CENA 01. CASA HELENA. SALA. INT. NOITE.

Sonoplastia: suspense. Zilda fala ao telefone com Jô. Está surpresa com o teor da conversa.

ZILDA
Quer dizer que o bebê…? (pausa) Não, foi só um impacto… Sim, é minha filha… Você tem certeza?… Sim, soube da chantagem do Armando pela própria Gioconda… Não, pelo contrário. Vou ajudar vocês no que for possível pra resolver… Sandro?… Não conto, deixa comigo. (Helena entra e desconfia da conversa) Posso te confirmar o lugar amanhã?… Obrigada. Boa noite! (desliga, se vira, vê Helena)

HELENA
Posso saber o que estava tramando, dona Zilda?

ZILDA (encurralada)
Filha?

HELENA
Sabia que não era de confiança. Só não achava que tivesse tão pouco caráter e que armasse uma sujeira assim pelas minhas costas.

ZILDA
Não vou tolerar…

HELENA (tom, corta)
Eu que não vou tolerar tamanha canalhice da sua parte, dona Zilda! Exijo que me conte agora com quem estava falando. Ou eu mesma descubro, e aí pode ter certeza de que será muito pior pra você e seu cúmplice.

ZILDA
Está me ameaçando? Eu sou sua mãe! Aquela que te tentou de tirar da pior mancada da sua vida, quando você… Porque se dependesse do seu pai…

HELENA (grita)
Não fala do meu pai! Ele morreu por sua culpa! Se meteu na minha vida, e ele pagou no seu lugar.

ZILDA
Eu sei que você preferia que eu tivesse morrido no lugar dele. Fui a primeira a me colocar contra os seus caprichos. Eu deveria ter sido mais enérgica com seu pai e ter proibido de te mimar tanto. Sinto muito, mas falhei quando não consegui te ensinar o que é caráter.

HELENA
Exatamente porque não tem. (pausa) Me responde: você tem inveja de mim? Ah, tem.

ZILDA
Eu, inveja de você? Não. Eu queria era ter orgulho de você, mas o que criei foi uma filha egoísta, amarga e recalcada com as conquistas dos outros. Nunca suportou a ideia de seus filhos serem felizes. Por orgulho, passou a tratar seu marido pior do que um monte de esgoto. Nunca aceitou que as pessoas trocassem o sua pose de rainha pela beleza e pelo carisma da Gioconda.

HELENA (esbofeteia Zilda)
Megera! Agora você passou dos limites, sua maldita!

ZILDA (chora)
Eu sou sua mãe!

HELENA
Não, você não é minha mãe! Mãe cria, educa, quer o melhor pra sua família, nem que tenha que passar por cima de todos pra fazer exercer a autoridade. Coisas que você jamais teve a maturidade pra entender. Não venha me dar lição de moral, porque você nunca foi santa, Zilda. Também tive meus deslizes de juventude, mas amadureci. Já você, a Leila e a Amanda…

ZILDA
Está ouvindo o que está dizendo? Você despeja ódio até nas meninas. Tudo porque você nunca teve o amor do Estêvão. E pra forçá-lo a casar, deitou com o primeiro homem que apareceu no dia da festa da Gioconda.

HELENA (grita)
Cala a boca!

ZILDA
Não calo! Agora vou até o fim. Se alguém aparecer, é bom que ouça a verdade. (pausa) Você se deitou com um qualquer que encontrou na rua. Quinze dias depois, tentou agarrar o Estêvão quando o Bruno sofreu aquele terrível acidente, mas foi rejeitada de novo. Não demorou nem meia hora pra você vomitar no banheiro do hospital. Naquele momento eu já sabia que estava grávida. Você acha que não, mas eu contei tudo pro seu pai naquele dia. A ideia de te mandar pra fazenda de Teresópolis foi dele, e não minha.

HELENA
Mas o bebê nasceu morto e minha consciência está limpa.

ZILDA
Será mesmo que o bebê morreu?

HELENA
O que está querendo dizer com isso?

ZILDA
Nada. Só pensei. Pois bem, quando você voltou com seu pai, eu achei que tivesse vindo mais ajuizada. Mas que nada. Continuou rejeitada pelo Estêvão. Até que a ideia anterior de se juntar com outro homem e em seguida de embebedar seu marido deu certo. O Régis nasceu, e você agarrou o Estêvão na sua prisão de ódio e de amargura.

HELENA
E fiquei muito satisfeita.

ZILDA
Satisfeita, uma ova. Você se tornou vazia e infeliz. (pausa) Tenta fazer qualquer coisa comigo, e eu dou o maior corretivo que uma mãe pode dar a uma filha rebelde.

Zilda dá as costas e começa a andar em direção ao corredor.

HELENA (tom baixo)
É o que veremos.

ZILDA (se vira para Helena)
Ah, só mais uma coisa.

Zilda se aproxima de Helena e lhe devolve o tapa. Sai de cena pelo corredor. Helena põe a mão no rosto e fica com raiva.

HELENA (VO)
A sua história acaba por aqui, desgraçada!

Helena pega o celular para fazer uma ligação.

CENA 02. APARTAMENTO GIOCONDA. QUARTO GIOCONDA. INT. DIA.

Gioconda sentada na cama. Conversa com Lena.

GIOCONDA
Eu era muito impulsiva, namoradeira. Logo depois da minha festa de vinte anos, o Bruno sofreu o acidente de carro. Foi horrível. Eu estava pra morrer de tanta culpa.

LENA
Mas por que culpa?

GIOCONDA
Algo me dizia que eu podia ter evitado o acidente. (pausa) Meus pais estavam viajando naquele fim de semana, então eu estava sozinha e desamparada. Só o Augusto e o Estêvão do meu lado. Foi quando conheci um homem na cantina do hospital. Eu estava lanchando, isolada de todo mundo. Ele se aproximou de mim e quis me ajudar. Ficamos muito amigos, e…

LENA
Se casaram e foram felizes até que a morte os separasse.

GIOCONDA
Não. Conheci o Fábio bem depois disso. Esse homem era tão maravilhoso quanto o Fábio. Se ele me pedisse em casamento, eu aceitava na hora. Lembro que ele era lindo, charmoso… Tinha uma voz grave que soava como canto dos pássaros. Era um pouco mais velho que eu, uns dez anos.

LENA
E como ele está hoje?

GIOCONDA
Não sei. Nunca mais nos vimos, desde que… (suspira) Dormimos juntos por duas noites. Foi o bastante pra que eu engravidasse. Tive medo de contar pra ele. Procurei a Soraya pra que me ajudasse a fazer um aborto. Ela conhecia uma moça que fazia esse tipo de coisa. Mas mãe dela descobriu e contou pra minha. Meu pai me mandou pra longe, pra esconder a barriga de todos, ter o bebê, e sumir com ele como se nada tivesse acontecido.

LENA
Minha Nossa Senhora!

GIOCONDA
Me arrepia até hoje.

LENA
E o parto? Foi lá mesmo?

GIOCONDA
Seria. Mas um primo meu, que era médico, arrumou tudo com uma enfermeira daqui do Rio, e vim escondida só pra ter meu filho.

LENA
Essa enfermeira é, por acaso, a Noêmia da boate?

GIOCONDA
Como sabe?

LENA
O Bruno comentou uma vez que ela trabalhou em hospital. Aí liguei os pontos, e… E o que aconteceu com o bebê?

GIOCONDA
Logo nos livramos dele, e meu pai me mandou pra Petrópolis. Lá conheci o Fábio. Ele já era fotógrafo. Nos apaixonamos à primeira vista e logo nos casamos. Ele sempre soube de toda a minha história. (pausa) E agora, quando vem essa moça fuçar minha vida…

LENA
A jornalista?

GIOCONDA
Ela mesma. Veio dizendo que o tal bebê voltou já homem feito e procura a mãe. Também me aparece esse rapaz pra trabalhar pra mim, o Sandro. E se ele for o meu filho?

LENA
Mas por que o segurança seria necessariamente o seu filho, só pelo fato de trabalhar pra você? Coincidências acontecem.

GIOCONDA
Não nesse caso. Ele é louro, de olhos azuis, como meu bebê. Provavelmente tem a mesma idade. E é muito parecido com o pai.

LENA
E quem era o pai?

GIOCONDA
Acho que você não o conheceu. Ele se chamava Franco. Vinha de Goiás. Meu pai queria que eu entregasse meu Sandro pra qualquer mulher que quisesse, mas meu coração me fez deixá-lo com o pai. Sabia que ele cuidaria do Sandro melhor que eu. Naquela noite pedi pra uma prima escrever uma carta com a letra dela. Ela levou a carta junto com o bebê até a casa onde o Franco estava morando. Logo depois soube que ele voltou pra terra natal.

LENA
E você não pensa em procurá-lo novamente, em ver como ele e seu filho estão?

GIOCONDA
Não. E muito menos que Bruno saiba do que te contei. Ele se decepcionaria comigo.

LENA
E por quê?

GIOCONDA
Tenho meus motivos.

LENA
Você já me contou o pior, e não quer contar o porquê de não envolver seu melhor amigo na história?

GIOCONDA
Um dia você vai saber. Não sei se eu aguentaria revelar tanta coisa de uma vez só. Além do mais, estou nas mãos do Armando.

LENA
Que safado! (toca o telefone) Vou lá atender.

GIOCONDA
Está bem.

