Olá, leitor(a)! O Observatório da Escrita está no ar. O destaque de hoje é a resenha de uma nova história do Rajax.

 


 

No Te Pido Flores estreou há poucos dias e já tem dado o que falar no Mundo Virtual. Série escrita por Everton Brito, autor de sucessos como Motivos Para Continuar Vivendo. Vamos aos acontecimentos do primeiro capítulo:

 

 

Restaurante mexicano. A jovem Lupe cantarola enquanto entra na cozinha e deixa uma bandeja sobre a bancada. Hernando e Lupita, que já estavam no local, acompanham a outra e dançam. A festa só termina quando entram três policiais com uma denúncia de venda de drogas no local. Ao achar um pacote suspeito, eles prendem Hernando, o dono do estabelecimento. Na verdade, foi uma armação de Martin, o soberbo dono de outro restaurante.

A atriz Esmeralda grava uma cena baseada em Maria do Bairro — mais exatamente, a sequência em que Soraya Montenegro flagra Nandinho com a enteada, a deficiente física Alícia. Depois, cede uma entrevista para jornais e revistas como uma grande celebridade local. Depois, é levada pela mãe, Roxana, para o tal evento da Rojas. Lá, acaba tombando com Lupita, que suja a roupa da famosa com sorvete e fica cheia de culpa. Lupe, por sua vez, está a caminho da Bracamontes, empresa de Martin. Passa pela recepção e, já na sala de reuniões, encara o vilão ao som do tema da abertura — de novo — da consagrada novela protagonizada por Thalia, reprisada por diversas vezes pelo SBT e até imitada por Melqui Rodrigues.

Everton Brito opta por uma abordagem bastante colorida e musical, o que já se confirma na primeira cena e até mesmo no logotipo. O capítulo é escrito em formato roteiro e com poucas cenas — apenas oito. Isso colocou uma sensação de “quero mais”. Para um primeiro capítulo, ficaria mais harmônico se o gancho de Lupe com Martin fosse a cena anterior à abertura e não a última. Senti falta de saber um pouco mais sobre o conflito entre eles e sobre como Hernando lidaria com a prisão, já na delegacia, por exemplo. Assim traria até mais conexão dos leitores com os personagens da história, além de apresentar mais a fundo o principal conflito da série.

Quanto ao roteiro, está com uma boa estrutura dentro do possível, embora haja alguns deslizes. O primeiro está em cabeçalhos como o da cena 03. O autor tentou fazer um suspense que não cabe aí, ao só revelar que a cena se passa num quarto montado em um estúdio de TV ao final. Cuidado! Isso poderia confundir o diretor e até o elenco se No Te Pido Flores fosse gravada na vida real. O mistério deve ficar para a história, não para a parte técnica do roteiro. Ficaria melhor, por exemplo, assim:

03 INT. ESTÚDIO DE TV, CENÁRIO, QUARTO – INDIFERENTE.

Gravação de novela. Aparecem apenas um rapaz e uma moça, que se beijam. Ela está sentada sobre uma cadeira de rodas. A cena da novela se passa de dia (ou de noite).

(…)

Há também algumas inadequações ortográficas (como em “um Mulher”, assim mesmo, na primeira cena). O melhor teria sido apresentá-la destacando como MULHER, com a palavra inteira em maiúsculas, em vez de usar somente a inicial desse jeito. O mesmo vale para outros personagens. Outro problema está na forma com que o dono do restaurante mexicano é chamado no decorrer do episódio: o autor chama-o por Hernando e Hernande, alternadamente. Ocorre confusão ainda entre os nomes de duas personagens do mesmo núcleo, Lupe e Lupita. Os leitores poderiam supor que se trate da mesma pessoa, embora não sejam. Uma apresentação mais longa e distinta das duas resolveria.

Ficou curioso(a/e) pela continuação da história? Leia No Te Pido Flores na Rajax, sempre às terças-feirtas. O segundo e o terceiro capítulo já estão disponíveis.

 


 

Lembrando que a próxima resenha será a da série Pandorum, do Megapro, no domingo que vem. Ela ficou empatada com a trama de Everton Brito.

Que tal votar na crítica do dia 16 de maio? Vamos lá! Vote quantas vezes quiser.

 

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amanhã, às 12h

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