslley vai ser mesmo o anjo que vai unir os pombinhos. É ele a “orelha” para os desabafos de Luana e Nando. Daí pra frente, haja conselhos por todos os lados saindo da boca do melhor personagem do conto.

*

Morri com a referência a A Usurpadora, famoso dramalhão mexicano. Olha isso, Débora Costa!!!

*

Até que enfim! Luana conta a Nando sobre o filho que espera. O clima inicialmente tenso dá lugar ao amor eterno. Oooowwwwnnnnnnnn!

*

Tem como não amar as histórias de amor lotadas de encontros e desencontros e de muita música tão bem elaboradas por May Margret? O texto é bastante curto e conciso, mas o suficiente para mexer com o coração e a cabeça dos leitores, através de ingredientes simples e sem preciosismos. A trama lembra outras já escritas por May, mas quem se importa? Funciona muito bem, e é isso o que importa. Sem malabarismos nem invenções loucas. Temos aqui batata frita com bife à milanesa para se degustar ao sim de Madonna, Adele, Rihanna e outras pérolas da música internacional. Adorei mais este seu trabalho, May! Parabéns, mais uma vez!

*


O Observatório da Escrita termina por aqui. No próximo programa teremos a primeira resenha de um livro do Wattpad, já anunciado nos programas passados. Será que Anahí daria uma boa novelista?

Não perca o Backstage e o Nostalgia, ainda hoje. Até lá!

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo