CENA 01: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, QUARTO DE HELOISA E RICARDO, INTERIOR, NOITE.
Heloisa e Ricardo discutem sobre Vanessa e o bebê.
RICARDO: – Heloisa, me ouve: eu nunca te traí! Nunca! Em 10 anos de casamento, eu nunca olhei pra outra mulher, nunca toquei em nenhuma outra, eu juro! A Vanessa está mentindo, ela não foi minha amante e esse bebê não é meu filho. Eu faço o que você quiser pra acreditar em mim! Eu juro pela vida da Pietra!
HELOISA: – Cretino! ela dá um tapa em Ricardo. – Eu quero o divórcio!
Ricardo olha fixamente para Heloisa, pasmo com a agressão e com o pedido.
RICARDO: – Divórcio? Eu não vou aceitar isso! Eu te amo!
HELOISA: – Me ama e me traí? Bela forma de demonstrar amor! Eu não consigo lidar com falsidade, então é melhor a gente se divorciar.
RICARDO: – Mas Heloisa, não vamos jogar no lixo um casamento por uma mentira maluca dessas! Eu vou fazer a porcaria do DNA, vou provar que não sou pai desse bebê! Acredite em mim, meu amor, eu jamais seria capaz de te trair!
HELOISA: – Me esquece, Ricardo! Me deixa sozinha, por favor.
Ricardo deixa escorrer uma lágrima e se aproxima de Heloisa, que chora compulsivamente. Ele vai abraçá-la, mas ela o empurra até a porta do quarto, colocando-o para fora e trancando a porta. Heloisa senta no chão e chora sem parar, se auto-agredindo com puxões de cabelo e unhadas pelos braços.
CENA 02: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, INTERIOR, NOITE.
No corredor do segundo andar, Ricardo chora encostado na parede. Logo, Pietra sai do seu quarto e vê o pai aos prantos, aproximando-se dele.
PIETRA: – O que foi, papai? Porque tá chorando?
Ricardo abraça Pietra e tenta se controlar, embora siga chorando.
RICARDO: – O papai tá um pouco triste, sabe? Mas vai passar…
PIETRA: – Quer dormir no meu quarto? Aí eu faço cafuné em você, conto uma historinha, rapidinho você melhora.
Ricardo sorri da inocência de Pietra e dá um beijo na filha, indo até o quarto dela.
CENA 03: MANSÃO DA PAULA, INTERIOR, MANHÃ.
Paula está recebendo Vera na sua mansão pela primeira vez. Vera está impressionada com o tamanho do imóvel e com o luxo das roupas e dos acessórios que Paula e Vanessa usam.
VERA: – Tão poderosas hein, amigas! Cheias da grana, com um casarão desses, que chiques!
PAULA: – Foi-se a época das vacas magras, agora chegou à vez da fartura! Essa mansão é uma beleza, às vezes até me perco de tão grande! E a vizinhança não faz barulho, uma tranquilidade divina. Não sinto a menor falta da Pensão e daquela vila nojenta.
VERA: – Tô até com uma invejinha boa hein! E você, Vanessa, como está? Deixa-me segurar esse bebê lindo, é uma vergonha eu ainda nem conhecê-lo!
VANESSA: – Claro, pode pegar! ela põe o bebê no colo de Vera. – Eu tô muito bem, essa vida de rica é bem tranquila. Só que eu sou contra os exageros da mamãe, você conhece a peça né, por ela a gente já tinha comprado uma tonelada de joias!
PAULA: – A época de economizar já passou, agora eu quero é gastar! Meu neto é herdeiro de um império de petróleo, porque eu vou economizar?
VERA: – A Vanessa saiu do subúrbio, mas o subúrbio não saiu dela.
VANESSA: – Eu só tenho juízo, acho que não custa nada esperar o exame de DNA provar que o bebê é filho do Ricardo e ele registrar, não vai demorar muito mesmo.
VERA: – Aliás, não querendo parecer interesseira, mas não esqueçam que fui eu quem aconselhou o golpe da camisinha usada né…
PAULA: – Ah querida, óbvio que não esquecemos, você foi uma grande amiga! Qualquer ajuda que você precisar, pode pedir!
VERA: – Bom saber! Agora, deixa eu contar uma fofoca sensacional: sabiam que eu descobri uma parente da Antonia? E vocês não vão acreditar: é uma tia de 80 anos e, pasmem, uma prostituta!
Paula e Vanessa se impressionam e começam a rir sem parar, juntamente com Vera.
VANESSA: – Prostituta? Mas ela se prostitui aos 80 anos ainda?
VERA: – Pois é, uma velha louca de tão fogosa, precisam ver! A pensão tá virando uma baixaria com a Shirley.
PAULA: – Shirley? Que apelido brega! Igual a Antonia, breguíssimo. Quem diria que aquela avarenta tem uma tia prostituta, tô chocada! Quero conhecer essa criatura um dia… Vanessa, prepara um suco pra gente? Eu vou ao meu quarto buscar umas roupas pra mostrar pra Vera.
Paula e Vanessa saem da sala da mansão, deixando Vera sozinha com o bebê no colo. Curiosa, ela abre um baú que há no canto do sofá e fica boquiaberta com as várias peças de joias que há dentro. Vera põe o bebê no carrinho e pega as joias nas mãos, ficando deslumbrada. Paula está descendo as escadas com as roupas, mas Vera não vê e pega um anel de ouro, coloca entre os seios e deixa Paula chocada.
PAULA: – Mas o que é isso, Vera? Tá me roubando?
Vera fica pálida, sem saber o que falar e sendo encarada seriamente por Paula, que joga as roupas no chão.
CENA 04: MANSÃO DA FAMÍLIA AMORIM, EXTERIOR, MANHÃ.
Marina está na beira da piscina, bebendo um copo de suco de abacaxi. É quando Davi chega da escola, com sua mochila nas costas. Sorridente, ele corre até a mãe e a abraça.
MARINA: – Ai, que abraço gostoso! E aí, como foi a aula?
DAVI: – Legal, mas… Todo mundo riu de mim, eu não gostei disso.
MARINA: – Riram de você? Por quê?
DAVI: – A professora pediu pra todo mundo fazer a árvore genealógica da família e ninguém entendeu a árvore que eu fiz, acredita que fui até pra direção?
MARINA: – Nossa! Filho, você tem a árvore genealógica pra me mostrar?
Davi afirma que sim e tira da mochila a folha, entregando pra Marina. Ela percebe que o menino misturou suas duas famílias, fazendo uma árvore genealógica complexa.
MARINA: – Mas Davi, você misturou a sua antiga família na árvore com a nossa família.
DAVI: – Eu tenho duas famílias, como vou excluir uma? Eu cresci numa família e agora vivo em outra família, eu gosto das duas, não posso fazer uma árvore genealógica só pra uma família. A Olga me explicou uma vez que eu sou privilegiado pelo papai do céu, pois Ele me deu dois pais e duas mães, é verdade né?
MARINA: – Eu sei, meu amorzinho, mas as pessoas não entendem isso. É difícil pra todo mundo entender que você tem duas famílias. Não fique triste pelos risos dos teus colegas, eles riram porque não sabem da sua vida. Amanhã eu vou conversar com a diretora e com a professora, pode deixar.
Davi compreende e dá um beijo no rosto de Marina, entrando na mansão e deixando a mão aflita e reflexiva no jardim.
CENA 05: MANSÃO DE PAULA, INTERIOR, MANHÃ.
Vanessa vem da cozinha com uma bandeja de suco, enquanto Vera segue pálida e nervosa com o flagra de Paula.
VANESSA: – Tá chegando um suquinho fresco pra gente!
