CENA 01. BARRA SHOPPING. INT. DIA.

Continuação da última cena do último capítulo. CAM em Gioconda e Fábio.

GIOCONDA
Estou com fome. Vamos comer aqui mesmo.

FÁBIO
Tem restaurantes logo ali.

HELENA (se intromete)
Então quer dizer que as meretrizes agora frequentam lugares de gente direita como eu?

GIOCONDA
Você de novo?

FÁBIO
Pra começo de conversa, minha mulher não é nenhuma meretriz, como você diz. Exijo mais respeito com ela.

HELENA
Respeito? Quem é você pra falar em respeito? Casou com ela sabendo de tudo que fez a vida toda e ainda quer se fazer de marido perfeito? É muito cinismo da sua parte.

FÁBIO
Gioconda, vamos embora! Não temos que ficar ouvindo essa louca…

HELENA (tom)
Ainda não terminei!

GIOCONDA
Mas a gente já. Vê se nos deixa em paz de uma vez por todas.

SORAYA
Você não muda mesmo, hein, Gioconda!

GIOCONDA
Ao contrário de vocês duas, eu mudei muito. Não imaginam o quanto o sofrimento me fez uma mulher melhor, mais madura. Agora saiam da minha frente, que eu e meu marido temos mais o que fazer.

Gioconda passa pelo meio das outras duas, atropelando-as. Fábio passa em seguida, atrás da primeira.

HELENA
Mas isso não vai ficar assim. Todos saberão a biscate que você é. Aquela que…

SORAYA (corta)
Helena, estamos no shopping.

HELENA (irritada)
E daí que estamos no shopping?

SORAYA
Tem lugar melhor pra fazermos nossas revelações.

HELENA
Pensando bem, você está certa. Essa ordinária vai ver só com quem está mexendo.

Soraya puxa Helena pelo braço e a leva pelo shopping.

CENA 02. CASA BRUNO. SALA. INT. DIA.

Bruno e Jô seguem conversando no sofá.

BRUNO
Só espero que essa história termine bem. Que Sandro consiga achar o que tanto busca e que fique em paz consigo mesmo.


Duvido. Ele está sedento por vingança contra o Armando.

BRUNO
Esse, você já disse que não vale o prato que come. Tem que ser processado, derrotado, sei lá.


E contra a mãe biológica também.

BRUNO
Ele te disse isso?


Não disse, mas não é difícil de perceber. De certa maneira, ele também a culpa pelo fato de o pai adotivo ter-lhe escondido tanta coisa. Não sei explicar, mas é mais ou menos por aí.

BRUNO
Mas isso é muito grave. Sandro pode fazer muita gente sofrer, se levar essa ideia estúpida adiante.


Concordo com ele em relação ao Armando. É por isso que estou do lado dele. De vocês dois. (olha Bruno com carinho) Não sei por quê, mas você me passa uma tranquilidade que eu não tinha desde que meu último namorado me largou… Na verdade, eu o peguei aos beijos dentro de uma lanchonete. Ele me humilhou como se eu fosse um pano de chão. Saí de lá chorando e sem querer mais nenhum homem na minha vida. (pausa) O que estou falando? Isso só diz respeito a mim.

BRUNO
É bom desabafar. Se a gente segurar as mágoas, a gente explode a qualquer momento.


Você fala como se tivesse sido rejeitado, como eu.

BRUNO
Rejeitado não seria a palavra certa. Mas eu tenho sim uma moça a quem amo muito e que nunca pôde ser minha… até agora.


É a Gioconda, não é? Já notei como você olha pra ela.

BRUNO
Amor de mais de quarenta anos. Amo aquela mulher desde menino. Mas, por ser o melhor amigo dela, jamais tive a chance de me declarar. Quando estava por fazê-lo, aconteceu a pior coisa da minha vida. Sofri um acidente de carro, fiquei algum tempo em coma e…


E?

BRUNO
Quando acordei, ela já não estava mais aqui. Mudou-se para a Itália e se casou com outro homem.


Fábio Velázquez?

BRUNO
Não. Primeiro veio um magnata dos automóveis, Giorgio Caronti. Muito mais velho, porém apaixonado pela juventude dela. Logo faleceu, deixando-a riquíssima. No dia do enterro, ela foi fotografada por um jovem que também se impressionara com a beleza dela. Com uma sensibilidade acima do normal, ele conseguiu conquistá-la primeiro como amigo, e depois como marido. E estão juntos até hoje.


E você sofre pela presença desse homem?

BRUNO
Preferia que ele não existisse, que ele morresse, sei lá. Mas logo penso que é cruel demais para um homem que me recebeu tão bem. E me culpo por desejar a mulher dele. Minha cabeça entra num conflito que parece não ter solução.


E se surgisse alguma mulher que amasse você incondicionalmente? Só uma hipótese, claro.

BRUNO
Não sei. Já tentei me relacionar com várias, mas amar…


Você devia se permitir, se abrir para um novo amor. É o que tenho tentado fazer, dentro do possível.

BRUNO
Você acha mesmo?


Vai que a Gioconda nunca possa ser sua. Você vai sofrer até o último dia de sua vida por ela?

Bruno pensativo.

CENA 03. BOATE NOÊMIA. ESCRITÓRIO. INT. DIA.

Noêmia e Alice terminam de assinar uns papéis.

ALICE
Só falta esse aqui, mãe. (entrega um papel)

NOÊMIA
Assino com a maior felicidade do mundo. Fazia tempo que não podia fazê-lo sem ter que pensar se poderia pagar ou não. (assina) Pronto, tudo completinho. (guarda os papéis na pasta)

ALICE
Então vou pra escola, tá, mãe?

NOÊMIA
Tá bom. Só não deixa o Bruno dar em cima de você. Sabe como ele é.

ALICE
Mãe, se toca! Ele jamais tentou abusar de mim ou da mulher que fosse. Precisa parar de implicar com ele.

NOÊMIA
Quando você for mãe, vai saber bem do que estou falando.

ALICE
Ai, tá bom! (levanta e beija a mãe no rosto) Volto de noite. Hoje tenho uma penca de aulas de violino.

NOÊMIA
Bom trabalho, filha!

ALICE
Tchau, mãe! (sai)

NOÊMIA (fala sozinha)
Acho que também vou dar uma saidinha.

Noêmia pega a bolsa e sai.

CENA 04. HOSPITAL. CORREDOR. INT. DIA.

Leila entra pela porta e segue pelo corredor. Vê Estêvão encostado ao balcão; ele conversa com outro médico. Ela se aproxima dele, que a vê.

ESTÊVÃO
Oi, filha! Você por aqui a essa hora?

MÉDICO
Com licença. Fiquem à vontade. (afasta-se)

LEILA
É, hoje tem aula prática no laboratório. A professora marcou aqui no hospital. Então aproveitei pra te ver.

ESTÊVÃO
Surpresa muito boa, por sinal.

LEILA
Está muito ocupado?

ESTÊVÃO
Não. Só tenho uma cirurgia pra daqui a uma hora. Quer conversar comigo?

LEILA
Quero, sim. A mamãe aprontou de novo.

CORTE RÁPIDO.

CENA 05. HOSPITAL. CANTINA. EXT. DIA.

Estêvão e Leila lancham, sentados a uma das mesas.

ESTÊVÃO (espantado)
Você tem certeza?

LEILA
Tenho. A vovó pegou a mamãe fazendo uma ligação muito esquisita. Isso foi ontem. Hoje, enquanto ela estava tomando banho, peguei o celular dela e vi uma chamada de alguém chamado Tonhão X9.

ESTÊVÃO
Não acredito!

LEILA
Você o conhece?

ESTÊVÃO
É um bandido que executa uns serviços sujos pra sua mãe. Com certeza ela quer se vingar de alguém. Ou de mim, ou da… Esquece.

LEILA
Gioconda! Não é esse o nome dela?

ESTÊVÃO
Você já sabe da história?

LEILA
Um dia a vovó falou dessa mulher no jantar, e a mamãe ficou uma arara. Aí a vovó contou alguma coisa de que elas eram rivais na época da escola, algo assim.

ESTÊVÃO
Mais alguma coisa? Sua avó contou mais? Me fala, que é importante.

LEILA
Não, foi só isso mesmo.

ESTÊVÃO
Seus irmãos? Eles…?

LEILA
Só o Régis. A Amanda, acho que não. Ela estava de viagem com o Carlos Eduardo na época.

ESTÊVÃO
Tenho medo do que sua mãe pode fazer à Gioconda. Não sei se você soube, mas ela foi uma grande amiga minha. Chegamos a namorar, até. Eu gostava muito dela. Esse é um dos motivos de sua mãe detestá-la tanto. A Gioconda teve que se mudar pra Itália, e eu acabei me casando com sua mãe.

LEILA
Então é por isso que você e mamãe nunca… (pausa) Por que vocês continuam com a relação doentia? Queria entender…

ESTÊVÃO
Por mim, já tinha me separado de sua mãe faz tempo. Mas as coisas não são tão fáceis assim. Sua mãe não aceita o divórcio, de jeito nenhum.

LEILA
Mas por que a Gioconda teve que ir pra Itália? Será que ela fez algo tão grave mesmo, como a mãe sempre diz? Ela se prostituía? Se drogava?

ESTÊVÃO
Não, nada disso. É tudo coisa da cabeça da sua mãe. A verdade é que a Helena nunca aceitou ser menos adorada pelas pessoas do que a Gioconda.

LEILA
O famoso recalque?

ESTÊVÃO
Se é assim que vocês jovens de hoje chamam, então é isso mesmo.

Leila pensativa.

CENA 06. RESTAURANTE. FRENTE. EXT. DIA.

Fábio estaciona o carro em frente ao local. Ele sai do carro. Abre a outra porta para Gioconda também deixar o veículo; fecha-a depois.

FÁBIO
Achamos a melhor vaga possível. Tivemos sorte.

GIOCONDA
Ai, só quero entrar e comer alguma coisa, porque no shopping…

FÁBIO
Nem eu conseguiria engolir nada, com as duas por perto.

Noêmia anda pela calçada, sem se dar conta do casal. Quando ela se aproxima de Fábio, ele se vira pra trás e esbarra nela.

FÁBIO
Mil desculpas, senhora. Não foi minha intenção.

NOÊMIA
Não tem de quê, senhor. (vê Gioconda) Não estou acreditando nisso! Senhor, será que joguei pedra no presépio?

GIOCONDA
Por que ainda me trata assim, Noêmia? Não fiz nada que tenha te atingido, ao que me lembre.

NOÊMIA
(gargalha) Ah, não fez? Então vou refrescar a sua linda memória. Você se lembra de quando era aquela garota…?

FÁBIO (corta)
Bem, senhora, acho que aqui não é o melhor lugar. Estamos no meio da rua.

NOÊMIA
Tem razão. Afinal eu também sofro as consequências do que fui obrigada a fazer por sua esposa.

FÁBIO
Já sei de tudo o que aconteceu. Um dia teremos a oportunidade de colocar as coisas em ordem e de esclarecer toda a situação. Afinal, éramos todos jovens.

NOÊMIA
Preferia que estivesse tudo enterrado desde aquela época.

GIOCONDA
Eu também. Meu amor, eu vou entrar. Te espero lá. Não aguento nem olhar pra cara dela. Passar bem, Noêmia. (entra no restaurante com raiva)

FÁBIO
Imagino o quanto você também deve sofrer com tudo isso. Por isso quero que resolvamos da melhor maneira, a fim de evitarmos tamanho escândalo.

NOÊMIA
Impossível! O que sua mulher fez é imperdoável. Nenhuma outra mulher perdoa tamanha maldade.

FÁBIO
A não ser que tenha sido um ato de desespero de uma jovem despreparada e insegura. Você também teve a idade dela. Provavelmente tem uma filha.

NOÊMIA
Minha filha jamais seria tão irresponsável. Agora eu preciso ir. E avise à sua mulherzinha que o dela já está guardado. E ai dela se falar uma palavra que seja de mim ou da minha família. Eu acabo com a raça dela.

Noêmia vai embora sem deixar Fábio falar. Ele suspira e entra no restaurante.

CENA 07. CASA HELENA. FRENTE. EXT. NOITE.

Música: Neverending Story – Limahl. Anoitece. Imagem da fachada da casa.

CENA 08. CASA HELENA. SALA JANTAR. INT. NOITE.

A música para. Ângela serve o jantar para Zilda, Régis, Amanda e Carlos Eduardo.

ZILDA
Não acredito que você fez lasanha de quatro queijos com presunto, Ângela!

ÂNGELA
Foi ordem do doutor Estêvão, dona Zilda.

RÉGIS
E falando no papai, onde ele está?

AMANDA
Numa cirurgia interminável. A Leila me falou no zap.

ÂNGELA
Se ele demorar muito, depois esquento um pedaço pra ele.

RÉGIS
Você vai se amarrar, Carlos Eduardo. A Ângela é uma cozinheira de mão cheia, como você sabe, mas a lasanha é a especialidade dela.

ÂNGELA
Receita da sua avó.

ZILDA
Tradição de família. Como não sou avarenta, passo as receitas pra todo mundo. É muito estimulante ver um prato fazer a alegria de mais famílias. A Ceiça até postou na página dela. Acredita, Ângela?

ÂNGELA
Adoro as receitas dela. Já copiei um monte.

AMANDA
Que tal a gente parar de falar e começar a comer? Estou morta de fome. Não comi nada hoje.

ZILDA
Por favor, se sirvam. Coma à vontade, Carlos Eduardo. Tem mais uma travessa lá dentro.

HELENA (entra irritada)
Posso saber que clima de festa italiana é esse?

AMANDA
Boa noite pra você também, mamãe!

HELENA
Não estou para suas gracinhas, Amanda! Comporte-se como uma mulher. Já é noiva, então controle-se pelo menos na frente de Carlos Eduardo. (a Zilda) Vou pro quarto e não quero ser interrompida em hipótese nenhuma. (sai)

AMANDA
O que eu fiz, gente?

ZILDA
Sua mãe está naqueles dias. Não liga pra ela.

RÉGIS
Não vai me dizer que foi a Gioconda de novo?

ÂNGELA
Não duvido nada.

HELENA (entra novamente)
Eu ouvi. Não vou mais admitir que evoquem essa mulher nesta casa. Levante-se, Régis.

Ele se levanta e toma uma bofetada de Helena. Zilda e Ângela se assustam.

ZILDA (censura)
Helena!

HELENA
Cala a boca! Não quero mais ouvir um piu nessa casa hoje. (sai)

Zilda faz gesto para Régis sentar. Todos comem em silêncio.

CENA 09. APARTAMENTO GIOCONDA. SALA. INT. NOITE.

Lena, Gioconda e Fábio conversam no sofá.

LENA
Mas que salafrária!

GIOCONDA
E a Soraya estava junto. Será que ela não se toca de que a Helena nunca gostou dela, e que só a usa pra ficar perto do Armando?

FÁBIO
Bem, isso é problema delas.

GIOCONDA
Ah, mas não me conformo. Agora ela quer me proibir de ir pra onde quer que eu queira. Ela distrata o Fábio como se tivesse moral pra tanto.

FÁBIO
O que vem de baixo não me atinge, meu amor.

LENA
Mas alguém precisa parar essa mulherzinha.

GIOCONDA
Mas quem? Está todo mundo sujo como ela. A não ser Fábio e Bruno. Mas é um disparate envolvê-los numa trama cheia de coisas negativas. (pausa) Como se não bastasse, ainda tenho que ouvir desaforos da Noêmia.

LENA
Noêmia é aquela do…?

GIOCONDA
Essa mesma.

FÁBIO
Tentei conversar com ela, mas a mulher está irredutível. Burro quando empaca…

GIOCONDA
Essa conversa já está me enjoando. Vamos falar de outra coisa?

LENA
Que tal do aniversário que está por vir?

FÁBIO
Nem me lembra. A cada ano, sinto que estou caindo aos pedaços.

GIOCONDA
É isso mesmo, Lena! Temos que preparar um jantarzinho, uma reunião.

FÁBIO
Com pouca gente. Vocês sabem que não gosto de nada barulhento.

GIOCONDA
Em uma semana, acho que podemos preparar tudo. Lena, você me ajuda. Dos comes e bebes aos convidados.

FÁBIO
Bruno e Sandro vêm. Faço questão.

GIOCONDA
Estêvão também. Quero que você o conheça.

FÁBIO
Estêvão? O marido da Helena? Não seria cutucar a onça com vara curta?

LENA
Ele tem razão, Gioconda.

GIOCONDA
É mesmo. Foi só uma ideia que me passou.

Eles continuam a conversa em FADE.

CENA 10. MANSÃO ARMANDO. FRENTE. EXT. DIA.

Música: Invisible Touch – Genesis. Letreiro: “Uma semana depois”. Imagens da fachada da mansão.

CENA 11. MANSÃO ARMANDO. SALA. INT. DIA.

A música para. Armando, Soraya, Carlos Eduardo, Amanda, Wilson e Jéssica conversam. Os quatro primeiros sentados no sofá, e os dois últimos de pé.

SORAYA
Então, meu filho, já decidiram a data do casamento de vocês? O tempo está passando. Ainda quero ser avó de uma linda netinha.

ARMANDO
Um neto! A família Alighieri precisa é de um varão pra herdar todos os nossos bens.

AMANDA
Ainda estamos conversando sobre isso, doutor Armando.

ARMANDO (irrita-se)
Mas assim não pode ser! Filho, você precisa se decidir urgente. Ou eu mesmo terei de marcar a cerimônia.

SORAYA
Seu pai está certo, Carlos Eduardo. É a reputação dele que está em jogo. Há dezenas de empresários, políticos e socialites que ligam todos os dias cobrando uma definição de vocês dois.

CARLOS EDUARDO
Não vejo motivo pra tamanho desespero, mas se insistem…

AMANDA
Podemos dar a resposta até hoje no jantar?

ARMANDO
Podem. Mas que a data seja a mais próxima possível.

CLOSES alternados entre Amanda e Carlos Eduardo.

CENA 12. ESCOLA DE MÚSICA. CORREDOR. INT. DIA.

Sonoplastia: violino. Sandro entra pela recepção e anda lentamente, até parar próximo a uma das portas. Abre a porta sorrateiramente pela maçaneta e entra.

CENA 13. ESCOLA DE MÚSICA. SALA MÚSICA. INT. DIA.

A sonoplastia continua. Alice toca violino de costas para a porta, afastada dela. Sandro a vê com olhar apaixonado. CORTES descontínuos entre: CLOSE nela tocando, CLOSE no rosto dele, PLANO MÉDIO mostrando os dois. Ficam-se trinta segundos assim, até que Ana entra sem bater e quase esbarra a porta em Sandro. Fim da sonoplastia.

ANA
Alice, seu aluno já chegou. (vê Sandro) Não sabia que você estava assistindo à melhor artista desta escola.

ALICE (assusta-se)
Nem eu…

SANDRO
Peço desculpas, Alice. Fui eu que entrei sem você perceber.

ANA (sorri)
Você faz isso com todas, é? Ou só com a Alice?

SANDRO
Com bons músicos, com certeza. Bem, acho que estou ocupando o espaço indevido, então vou esperar o Bruno lá fora. Com licença. (olhar apaixonado para Alice; sai)

ANA (fecha a porta)
Ele está a fim de você, Alice.

ALICE
Não inventa, Ana. É só um amigo.

ANA
Aham, sei. Vou fingir que não vi. Posso mandar chamar o aluno?

ALICE
Pode, sim. Obrigada.

ANA (sussurra)
Aproveita o gato!

Ana sai. Alice sorri e suspira por Sandro.

ALICE
Você não imagina o quanto faz meu coração bater, Sandro.

Efeito de fim de capítulo: imagem congela; FADE TO BLACK. Sonoplastia: vento.

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo