CENA 01. JORNAL. REDAÇÃO. INT. DIA.

Jô conversa com Vicky na estação desta.


Não vale a pena sujar as mãos com aquilo lá. Atrai coisa ruim. (elas fazem sinal da cruz) E o Raul?

VICKY
Revoltado.


Aposto que é porque elas meteram o nome do Armando no meio.

RAUL (vem do corredor)
Exatamente. Jocasta, você está demitida!


Demitida?

RAUL
Falei pra não ficar de perseguição contra o doutor Armando. Afinal o jornal só está de pé graças a ele.

Ah, mas essa é boa! Agora é ele que manda no jornal? Você é mesmo um puxa-saco de merda. Tomara que vá pra atrás das grades e faça companhia pra ele. Já vou tarde.

Jô pega a bolsa e sai revoltada.

VICKY
Pegou pesado, hein, Raul.

RAUL
Não começa, ou também vai pro olho da rua.

VICKY
Não seja por isso. Aqui já tava um saco mesmo. Fui!

Vicky abaixa a tela do notebook, pega sua bolsa e também sai. Raul volta para sua sala.

CENA 02. PRÉDIO JORNAL. FRENTE. EXT. DIA

Jô sai do prédio apressada. Vicky aparece em seguida, do mesmo lugar, e corre atrás da primeira.

VICKY
Jô, volta aqui!


Se for pra pedir pra voltar, perdeu seu tempo.

VICKY
Vem cá, caramba!

JÔ (para e espera Vicky se aproximar)
Que foi, pomba?

VICKY
Também saí de lá. Raul já tava me dando nos nervos. (pausa) Entre vocês dois, sou muito mais a minha amiga.


Ai, você não me abandona mesmo, né? É por isso que te amo.

VICKY (abraça Jô)
Eu também te amo. Você sabe que odeio gente puxa-saca. O amor do Raul pelo Armando já tava virando um entojo.


Né? (pausa) O que acha da gente dar uma passada na delegacia, pra ver como tá o marido do nosso ex-patrão?

VICKY (ri)
Jô, você não tem jeito. Ah, eu topo.

Elas caminham de mãos dadas e felizes pela calçada.

CENA 03. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. ANOITECER.

Gioconda, Lena e Bruno entram.

LENA
Queria ter visto de perto a Helena se desmoronar.

BRUNO
Foi melhor você não ter ido na hora.

GIOCONDA
Nunca passei tanta humilhação. Sempre tive muito medo desse encontro.

BRUNO
Ele tinha que acontecer uma hora ou outra. Pensa que você saiu de pé. Machucada, sim, mas firme e forte. Pra Helena foi muito pior.

GIOCONDA
Não sei se saí tão forte assim. A frieza do Sandro foi a facada mais profunda na minha alma.

BRUNO
Ele também ficou muito ferido quando soube que não era filho do Chico… Na verdade ele é, sim, mas… Que história confusa!

LENA
Tudo vai se aclarar na hora certa.

GIOCONDA
Não sei se vai ter a hora certa. Por mim, eu me arrastaria aos pés dele pra ter o perdão. O teu também, Bruno. Não fui justa com você também.

BRUNO
Esquece isso. Agora você tem que pensar como vai ser daqui por diante.

LENA
Concordo com o Bruno.

CENA 04. PENSÃO ZORAIDE. SALA JANTAR. INT. NOITE.

Jô e Vicky entram e conversam.


Ele me tratou pior que cachorro.

VICKY
Você apelou, né, amiga? Ele é doido na Gioconda desde sei lá quantos anos. Não vai mudar de repente.


É isso que mais me dói.

VICKY
Esquece ele, Jô. Ele nunca vai ser seu.


Pois é isso mesmo que vou fazer. Cuidar de mim, da minha carreira. Homem só serve pra atrapalhar a gente.

VICKY
Ah, nem sempre. Eu, por exemplo, tô sentindo falta de uma companhia. Tô a fim até de passar na boate da Noêmia numa noite dessa. Quero namorar.


Boa sorte! Vai precisar.

VICKY
Obrigada, amiga!

Jô e Vicky riem juntas. Zoraide e Mercedes entram com panelas e tigelas, para colocá-las sobre a mesa.

ZORAIDE
Vocês tão aí? Nem vi chegarem.


É, acabamos de voltar. Humm, a comida tá cheirosa. O que tem?

ZORAIDE
Torta de merluza com queijo e presunto…

MERCEDES
Receita da minha mãe.

ZORAIDE
…bife à milanesa, macarronada e salada com legumes.

VICKY
Ai, que tentação! Sair daquele jornal me deixou faminta.

Jô e Vicky sentam. Mercedes sai em direção à cozinha.

ZORAIDE
Como assim, Vicky? O Raul…?


Me mandou embora, e a Vicky também pediu as contas. Adivinha o motivo.

ZORAIDE
Não me diga que foi por causa do Armando. Ah, mas ele vai me ouvir, quando tentar me seduzir de novo. Não gostei. (pausa) E vocês? Vão fazer o quê?

VICKY
Enquanto a gente rala pra conseguir outro emprego, estamos pensando em abrir um blog, um portal, alguma coisa desse tipo.


Vamos botar pra quebrar. Não tem Armando ou Helena que segure a gente.

Mercedes entra com pratos e talheres. Zoraide a ajuda na arrumação dos objetos na mesa.

VICKY
Só vai ter mulher trabalhando com a gente. Tô pensando no nome: Empoderada News. O que acham?


Super clichê. Só ontem vi uns dez blogs com esse nome.

ZORAIDE
Que tal Gazeta das Poderosas?


Depois a gente bola alguma coisa. Agora vamos comer, antes que esfrie.

GERMANO (entra)
Ouvi falar em comida?

MERCEDES
Ouviu sim. Preparamos especialmente pra você. (dá um selinho nele)

VICKY
Eta lelê! Germano arrasando corações!

GERMANO (senta à mesa)
Algum problema?

VICKY
Claro que não. Mercedes, você laçou o homem pelo estômago. Queria eu ter esse poder.

Zoraide e Mercedes se sentam, uma de cada lado de Germano. Todos jantam.

CENA 05. DELEGACIA. SOLITÁRIA. INT. NOITE.

Armando, de pé, fecha o zíper da calça. Carly sentada no chão, mais atrás; se levanta. Ela o abraça por trás e dá um chupão na nuca do amante, que geme.

ARMANDO
Assim vou ser obrigado a te dominar de novo.

CARLY
O que tá esperando, gatão?

Um policial abre a porta e entra com dois uniformes.

ARMANDO
O que é isso?

CARLY
Ponham isto. Vou levar vocês disfarçados. A delegada saiu com quase toda a equipe. A hora de fugir é agora.

ARMANDO
Você é um gênio, cara!

CENA 06. DELEGACIA. FUNDOS. EXT. NOITE.

Sonoplastia: suspense. O policial sai com Armando e Carly pela porta dos fundos. Os três entram silenciosamente num camburão. O policial liga o carro sem acender as luzes e parte com o veículo.

CENA 07. RUA DESERTA. EXT. NOITE.

O camburão para no meio da rua. Armando e Carly saem juntos.

ARMANDO
Te devo essa! Quando puder, deixo a recompensa na sua conta.

POLICIAL
Fico no aguardo.

O carro parte. A sonoplastia para. Vicky pula serelepe no colo de Armando e o beija. Depois volta pro chão.

CARLY
Sabia que você fica muito charmoso de uniforme?

ARMANDO
E você me deixa louco de desejo. (olha para uma luz acesa longe de onde estão) Acho que ali tem um motel. Você tem algum dinheiro?

CARLY
Bastante pra uma noitada. Sou loira, mas sou precavida, meu gatão.

ARMANDO
Tá, mas bota a ficha no teu nome, porque não posso me expor.

CARLY
Deixa comigo.

Armando e Carly se beijam loucamente.

CENA 08. PENSÃO ZORAIDE. FRENTE. EXT. DIA.

Música: Spanish Eddie – Laura Branigan. Imagem da fachada da casa. Um casal de jovens namora à esquerda da tela; duas adolescentes riem e usam celulares no canto direito.

CENA 09. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO SANDRO. INT. DIA.

Sandro irritado. Jô fecha a porta e se aproxima dele.

SANDRO
Só pode estar de brincadeira!


Mas o que aconteceu que te deixou assim?

SANDRO
O Armando fugiu da cadeia.


Como assim ele fugiu?

SANDRO
Ele aproveitou que os policiais e a delegada foram lá pro terreno onde a Zilda foi enterrada e conseguiu fugir. Disseram que uma mulher loura estava com ele.


A Gioconda. Eu disse que ela não vale nada.

SANDRO
Também pensei nela, mas pela descrição que deram, pode ter sido a Carly.


Biscate o suficiente, ela é. Já sei o que vou fazer.

Jô sai do cômodo. Sandro pensativo; fala sozinho.

SANDRO
Vou pegar você onde for preciso, canalha!

CENA 10. APARTAMENTO RÉGIS. SALA. INT. DIA.

Régis, Carlos Eduardo, Leila e Amanda conversam no sofá.

CARLOS EDUARDO
Era questão de tempo pra ele fugir. Meu pai consegue comprar todo mundo.

RÉGIS
Fica calmo, que a polícia vai dar um jeito de pegar o Armando de novo.

CARLOS EDUARDO
Acho difícil. Aqui no Brasil a impunidade sempre vence.

LEILA
Prefiro acreditar que ele vai pagar pelos crimes que cometeu. A Jô tá fazendo uma campanha enorme nas redes sociais pra prender seu pai.

CARLOS EDUARDO
Se ele não acabar com ela primeiro.

AMANDA
Pelo menos a mamãe continua na cadeia. Não consigo acreditar até agora que ela… (chora)

LEILA (consola Amanda)
Eu também não, mana.

CARLOS EDUARDO
Só espero que a Justiça também não liberte a Helena.

CENA 11. CASA NOÊMIA. COZINHA. INT. DIA.

Alice prepara ovos mexidos no fogão. Noêmia entra.

ALICE
Bom dia, mãe!

NOÊMIA
Bom dia, filha! Dormiu bem?

ALICE
Mais ou menos. O Sandro não sai da minha cabeça. Eu quero esquecer, mas… É mais forte do que eu.

NOÊMIA
Você vai conhecer um bom rapaz e vai conseguir esquecer esse cafajeste.

ALICE
Também não é assim. Ele me magoou muito, mas ele também não é um canalha como você pinta. Eu só queria que ele esquecesse essa ideia ridícula de vingança. Eu amo o Sandro que conheci na boate. É com ele que eu quero me casar. Mas ele foi embora e deixou outro no lugar. Desse outro não consigo gostar.

Alice termina de fazer os ovos e os emprata. Noêmia abraça Alice.

NOÊMIA
Você sabe o que eu penso. Mas não vou mais impedir você de fazer o que quiser. Só não quero que sofra mais. (beija Alice na testa) O que você botou no ovo?

ALICE
A manteiga que você gosta. Vamos comer?

NOÊMIA
Vamos, filha.

Alice pega o prato de ovo e sai com Noêmia em direção à sala de jantar.

CENA 12. DELEGACIA. CELA HELENA. INT. DIA.

Ivan entra na seção feminina com uma policial. Vai até Helena, que fica furiosa com a presença dele.

HELENA
O que tá fazendo aqui, velho sarnento? Veio ver a minha desgraça?

IVAN
Não. Só vim ver com você está. Mas acho que está muito bem. Já está fazendo mais um de seus escândalos.

HELENA
Não me venha com seu sarcasmo e dá um jeito de me tirar daqui.

IVAN
Você não perde a arrogância, não é? Acho bom ficar bem quietinha, se não quiser ficar mais tempo presa. Vim deixar um recado: seus filhos estão aliviados sem você por perto. O que você fez com eles, não se faz com ninguém. Aproveita a estadia pra pensar um pouco e botar a mão na consciência.

HELENA (grita)
Fora daqui, maldito! Polícia!

IVAN
Eu já estou indo. Olhar pra sua cara me dá náuseas. (pausa) Até nunca mais!

Ivan se afasta e sai acompanhado de um policial. Helena com ódio mortal.

CENA 13. RIO DE JANEIRO. URCA. EXT. DIA.

Música: Lick It Up – Kiss. Letreiro: “Dias depois”. Imagens do bondinho subindo para o Morro do Corcovado e de outro descendo de lá.

CENA 14. DELEGACIA. SALA DELEGADA. INT. DIA.

Música em fade. Sandro e Jô sentados à mesa com a delegada.

SANDRO
A essa hora o canalha do Armando já deve estar fora do Brasil.


Sei não. A Carly não tem dinheiro pra sustentar os luxos dele. A não ser que algum cúmplice.

SANDRO
E isso ele tem de monte.

DELEGADA
Pra todos os efeitos já mandei todas as autoridades averiguarem caso ele apareça em algum avião, helicóptero, jatinho.


Se ele molhar a mão, ninguém denuncia.

DELEGADA
Temos que esperar ele dar algum sinal.

SANDRO
É isso que me mata. Esse bandido mais uma vez saiu impune.


Não, se depender de mim. Tô colocando a foto dele no meu site todo dia. Teve até uma denúncia de uma moça que achou que tinha visto o Armando em Petrópolis, mas era só um ator francês passando uma temporada.

DELEGADA
Aposto meu cargo se não conseguir pegar o salafrário.

CENA 15. DELEGACIA. SEÇÃO FEMININA. INT. DIA.

As duas presas da cela em frente à de Helena combinam uma fuga.

PRESIDIÁRIA 2
Assim que o carcereiro aparecer, a gente usa o brinquedinho e foge. Tem um buraco aí na cela da madame.

PRESIDIÁRIA 1
Não vejo a hora de sumir daqui.

HELENA
Buraco? Que buraco?

PRESIDIÁRIA 1
Debaixo da sua cama, vadia. Olha aí.

Helena arrasta a cama para o meio e vê uma tampa de madeira. Levanta-a e vê o buraco.

HELENA
Pra onde é que vai isso?

PRESIDIÁRIA 2
Pro boeiro. Se não se importa em ficar toda cagada, vai em frente.

HELENA
Tô nem aí. Quero é ficar livre.

Helena se ajeita para passar pelo buraco.

CENA 16. DELEGACIA. FUNDOS. RUA. EXT. DIA.

Helena abre a tampa do boeiro e sai para a rua. Está toda suja. Fecha a tampa. Olha para os dois lados e corre para longe. Sai pela rua mais próxima.

CENA 17. DELEGACIA. SALA DELEGADA. INT. DIA.

Um policial entra e interrompe a conversa entre a delegada, Jô e Sandro.

POLICIAL
Com licença, doutora. Uma das presas fugiu, e as outras fizeram o carcereiro de refém.


Qual delas fugiu?

POLICIAL
A mulher do vídeo da internet.

SANDRO
A Helena.

DELEGADA
Não deve estar muito longe. Vai atrás dela.

CENA 18. APARTAMENTO RÉGIS. SALA. INT. DIA.

Leila desliga o celular e se aproxima de Régis, Carlos Eduardo e Rubens.

LEILA
Mamãe fugiu.

RUBENS
O quê?

LEILA
Teve ajuda de duas comparsas. Saiu pelo buraco e ninguém mais viu. A polícia tá atrás dela.

RÉGIS
Vai tentar acabar com um por um.

CARLOS EDUARDO
Ainda bem que a Amanda resolveu passar um tempo em Teresópolis.

CENA 19. PENSÃO ZORAIDE. SALA. INT. DIA.

Zoraide e Vicky assistem a um telejornal.

VICKY
Estamos ferrados. Helena vai querer vingança.

ZORAIDE
Deus permita que nada nos aconteça, e que ela seja presa de novo. Ela já acabou com a vida de muita gente.

VICKY
Vou colocar no site. Alguém tem que pegar ela.

Vicky liga o notebook que está a seu lado; abre o site e digita uma nota sobre Helena. Publica em seguida. CAM na tela da postagem, e rapidamente volta para as personagens.

ZORAIDE
É rápido assim?

VICKY
Muito mole!

ZORAIDE
Queria eu saber usar o computador pra essas coisas. Mas como sou das antigas, então prefiro ficar com o fogão mesmo. (ri) Acho que vou ligar pra Noêmia. Espera um minutinho, que já volto.

Zoraide sai da sala.

CENA 20. CASA NOÊMIA. SALA. INT. DIA.

Noêmia fala ao telefone.

NOÊMIA
Não, não vi. Ai, minha Nossa Senhora, essa mulher vai me infernizar de novo.

ALICE (se aproxima)
Quem é, mãe?

NOÊMIA (desespera)
A Vicky? Que bom! Não vejo a hora de prenderem a sanguinária da Helena… Claro que eu sou a primeira da lista!… Acho que vou mesmo, amiga. Não fico segura sozinha em casa ou na boate… A Alice vai pra escola e depois vai pra aí também… É bom todo mundo ficar junto… Obrigada, amiga! (desliga)

ALICE
A Helena fugiu da cadeia?

NOÊMIA
Fugiu, minha filha. Vamos passar uns dias lá na Zoraide. Ia abrir a boate pra fazer limpeza, mas nem vou mais.

ALICE
Se é assim, então passo na escola, aviso à Ana e ao Bruno e te encontro na pensão.

NOÊMIA
E vai perder o dia de trabalho?

ALICE
Primeiro, a minha vida e a da minha mãe.

CENA 21. MOTEL. QUARTO. INT. DIA.

Armando se disfarça. Carly está deitada de camisola na cama, coberta por um edredom.

CARLY
Vai sair?

ARMANDO
Tenho que resolver umas coisas. Não demoro.

CARLY
E se a polícia te pega?

ARMANDO
Não vai pegar. Sei bem como fazer o que preciso.

Armando coloca uma arma na cintura. Carly se assusta, mas não diz nada. Ele dá um selinho em Carly e sai.

CENA 22. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. DIA.

Lena e Ângela conversam no sofá.

ÂNGELA
A dona Helena ainda queria que eu fosse presa. Sabia que ela colocou uma foto minha no corpo do Jairo?

LENA
Que horror!

ÂNGELA
E agora ela fugiu da cadeia. Eu tô apavorada! Ela vai querer me matar.

LENA
Todos nós estamos em risco com ela à solta.

GIOCONDA (vem do corredor)
Lena, vou passar no Bruno e não demoro.

LENA
Gioconda! A Helena…

GIOCONDA (corta)
Não quero mais ouvir o nome dessa mulher.

Gioconda sai apressada e fecha a porta por fora. Lena tenta ir atrás dela, mas desiste.

ÂNGELA
Lascou-se.

LENA
Deus, proteje todo mundo das maldades daquela louca.

CENA 23. APARTAMENTO ESTÊVÃO. SALA. INT. DIA.

Estêvão fala com Bruno ao celular. Pega o paletó e a mala que estão sobre a mesa. Confere se o revólver está dentro da mala.

ESTÊVÃO
Já estou indo pra aí. Me espera… Até! (sai)

CENA 24. DELEGACIA. FRENTE. EXT. DIA.

Sandro e Jô saem da delegacia.

SANDRO
Você vai pra onde?


Não sei ainda. E você?

SANDRO
Resolver umas coisas que já devia ter resolvido. A gente se fala.


Tá bom. Cuidado com a megera.

SANDRO
Eu sei me cuidar. Até já!

CENA 25. PENSÃO ZORAIDE. QUARTO SANDRO. INT. DIA.

Sandro abre a gaveta de baixo da cômoda. Pega um revólver que está escondido por baixo das toalhas. Guarda-o na mochila. Fecha a cômoda. Mercedes entra.

MERCEDES
Oi, Sandro! Vai sair de novo?

SANDRO
Vou sim. (mente) Tenho entrevista de emprego. Não devo demorar.

MERCEDES
Depois me conta como foi. (beija-o no rosto e ele sai; fala sozinha) Espero que não esteja fazendo nenhuma loucura, Sandro. (faz sinal da cruz)

CENA 26. CASA BRUNO. SALA. INT. DIA.

Close numa mão com luva preta segurando um revólver, cujo gatilho é destravado. Suspense. Dois tiros seguidos.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

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