Lena sai. Gioconda deita na cama, abraça um travesseiro e chora.

CENA 03. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO ZORAIDE. INT. NOITE.

Zoraide e Mercedes conversam sentadas na cama.

MERCEDES
Engravidei de um namoradinho que tive. Eu era muito menina e não podia criar meu filho sozinha. Na hora do parto, fiquei tão tensa, que tive uma complicação que matou meu bebê. Depois disso, nunca mais pude engravidar. Aí voltei pra Goiânia e comecei a trabalhar pro Chico, pai do Sandro. Me afeiçoei àquele bebezinho e me senti como se fosse sua nova mãe.

ZORAIDE
Você o ama muito, não é?

MERCEDES
Deus foi muito generoso comigo. Me deu força pra criá-lo junto com o meu patrão. Depois que o Chico se foi, ficamos só nós dois. Mas aí o Sandro resolveu vir pro Rio pra procurar sua mãe, e eu vim atrás.

ZORAIDE
Fico toda boba com essas histórias. Sabe que eu queria viver numa fazenda assim, cheia de bois, de cavalos, de pássaros, de ar puro?

MERCEDES
Não há nada melhor nessa vida. Até a água do poço vem limpinha.

ZORAIDE
Em compensação aqui na cidade, a gente tem que agradecer quando encontra água que não esteja contaminada. Haja poluição. (pausa) Me conta mais como é lá na fazenda…

CENA 04. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO SANDRO. INT. NOITE.

Sandro e Jô conversam em tom baixo.

SANDRO
Te falaram quando vem o resto do dossiê contra o Armando?


No mais tardar, depois de amanhã. Descobriram mais uns negócios escusos dele, e vão adicionar a papelada pra gente.

SANDRO
Não vejo a hora de acabar com ele.


Temos que tomar muito cuidado, porque ele é muito poderoso. Mas vamos chegar lá.

SANDRO
Só vou sossegar quando colocar esse maldito e a vagabunda que me abandonou no cesto atrás das grades ou debaixo da cova.


Mais esse passo, e partimos pro ataque.

SANDRO
Assim que você estiver com o dossiê, me fala.

CENA 05. PENSÃO ZORAIDE. SALA. INT. DIA.

Germano entra com um violão preso no ombro. Ele vê Alice.

GERMANO
Alice, você por aqui?

ALICE
É, vim com o Sandro e resolvi passar a noite com ele.

GERMANO
E onde ele está?

ALICE
Resolvendo umas coisas com a Jô. Acho que é assunto da patroa dele.

GERMANO
Gioconda Grimaldi. Uma das socialites mais refinadas e bem vistas pelos cariocas.

ALICE
Ela mesma. Mas minha mãe não pode nem ouvir falar dela, ou já sai do sério. Elas se envolveram numa tramoia no passado, e agora…

GERMANO
Que barulho é esse aí em cima?

ALICE
Ah, veio uma hóspede nova. É uma madrinha do Sandro, alguma coisa desse tipo.

GERMANO
Olha! A pensão tá ficando famosa. O Sandro veio pra cá todo misterioso, e agora já indica pros conhecidos. Quem mandou a Zoraide ser tão gente boa, não é mesmo?

ALICE
Verdade. (pausa) Acho que tô ficando com fome. Vou jantar.

GERMANO
Te acompanho. Hoje a aula foi puxada. O Bruno me chamou pra dar aula no lugar do Rubens, enquanto ele tá preso.

ALICE
Que coisa horrível! Mas a Kika não é flor que se cheire. Ele e a Ana fizeram mal em deixar a Kika sozinha com ele.

Germano e Alice andam juntos em direção à sala de jantar.

CENA 06. CASA HELENA. FRENTE. EXT. DIA.

Música: Na Na Hey Hey Kiss Him Goodbye – Bananarama. Imagem da fachada da casa. O carro, dirigido por Jairo, sai pelo portão. A música para.

CENA 07. CASA HELENA. CORREDOR. INT. DIA.

Sonoplastia: suspense. Amanda sai do quarto para o corredor. No meio do caminho, sente-se mal. Põe a mão na testa. Logo corre para o banheiro.

CENA 08. CASA HELENA. BANHEIRO. INT. DIA.

Amanda entra. Abre a tampa do vaso e se ajoelha diante dele. Vomita bastante. Depois se levanta devagar. Dá a descarga e tampa o vaso. Vai até a pia e lava a boca. A sonoplastia para.

CENA 09. CASA HELENA. SALA. INT. DIA.

Zilda conversa com Estêvão no sofá.

ESTÊVÃO
Ela te bateu?

ZILDA
Bateu, Estêvão. Mas eu lhe disse umas boas verdades que estavam entalados na garganta há muito tempo. Até mesmo sobre o Régis.

ESTÊVÃO
Régis? O que meu filho tem com os ataques da Helena?

ZILDA (se dá conta, mente)
Nada. Nem sei por que falei. Foi mais uma bobagem que Helena fez com uma antiga professora dele. Seu filho ainda estava no primário.

ESTÊVÃO
Ele nunca me falou nada.

ZILDA
Porque não foi diretamente com ele. Foi só entre as duas. A Helena achou, com aquela cabeça louca dela, que a professora estava a fim de você. Que bobagem! A menina adorava o noivo. Tinha acabado de selar compromisso com ele. Iam se casar em pouco tempo.

ESTÊVÃO
Temos que tomar alguma atitude drástica. Mais uma, e internamos Helena.

ZILDA
Será que é bom?

ESTÊVÃO
Claro que é. Ou isso, ou nossas vidas em perigo. Se ela bateu em você, que é mãe, imagina o que pode fazer com os meninos.

ZILDA
Ela disse ontem que preferia que eu tivesse morrido no lugar do pai.

ESTÊVÃO
O que ela quer é exatamente isso. Matar um por um de nós.

CENA 10. CASA HELENA. QUARTO AMANDA. INT. DIA.

Amanda e Leila conversam através do notebook.

AMANDA (desesperada)
Nem imagina o que acabou de me acontecer.

LEILA (tela)
Fala, mana.

AMANDA
Tive um ataque de vômito agora. Ninguém sabe ainda. Só você.

LEILA (tela)
Você comeu alguma coisa estranha, diferente? Pode ser que…

AMANDA
Não é bem isso. (pausa) Pelo amor de Deus, não conta pra ninguém.

LEILA (tela)
O que foi?

AMANDA
Tô achando que eu tô grávida.

LEILA (tela)
Como assim grávida? Você toma pílula todo dia, se cuida pra caramba.

AMANDA
Aí é que tá, mana. Deixei de tomar dois dias seguidos, e transei com…

LEILA (tela)
Nossa, que descuido! Com quem você transou? Com o Carlos?

AMANDA
Antes fosse. (pausa) Foi com o Jairo.

LEILA (tela)
Como é? Você ficou com o motorista?

AMANDA
A gente tá se amarrando faz tempo, mas não podia ficar junto por causa do Carlos Eduardo. Só que agora fiquei sozinha e… aconteceu.

LEILA (tela)
Vem pra cá, que a gente faz o teste aqui. Mamãe não pode nem sonhar com uma gravidez, ainda mais de um motorista. Vou comprar uma caixa, enquanto você chega.

AMANDA
Nem me fala. Papai tá aqui, então vou pedir pra ele me levar aí.

LEILA (tela)
Tô te esperando. Beijo, beijo!

Amanda abaixa a tela e fica pensativa.

CENA 11. DELEGACIA. CELA. INT. DIA.

Rubens de pé, encostado à grade. Ana e Bruno entram e se aproximam dele.

RUBENS
Até que enfim vocês vieram.

ANA
Tivemos que esperar a juíza substituta chegar ao fórum. A Branca ficou lá pra resolver.

BRUNO
Estamos confiantes.

RUBENS
Não suporto mais ficar nesse…

ANA
Fica firme, que falta pouco.

RUBENS
O pouco pra mim é muito. Quando não se tem nada pra fazer, os segundos viram horas. A Leila veio com vocês?

BRUNO
Não. Ela ligou agora há pouco. Teve que resolver um problema com a Amanda e liga assim que puder.

RUBENS
Aposto que a Helena aprontou de novo.

ANA
Ela não disse o que era, mas não duvido nada. Que mulher purgante!

CENA 12. APARTAMENTO ESTÊVÃO. SALA. INT. DIA.

Zilda, Amanda e Estêvão. Leila dá um beijo nas outras duas mulheres.

LEILA
Que saudade de você, vovó!

ZILDA
Eu também sinto muito sua falta, Leila. (beija-a mais uma vez)

LEILA
Você se importa de ficar com o papai? Quero mostrar uma coisa pra Amanda.

ZILDA
De jeito nenhum, minha linda. Vai com ela, Amanda. Vou aproveitar pra conversar algo com o pai de vocês.

AMANDA
A gente já volta.

Leila puxa Amanda pela mão e a leva para o quarto.

ZILDA
Estêvão, sei que não foi certo chamar alguém pra cá sem te pedir, mas eu precisava ter uma conversa com ela. Queria que você estivesse presente.

ESTÊVÃO
E quem é essa pessoa?

ZILDA
Jô Mendes. Chamei por uma mensagem no zap, enquanto estávamos no carro. É uma jornalista que está procurando a mãe de um jovem que deseja descobrir suas origens. E a Helena pode ser essa mãe.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

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