CENA 01. ESCOLA DE MÚSICA. FRENTE. EXT. DIA.

Continuação da última cena do capítulo anterior. Fábio e Gioconda conversam com Bruno na calçada.

BRUNO
Gioconda! Que nome bonito! Me lembra uma grande amiga… (se dá conta) Gioconda Grimaldi, é você?

GIOCONDA (surpresa; sorri)
Bruno? Não acredito!

Ela dá um forte abraço em Bruno.

BRUNO
Há quanto tempo não nos víamos? Deixa eu olhar pra você, minha amiga! (separam-se; ele a analisa com o olhar) Você continua com a mesma carinha. Não mudou nada.

GIOCONDA
Nem tanto. Não sou mais aquela menina de 35 anos atrás. Hoje tenho minha carreira, sou casada… Aliás, este é Fábio. Meu marido.

FÁBIO (aperta a mão de Bruno)
Como vai, Bruno? Ela sempre me falou muito bem de você.

GIOCONDA
Espero que sejam grandes amigos. Assim me deixarão muito feliz.

BRUNO
Pelo que vejo, ele cuidou muito bem de você nesses anos todos. Vamos entrar e conversar um pouco lá dentro.

Bruno encaminha o casal para dentro.

CENA 02. ESCOLA DE MÚSICA. SALA BRUNO. INT. DIA.

Gioconda, Bruno e Fábio entram. Este último fecha a porta, e então todos se sentam à mesa.

GIOCONDA
Está tudo muito bem equipado por aqui. E cheio de alunos.

BRUNO
Meu sonho realizado. Lembra quando a gente conversava sobre montar uma escola? Aqui está. Só faltava você pra fazer parte disso aqui. E agora vê com seus próprios olhos.

GIOCONDA
Fico muito feliz por você. Enquanto isso, eu me tornei uma jornalista renomada e nunca mais tive contato com a música.

FÁBIO
Acredita que ela nunca tocou piano pra mim?

BRUNO
Como assim, Gioconda? Você é tão talentosa. A gente tocava junto nas aulas no seu apartamento, depois da escola. O que te fez afastar do que mais amava?

GIOCONDA
Muitas coisas. Mas não quero falar disso agora. O que importa é que estamos juntos novamente, e quero aproveitar muito a sua companhia.

FÁBIO
Vou aproveitar pra dar uma volta pela escola e deixá-los a sós. Vocês têm muito pra conversar, depois de tanto tempo. Já volto, meu amor. (dá um selinho em Gioconda)

BRUNO
Fica à vontade. Tem uma máquina de café no fim do corredor, caso você queira.

FÁBIO
Preciso mesmo. Agradeço. Com licença. (sai)

BRUNO
Agora você vai me contar tudo, desde o dia em que foi embora.

Bruno e Gioconda conversam em fade.

CENA 03. GOIÂNIA. RODOVIÁRIA. INT. DIA.

Sandro e Fúlvio conversam próximo ao ponto de ônibus.

SANDRO
Bruno Vermont?

FÚLVIO
Ao que parece, ele é professor de música no Rio. Tem uma escola em Ipanema, Copacabana, algo assim. Não é muito difícil de achá-lo. Ele pode ajudar você no que for necessário. Aqui está o endereço de onde o pai dele morava. (entrega um papel)

SANDRO
Não sei como lhe agradecer pelo que está fazendo.

FÚLVIO
Não agradeça. Apenas siga seu destino e tenha muita sorte.

Música: Longer – Dan Fogelberg. Fúlvio dá um aperto de mão em Sandro. Depois, Sandro entra no ônibus com a bagagem. CORTA. O ônibus deixa o ponto e parte. Fúlvio se afasta do ponto.

CENA 04. ÔNIBUS. INT. DIA.

Ônibus com todos os assentos cheios. Sandro está sentado à janela. Olha a paisagem.

CHICO (VO)
Querido filho… Espero que um dia possa perdoar seu velho pai pelo que escrevo aqui. A verdade é que nunca tive coragem de falar sobre isso com você… Na época em que você nasceu, eu estava morando por um tempo no Rio de Janeiro. Eu me sentia muito deslocado e solitário. (Sandro vira o olhar pra frente) Até que, num dia frio com muita chuva, alguém deixou um cesto com um bilhete e com um bebê à minha porta. O bilhete também está no envelope, para você ler. Naquele mesmo instante, senti um amor imenso por você. Decidi te adotar e te criar como meu filho… Peço mais uma vez que me perdoe por minha covardia por todos esses anos. Fiquei com muito medo de te perder.

Sandro chora. Sonoplastia: tiro de revólver.

SANDRO (VO; grita)
Pai! (pausa) Por quê, pai? E agora? O que vou fazer sem você?

Sandro pega um lenço para secar as lágrimas, e volta a olhar a paisagem.

A música para.

CENA 05. ESCOLA DE MÚSICA. CORREDOR. INT. DIA.

Fábio coloca uma moeda na máquina de café. Após encher o copinho, ele pega-o para beber. Ana se aproxima saliente.

ANA
Com licença. Você é aluno novo?

FÁBIO
Não. Quero dizer, ainda não. Estou só acompanhando minha esposa. Ela está lá dentro conversando com o dono da escola. E você?

ANA
Sou sócia. E professora. Se estiver a fim de umas aulas de dança, pode contar comigo.

FÁBIO
Que bom, porque sou péssimo em dança. Sempre piso no pé da minha Gioconda, quando dançamos juntos.

ANA (assusta-se, mas disfarça)
Gioconda?

FÁBIO
Sim. Você a conhece?

ANA (sem graça)
Não. Acho que não. Foi só o nome mesmo. Se quiser alguma coisa, é só me procurar. Sou Ana. Prazer.

FÁBIO
O prazer é meu. Fábio.

Ela o olha de cima a baixo, interessada; volta pelo corredor e sai de cena. Ele volta a beber o café.

CENA 06. ESCOLA DE MÚSICA. SALA BRUNO. INT. DIA.

Bruno e Gioconda seguem a conversa, sentados à mesa.

BRUNO
Bem, é isso. Nenhuma mulher me interessou, e continuo solteiro até hoje. Meu relacionamento é com a escola. E estou feliz assim.

GIOCONDA
É o que importa. A felicidade em primeiro lugar. Você e a escola; eu e Fábio.

BRUNO
Você acredita que guardo fotos da nossa juventude até hoje?

GIOCONDA
Também tenho minha caixa de recordações. Ontem mesmo estava mostrando pro Fábio aquela nossa foto do colégio. Nós dois e o Estêvão. Aliás, como ele está?

BRUNO
Da pior forma possível. Preso à Helena numa instituição falida. Está na Europa, mas deve voltar logo. Só assim, pra se livrar por um tempo das garras dela.

GIOCONDA
Imagino como devem ser as coisas por lá. E a Soraya? Soube que também se casou com um milionário.

BRUNO
Armando Alighieri. Um dos maiores empresários do país. O filho deles está noivo da Amanda.

GIOCONDA
Quem é Amanda?

BRUNO
Filha da Helena. Uma boa moça. Chegou a fazer aulas de dança aqui, escondida da mãe.

GIOCONDA
Nem precisa me contar o resto. (pausa) Bem, mudando de assunto, o que acha de jantar conosco lá em casa hoje? Você, eu e Fábio? É no mesmo apartamento.

BRUNO
Vindo de você, não posso recusar o convite. A que horas?

GIOCONDA
Às oito?

BRUNO
Combinado.

CENA 07. ESCOLA DE MÚSICA. FRENTE. EXT. DIA.

Bruno sai com Gioconda e Fábio.

GIOCONDA
Esperamos você.

FÁBIO
Você será recebido com toda a pompa que merece um grande amigo.

BRUNO
Não é pra tanto, Fábio.

GIOCONDA
Não seja modesto. À noite nos vemos.

Bruno dá um beijo no rosto de Gioconda e um aperto de mão em Fábio. Entra na escola, enquanto o casal passa a caminhar pela calçada.

FÁBIO
Definitivamente, um grande sujeito.

GIOCONDA
Sabia que você iria gostar dele.

FÁBIO (ri)
Não consigo esconder nada de você, não é, querida? Vamos ao supermercado, que temos muito o que preparar para o jantar.

GIOCONDA
A Lena pode muito bem…

FÁBIO
Lena, uma ova. Hoje o fogão é nosso. Temos que agradar ao nosso convidado, lembre-se.

CAM em Zilda, do outro lado da rua. Ela vê o casal se afastar.

ZILDA (VO)
Mas aquela não é a Gioconda Grimaldi? (pausa) É agora que o caldo pode entornar, se a Helena descobrir.

CENA 08. CASA HELENA. INT. DIA.

Zilda entra aflita; anda até o vaso de flores próximo à janela. Ângela percebe e se aproxima da patroa.

ÂNGELA
Algum problema, dona Zilda.

ZILDA
Helena está em casa?

ÂNGELA
Não, ela saiu com dona Soraya. Deve demorar.

ZILDA
Que bom! O que vou falar não pode chegar aos ouvidos dela. Entendeu bem, Ângela?

ÂNGELA
Sim, senhora. Mas me fala. Por que a senhora está tão perturbada desse jeito?

ZILDA
A Gioconda.

ÂNGELA
O que tem a Gioconda? Morreu?

ZILDA
Antes fosse isso, Ângela. (pausa) Vi Gioconda na rua, enquanto voltava pra cá. Ela voltou pro Brasil. Se a Helena descobre… Ah, os tempos sombrios estarão de volta nesta casa. Minha filha não vai suportar.

CENA 09. PRÉDIO GIOCONDA. FRENTE. EXT. NOITE.

Música: Como É Bom Te Amar – Jane & Herondy. Anoitece. Imagens da fachada.

CENA 10. APARTAMENTO GIOCONDA. COZINHA. INT. NOITE.

A música continua. Fábio coloca macarrão para cozinhar na panela. Gioconda e Lena dançam juntas e animadas. Fábio pica alhos e tomates, enquanto assiste às outras duas. Segundos depois, Lena para a dança.

LENA
Cansei! Já disse que meu talento é no bom e velho samba. Taca uma Alcione, uma Beth Carvalho, que eu requebro a noite toda.

GIOCONDA
Você dança qualquer coisa super bem, Lena. Não acha, Fábio?

FÁBIO
Mulata nota 10! As melhores dançarinas do mundo são as negras, você sabe. Vocês tem uma sensualidade, um jeito especial e encantador de deixar todos enfeitiçados.

LENA
Infelizmente não são todos que pensam como você, Fábio. O racismo ainda é muito forte no mundo todo.

FÁBIO
Eles não sabem o que perdem com esse preconceito ridículo e besta. A maior graça deste mundo é justamente a mistura, a diversidade. Não acha? (pausa) Agora acabou o descanso. Coloca um samba aí, Gioconda. Quero ver nossa Lena mostrar o que sabe.

GIOCONDA
Só se for agora.

Ela aperta um botão no aparelho de som. Música: Sufoco – Alcione. As duas mulheres voltam a dançar juntas. Fábio também arrisca uns passos, enquanto pica salsa e cebolinha sobre a mesa. A música para.

CENA 11. GOIÂNIA. FAZENDA ARMANDO. CARRO. EXT. NOITE.

Neco dirige o carro. Jéssica abraça e beija o rosto e o pescoço de Armando, no banco de trás.

ARMANDO
Enfim chegamos. Estou exausto da viagem. Mas valeu muito a pena. Amanhã mesmo isto aqui é oficialmente meu.

JÉSSICA
Amanhã, mesmo. Porque hoje você é todinho meu, gatão.

ARMANDO
E você será muito bem recompensada por me acompanhar.

Sonoplastia: sensual. Jéssica e Armando dois se beijam ardentemente. Neco estaciona e sai do carro. A moça chupa o pescoço de Armando.

CENA 12. PENSÃO ZORAIDE. CORREDOR. INT. NOITE.

A sonoplastia continua. Carly faz poses, caras e bocas diante do espelho. Após alguns segundos, Zoraide aparece.

ZORAIDE
Muito bonito, hein?! O jantar servido faz tempo, e você de saliências aqui no corredor.

CARLY (susto)

Caramba, Zozô. Só estava treinando minha beleza sedutora para atacar algum varão amanhã de manhã.

ZORAIDE
Você não toma vergonha mesmo. Desce logo, que a comida vai esfriar. Ou vai ficar tão magra, que ninguém vai te querer.

CARLY
Você tá com inveja do meu lindo corpinho.

ZORAIDE
Agora, se me dá licença, vou ver se a Jô e a Vicky já chegaram. (sai em direção à escada)

Carly lança uma careta pelas costas de Zoraide e segue com suas poses. Fim da sonoplastia.

CENA 13. PENSÃO ZORAIDE. SALA JANTAR. INT. NOITE.

Germano, Jô e Vicky sentados à mesa. Eles se servem. Zoraide entra.

ZORAIDE
Boa noite, meninas! Que bom que já voltaram.


Estou morta de fome. Hoje o dia foi pesado.

VICKY
Uma fã quase colocou fogo num prédio inteiro, porque teve um autógrafo recusado pelo ídolo. Um cantorzinho xexelento e sem talento, mas que está lotado de seguidores nas redes sociais.


Hoje em dia tem doido pra tudo.

ZORAIDE
Não é? Tem uma assim lá no corredor. Carly toda cheia de poses, achando que vai conquistar namorado daquele jeito.

GERMANO
Namorado? A gente sabe muito bem o que ela quer. Deixa ela pra lá, que estou mais interessado nesse canelone saboroso que só você sabe fazer.

VICKY (após comer um pedaço)
Hummmm! Está maravilhoso mesmo.


Melhor que isso, só o dia em que eu colocar o Armando na cadeia.

ZORAIDE
Armando?

VICKY
A Jô cismou em investigar a vida do Armando Alighieri. Segundo ela, o homem é todo cheio de podres.

GERMANO
Ele é um dos homens mais poderosos do país. Um exemplo para o Brasil. Se ele se candidatasse a presidente, eu votaria nele de olhos fechados.


Deus me livre! Um dia ainda vou provar o que estou falando. E vocês sabem que eu não costumo falhar. Vocês se lembram daquele médico que atendeu a Carly? O ginecologista? Assediador da pior espécie.

GERMANO
Mas agora você não está falando de um sujeitinho qualquer, e sim de um empresário renomado.


Esse é o pior tipo. O que se faz de santo milagroso. Todos os dias aparecem casos assim lá no jornal. (serve-se com um bife) Armando Alighieri que me aguarde.

CENA 14. GOIÂNIA. FAZENDA ARMANDO. SEDE. ESCRITÓRIO. NOITE.

Armando entra e acende a luz; olha para a mesa de Chico, ainda ensanguentada. Neco também entra.

ARMANDO
Ainda não limparam essa droga?

NECO
A polícia ainda não terminou a perícia.

ARMANDO
Terminou agora mesmo! E quero tudo limpo até amanhã.

NECO
Sim, doutor.

ARMANDO
Vamos ver o que tempos aqui.

Ele se senta na cadeira principal e abre as gavetas para ver os documentos guardados.

NECO
São os papéis do seu Chico, doutor.

ARMANDO
Agora são meus. (olha e comenta) Cobranças, cobranças e mais cobranças… Este homem gostava mesmo de uma jogatina, hein!?… Notas de compra, de venda… Extratos bancários… Receita do médico… Paciente psiquiátrico? Interessante… Olha só, cartinha pro filho… Sentimentalismo barato, que coisa mais besta. Cansei. (dobra a carta e põe no bolso do paletó) Vou subir. Fica de guarda com os outros.

NECO
Sim, doutor. Qualquer invasão, e eu mesmo mato o sujeito.

ARMANDO
Sem piedade.

Armando sai do cômodo. Neco apaga a luz, também sai e fecha a porta por fora.

CENA 15. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. NOITE.

Fábio e Gioconda arrumam a mesa do jantar. Lena arruma as almofadas na sala e os objetos nas estantes.

GIOCONDA
Acho que acabamos tudo muito cedo. Ainda falta tempo.

FÁBIO
Ele já está no elevador.

GIOCONDA
Meu amor, esse seu dom de sentir a presença das pessoas nunca funcionou com estranhos. Ele vai demorar ainda. Lena, está dispensada por hoje. E obrigada por ser minha fada-madrinha. Não sei o que seria sem você.

FÁBIO
(brinca) Assim vou ficar com ciúmes. (a campainha toca) É o Bruno.

LENA
Seu marido cismou mesmo, hein, Gioconda.

GIOCONDA
Não foi? Aposto que é o vizinho do 111.

Fábio abre a porta. É Bruno.

BRUNO
Boa noite. Cheguei muito cedo?

FÁBIO
Claro que não. Entra. Fica à vontade.

BRUNO (aperta a mão de Fábio)
Como vai, Fábio?

FÁBIO
Melhor com sua chegada.

BRUNO (dá um beijo no rosto de Gioconda)
E você, Gioconda?

GIOCONDA
Muito bem, obrigada. Esta é Lena, uma grande amiga. Mais do que uma empregada e secretária, é como se fosse a irmã que nunca tive.

LENA (troca beijo de rosto com Bruno)
Prazer em conhecê-lo, Bruno. A Gioconda é sempre exagerada. Ela foi quem salvou minha vida no momento em que mais precisei, então sou totalmente grata a ela.

FÁBIO
Não seja modesta, Lena. Sem você, nada funciona por aqui.

LENA
Bem, vou deixá-los a sós, pois marquei um programa pra daqui a pouco. Tem um filme divino passando no cinema.

BRUNO
Bom filme pra você.

LENA
Obrigada, Bruno. Até amanhã, Gioconda e Fábio! Com licença. (sai)

FÁBIO
Hoje tem um macarrão à bolonhesa do jeito que você gosta. Eu cozinhei, mas foi a Gioconda que passou a receita nos mínimos detalhes. Do queijo prato ralado até a cebolinha por cima.

BRUNO
Você lembrou mesmo, Gioconda.

GIOCONDA
Como eu poderia me esquecer dos melhores momentos da minha vida?

Closes alternados entre ambos, sorrindo.

CENA 16. GOIÂNIA. FAZENDA ARMANDO. SEDE. QUARTO ARMANDO. INT. NOITE.

De roupão, Armando está sentado na cama. Fala ao celular com Soraya.

ARMANDO
A viagem foi tranquila, porém cansativa. Estou me preparando pra dormir.

SORAYA (VO, telefone)
E a Jéssica? Ficou aí com você?

ARMANDO
Claro que sim. Está bem instalada em outro quarto. Por acaso você pensou que ela fosse dormir comigo? Na minha cama só há espaço pra você.

SORAYA (VO, telefone)
Só perguntei por perguntar. Eu sei que você jamais me trairia, ainda mais com a Jéssica. Estou no carro com a Helena. Em alguns minutinhos já estou em casa.

ARMANDO
Não demore mesmo. Não gosto de mulher dando voltas pela rua a essa hora. É perigoso.

SORAYA (VO, telefone)
Meu amor, eu sei muito bem me defender. A Helena te mandou um beijo.

ARMANDO
Manda outro pra ela.

Jéssica entra no quarto. Sobe na cama, de joelhos, e fica por trás de Armando.

SORAYA (VO, telefone)
Vou desligar. Durma bem, Armandão.

ARMANDO
Deixa comigo, querida. Até qualquer dia.

Ele desliga o celular, enquanto Jéssica passa a beijar sua nuca e a massagear seus ombros. Ele geme. Vira-se de lado e coloca a moça em seu colo. Beija-a ardentemente.

CENA 17. RIO DE JANEIRO. RODOVIÁRIA. INT. NOITE.

Música: Longer – Dan Fogelberg. O ônibus chega ao ponto. Sandro desce com a bagagem do ônibus. Anda pela rodoviária por alguns segundos. Para. CLOSE no rosto dele.

SANDRO
Agora é definitivo. Sandro, é hora de buscar suas raízes.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

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  • Adorei o capítulo! As cenas entre Fábio, Gioconda e Bruno foram as melhores! Não sei porquê, achei tão natural e tão gostoso de se ler. Nossa, esse Armando me dá nos nervos, vontade de colocar os meus cãezinhos pra dar uma lição nele e na bandida da Soraya kkkk.

    Agora que o Sandro chegou no Rio que a P**a vai ficar séria! haha.

    • Eu também já pensei em colocar meu leão pra dar uns bons castigos neles e na Helena. Esse trio ainda vai aprontar muito. Nos próximos capítulos Sandro começa a caçada pelo próprio passado.

  • Adorei o capítulo! As cenas entre Fábio, Gioconda e Bruno foram as melhores! Não sei porquê, achei tão natural e tão gostoso de se ler. Nossa, esse Armando me dá nos nervos, vontade de colocar os meus cãezinhos pra dar uma lição nele e na bandida da Soraya kkkk.

    Agora que o Sandro chegou no Rio que a P**a vai ficar séria! haha.

    • Eu também já pensei em colocar meu leão pra dar uns bons castigos neles e na Helena. Esse trio ainda vai aprontar muito. Nos próximos capítulos Sandro começa a caçada pelo próprio passado.

  • Olha… as chances são muitas sim, viu? Armando vai ter seu castigo na hora certa. Obrigado pela leitura, Henzo! 😉

  • Olha… as chances são muitas sim, viu? Armando vai ter seu castigo na hora certa. Obrigado pela leitura, Henzo! 😉

  • Lacrando sempre. Sandro em busca das suas origens, Armando é um sarno, morre logo, traste. kkk. Uma web maravilhosa e envolvente, Marcelo. Acho que ainda vem muita coisa por ai!!!

    • Verdade, Failon. Armando ainda vai pagar por seus crimes. Obrigado pelos elogios, Failon!

  • Lacrando sempre. Sandro em busca das suas origens, Armando é um sarno, morre logo, traste. kkk. Uma web maravilhosa e envolvente, Marcelo. Acho que ainda vem muita coisa por ai!!!

    • Verdade, Failon. Armando ainda vai pagar por seus crimes. Obrigado pelos elogios, Failon!

  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

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