CENA 01. RIO DE JANEIRO. RODOVIÁRIA. INT. NOITE.

Música: Longer – Dan Fogelberg. O ônibus chega ao ponto. Sandro desce com a bagagem do ônibus. Anda pela rodoviária por alguns segundos. Para. CLOSE no rosto dele.

SANDRO
Agora é definitivo. Sandro, é hora de buscar suas raízes.

CAM em plano médio. Sandro se dirige à saída da rodoviária.

CENA 02. PENSÃO ZORAIDE. SALA. INT. NOITE.

A música para. Zoraide de pé ao telefone, toda animada. Jô surge e fica de pé, por trás de uma poltrona; observa a outra.

ZORAIDE
Hoje ainda?… Fico na espera… Está com o endereço certo, não está?… Que bom! Arrumo um quarto pra você, enquanto isso… Até já… Obrigada. (desliga)

JÔ (aproxima-se)
Gente chegando a essa hora?

ZORAIDE
Isso mesmo. Aquele rapaz de Goiânia, que ligou anteontem, acaba de chegar de viagem. Como tem um quarto sobrando e o casal do Mato Grosso desistiu de viajar pra cá, então ele fica todo pro moço. Se me dá licença, vou preparar a cama, porque ele deve chegar acabado de cansaço. Vem comigo, que a gente coloca as fofocas em dia.

As duas sobem as escadas e papeiam sobre qualquer coisa.

CENA 03. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. NOITE.

Gioconda, Bruno e Fábio jantam à mesa. Ela está de frente para Bruno. Ambos trocam olhares, enquanto comem. Após segundos de silêncios, Fábio fala algo.

FÁBIO
O que está achando da macarronada, Bruno?

BRUNO
Exatamente igual àquela que sua sogra fazia. Ela te passou a receita direitinho.

FÁBIO
Mas não teria ficado tão bom se não fosse a digníssima dama que nos cerca neste momento. (sorri para Gioconda)

GIOCONDA
Assim você me deixa envergonhada, amor.

BRUNO
Está excelente de verdade. Se eu pudesse repetir o prato, mas…

FÁBIO (corta)
Não se acanhe. Coma quantos pratos quiser. Você é de casa.

GIOCONDA
Era isso o que eu ia dizer.

FÁBIO
Aliás, eu também vou-me servir novamente. (pausa) Meu amor, me passa o queijo ralado, por favor. (ela obedece) Obrigado.

GIOCONDA
Você disse que nunca se casou, Bruno. Chegou a namorar alguém, noivar?

BRUNO
Nada mais que uns namoricos sem importância. Vocês conheceram a Ana lá da escola. Aquela de cabelos compridos.

GIOCONDA
Sim, muito simpática.

FÁBIO
Conversamos um pouco, enquanto eu tomava café. Bem, acho que ela queria comigo mais que um bate-papo, não sei.

GIOCONDA (brinca)
Como é que é? Estou começando a ficar com ciúmes.

BRUNO
Ela é assim mesmo, Gioconda. Não pode ver um homem, que já quer logo paquerar. (ri) Mas é uma ótima amiga. Chegamos a namorar por um mês. Mas não é pra mim.

FÁBIO
E a Gioconda? Seria uma mulher pra você? (ela e Bruno o olham surpresos) Não precisa responder. Só estava brincando.

BRUNO
Gioconda é uma mulher muito especial. Todos sempre sonharam em tê-la como companheira. Você tem muita sorte, Fábio.

FÁBIO
Eu sei. Me dá um beijo, querida.

Fábio e Gioconda trocam um selinho. Bruno tenta disfarçar o incômodo com a cena. Todos voltam a comer.

CENA 04. CASA HELENA. SALA. INT. NOITE.

Zilda e Leila conversam no sofá.

LEILA
Como foi isso, vó?

ZILDA
Foi do nada. Saí para visitar a Neusa e depois para comprar revistas. Quando deixei a banca e andei alguns metros, bem onde tem a escola na qual sua irmã fez aulas de dança… Encontrei a Gioconda andando com um homem.

LEILA
Você tem certeza de que era ela? Não poderia ser outra mulher? Vem tanta gente do mundo todo aqui pro Rio.

ZILDA
Não, minha neta. Era ela. O mesmo rostinho de menina. (Helena entra em casa) Se a sua mãe descobre.

HELENA
Se eu descubro o quê, mamãe?

ZILDA (susto)
Não vi que já tinha chegado, filha. Estava aqui conversando com a Leila sobre o encontro…

HELENA (corta)
Não mente, mamãe. Porque se eu descobrir…

LEILA
É verdade, mãe. Vovó e a Neusa querem mesmo montar um encontro de mulheres para fazer caridade.

ZILDA
Ajudar cães e gatos abandonados a conseguirem adoção.

HELENA
Não sei por quê, mas essa história está muito mal contada. A Neusa nunca gostou de animal. Até mandou queimar um gato, que eu sei.

ZILDA
Não, filha. Essa era a Dóris, que Deus a tenha. Neusa sempre teve dezenas de animais na casa dela.

HELENA
Ah, tá bom. Vou subir, que eu tenho mais o que fazer. O dia foi muito puxado. Boa noite, mamãe! Boa noite, Leila!

Helena beija as duas, sobe as escadas e sai de cena.

LEILA
Ufa! Essa foi por pouco.

RÉGIS (entra em casa)
Boa noite pra vocês!

ZILDA
Boa noite, meu neto.

RÉGIS
Que caras são essas?

ZILDA
Uma bomba que pode estourar a qualquer momento nesta casa. Se prepara.

Closes alternados entre Régis, Leila e Zilda.

CENA 05. PENSÃO ZORAIDE. SALA. INT. NOITE.

Zoraide, sorridente, abre a porta para Sandro entrar.

SANDRO
A senhora é a dona Zoraide?

ZORAIDE
Me chame por você. (ele põe as malas num canto) Você se chama Sandro, não?

SANDRO
Isso mesmo. Sandro Novak.

Carly desce alguns degraus. Do meio da escada ela observa Sandro com muito interesse.

ZORAIDE
Fica à vontade. Você me parece uma ótima pessoa. Vai se dar muito bem aqui. Todo mundo de bem, trabalhador. (vê Carly) Não é, Carly? Venha conhecer o novo hóspede da casa.

CARLY (aproxima-se e o cumprimenta)
Como vai? Sou Carly Moon. Atriz, modelo, manequim, youtuber…

ZORAIDE (corta)
E piriguete na maior parte do tempo. Deixa de ser assanhada! Pronto, já conheceu o rapaz, então agora chispa pra cama!

CARLY
Vou mesmo. Mas amanhã não perco um pedacinho desse monumento. (a Sandro) De onde você tirou tamanha gatice? Me amarrei em você. Fui! (sobe para o quarto)

ZORAIDE
Repara não, que ela é assim com tudo que é homem. Da última vez, ela quase despedaçou um turista que passou uns dias aqui. Vem comigo, que seu quarto já está pronto.

Eles sobem as escadas.

CENA 06. PENSÃO ZORAIDE. CORREDOR. INT. NOITE.

Zoraide e Sandro andam pelo corredor.

ZORAIDE (aponta)
O banheiro masculino é este aqui, e o quarto é este outro.

Ela abre a porta para ambos entrarem. Em seguida, Vicky e Jô saem de outro quarto e andam em direção à escada.

VICKY
Você ouviu, né? O cara de Goiânia acabou de chegar. Tô curiosa pra conhecê-lo.


Deve ser um hóspede como outro qualquer. Não vejo graça nenhuma.

VICKY
Que seja. Mas a minha curiosidade está a mil por hora.

Elas saem de cena.

CENA 07. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO SANDRO. INT. NOITE.

Sandro e Zoraide de pé.

SANDRO
Assim está ótimo. Pra quem sempre morou numa fazenda com toda a simplicidade possível, isto aqui é um paraíso.

ZORAIDE
Que bom que gostou. As roupas de cama, o roupão e as toalhas estão no armário. As refeições são servidas às oito da manhã, ao meio-dia e às oito da noite. Lanches às três e às nove. Tem mais de cem canais na televisão, e a senha do wifi está anotada no mural do corredor. Qualquer coisa, é só me chamar.

SANDRO
Muito obrigado pela hospitalidade, Zoraide.

ZORAIDE
Com licença, Sandro. Fica à vontade. Vou pedir pro Germano subir com as bagagens.

SANDRO
Não é necessário…

ZORAIDE
Faço questão. Você passou por uma viagem supercansativa e deve se arrumar pra dormir bem. Já volto…

Ela sai. CLOSE no rosto de Sandro.

CENA 08. CASA HELENA. QUARTO HELENA. INT. NOITE.

Jairo bate à porta e entra.

JAIRO
A senhora me chamou, dona Helena?

HELENA
Chamei sim. Fecha a porta. (ele obedece) Agora vem aqui perto.

JAIRO
Do que a senhora precisa?

Sonoplastia: sensual. Helena beija Jairo com volúpia. Ele tenta resistir, mas não consegue. Ela tira o paletó de Jairo. Eles se deitam na cama e seguem aos beijos.

CENA 09. RIO DE JANEIRO. URCA. EXT. DIA.

Música: Spanish Eddie – Laura Branigan. Amanhece. Imagens das ruas do bairro carioca, e depois de um bondinho deixando a base e, após um CORTE, chegando ao Morro da Urca.

CENA 10. ESCOLA DE MÚSICA. CORREDOR. INT. DIA.

A música para. Bruno e Rubens conversam e tomam café.

RUBENS
Como é que foi lá?

BRUNO
Foi tudo muito bom. Era como se jamais tivesse nos separado, como se ainda nos víssemos todos os dias. Só que agora com o marido dela junto.

RUBENS
E ele?

BRUNO
Gente finíssima. Soube tratar muito bem a minha Gioconda. Ela está ainda mais esplendorosa. Os anos só fizeram bem a ela.

RUBENS
E você quase babando por ela, sem poder se expor pro marido.

BRUNO
Quase, não. Babei mesmo. Ele percebeu e até perguntou se ela seria mulher pra mim.

RUBENS
Já imagino a cena. Você provando da macarronada dela, e ele só de olho em vocês dois. (risos) Se ele fosse daqueles homens passionais, já tinha partido vocês dois ao meio.

BRUNO
Por incrível que pareça, ele é exatamente o contrário. Participa de tudo que a Gioconda faz. Fica amigo de todos os amigos dela.

ANA (entra)
Bom dia, meus amores! Bruno, você vai passar na Noêmia hoje, não?

BRUNO
Vou sim. (pausa) Caramba! Esqueci de pegar o material pra entregar pro Germano hoje. Foi bom você me lembrar, Ana. Passo na Noêmia, corro em casa e já volto. (termina de beber o café)

ANA
Vai pela sombra!

BRUNO
Eu sempre vou pela sombra. (sai)

ANA
Rubão, é o que tô pensando? Gioconda voltou e Bruno ficou todo esquecido por causa dela?

RUBENS
Mais ou menos isso. Vai um café? Está muito bom.

ANA
Eu topo.

Ela coloca uma moeda na máquina e enche um copo com café. Ela e Rubens conversam em FADE.

CENA 11. PENSÃO ZORAIDE. SALA JANTAR. INT. DIA.

Germano, Jô e Vicky tomam café da manhã.

VICKY
Vocês viram o novo morador?

GERMANO
Zoraide disse que ele estava dormindo ainda. Daqui a pouco ele desce.

VICKY
A Carly já ficou de periquitice com ele, que a Zoraide me contou.


Com quem que ela não fica assanhada nesse mundo chamado Terra? Hein!? Aquela lá já nasceu com a bunda virada pra sei lá onde. Se eu me importasse com cada um que pisa aqui, eu já estava morta e enterrada.

GERMANO
Falando nela, aonde ela se meteu a essa hora?

VICKY
Num teste de atriz, acredita?


Mais um, né? Ela é tão “talentosa”, que não passa em nenhum.

SANDRO (entra)
Com licença… Bom dia!

GERMANO
Bom dia. Senta aqui com a gente. (Sandro senta à mesa) Prazer, sou Germano.

SANDRO
Como vai, Germano? Sou Sandro.

GERMANO
O rapaz de Goiânia, não é isso? Zoraide falou muito bem de você antes de ela sair.

SANDRO
Bondade dela.

GERMANO
Elas são Victória, a Vicky, e Jo…

JÔ (corta)
Jô. Apenas Jô.

SANDRO
É um prazer, Jô… e Vicky.

VICKY (olha Sandro fixamente)
O prazer é nosso.


Mas agora temos que ir pra redação. Não é, Vicky?

VICKY
É sim. É muito bom te conhecer, Sandro. Com licença.

Jô se levanta e arrasta Vicky com ela, até saírem de cena.

GERMANO
Primeira vez no Rio?

SANDRO
Sim, a primeira.

GERMANO
Quando vim pela primeira vez, não pensava em outra coisa senão morar aqui. Apesar da violência, é uma bela cidade. Não troco por nada. E você? Veio a passeio?

SANDRO
Não exatamente. Tenho umas coisas a resolver aqui. Mas posso aproveitar pra conhecer o Rio, enquanto isso.

Eles continuam a conversa em FADE.

CENA 12. CASA NOÊMIA. SALA. INT. DIA.

Alice abre a porta para Bruno.

ALICE
Oi, Bruno! O que veio fazer aqui tão cedo?

BRUNO
Conversar com sua mãe sobre a festa da Ana.

ALICE
Me espera, que eu vou chamar a mamãe. (Noêmia vem da cozinha) Nem precisa mais.

NOÊMIA
Como vai, Bruno?

BRUNO
Muito bem, obrigado. (pausa) Vim saber sobre as coisas para a festa da Ana.

NOÊMIA
Senta.

ALICE (enquanto Noêmia e Bruno sentam no sofá)
Aceita um cafezinho, Bruno?

BRUNO
Não, obrigado. Acabei de tomar na escola.

NOÊMIA (enquanto Alice também se senta)
Encomendei várias coisas lindas. Devem chegar até amanhã ou sexta. Então a Monique, uma decoradora amiga da Alice, vai montar o salão na semana que vem. Chamei também um DJ e uma equipe de filmagem, do jeito que sua amiga pediu…

Conversa segue em FADE.

CENA 13. MANSÃO ARMANDO. SALA. INT. DIA.

Soraya fala ao celular, sentada no sofá e com a cara besuntada de cremes.

SORAYA
Ela está te tratando bem, não está, filho? Se eu souber que…

CARLOS EDUARDO (VO, telefone)
Está sim, mamãe. Não se preocupa com isso.

SORAYA
Me preocupo sim. Não aceito que ninguém dê um arranhão que seja na minha cria. Ou eu viro uma fera.

AMANDA (VO, telefone)
Oi, sogrinha! Estou aqui pra falar que estou cuidando do meu lindo noivinho muito bem. Sabe onde a gente estava agora? Num freezer. A gente acabou de fazer amor lá.

SORAYA (grita)
Você tentou congelar meu filho, sua porca? Manda ele ir pra sauna agora! Ele pode ter uma pneumonia, uma tuberculose! Ele tem asma, sabia?

AMANDA (VO, telefone)
Sua mãe é tão exagerada assim, Edu?

SORAYA
Eu ouvi, hein?! Sua piriguete! Vou contar tudo pra sua mãe, ouviu? Passa pro meu filho.

CARLOS EDUARDO (VO, telefone)
Fala, mãe!

SORAYA
Essa mulherzinha xexelenta tentou te matar num congelador? Como pude deixar ? A Amanda me paga, quando vocês voltarem.

Wilson entra com pastas na mão. Fica de pé num canto; ri sem que Soraya perceba.

CARLOS EDUARDO (VO, telefone)
Mamãe, por que não sai pra dar uma volta com o papai num motel, num spa, sei lá?

SORAYA
O seu querido papai está em Goiânia, cuidando dos negócios da família.

CARLOS EDUARDO (VO, telefone)
Então dá umas voltas com a Helena no shopping.

SORAYA
Já fiz isso ontem.

CARLOS EDUARDO (VO, telefone)
Então faz qualquer coisa. Preciso desligar. Tchau. (desliga)

SORAYA
Meu filho? Carlos Eduardo? Amandinha, você não sabe a sogra que tem. (vira-se, e Wilson grita de susto)

WILSON
Dona Soraya, o que a senhora fez na cara?

SORAYA
Ora! O que eu fiz na cara? Cuidando da minha cútis. O que uma senhora chique e importante como eu faria? (pausa) E você? O que veio fazer aqui?

WILSON
Vim deixar estes documentos para o doutor fantasma… Digo, o doutor Armando.

SORAYA
Tá. Deixa em cima da mesinha e some daqui! (ele obedece) Pensando bem… não some, não. Me espera no escritório, que eu já volto.

WILSON
Sim, senhora.

Ele se encaminha para o escritório, enquanto ela sobe as escadas.

CENA 14. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO SANDRO. INT. DIA.

Sandro sentado na ponta da cama. Ele pega um papel de dentro de um caderno. CAM exibe endereço de Bruno escrito no papel; e volta para Sandro.

SANDRO
Vamos ver no que este homem pode me ajudar.

Ele dobra o papel e o põe no bolso da camisa. Pega a carteira e sai do cômodo.

CENA 15. CASA HELENA. SALA JANTAR. INT. DIA.

Leila, Helena e Régis tomam café da manhã.

LEILA
Levantou tarde hoje, mãe.

HELENA
Aproveitei pra colocar minha pele de pêssego em dia. Nada como uma boa noite para isso.

RÉGIS
O papai ligou ainda há pouco. Está tudo muito bem lá em Bucareste.

LEILA
Ai, que bom! Fico muito feliz por ele.

HELENA
Pois ele que fique pra sempre por lá.

LEILA
Não fala assim, mãe. Você deveria torcer por ele, sabia?

HELENA
Mas eu estou sempre do lado dele. Até certo ponto.

RÉGIS
Deixa, Leila. Mamãe tem uma implicância gratuita com ele. Não sei por que não se separaram ainda.

HELENA
Minha implicância não é gratuita. São anos e anos convivendo com os defeitos de um homem que… Ah, isso não é assunto pra vocês. Só lamento vocês terem escolhido a mesma carreira que ele. Tanta coisa mais interessante nessa vida.

LEILA (após uma pausa)
A Amanda mandou um montão de fotos no meu zap.

HELENA
Essa, sim, sabe escolher o melhor para si. Puxou a mim. Depois passa pra mim, que eu estou doida pra ver.

LEILA
Passo, sim.

JAIRO (entra pelo corredor)
A senhora me chamou, dona Helena?

HELENA
Sim, Jairo. Chamei. Quero que me leve ao shopping Leblon. Se me dão licença, filhos, eu já vou.

LEILA
Tchau, mãe!

RÉGIS
Tchau!

Helena e Jairo saem.

RÉGIS
Mamãe já está passando dos limites com essa picuinha.

LEILA
Então se prepara, que as coisas só vão piorar daqui pra frente.

RÉGIS
Nem me fala.

CENA 16. CASA HELENA. GARAGEM. EXT. DIA.

Helena e Jairo andam até o carro. Quando ele abre a porta para Helena entrar, ela o puxa para um beijo demorado. Sonoplastia: suspense. De longe, Zilda observa os dois. Disfarça, quando o beijo acaba. Ela entra. Jairo fecha a porta traseira, e depois também entra no carro. O veículo parte. CAM em Zilda, que está chocada. Fim da sonoplastia.

CENA 17. CASA BRUNO. FRENTE. EXT. DIA.

Música: Longer – Dan Fogelberg. CAM do outro lado da rua. Bruno passa pelo portão e entra em casa. Surge Sandro. Ele atravessa a rua. Observa a casa de Bruno. Vê que o portão está destrancado e entra por ele. CAM no quintal. Sandro titubeia, mas logo toca a campainha. Espera. Dá as costas, quando Bruno abre a porta. A música para.

BRUNO
Pois não?

SANDRO (vira-se para Bruno)
Desculpa incomodá-lo… Bruno Vermont… Ele mora aí?

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

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  • Ain caramba! Morto de curiosidade pra saber se o Bruno vai conseguir ajudar o Sandro. Aff, que ranço que eu peguei da Helena só nesse capítulo, pelo amor…! haha, muito bom Marcelo!

    • Ela ainda vai dar muito trabalho, Melqui. Helena é uma cobra que vai aterrorizar muita gente. Se prepara. 😀

  • Ain caramba! Morto de curiosidade pra saber se o Bruno vai conseguir ajudar o Sandro. Aff, que ranço que eu peguei da Helena só nesse capítulo, pelo amor…! haha, muito bom Marcelo!

    • Ela ainda vai dar muito trabalho, Melqui. Helena é uma cobra que vai aterrorizar muita gente. Se prepara. 😀

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