CENA 01: HOSPITAL, CANTINA, INTERIOR, TARDE.

Dra. Clara e Marina estão na cantina do hospital, tomando um cafezinho.

CLARA: – Dona Marina, agora que a senhora se acalmou, me explique que história é essa de filho? O João já faleceu há tanto tempo…

MARINA: – É uma história longa, Clara. Eu preciso da sua ajuda pra encontrar uma criança internada na UTI por um atropelamento. Essa criança é meu filho!

CLARA: – Como assim? Eu realmente não estou entendendo nada…

MARINA: – Me diga se tem um caso desses aqui no hospital? Você pode me fornecer dados sobre os pais dessa criança? Eu só sei que o sobrenome deles é Amaral.

CLARA: – Eu não posso liberar dados sobre meus pacientes, é sigilo profissional.

MARINA: – Eu sou sua ex-sogra e você vai negar ajuda a mim?

CLARA: – Primeiro, explique essa história direito, eu estou confusa.

MARINA: – Tá bom… Você lembra que o João tinha um irmão gêmeo que ficou congelado na clínica de fertilização?

CLARA: – Lembro, até hoje eu acho fantástica essa possibilidade de irmãos gêmeos não nascerem junto, é tão estranho.

MARINA: – Acontece que eu e o Ivan decidimos gerar esse embrião após a morte do João, só que descobrimos que ele já foi gerado por outra família! O geneticista cometeu uma troca de embriões. Aquela criança que foi internada na UTI na verdade não é filho do casal Amaral, só que eles nem imaginam isso. Entendeu a gravidade da história agora, Clara?

Clara fica chocada com o relato de Marina. Naquele momento, sua mente vaga para algumas vezes em que teve contato com Davi e teve uma sensação estranha.

CLARA: – Meu Deus, mas isso é assustador! Agora eu entendo porque eu via o menino e lembrava-se de alguém, mas não sabia quem e por que. Eu lembrava do João, claro!

MARINA: – Então o menino é muito parecido com o João? É gêmeo idêntico?

CLARA: – Eu não lembro muito do seu filho criança, só vi algumas fotos, mas pelo pouco que me recordo, eles são idênticos sim. Olha Dona Marina, eu adoraria te ajudar, mas eu não posso pela ética médica, eu não posso liberar dados de pacientes.

MARINA: – Mas é um caso grave, eu preciso ver essa criança! Você não sabe a angústia que eu sinto todos os dias desde que eu descobri esse erro do geneticista, eu fico transtornada atrás de uma solução que nunca chega. Por favor, Clara, pelo amor que você sentia pelo João, me dê o endereço dessa família que cria o meu filho!

CLARA: – Infelizmente, eu não posso. Recomendo que a senhora procure o geneticista, ele poderá te ajudar mais. Também recomendo que a senhora e o Seu Ivan acionem um advogado para processarem essa clínica e irem atrás dos diretos pela criança.

MARINA: – Eu pensei que você fosse diferente…

Marina levanta da mesa para ir embora, mas Clara levanta e aproxima-se dela.

CLARA: – Não fique chateada comigo, tente me entender! Estou no início da minha carreira médica, não posso ser imprudente.

MARINA: – Tudo bem, eu entendo. Então, você já se formou?

CLARA: – Sim, sou médica pediátrica. Eu cheguei a Curitiba há poucos meses, faz tempo que eu queria fazer uma visita à senhora e ao Seu Ivan, tenho muitas saudades de vocês. A correria do hospital acabou impedindo de eu ir à mansão, mas eu ainda vou.

MARINA: – Vá mesmo, será bem recebida. Também sentimos saudades. Bom, agora eu preciso ir.

Clara compreende e abraça Marina, que vai embora do hospital, desolada.

CENA 02: CASA DA FAMÍLIA AMARAL, INTERIOR, TARDE.

Davi está sentado na cama de seu quarto e Luiza dá sopa na boca do filho.

LUIZA: – E então, meu filhinho, tá se sentindo melhor?

DAVI: – Tô sim, mãe. A sopa tá ótima, parece à sopa que a vovó fazia.

LUIZA: – Graças a Deus que você melhorou, Davi. Eu fiquei tão aflita quando te vi sendo atropelado.

DAVI: – Desculpa, mamãe, eu prometo não atravessar a rua sem olhar para os lados e de dar a mão pra você ou pro papai.

LUIZA: – Isso mesmo, meu anjo, que esse susto nunca mais se repita.

Davi sorri levemente e Luiza dá um beijo no rosto do filho, continuando a servir a sopa.

CENA 03: CASA DE PAULA, INTERIOR, TARDE.

Paula está chegando à casa com sua maleta de manicure, sentando no sofá da sala e tirando os sapatos de salto roxo, exausta de tanto trabalhar. Vanessa está deitada no outro sofá, assistindo televisão e comendo pipoca.

PAULA: – Ai Vanessa, você nem imagina a quantidade de mulher enjoada que eu tive que aguentar hoje, vontade de enfiar o vidro de esmalte goela a baixo!

VANESSA: – Não esqueça que esse é o nosso sustento, mãe.

PAULA: – Se você já tivesse atrás um cara rico, eu estava mais tranquila, mas fica aí assistindo filme ou então dando mole pra zé ruelas de boates.

VANESSA: – Vai começar a ladainha, mãe? Antes que eu me esqueça: vê essa carta em cima da mesa, chegou endereçada pra senhora e é do Governo Federal.

Paula fica intrigada e pega a carta, abre e lê. A cada linha lida, a manicure se choca ainda mais. Vanessa percebe que a mãe está tremula e pálida.

VANESSA: – Que cara é essa? O que tem nessa carta?

PAULA: – Eu não posso crer! Isso não pode ser verdade… Maldito Ernesto!

VANESSA: – O que tem meu pai? Fala logo, mãe!

PAULA: – É uma carta do Governo Federal avisando que a nossa casa tá a leilão no fim do mês. O Ernesto hipotecou a casa e, como não pagou as dívidas, agora os cobradores vão leiloar a casa!

VANESSA: – Ai meu Deus, isso não pode ser verdade, só pode ser brincadeira de algum vizinho recalcado!

PAULA: – Não é, tem até selo de Brasília e a assinatura do dono da casa de leilões. Eu não acredito que o Ernesto colocou a casa em hipoteca e não nos disse! Cachorro! Tá aqui a herança que teu pai nos deixou: dívidas!

Vanessa começa a chorar e atira o pote de pipocas no chão. Paula rasga a carta com fúria, desesperada com seu futuro.

CENA 04: MANSÃO DA FAMÍLIA AMORIM, BIBLIOTECA, INTERIOR, NOITE.

Ivan está lendo um livro, quando fica contente com a chegada de Marina, mas logo nota que está abatida.

IVAN: – Meu amor, onde você estava até essa hora?

MARINA: – Fui atrás do Dr. Vitor, dei uma prensa nele. Sabe por que ele não revelou a outra família sobre o erro dele? Porque o nosso filho foi atropelado!

IVAN: – Como assim? Não me diga que ele morreu?

MARINA: – Não, mas estava internado na UTI do hospital. Eu não aguento mais isso, eu quero ver essa criança, eu o quero dentro da minha casa!

Marina começa a chorar e Ivan levanta-se da poltrona, abraçando a esposa. Logo, Olga entra na biblioteca com uma bandeja de café e biscoitos.

OLGA: – Dona Marina? Nem vi a senhora chegar. Porque tá chorando?

IVAN: – Ela descobriu que o irmão gêmeo do João foi atropelado. Eu me sinto tão impotente nessa hora, não posso ajudar meu próprio filho porque nem o conheço.

OLGA: – Santo Cristo, que notícia triste! Vou fazer uma novena pro menino melhorar de saúde logo.

MARINA: – Melhor quebrar seu terço, pois novena não serve de nada.

OLGA: – Credo, nem numa hora dessas a senhora recupera a fé?

IVAN: – Ter fé porque se esse Deus pra quem você reza permitiu que outra família gerasse e criasse o nosso filho?

OLGA: – Nada neste mundo é em vão, se isso aconteceu, podem ter certeza que tem algum motivo e só Deus sabe qual é.

MARINA: – Me poupe do seu fanatismo, Olga. Me deixa a sós com meu marido.

Olga coloca a bandeja na mesa e sai da biblioteca, chateada.

MARINA: – Pelo menos uma coisa boa aconteceu hoje: reencontrei a Clara, nossa ex-nora! Ela já é médica formada, trabalha no hospital e tratou do nosso filho, acredita?

IVAN: – Nossa, que coincidência fantástica! Mas então ela pode nos ajudar dando alguma coordenada do menino.

MARINA: – Desista, ela disse que não poderá fazer nada devido a ética médica.

IVAN: – Ah, que droga! Que bom que a Clara progrediu, era uma menina de ouro. O João era tão apaixonado por ela, imagina que casamento lindo seria?

MARINA: – Pois é… E hoje poderíamos estar carregando nos braços os nossos netos, mas o destino não permitiu. Como a vida é injusta!

Ivan concorda e conforta a esposa em seu peito.

CENA 05: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, INTERIOR, MANHÃ.

Heloisa e Ricardo recebem Luiza, Miguel e Davi com alegria na sala da mansão.

MIGUEL: – Eu trouxe minha esposa e meu filho aqui porque nós queremos agradecer pela ajuda que os senhores nos deram para salvar a vida do Davi.

HELOISA: – Imagina, não precisa agradecer! Fizemos isso de coração limpo, seríamos uns monstros se negássemos isso.

LUIZA: – Mesmo assim, eu fiz questão de trazer um presente como forma de agradecimento. Eu fiz essa torta de bolacha com um ingrediente secreto que vem desde a minha bisavó.

Todos riem e Luiza entrega nas mãos de Heloisa, que retribui com um beijo no rosto.

RICARDO: – Não precisava se incomodar, Luiza. Mas já que trouxe, vamos comer todos juntos. Sintam-se à vontade e venham até a mesa tomar um café com essa torta.

MIGUEL: – Nós sentarmos a mesa com os senhores? É melhor não. Não queremos incomodar.

HELOISA: – Não será incômodo, vocês são pessoas muito queridas para nós.

Luiza e Miguel ficam sem-jeito, mas aceitam o convite. Davi, na sua inocência, adora o convite e corre para a mesa, sendo o primeiro a sentar. Eles comem e conversam alegres, como se fossem amigos de longa data. Miguel é o mais impressionado, pois não esperava que seus patrões fossem ter intimidade com ele e sua família.

CENA 06: CASA DE PAULA, INTERIOR, TARDE.

Vera faz as unhas de Vanessa na sala. Logo Paula entra, com óculos escuros, bolsa amarela e uma pasta verde cheia de papéis. Ela joga a pasta na mesa e tira os óculos, sentando no sofá.

VANESSA: – E aí, mãe, foi lá no cartório resolver essa questão da hipoteca?

PAULA: – Fui e trago péssimas notícias. Nós vamos ter que deixar o imóvel em uma semana.

VANESSA: – Como é que é? Sair da nossa casa?

VERA: – Mas vocês vão pra onde, criatura?

PAULA: – A escritura da casa estava no nome do Ernesto, como ele tinha livre poder sobre o imóvel, ele fez uma hipoteca como garantia do pagamento de dívidas. Só que o traste morreu sem pagar um centavo, aí quem emprestou o dinheiro deu entrada ao processo de leilão. Não há o que ser feito, minha filha, dentro de uma semana nós estamos na rua.

VANESSA: – Ah não, eu não acredito que o papai fez essa palhaçada com a gente!

PAULA: – E você ainda chorou um Rio Amazonas em cima do caixão do teu pai, tá aí a herança que ele nos deixou. Eu tô com tanto ódio que a vontade que eu tenho é de fazer uma macumba tão braba pra atormentar o espírito de porco do Ernesto lá no inferno, porque com certeza ele tá lá!

VERA: – Ai amiga, calma! Será que não dá pra vocês juntarem um dinheirinho e pagar a dívida do Ernesto? Melhor do que vender a casa né!

PAULA: – Nem que eu reencarne eu vou conseguir pagar os cem mil reais que ele deve.

VANESSA: – Cem mil? Tudo isso? Mas aonde o papai usou tanto dinheiro?

PAULA: – Não sei, é um mistério! Agora eu vou tomar um banho, fazer um chá e dormir porque estou com uma dor de cabeça imensa. Minha vida virou de ponta cabeça e eu não faço ideia de como recomeçar.

Vera e Vanessa ficam tensas e Paula sai da sala, com os nervos a flor da pele.

CENA 07: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, INTERIOR, TARDE.

Enquanto Luiza, Miguel, Heloisa e Ricardo conversam na mesa, Davi caminha pela imensidão da sala da mansão. O menino se impressiona pelo luxo e grandiosidade da moradia, lembrando-se da modéstia casa que vive com os pais no subúrbio. Naquele momento, surge Pietra no topo da escada, que fica curiosa ao ver uma criança na sala. A menina desce as escadas com seu vestido clara e florido, uma tiara de coração e seu inseparável urso de pelúcia. Logo, Davi nota a presença de Pietra e estranha a aparência da menina. Frente a frente, eles se olham, calados.

PIETRA: – Quem é você?

DAVI: – Sou filho do Miguel, o motorista da mansão. E você, quem é?

PIETRA: – Sou filha do Ricardo e Heloisa, os donos da mansão. Quer ser meu amigo?

DAVI: – Quero!

Pietra sorri e senta no tapete. Davi senta ao lado, na inocência de sua infância.

DAVI: – Que urso bonito você tem. Me empresta?

PIETRA: – Ela é meu melhor amigo! É só meu!

DAVI: – Mas ele é só um brinquedo, você não tem amigo gente?

PIETRA: – Não. Quer dizer, agora tenho, é você. Ou não é mais meu amigo?

DAVI: – Sou, sim. Aliás, porque você é tão pálido e não tem cabelo?

Pietra angustiada com o comentário e levanta-se do chão, sobe as escadas com rapidez e se tranca em seu quarto, chorando na cama. Davi não compreende nada.

CENA 08: RUA, EXTERIOR, TARDE.

Miguel dirige o carro nas ruas de Curitiba, com Luiza e Davi. De repente, o celular da esposa toca e ela atende, sem reconhecer o número.

LUIZA: – Alô. Quem? É ela mesma. a pessoa se identifica, deixa-a surpresa. – Dr. Vitor? O senhor de novo? ele faz um pedido. – Ok, vou conversar com o meu marido. Boa tarde para o senhor também, tchau.

Luiza desliga o telefone, deixando Miguel curioso.

MIGUEL: – O que esse geneticista queria de novo contigo?

LUIZA: – Quer que vamos a clínica, tem um assunto sério pra tratar conosco.

MIGUEL: – Mas que assunto sério, Luiza? Nosso assunto era somente a inseminação artificial e isso já aconteceu há cinco anos.

LUIZA: – Não sei que assunto é, ele não adiantou nada. Vamos agora, quero resolver logo esse suspense do doutor. Deixamos o Davi na pensão da Antonia, ela vai cuidá-lo.

Miguel concorda e segue com seu veículo, intrigado com a ligação.

CENA 09: MANSÃO DA FAMÍLIA AMORIM, INTERIOR, TARDE.

A sala está cheia de caixas de papelão velhas e empoeiradas, que estavam guardadas há anos no sótão da mansão. Olga as retirou e trouxe a sala por ordens de Marina e Ivan, pois as caixas guardam objetos de João, é um tesouro de valor sentimental inestimável aos pais. Eles abrem as caixas e veem cada objeto com muito carinho e comentam as lembranças que tais objetos remetem as suas memórias.

MARINA: – O João era muito carinhoso desde bem pequeno, nunca me esqueço dessa boneca de caixa de iogurte que ele fez na creche para me representar no dia das mães! Pode parecer bobo guardar isso, mas ele fez uma declaração de amor tão grande a mim quando entregou o presente que eu fiz questão de guardar.

IVAN: – Realmente, nós tivemos muita sorte em ter o João como filho, pois foi um jovem com alma de adulto. Lembra os serviços voluntários que ele fazia? Nunca me esqueço do dia em que ele me presenteou com uma medalha de honraria aos serviços que ele prestou, ele disse que era uma forma de agradecer pelo pai que eu fui. Fiquei tão emocionado!

OLGA: – O João não era meu filho de sangue, mas de coração ele era! Oh menino querido, tenho tanta saudade dos abraços que ele me dava todo dia que chegava à casa. Um menino tão bom como ele, que podia ter feito um trabalho tão bonito nessa cidade, infelizmente não viveu tanto tempo.

MARINA: – Pois é, são injustiças do mundo que eu vou morrer sem entender.

IVAN: – Enquanto o doutor não resolve com a outra família sobre o nosso filho perdido, vamos recordar as memórias do João nessas caixas!

Marina e Olga concordam e seguem olhando os objetos com Ivan, bastantes emocionados.

CENA 10: CLÍNICA DE DR. VITOR, INTERIOR, NOITE.

No início da noite, Luiza e Miguel chegam à clínica, um pouco emocionados por caminharem juntos naqueles corredores que realizaram o sonho de constituir uma família. Logo, eles encontram a sala de Dr. Vitor e o geneticista os cumprimenta, visivelmente tenso. Todos sentam e um silêncio perdura por alguns instantes.

LUIZA: – Bom, doutor, o senhor me ligou duas vezes e foi bastante misterioso. Qual o assunto que temos a tratar depois de tantos anos?

VITOR: – Primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas se os deixei nervosos pelas minhas ligações, não era a minha intenção. Em segundo lugar, eu gostaria de saber como foi a vida de vocês nesses cinco anos que passaram?

Luiza e Miguel estranham a pergunta, se olham e pensam no que falar.

MIGUEL: – Trabalhamos bastante, conseguimos comprar um carro, fizemos algumas reformas na casa e educamos o nosso filho. Mas doutor, porque o senhor quer saber dessas coisas? Afinal, porque nos chamou aqui?

VITOR: – Vejo que ambos querem ir direto ao ponto e eu compreendo, também não gosto de rodeios. É muito difícil pra mim ter que dizer o que eu vou dizer, pois é como afirmar que eu fui fraco e relapso em meu trabalho.

LUIZA: – Do que o senhor tá falando, Dr. Vitor?

VITOR: – Vocês devem saber que os embriões ficam congelados num botijão de hidrogênio aqui na clínica e são catalogados pelo sobrenome do casal, não é?

MIGUEL: – Sim, eu me lembro disso, o senhor nos explicou na época do tratamento de fertilização.

VITOR: – Pois bem… Existem muitos sobrenomes parecidos no mundo e é normal nos confundirmos às vezes. Porém, na Medicina, qualquer erro, por menor que seja, pode ser considerada uma grande bomba atômica.

LUIZA: – Ok, doutor, mas eu ainda não entendi aonde o senhor que chegar com essa conversa…

VITOR: – No dia que eu realizei a sua inseminação artificial, havia duas cápsulas com embriões no botijão de hidrogênio com sobrenomes parecidos: Amaral, ou seja, vocês; e Amorim, outro casal. Por uma distração, eu acabei retirando do botijão a cápsula errada para fazer a inseminação.

MIGUEL: – Errada? Mas… Como assim, Dr. Vitor?

VITOR: – É duro dizer isso, mas é necessário: eu cometi uma troca de embriões. O embrião que a Luiza gerou não é de vocês, mas sim do casal Amorim. O filho que hoje tem cinco anos não tem o sangue de vocês, ele é filho de outro casal.

Luiza e Miguel se chocam com a revelação de Dr. Vitor, que os observa com vergonha e medo pela reação que virá.

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