CENA 01. RUA. INT. NOITE.

Sonoplastia: dramática. Gioconda para e fica encostada em um poste. Chora. Sonoplastia: suspense. Um homem mal encarado e todo vestido de preto a aborda. Põe uma faca perto do pescoço dela.

BANDIDO
Quietinha aí, madame! Ou eu mato!

Gioconda encara-o, muito assustada. CAM em Sandro, que caminha um pouco distante de onde Gioconda está. Aproxima-se, até que vê a mulher em perigo. CAM volta para ela.

GIOCONDA (apavorada)
O que você quer? Não quero morrer.

BANDIDO
Cala a boca e me passa a bolsa, ou eu furo a senhora.

GIOCONDA
Está bem, está bem!

Ela lhe entrega a bolsa. O bandido a derruba no chão e anda de ré. Antes que consiga correr, mal ele se vira e toma um soco de Sandro. O bandido avança para esfaquear aquele, mas leva outro soco. Sandro lhe aplica um golpe de gravata e o faz soltar a faca e a bolsa no chão.

SANDRO
Some daqui, ou eu acabo com você, bandido de merda!

Gioconda rapidamente pega sua bolsa e a abraça, encostando-se sentada ao muro.

BANDIDO
Me solta, filho da puta! Você não sabe com quem está lidando!

SANDRO
Ah, não?

Sandro joga o outro com força contra a parede. O bandido bate a cabeça e desmaia. Sandro pega a faca e guarda no bolso. Vira-se para Gioconda, a quem ajuda a levantar.

GIOCONDA (chora)
Não sei o que seria de mim agora, se não tivesse aparecido.

SANDRO
A senhora está bem?

GIOCONDA
Agora estou melhor. Obrigada.

SANDRO
Está indo aonde?

GIOCONDA
Pra casa.

SANDRO
Levo você até lá.

GIOCONDA
Não, não precisa.

SANDRO
No seu estado não tem condições de ir sozinha. Onde fica?

Gioconda chora compulsivamente. Sandro a abraça. Fim da sonoplastia.

CENA 02. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. NOITE.

Fábio sentado à escrivaninha, e Lena de pé a seu lado. Ele lhe mostra no notebook fotos de paisagens cariocas.

LENA
Meu cenário de coração, acredita? Desde pequena meu sangue corre pela Lapa. Papai sempre cantou samba nas noites de sexta. E eu amava sambar por horas e horas.

FÁBIO (exibe outra foto)
E essa? Consegui entrar na cobertura de um prédio, só pra conseguir essa vista linda do calçadão sob um ângulo melhor que o daqui de casa.

LENA
Copacabana e seus encantos. Queria ter esse jeitinho que vocês fotógrafos têm de escolher o melhor ângulo, a melhor distância, as cores…

Gioconda abre a porta e entra com Sandro. Fábio e Lena se assustam.

FÁBIO (abraça Gioconda)
O que aconteceu, meu amor? Que cara é essa?

SANDRO
Assalto à mão armada.

GIOCONDA (chora)
Foi horrível.

FÁBIO
E o bandido?

SANDRO
Consegui dominar. Agora está tudo bem. Ela está entregue.

FÁBIO
Nada disso! Temos muito o que agradecê-lo por salvar a vida da minha mulher. Por favor, sente-se. Lena, leva ela pra dentro. Vou preparar alguma coisa pro rapaz. É o mínimo que…

SANDRO
Não é necessário.

LENA
Vem, Gioconda. (as duas saem)

FÁBIO
Senta, faz favor. (ambos o fazem) Estou envergonhado. Não sabe o quanto. Você deve estar pensando que eu largo minha mulher por aí…

SANDRO
Não, de jeito nenhum. A cidade é que está muito violenta. Nunca se sabe quando poderão atacar.

FÁBIO
Mesmo assim, eu deveria ter protegido minha esposa. Não foi certo. Não sei o que seria de mim se eu a perdesse. (pausa) O que posso fazer por você, meu rapaz? Preciso retribuir de alguma forma.

SANDRO
Não, você não me deve nada.

FÁBIO
Nem uma carona? Já está tarde.

CENA 03. RUA. EXT. NOITE.

O bandido segue desacordado. Vários toques de celular.

CENA 04. CASA HELENA. QUARTO. INT. NOITE.

Helena sentada na cama ao celular. Está irritada.

HELENA
Droga! Atende, incompetente! Ah, você vai ver só amanhã, quando me pedir o dinheiro.

Desliga o celular e joga ao chão. Estêvão entra no quarto e tira a gravata. Ela o interrompe.

ESTÊVÃO
Seus filhos sentiram sua falta no jantar.

HELENA
Quero mais que ele se explodam. E você nem pense que vai dormir nesta cama hoje.

ESTÊVÃO
Infelizmente, Helena, esta também é minha cama.

HELENA
Não é mais! Fora do meu quarto! (levanta-se)

ESTÊVÃO
Pronto! Estava demorando para a minha esposa voltar ao estado normal.

HELENA
Este é o estado normal em que você me deixou há muitos anos.

ESTÊVÃO
Foi você que me obrigou a casar, não se esqueça disso. Aliás, eu já sei por que está tão incomodada nos últimos dias.

HELENA
Ninguém mandou voltar…

ESTÊVÃO
Quem? Eu ou a Gioconda?

Sonoplastia: tensão.

HELENA (esbofeteia Estêvão)
Canalha! Você é um miserável! Como ousa falar dessa mulher na minha cara, seu ordinário? Saia deste quarto antes que eu te mate. (dá várias pancadas nele) Fora, maldito! (ele sai; ela bate a porta com força; grita) Fora! Gioconda, eu te mato!

Pega o celular do chão e joga contra o espelho da penteadeira, quebrando-o.

CENA 05. CASA HELENA. CORREDOR. INT. NOITE.

A sonoplastia continua. Estêvão anda pelo cômodo. Zilda sai do quarto e se aproxima dele, preocupada.

ZILDA
Que gritaria foi essa? Dava pra ouvir do quarto.

ESTÊVÃO
O de sempre. Sua filha neurótica e descontrolada. Vou dormir no quarto de hóspedes. Boa noite.

ZILDA
Boa noite, meu genro. (ele entra pela última porta à direita; ela fala sozinha) Não quero nem pensar aonde minha filha vai levar essa história. (põe a mão no rosto, de preocupação).

Fim da sonoplastia.

CENA 06. PENSÃO ZORAIDE. FRENTE. CARRO FÁBIO. EXT. NOITE.

Fábio dá carona a Sandro.

SANDRO
É aqui mesmo. A casa de dois andares.

FÁBIO
Um belo imóvel. Já o vi várias vezes, mas nunca imaginaria que fosse uma pensão.

SANDRO
Bem, essa é minha casa desde que vim de Goiânia.

Carly surge na porta e não tira o olho do carro.

FÁBIO
Goiânia? Imaginei. O sotaque denuncia. (risos) Está entregue, Sandro. Minha esposa e eu faremos um jantar de agradecimento a tudo que você fez por nós. Não aceitamos recusa.

SANDRO (sorri)
Já que é assim, fazer o quê?

FÁBIO
Entramos em contato. Boa noite, Sandro. (aperto de mão) Você foi um herói na nossa vida.

CENA 07. PENSÃO ZORAIDE. FRENTE. EXT. NOITE.

Sandro sai do carro e anda até o portão da pensão. O carro de Fábio parte.

CARLY
Uau! Você só no carrão com o coroa ali.

SANDRO
Não é? Essa sorte não é pra qualquer um. Boa noite.

Carly o abraça sedutora.

CARLY
Sabe que você faz meu tipo? Que tal se a gente se conhecesse melhor? Sei lá. Quem sabe um jantarzinho por aí, uma praia? E depois um motel?

SANDRO
Me erra, garota! Pra mim você não serve, não. (solta-se) Gosto de mulher direita e que não fica se esfregando em qualquer um.

Sandro entra pelo portão e depois em casa. Carly com raiva.

CENA 08. MANSÃO ARMANDO. QUARTO ARMANDO. INT. NOITE.

Soraya sentada na cama. Tenta ligar para Helena sem sucesso. Depois põe o celular sobre a mesinha de cabeceira. Armando entra bêbado. Tira o paletó e joga sobre a poltrona. Soraya se aproxima dele.

ARMANDO
Você está diferente.

SORAYA
Diferente, como? Mais bonita?

ARMANDO
Mais velha.

SORAYA
Deve ser sua bebedeira. Eu continuo a mesma. Linda, jovem e esfuziante.

ARMANDO
Pros machos do asilo, você serve.

SORAYA
Não esquece que você poderia ser um desses vovôs de asilo. Você é quinze anos mais velho do que eu, meu amor. Eu já passei dos cinquenta, então…

Tenta beijá-lo, mas desiste por causa do hálito.

ARMANDO
Fiz de propósito. Não estou a fim de sentir seu gosto de azedo. Vou tomar um banho e tirar esse fedor de… mulher.

SORAYA
Bêbado ou não, você é o mesmo Armando de sempre. Machista e pedante. Toma seu banho, que eu vou ver meu filho. (sai)

CENA 09. APARTAMENTO GIOCONDA. QUARTO GIOCONDA. INT. NOITE.

Fábio e Gioconda deitados na cama, ambos com pijamas.

FÁBIO
Ele me pareceu um rapaz muito bom, honesto, simples. Ele até me lembra um pouco o jeito do Bruno. Já tinha notado um pouco na festa.

GIOCONDA
Sério? Confesso que nem prestei atenção direito a ele.

FÁBIO
Você estava apavorada, o que é justificável. O Sandro, que é como o rapaz se chama, mora numa pensão não muito longe daqui. Ainda conversamos um pouco no carro. Ele veio de Goiânia para passar uns tempos. Não sei por quê, mas ele tem alguma pendência a resolver. Uma mágoa. Deu pra sentir isso nele. Sandro estava um pouco na defensiva, quando lhe fiz algumas perguntas.

GIOCONDA
De qualquer maneira, ele é um grande herói. Temos que lhe pagar de alguma forma.

FÁBIO
Pensei num jantar. A gente mesmo prepara, como fez com o Bruno na outra vez, e convida o rapaz.

GIOCONDA
É uma boa ideia.

CENA 10. MANSÃO ARMANDO. FRENTE. EXT. DIA.

Música: Don’t You Forget About Me? – Simple Minds. Amanhece. Imagens da frente. Um carro sai pelo portão.

CENA 11. MANSÃO ARMANDO. SALA JANTAR. INT. DIA.

A música para. Carlos Eduardo, Amanda e Soraya tomam café da manhã à mesa.

CARLOS EDUARDO
O Wilson acabou de sair pra Aquapaper. O pai foi com ele?

SORAYA
Antes tivesse ido, mas está dormindo até agora.

AMANDA
Que estranho! Ele nunca é de sair tarde. Não é, amor?

SORAYA
Queridinha, aprende uma coisa com a sogrinha aqui. Marido, quando bebe, sai completamente dos eixos. E não tem mulher que segure nessas horas.

CARLOS EDUARDO

Mãe, isso é jeito de falar com a Amanda?

SORAYA
É bom que ela já saiba como é a vida de mulher de homem poderoso como seu pai.

AMANDA
Ainda bem que meu futuro marido não é assim. Né, sogra?

SORAYA
Nem vou te responder.

AMANDA
Carlos, hoje tem muita reunião na empresa?

SORAYA
Se tiver, desmarca. Filho, você tem que ficar com a sua noiva. As amigas da família já estão comentando que você não sai mais com ela, e até que nem transam.

AMANDA
Como é que é? Suas amiguinhas agora deram pra se meter na minha vida íntima? A vontade que tenho é de… Só não falo, porque seu filho está aqui.

CARLOS EDUARDO
Se comportem!

ARMANDO (entra e se senta)
Que gritaria é essa aqui de vocês duas? Estou ouvindo lá de cima. Calem suas matracas, que minha cabeça está estourando!

SORAYA
Ninguém mandou você sair bebendo por aí.

ARMANDO
Bebo socialmente. Minha condição exige.

SORAYA
Sei a quantidade de bebida social que é essa. Filho, seu pai estava embriagado e com um hálito de bicho morto.

ARMANDO
(tom) Cala a boca, Soraya! (dor) Ai, minha cabeça!

CENA 12. CASA HELENA. JARDIM. EXT. DIA.

Pensativa, Zilda está sentada no banco. Leila entra em cena e a vê assim. Senta-se com a outra.

LEILA
Algum problema, vó? Parece preocupada.

ZILDA
Sua mãe, como sempre. A cada dia piora. Ontem ela discutiu comigo e depois com seu pai.

LEILA
É sobre a Gioconda, não é?

ZILDA
Sua mãe não se conforma com a presença dela. Chegou a ir à casa dela, apenas para despejar ameaças e calúnias. E depois flagrei em um telefonema muito esquisito.

LEILA
Tem alguma coisa que a gente possa fazer.

ZILDA
Tem, minha neta. Mas qualquer atitude nossa também pode ter consequências desastrosas e irreversíveis.

CENA 13. CASA BRUNO. SALA. INT. DIA.

Bruno e Sandro conversam sentados no sofá.

BRUNO
Você se arriscou demais, Sandro. Rio de Janeiro não é Goiânia. Aqui os bandidos agem em dois, três, um em cada canto. Se você golpeia um, outro te mata.

SANDRO
Lá também é assim. Mas esse era bandidinho de merda. Parecia mais um crime encomendado, algo desse tipo. Era contra uma senhora rica.

BRUNO
Mesmo assim, Bruno. Você e ela correram risco. E depois?

SANDRO
Levei a moça até a casa dela. Ela e o marido me ofereceram alguma coisa, então aceitei uma carona até a pensão. Os dois foram muito gente boa. O marido ficou todo desesperado, a mulher nem se fala. O casamento parecia ser daqueles que não existem mais.

BRUNO
Você contando me lembra um casal de amigos. Acho que você me viu com eles na festa da Ana: Gioconda e Fábio.

SANDRO
Espera aí. Esse era o nome dela: Gioconda.

BRUNO
Como ela era?

SANDRO
Loura, bonita, simpática, cerca de 50 anos. O marido é mais alto, também simpático.

BRUNO (tem calafrio)
Não pode ser! Você falando em crime encomendado…

SANDRO
O que você acha que pode ser?

BRUNO
Existe uma pessoa que poderia, sim, ter interesse em acabar com a Gioconda. Se for isso…

SANDRO
Podemos investigar. A Jô…

BRUNO (corta)
Não. Melhor, não. Quanto menos gente se envolver nisso, melhor.

SANDRO
Tá bem. Depois te conto o resto, porque vou com a Zoraide naquele orfanato que te falei. Aproveito que ela vai conversar e rezar com as freiras, e dou uma olhada nos arquivos.

BRUNO
Ela sabe…?

SANDRO
Não. Falei que iria conhecer o orfanato, só isso.

BRUNO
Melhor assim. Te cuida.

Eles se abraçam. Bruno abre a porta para Sandro sair. Lá está Jô para tocar a campainha.


Não sabia que estava aqui, Sandro. Podíamos ter vindo juntos.

SANDRO
Preferi me adiantar, pra ter mais tempo no orfanato. Até já. Tchau. (sai)


Tchau! Oi, Bruno! Me convida pra entrar.

BRUNO
Claro, Jô. Entra.

Ela entra e ele fecha a porta.

CENA 14. BARRA SHOPPING. GARAGEM. EXT. DIA.

Música: Where’s The Party? – Madonna. Imagens de carros entrando e saindo do local. Um táxi para e deixa Soraya e Helena à frente da porta do shopping.

CENA 15. BARRA SHOPPING. INT. DIA.

A música continua. Helena e Soraya conversam.

SORAYA
Tentei te ligar o dia inteiro.

HELENA
Desculpa, amiga. Ontem o dia foi pra lá de complicado lá em casa.

SORAYA
Não precisa nem me dizer o motivo.

HELENA
Ela mesma! A ordinária tem o cinismo de estragar a minha vida. Ah, mas ontem enchi a mão na cara do cafajeste do meu marido.

SORAYA
Já vi tudo.

HELENA
Mamãe, claro, ficou do lado dele. Ela é outra que precisa de uma lição urgente. A cada dia parece que torce mais pra italiana dos infernos do que pra mim, que sou filha.

SORAYA
A gente sabe que sua mãe nunca bateu bem da cabeça. Ela sempre jogou o Estêvão contra você.

HELENA
E ainda descobriu meu caso com… Ah, deixa pra lá. Não interessa.

SORAYA
Você está traindo o Estêvão com quem? Conta, que agora fiquei curiosa.

HELENA
Com o ET! Com Papai Noel! Que isso não saia de sua boca. Ou minha filha fica viúva antes de casar.

SORAYA
Credo! Deixa meu filho fora disso.

CAM em Fábio e Gioconda, em outro ponto do shopping. Eles se aproximam aos poucos de onde Soraya e Helena estão.

FÁBIO
O shopping mudou muito desde que me mudei pra Itália.

GIOCONDA
Vinha pra cá todo sábado, quando era garota. Vínhamos eu, Soraya e outras meninas da sala.

FÁBIO
Soraya?

GIOCONDA
Sim, aquela que se casou com o empresário, o tal do Armando Alighieri.

FÁBIO
Quanto mau gosto. Esse homem nunca valeu nada.

GIOCONDA
Por que fala assim dele. Os comentários pela mídia são os melhores possíveis.

FÁBIO
Esse eu conheço desde que me dou por gente. Um anjo pela frente, mas por trás é uma cobra. Estudamos na mesma escola. Já vi aprontar muitas, e depois colocar a culpa nos colegas mais novos. Até estupro teve.

GIOCONDA
Como assim?

FÁBIO
Ele estuprou uma garota e colocou a culpa num colega. O coitado quase morreu de tanta pedrada que levou. Foi quando ele se formou. Eu, um molecote, me escondi no banheiro e ouvi a conversa dele com um cúmplice.

GIOCONDA
Que horror! Não gosto nem de imaginar essas coisas. Não ficaria um dia com um homem assim.

CAM em Soraya e Helena.

SORAYA
Aquela bolsa é linda. Vamos! Compro rapidinho.

HELENA
Você sabe quantas bolsas você tem espalhadas pelo mundo? Mais de duzentas.

SORAYA
Vou fazer o quê, se eu amo tudo que a vida traz de bom? Bolsas, sapatos, maquiagem, chapéus, roupas…

HELENA
Você e sua futilidade. Não sei como Armando te aguenta até hoje.

SORAYA
Eu tenho meus atalhos, amorzinho.

Sonoplastia: suspense. Elas veem Gioconda e Fábio andando pelo corredor em frente.

HELENA
Eu não posso acreditar que…

SORAYA
Que foi agora, Helena?

HELENA

Olha ali, sua anta!

SORAYA
Mas é a Gioconda…

HELENA
Vem comigo. (anda velozmente)

CAM em Gioconda e Fábio.

GIOCONDA
Estou com fome. Vamos comer aqui mesmo.

FÁBIO
Tem restaurantes logo ali.

HELENA (se intromete)
Então quer dizer que as meretrizes agora frequentam lugares de gente direita como eu?

CLOSES alternados entre Helena e Gioconda.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela em Helena; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Publicidade

Inscreva-se no WIDCYBER+

O novo canal da Widcyber no Youtube traz conteúdos exclusivos da plataforma em vídeo!

Inscreva-se já, e garanta acesso a nossas promocionais, trailers, aberturas e contos narrados.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo