NO CAPÍTULO ANTERIOR

Diante de sua família, Rômulo humilha Benício e o expulsa de seu apartamento;

Fidel e Maurício mentem para Grazi, só que ela desconfia e decide investigar, com Vladimir, a vericidade das respostas deles;

Célio aceita se casar com Pandora somente para tentar conseguir a guarda de Ariana;

Com frieza, Rômulo assusta Rebeca ao noticiar que Eugênia e Ítalo conquistaram a guarda provisória de Ariana;

Benício recebe uma caixa de bombons envenenados de Rômulo e acredita que foram mandados por Rebeca.

 

 

 CENA 1. PENSÃO DE TAMIRES. QUARTO DE BENÍCIO. INTERIOR. DIA. 

INSTRUMENTAL – Tensão.

Benício encara fixamente o bombom que segura e decide comê-lo. Eis que Vando aparece na porta do cômodo.

VANDO – Oi, Benício. Que lindos bombons, quem te deu?

BENÍCIO – Acho que foi Rebeca, mas tô achando muito estranho. Ela não teria motivos pra me mandar isso, tô com medo. Não sei se devo comer.

VANDO – Esses doces são finos. Já que você não quer, poderia me dar? Eu adoraria dar eles à Tamires e fazer uma surpresa, deixar ela contente.

O mocinho devolve o bombom para a caixa, fecha e a entrega para Vando, que sorri.

CORTE IMEDIATO PARA:

 

 CENA 2. PENSÃO DE TAMIRES. COZINHA. INTERIOR. 

INSTRUMENTAL CONTÍNUO. Tamires aproxima-se da pia da cozinha e começa a vomitar enquanto tosse bastante. Vando a ajuda. Benício vai passando pelo hall e, ao ver a situação pela porta da cozinha, encaminha-se até os dois.

BENÍCIO – O que houve? Por que você tá vomitando?

TAMIRES – Vando me deu uma caixa de bombons, mas parece que estão estragados, sei lá.

BENÍCIO – Foi daquela caixa? Onde eles estão agora?

VANDO – Quando vi Tamires passando mal eu joguei tudo no lixo, não quero mais eles.

Benício segue até a lixeira e pega a caixa de bombons. Tamires continua a vomitar enquanto Vando segura seu cabelo.

CORTA PARA:

 

 CENA 3. RESIDÊNCIA DE MAURÍCIO. COZINHA. INTERIOR. 

INSTRUMENTAL – Investigação.

Maurício serve copos com água para Grazi e Vladimir e senta-se à mesa na frente deles.

MAURÍCIO – Eu precisava muito de um emprego, por isso pedi ajuda a Fidel. Sei que ele e Rômulo são muito ligados e pensei que pedir a ele seria um bom atalho para conseguir ajuda do seu irmão, Grazi.

VLADIMIR – Eu tô ligado que Rômulo esconde o jogo sobre o verdadeiro negócio dele. A gente tá na lombra de que aquela galeria é só uma fachada e ele faz alguma coisa ilegal por trás. Você deve saber.

MAURÍCIO – Eu não sei de nada, não posso ajudar essa investigação de vocês. Não há nada que eu possa fazer pra colaborar, isso é tudo o que eu sei e, se tem algo ilícito, vocês precisam tomar cuidado.

GRAZI – Você tem certeza? Você jura mesmo que não sabe de nada?

MAURÍCIO – Eu… (P) eu garanto a vocês. Sai dessa lombra errada, por favor.

Grazi e Maurício trocam olhares.

CORTA PARA:

 

 CENA 4. RESIDÊNCIA DE MAURÍCIO. FACHADA. EXTERIOR. 

Maurício abre o portão e Grazi e Vladimir o atravessam, chegando à calçada. O jovem retira-se, deixando o casal.

GRAZI – Vi nos olhos dele que ele não estava sendo sincero. Ele deve estar sem querer contar para não se prejudicar, talvez seja isso.

VLADIMIR – Também senti que ele não foi verdadeiro. Sua teoria deve estar correta, ele deve estar sendo coagido pra mentir.

Os dois caminham até o carro, só que Grazi para antes de abrir a porta do veículo.

VLADIMIR – Que foi? Sente-se mal?

GRAZI – Não. (afaga a barriga) Acho que o bebê chutou. Senti algo, não é ruim, acho que foi um chute.

VLADIMIR (sorri) – Tá vendo? Essa é a primeira felicidade da maternidade. Deve ser um sinal para te guiar sobre o que fazer.

GRAZI – Ainda tô pensando em desistir disso, mas tenho menos de um mês pra decidir. Já vou entrar no terceiro mês da gravidez.

VLADIMIR – Talvez o melhor seja você procurar ajuda profissional. Sei que um aborto não é um assassinato e você é dona de si, mas acho que, nessas circunstâncias, não é o melhor a se fazer. Permita a vida dessa criança, você só precisa esquecer do que passou.

Pensativa, Grazi olha pra barriga. Vladimir a abraça carinhosamente. De longe, encontramos Fidel os espionando no interior de um carro.

CORTA PARA:

 

ABERTURA

 

 CENA 5. PARÓQUIA. SALÃO PRINCIPAL. ALTAR. INTERIOR. TARDE. 

De terno e gravata, Célio caminha de um lado para o outro da igreja, impaciente. O padre tenta acalmá-lo.

CÉLIO (nervoso) – Pandora tá demorando demais. Será que ela não teve coragem e desistiu do casamento?

SONOPLASTIA: Anavitória – A gente junto.

Repentinamente, a porta da igreja abre-se para Pandora, vestida num elegante vestido de noiva e carregando um pequeno buquê de rosas vermelhas e rosas. Sorridente, ela troca olhares com Célio. CAM aproxima-se da jovem enquanto o fundo se desfaz aos poucos, trazendo-a para seu quarto na pensão de Tamires. Ouvimos estalos e a mão de Galeno passa diante do rosto da irmã, fazendo-a despertar de seu devaneio.

GALENO – Acorda, criatura. Você vai terminar a história ou não? Célio te pediu em casamento e você respondeu o quê?

PANDORA – Poxa, você me acordou bem na melhor parte do sonho. (dá um tapa no ombro dele) Arreou minha lombra na melhor hora. (T) E sobre o pedido, eu falei que ia pensar.

GALENO – Pensar na ornamentação da igreja, né? Porque é exatamente isso que você tá fazendo, pensando no casório.

PANDORA – Acho que não dá mais pra esconder que eu gosto muito de Célio. (fita seu relógio de pulso) Nossa, tenho que ir pro meu plantão. Você pega Dado na escola, tenho que ir.

Pandora salta da cama e segue até seu armário, onde tira seu uniforme de enfermeira.

CORTA PARA:

 

 CENA 6. FLAT DE RÔMULO. HALL PRINCIPAL. INTERIOR. NOITE. 

Rômulo entra em casa e Rebeca rapidamente vai até ele.

REBECA – Você tem que me explicar essa história direito, Rômulo. É verdade mesmo que Eugênia e Ítalo estão com minha filha?

RÔMULO – Pra quê eu mentiria, querida? (larga sua maleta no sofá e começa a tirar o terno) O juiz liberou a guarda provisória dela para eles. A compra da sua casa e o emprego que dei a Ítalo na minha empresa impulsionaram isso.

REBECA – Como você pôde? Se você quer tanto tê-la para si, como pode ter colaborado com esse absurdo? Eles são malvados.

RÔMULO – Eu os ajudei por amizade à Eugênia, mas a partir do momento em que eu decidir ter essa menina para mim, quando você me ajudar, vou entrar no jogo para vencer e garanto a você que será tão rápido quanto possível.

REBECA – Rômulo, você tem que me deixar sair daqui, eu preciso ver minha filha e saber como ela está. Me deixa, por favor…

O vilão deixa Rebeca falando sozinha, mas ela vai atrás dele.

CORTA PARA:

 

 CENA 7. COBERTURA SOLTEIRO DE PAULA. QUARTO DE GRAZI. INTERIOR. 

Nicole entra no quarto e cumprimenta Sueli, depois abraça Grazi.

NICOLE – Eu tava por perto, por isso decidi vir aqui pessoalmente. O que você quer?

GRAZI – Quero o número daquele seu tio que é psicólogo, acho que eu preciso de ajuda com relação aos últimos acontecimentos.

SUELI – Você vai pedir ajuda profissional mesmo? Quer dizer que você decidiu abdicar daquela ideia de tirar o meu neto ou neta?

Acanhada, a jovem assente. Eufórica, Sueli abraça a filha, a fazendo sorrir.

CORTA PARA:

 

 CENA 8. RESIDÊNCIA DE EUGÊNIA E ÍTALO. COZINHA. INTERIOR. 

Eugênia traz um prato com uma fatia de pizza e serve para Ariana, levando embora um prato com vegetais e verduras.

EUGÊNIA (dissimulada) – Pronto, meu bem. Já que você não gosta de verduras, eu comprei essa pizza ali na esquina. Coma tudo.

ARIANA – Valeu. (pega o garfo) Eu amo pizza, é minha comida favorita.

Ariana começa a comer e Eugênia força um sorriso. Ítalo surge no cômodo e é levado embora pela vilã, que vai consigo.

CORTA PARA:

 

 CENA 9. RESIDÊNCIA DE EUGÊNIA E ÍTALO. QUARTO DELES. INTERIOR. 

INSTRUMENTAL – Maldades.

EUGÊNIA – Não aguento essa menina, na moral. Ela é muito mimada, inconveniente, pidona, pirangueira… (rosna) ai, não nasci pra ser mãe.

ÍTALO – Entendo que ela é muito chata, mas a gente tem que suportar isso. Lembre-se das coisas boas que nós estamos planejando.

EUGÊNIA – Fico pensando nisso, só que não consigo aturar essa garota por muito tempo. Criança chata do inferno! Que ódio!

Por uma fresta da porta entreaberta, notamos que Ariana escuta tudo. Com lágrimas nos olhos, ela deixa o local.

CORTA PARA:

 

 CENA 10. RESIDÊNCIA DE CÉLIO. SALA DE ESTAR. INTERIOR. 

Célio traz uma caneca com café para si e para Benício e senta-se ao lado dele no sofá.

BENÍCIO – Tenho certeza que esses bombons estavam envenenados, eu abri um e ele continha um líquido incolor.

CÉLIO – Meu Deus, que horror! Você precisa desvendar quem levou isso até a pensão para te entregarem.

BENÍCIO – Procurei a loja da frente da pensão, mas as câmeras estavam desligadas. Se eu acionar a polícia, a culpa pode recair em Rebeca, pois a letra do bilhete é a dela. Não quero culpabilizá-la, sei que ela nunca faria isso.

CÉLIO – Será que isso foi obra de Rômulo? Depois que você foi enfrentá-lo, ele pode ter ficado com raiva de você.

O mocinho bebe um gole de café e pensa.

CORTA PARA:

 

 CENA 11. RESIDÊNCIA DE EUGÊNIA E ÍTALO. QUARTO DE ARIANA. INTERIOR. 

INSTRUMENTAL – Suspense.

Ítalo entra no quarto e acende a luz, o encontrando inabitável. Eugênia vem logo em seguida.

EUGÊNIA – Ariana não tá no quarto também?

ÍTALO – Não, em canto nenhum. Ela fugiu de casa, minha gênia, pois ela não tá em canto nenhum.

EUGÊNIA – Essa não! Agora danosse tudo.

Aflita, Eugênia leva a mão à testa.

CORTA PARA:

 

 CENA 12. FLAT DE RÔMULO. QUARTO DELE. INTERIOR. 

Rômulo mexe em seu notebook quando Rebeca entra no quarto.

REBECA – Rômulo, você tem que me deixar ir ver minha filha para…

RÔMULO (cortante) – Não, chega! Para de insistir nisso, inferno, antes que eu perca minha paciência e faça uma loucura. Não aguento mais essa caninga.

A mocinha reflete rapidamente e respira fundo, o encarando.

REBECA – Tudo bem, você venceu. Eu vou dar entrada no pedido de guarda de Ariana e substituir Benício por você para nós a adotarmos juntos. Pronto.

Rômulo para sua atividade e vira-se para Rebeca, sorridente. Closes alternados.

SONOPLASTIA FINAL: Demi Lovato – Sober.

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