PAULA: – Fresco vai ser a minha mão na cara da Vera se ela não me explicar o que eu vi! Você roubou uma joia do baú, é isso mesmo?
VERA: – Que isso, amiga, claro que não! Eu só tava olhando as joias, muito bonitas por sinal, nada além disso!
PAULA: – E olhou a joia dentro do teu sutiã? Eu vi você colocando o anel entre os seios, sua safada!
VERA: – Ai, que absurdo essas acusações, estou me sentindo muito ofendida!
Paula perde a paciência e avança em Vera, colocando a mão entre os seios da amiga. Vanessa fica pasma e as duas ficam gritando, uma em cima da outra, até que Paula tira o anel do sutiã de Vera.
PAULA: – Tá aqui o anel! Ladra! Amiga da onça!
VERA: – Não diga isso, Paula, eu te adoro!
PAULA: – Falsa! Bastou eu melhorar de vida pra você querer tirar vantagem né? Me roubando na cara dura!
VANESSA: – Tô chocada, Vera, não pensei que você fosse assim!
PAULA: – Espera aí que eu tô começando a ligar tudo… Vanessa, lembra que às vezes o Ernesto brigava comigo porque sumia dinheiro lá de casa?
VANESSA: – Sim, eu lembro. Você achava que ele gastava e mentia, já ele achava que você gastava e mentia.
PAULA: – Pois é… Mas eu acho que agora eu sei o motivo do sumiço do dinheiro. A Vera sempre me visitava, não duvido nada que tenha me roubado assim como roubou o anel agora!
VERA: – Que isso, Paula, que acusação mais sem cabimento! Eu nunca te roubei!
VANESSA: – E teve o furto do aluguel na pensão, lembra? A Antonia disse que devia ser algum morador, porque não houve arrombamento da porta dos fundos.
PAULA: – Miserável! Serpente traiçoeira! Ladra de uma figa!
VERA: – Olha, eu não sou obrigada e ficar ouvindo esses absurdos, eu tô indo embora!
Vera pega sua bolsa e vai sair, mas Paula pega a jarra de suco e corre até Vera, despejando o líquido na cabeça dela.
VERA: – Sua louca! Estragou a chapinha que eu fiz antes de vir pra cá!
PAULA: – Agora eu entendo como você vive sem trabalhar, sua ordinária, se sustenta roubando os outros e eu fui uma das vítimas!
VERA: – Quer saber do quê mais? Roubava sim! Roubava! E daí? Ninguém manda você ser uma trouxa, roubei muito dinheiro seu, do Ernesto, da Antonia e de muita gente! É preciso existir os otários para os espertos, como eu, se darem bem!
Paula fica furiosa e dá uma bofetada em Vera, que cai no chão. Elas se encaram e Vera dá uma rasteira em Paula, que cai bruscamente no chão. Vanessa corre até o carrinho de bebê e afasta-o delas. Paula e Vera puxam-se os cabelos e se estapeiam no chão da sala, aos gritos escandalosos e xingamentos.
PAULA: – Piranha! Você me paga, sua ladrazinha!
VERA: – Ridícula! Pode ficar rica, mas a pobreza não sai de você!
Paula e Vera seguem brigando, enquanto Vanessa acalma o bebê que está chorando. Logo, elas levantam-se do chão e Paula pega Vera pelos cabelos, arrastando-a até a porta da mansão e empurrando-a para fora.
CENA 06: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, INTERIOR, MANHÃ.
Heloisa e Pietra estão tomando café da manhã. Pouco depois, Ricardo chega à mesa, vagarosamente.
RICARDO: – Heloisa, a gente precisa conversar.
HELOISA: – Não me dirija à palavra!
RICARDO: – Por favor, Heloisa! Nós não podemos continuar nessa situação.
HELOISA: – Cala essa boca!
PIETRA: – Mamãe, porque a senhora tá falando assim com o papai?
HELOISA: – Desculpe, Pietra, eu extrapolei.
Heloisa levanta-se da mesa e Ricardo vai tocá-la, mas ela afasta-o.
HELOISA: – Não toque em mim, sai de perto de mim!
Ricardo fica calado e Heloisa vai para a sala. Logo, ele vai atrás e Pietra continua a tomar o café.
RICARDO: – Essa situação não tem cabimento, Heloisa! Eu não te traí, como você pode não acreditar em mim?
HELOISA: – Essa situação vai se resolver em breve, no fórum, quando a gente assinar o divórcio.
RICARDO: – Você não vai fazer uma bobagem dessas!
HELOISA: – Se você gosta de viver um relacionamento de mentiras, eu não gosto e não vou admitir uma traição! O divórcio é a melhor solução.
RICARDO: – Eu pensei que nós tínhamos um relacionamento mais sólido a ponto de você não acreditar na primeira pessoa que aparece inventando uma história.
HELOISA: – E eu pensei que nós tínhamos um relacionamento mais sólido a ponto de você não procurar outras mulheres para saciar seus impulsos eróticos. Se você tinha problemas dentro de casa, paciência, eu também tinha e nem por isso fui atrás de outros homens.
Ricardo fica chocado e Heloisa sobe para se quarto, tensa.
CENA 07: CATEDRAL METROPOLITANA DE CURITIBA, INTERIOR, TARDE.
Luiza e Miguel estão na missa realizada na catedral, pedindo a Deus a paz interior e a solução justa do caso jurídico travado com a Família Amorim. Após o fim da missa, o casal permanece sentado no banco, em frente ao belíssimo altar, com a Igreja vazia.
LUIZA: – Parece que foi ontem… Eu, entrando nessa Igreja, vestindo branco… Foi lindo!
MIGUEL: – Desde que eu te conheci, não restou dúvidas que você era a mulher da minha vida. E eu não estava enganado não, hein, pois a gente tá junto apesar de todos os problemas.
LUIZA: – Nosso amor superou tudo, ele é forte! O batizado do Davi foi aqui também. Ah, saudades desse tempo que não volta…
MIGUEL: – Eu estava pensando no embrião que nos pertence, o verdadeiro, que ficou congelado no botijão de hidrogênio. Você gostaria de gerá-lo?
LUIZA: – Eu nunca pensei nisso… Sei lá, Miguel. Você gostaria?
MIGUEL: – Talvez sim, talvez não. Tenho dúvidas. Essa criança é nosso filho legítimo, mas nunca veio ao mundo.
LUIZA: – De qualquer forma, isso é impossível agora. Com o incêndio na clínica do Dr. Vitor, todos os embriões e materiais genéticos que estavam congelados foram destruídos.
MIGUEL: – O Dr. Vitor se matou, mas levou consigo o sonho de muitas famílias. Arrisco dizer que ele cometeu “abortos indiretos”, afinal, ele destruiu os embriões com o incêndio né.
LUIZA: – Pois é… Você viu que a gente tá há um ano envolvidos nesse dilema? A gente quase não vive, só ficamos em função do trabalho e de recuperar o Davi. Vida de classe média não é nada fácil…
MIGUEL: – E quando foi fácil, Luiza? Só a elite vive tranquilamente, enquanto a classe média e baixa sofre. Que Deus nos abençoe na audiência do fórum que está por vir!
Luiza concorda e beija Miguel, que levantam-se do banco e caminham pelo corredor da Igreja, abraçados e pensativos.
CENA 08: DIAS DEPOIS.
Luiza, Miguel, Marina e Ivan preparam-se com seus advogados para a audiência que se aproxima. Heloisa e Ricardo seguem com um clima pesado na mansão, dormindo em quartos separados. Pietra se entristece com o abalo familiar. Paula e Vanessa seguem esbanjando dinheiro e luxo. Vera nunca mais falou com Paula. Shirley continua morando na Pensão, para fúria de Antonia.
CENA 09: REFINARIA PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS REPAR, INTERIOR, TARDE.
Ricardo está registrando alguns dados da refinaria no computador, em sua sala de trabalho, quando começa a escutar alguns barulhos vindos da recepção. Em seguida, Paula entra em sua sala, com a recepcionista atrás.
RECEPCIONISTA: – Desculpe, Seu Ricardo, eu falei que ela não podia entrar, mas não adiantou.
RICARDO: – Chame a segurança pra enxotarem esse mulherzinha daqui!
PAULA: – Olha como você fala comigo que eu posso anexar isso ao caso jurídico. Um escândalo agora não cairia nada bem pro teu trabalho né?
Ricardo fica calado e faz sinal pra recepcionista sair, que obedece. Paula senta na cadeira em frente à mesa dele.
RICARDO: – O que você quer outra vez?
PAULA: – O que é da minha filha e do meu neto por direito!
RICARDO: – A sua filha é muda, por acaso? Você é intermediário dela pra tudo, porque ela mesma não vem cobrar seus “direitos”? Medo de me enfrentar?
PAULA: – Pra quem já foi pra cama contigo, ter uma discussão é o de menos! A Vanessa não vem porque ela está ocupadíssima cuidado do bebê. Mas o que me trás aqui é algo muito sério e você precisa fazer alguma coisa, queridinho.
Paula tira da bolsa e joga em cima da mesa vários papéis, deixando Ricardo intrigado. Ele pega os papéis e analisa.
RICARDO: – O que é isso?
PAULA: – São as despesas da nossa família. Um filho dá gastos né? Trouxe as contas pra você pagar, afinal, ele é seu herdeiro.
RICARDO: – Tá maluca? Acha mesmo que eu vou pagar essas contas milionárias? Esse filho não é meu!!
PAULA: – Foi homem pra fazer o filho? Então, tem que ser homem pra pagar! Nosso padrão de vida subiu e o bebê tá dando muitas despesas, como você é o pai e tem uma ótima condição financeira, nada mais justo do que pagar né. Tenho certeza que o valor das contas são centavos perto do seu patrimônio!
RICARDO: – Patrimônio que eu lutei muito pra conquistar e agora tem duas cascavéis tentando usurpar! Quer dizer que o bebê usa diamantes, esmeraldas, ouro… A Vanessa pariu um bebê ou uma gema mineral?
PAULA: – Hã? Eu só conheço gema de ovo, meu bem!
RICARDO: – Santa ignorância… Queria se retirar, por favor? Eu tô perdendo a paciência pra sua obsessão. Avise a Vanessa que o golpezinho de vocês já está 50% completo, pois a minha esposa rompeu comigo. Mas isso vai ter fim quando o exame de DNA provar que eu não sou pai dessa criança.
PAULA: – Oh iludido… Cheirou petróleo, foi? Bom, se não quer pagar as contas, tudo bem, nós aguardaremos o depósito da primeira pensão alimentícia, pois não deve demorar muito. Até breve, lindinho!
Paula atira um beijo no ar para Ricardo, irritando-o. Ela pega as contas, põem na bolsa e vai embora, deixando o petroquímico furioso.
CENA 10: FÓRUM, SALA DE AUDIÊNCIA, INTERIOR, MANHÃ.
Marina, Ivan e Dr. Bruno Quadros estão sentados à esquerda da mesa, enquanto Luiza, Miguel e Dr. Samuel Ferraz estão sentados à direita da mesa. Meritíssimo Armando Ramos entra na sala e todos ficam em pé, respeitando a autoridade. Logo, ele senta e todos também. Armando bate o martelo.
ARMANDO: – Está aberta a sessão.
Marina, Ivan, Luiza e Miguel se olham, tensos, enquanto Dr. Bruno e Dr. Samuel preparam-se para a audiência.