CENA 01: PENSÃO CONFORTO, QUARTO DE GEAN, INTERIOR, NOITE.
Vanessa e Gean se beijam intensamente e se fazem carícias ousadas. Porém, Vanessa lembra-se da “inseminação” que acabou de fazer com as camisinhas de Ricardo e sente dúvidas se deve ou não transar com Gean. Naquele momento, a atração fala mais alto e Vanessa não pensa em mais nada: ela entrega-se a Gean. O casal transa sensualmente como uma despedida.
CENA 02: CASA DA FAMÍLIA AMARAL, INTERIOR, NOITE.
Luiza está de pijama, tomando um chá de hortelã, com os nervos à flor da pele. Logo, Miguel chega em casa, completamente bêbado.
LUIZA: – Ah, finalmente chegou! Que palhaçada foi aquela de me deixar sozinha no escritório do Dr. Samuel? Eu peguei chuva na rua! E que estado é esse? Você bebeu?
MIGUEL: – Olha só Luiza, para de me azucrinar… Eu fui afogar minhas mágoas, não posso?
LUIZA: – A gente tá passando por um tormento e você foi beber pra esquecer? Você nunca foi disso, eu nunca te vi bêbado antes.
MIGUEL: – Sempre tem a primeira vez… Agora, eu vou dormir.
LUIZA: – Não! Você vai tomar um banho, eu vou fazer um chá pra você e depois vamos conversar.
MIGUEL: – Discutir relação hoje? Nem pensar! Tô com sono, tchau…
Miguel caminha em direção ao quarto, com as pernas bambas. Luiza se aproxima do marido e o puxa para a sala.
LUIZA: – Não seja teimoso, você não vai entrar no quarto com esse cheiro de álcool. Com tantos problemas pra gente resolver e você vai beber, era só o que me faltava!
MIGUEL: – Tudo culpa sua! Viu o que deu a tua ideia de fazer inseminação artificial? Tá aí agora, gerou um filho que nem é nosso e ainda temos que aguentar a saudade!
LUIZA: – A inseminação foi um projeto de nós dois, não venha jogar a responsabilidade para mim! Além do mais, o culpado disso tudo é o Dr. Vitor.
MIGUEL: – A culpada é você! Você me convenceu de fazer essa porcaria de inseminação artificial, agora aguenta!
Miguel empurra Luiza e entra no quarto. Ela fica na sala, chorando pela discussão, sem acreditar no que acabou de ouvir do marido.
CENA 03: MANSÃO DA FAMÍLIA TRAJANO, INTERIOR, MANHÃ.
Ricardo e Heloisa estão conversando na sala, quando a campainha toca. Paula vai atender. Era Inês, que entra sorridente. Ricardo e Heloisa se aproximam de Inês e dão um abraço forte na governanta, gerando inveja em Paula.
RICARDO: – Nossa, que saudades da senhora! Fez muita falta aqui, sabia?
INÊS: – Eu também senti muita falta de vocês, os considero como se fossem minha família.
HELOISA: – E é da família mesmo, nós temos muito afeto pela senhora. Mas com certeza, quem sentiu mais falta foi a Pietra.
INÊS: – Ah, cadê aquele doce de menina?
Heloisa e Ricardo sorriem e Pietra surge na escadaria, abrindo um sorriso enorme ao ver Inês. Ela desce rapidamente os degraus e abraça Inês, que a pega no colo e dá muitos beijos no rosto da menina.
PIETRA: – Tia Inês, que saudades de você! Voltou pra ficar né?
INÊS: – Claro! Já melhorei de saúde, agora eu voltei pra ficar pra sempre.
PIETRA: – Eba! Eu senti muita falta de ti, das nossas brincadeiras e das historinhas que contava pra mim. O tamanho da minha saudade era do tamanho dessa sala, dessa sala não, dessa casa toda!
Inês, Ricardo e Heloisa riem e sentam no sofá. Paula observa com inveja.
RICARDO: – Dona Paula, prepare um cafezinho para nós, por favor?
PAULA: – Sim, senhor. Com licença!
Paula vai para a cozinha, enfurecida por ter que preparar o café para uma empregada.
RICARDO: – E então, Dona Inês, se curou da estafa?
INÊS: – Sim, graças a Deus! Tomei os remédios, descansei muito na casa da minha prima no interior do Paraná. Foi muito bom essas férias, meu corpo precisava.
RICARDO: – Eu imagino, a senhora já tem 80 anos. Se o serviço for muito pesado, eu posso contratar outras empregadas.
INÊS: – Imagina, eu já estava com saudades dos serviços! Mas olha, eu quero saber da minha Pietra. Como foi lá nos Estados Unidos hein?
PIETRA: – Ai, foi muito legal! Eu gostei de Boston, é uma cidade bem diferente de Curitiba. Queria conhecer a neve, mas não era inverno lá. A gente foi num museu muito lindo, era o Museu das Crianças, foi muito divertido! Eu tirei várias fotos, depois eu quero te mostrar todas!
Todos sorriem com a felicidade da Pietra.
INÊS: – Bom, agora me contem como foram os exames da Pietra.
RICARDO: – Foram nada animadores, Inês. A Pietra está com muitas complicações no organismo. A cura nós já sabíamos que não existe, mas os exames mostraram outras doenças que a nossa filha possui.
INÊS: – Eu notei que ela tá usando óculos, a visão já está prejudicada?
RICARDO: – Sim, ela tem miopia. São tantos problemas de saúde, Inês, que às vezes eu tenho pensamentos perturbadores que me fazem acreditar que era melhor a Pietra nunca ter nascido. Eu me sinto um impotente, um ser humano inútil, ver a minha filha sofrer sem poder fazer nada e saber que não há cura é torturante!
Ricardo começa a chorar e Inês o abraça.
INÊS: – Oh, meu querido, não pense isso! A Pietra é um presente de Deus!
RICARDO: – Eu sei, eu amo a Pietra, mas é um sofrimento muito grande não encontrar uma saída para esse destino, é como se não houvesse outra opção de vida pra ela.
HELOISA: – Eu queria tanto ver minha filha casar, ter filhos, ganhar um diploma na faculdade, mas tudo isso será impossível. Se eu conseguir ver a Pietra debutar, será uma vitória.
INÊS: – Deus sabe o que faz, Heloisa e Ricardo. Confinem nele! Eu estou aqui pra ajudá-los como sempre ajudei.
Heloisa e Ricardo sorriem. Pietra desce das escadas com as fotos da viagem e Ricardo limpa as lágrimas. Paula trás o café da cozinha e serve a todos, que conversam vendo as fotografias.
CENA 04: PENSÃO CONFORTO, QUARTO DE GEAN, INTERIOR, MANHÃ.
Gean está se vestindo em frente ao espelho, com duas malas prontas em cima da cama. De banho tomado, perfumado e gel no cabelo, ele se admira no reflexo quando Antonia entra sem bater.
ANTONIA: – O dinheiro do aluguel!
GEAN: – Quê? Eu tô indo embora hoje, não tenho mais nada a pagar.
ANTONIA: – Tem sim, hoje é o dia do pagamento do aluguel e você ainda tá aqui! Paga!
GEAN: – Nos últimos dois meses, eu paguei de outro jeito. Lembra?
ANTONIA: – Lembro, oh se lembro… Não seria má ideia se você pagasse com o seu corpinho, pela última vez. ela o empurra na parede e o abraça. – Vem, meu garanhão, faça seu vulcão entrar em erupção outra vez!
Antonia vai beijar Gean, mas ele se esquiva e a empurra na cama, fazendo cair uma algema da roupa dela. Ele pensa numa forma de se livrar de Antonia e tem uma ideia.
GEAN: – Da última vez, você pegou pesado com aquele chicote, eu fiquei todo marcado! Agora, é a minha vez de ousar… Que tal umas algemas?
ANTONIA: – Adoro! Se você vestir uma farda de polícia, aí sim, eu subo pelas paredes! Vem, pode me algemar na cama, use e abuse de mim!
Antonia tira o vestido e fica apenas de sutiã e calcinha. Gean pega as algemas do chão e coloca numa das mãos de Antonia, algemando-a na guarda da cama. Antonia olha com selvageria para Gean, que ri sem parar.
ANTONIA: – Que foi? Para de rir e vem aproveitar nossa despedida!
GEAN: – Ah Antonia, você é muito boba mesmo. Ninguém dessa vila suspeita dessa sua safadeza. Você esconde muito bem, eu jamais pensei que você era assim, tão ousada. Mas eu vou ficar te devendo o último mês de aluguel, vai ter que arrumar um novo brinquedinho. Tô indo pro Paraguai, adeus!
Gean pega as malas e atira um beijo no ar para Antonia, que se desespera e começa a se debater na cama para sair das algemas.
ANTONIA: – Salafrário! Cachorro! Você me paga, Gean! Ordinário!
Gean sai do quarto e deixa a porta aberta, com Antonia numa situação constrangedora.
CENA 05: PENSÃO CONFORTO, EXTERIOR, MANHÃ.
Gean está caminhando em frente à pensão, carregando as malas nas mãos. Vanessa observa-o na janela do seu quarto na pensão, com os olhos marejados. Logo o ônibus que passa em frente à rodoviária de Curitiba chega à rua e Gean sobe nele, partindo para seu futuro na Ciudad del Este.
CENA 06: MANSÃO DA FAMÍLIA AMORIM, INTERIOR, MANHÃ.
Marina, Ivan e Davi estão sentados na mesa do café da manhã. Davi nunca havia visto uma mesa com tanta comida, o cheiro do café e do leite quentinhos é delicioso, mas ele se sente incomodado em estar ali.
IVAN: – Come, meu filho, tá tudo uma delícia!
MARINA: – A Olga faz o melhor café da manhã da cidade, prove!
DAVI: – Tô sem fome. Quero ir pra casa.
Marina e Ivan se olham, aflitos, e pensam em como falar.
MARINA: – Eu conversei contigo ontem, Davi, eu te expliquei toda a situação.
DAVI: – Eu não acredito que vocês são meus pais! Eu só vou acreditar nisso quando a Luiza e o Miguel falarem pra mim.
IVAN: – Davi, mãe e pai têm ligações de sangue com seus filhos. Você tem o nosso sangue, não o sangue da Luiza e do Miguel, o exame de DNA provou isso.
MARINA: – E você viu a foto do João, ele é idêntico a você. Se o João é meu filho e você é irmão gêmeo dele, então você é meu filho também.
DAVI: – Vocês são legais comigo, mas sinto a Luiza e o Miguel como meus pais. Eu quero ir embora daqui eu não gosto de ficar longe da minha casa.
IVAN: – Mas essa é a sua casa agora, Davi! Aqui é o lugar aonde você vai morar agora. Aquele quarto lindo é todo seu, nós vamos te matricular numa escola particular muito melhor que a escola que você estudava, nós vamos comprar um guarda-roupa inteiro de roupas novas e prometo que vamos viajar o mundo!
DAVI: – Eu não quero nada disso, eu só quero a Luiza e o Miguel!
Davi desce da cadeira e corre para o quarto, deixando Marina e Ivan tristes na mesa.
MARINA: – Quando o Davi fala assim, me corta o coração. Como ele pode não ter nenhuma afinidade conosco? Ele tem o nosso sangue, é gêmeo do João, ele é muito ligado a nós e mesmo assim tão distante de nós.
IVAN: – Talvez a Olga tivesse razão quando disse que a criação é tão importante quanto à genética. O Davi tem o nosso sangue, mas não nos reconhece como pais. E como mudaremos isso, se ele foi criado por outra família? Nós somos estranhos, mesmo tento a ligação sanguínea.
Marina e Ivan se olham, tensos, e seguem com o café da manhã sem ânimo.
CENA 07: CASA DA FAMÍLIA AMARAL, INTERIOR, MANHÃ.
Luiza e Miguel estão tomando café da manhã num silêncio mortal. Não se olham, não se falam, não se tocam. Até que, após muito tempo, o silêncio é quebrado.
MIGUEL: – Até quando vamos continuar assim?
LUIZA: – Até quando você se retratar. Você me magoou muito, Miguel.
MIGUEL: – Eu? O que eu fiz? Não sei do que você está falando…
LUIZA: – Vai usar a bebida como desculpa? Faça-me favores!
MIGUEL: – Mas Luiza, eu realmente não sei do que você está falando! Bom, eu lembro que eu sai do escritório do Dr. Samuel atormentado, aí fui num bar, bebi muito e… não me lembro de mais nada.
LUIZA: – Pois eu te recordo: você me humilhou, disse que eu era a culpada de toda a desgraça na nossa família, que só eu quis a inseminação artificial e tinha que arcar com as consequências. Chegou a dizer que eu tinha gerado um filho que não era nosso, como se o Davi não fosse nosso filho só por não ter o nosso sangue. Que absurdo!
MIGUEL: – Meu Deus, eu disse isso? Que horror, eu não penso nada disso, meu amor!
Miguel coloca sua mão sob a mão de Luiza, que a retira, com os olhos marejados.
LUIZA: – Parece que o álcool te fez pensar assim né? Poxa Miguel, num momento delicado desses, que a gente devia se unir e pensar numa solução, aí você resolve beber? Você nunca ficou bêbado antes, eu fiquei muito surpresa ao conhecer essa sua face! Além disso, a inseminação foi um projeto de vida construído por nós dois, eu me matei trabalhando de faxineira e você de pedreiro pra pagar o tratamento, agora vem jogar a responsabilidade pra mim? Só pra mim? Quando o verdadeiro culpado é o Dr. Vitor? Eu não mereço passar por isso, Miguel, não mereço mesmo…
Luiza começa a chorar e Miguel se comove e se sente culpado. Ele vai tocá-la, mas ela se afasta.
MIGUEL: – Me desculpa? Eu não fiz por mal… Eu só bebi porque estava fora de mim, perder o Davi na justiça me tirou do meu eixo, acabei me afogando na bebida. Falei coisas que eu jamais falaria sóbrio porque eu não penso assim, eu sonhei essa inseminação contigo e você não é culpada de nada. Eu estava me lembrando ontem dos conflitos que eu tinha com a sua mãe. Ela dizia que eu não era homem suficiente para te engravidar, lembra? Talvez eu não seja mesmo, se eu tivesse te engravidado sem precisar recorrer à fertilização in vitro, nada disso estaria acontecendo hoje. É, a Dona Cecília tinha razão, eu não sou homem suficiente. Acho que sou mais culpado que o próprio Dr. Vitor.
Miguel começa a chorar compulsivamente, sentindo uma enorme angústia. Luiza segue chorando, balançada com as palavras do marido. Eles choram, afastados, e um silêncio perdura na casa. Pouco a pouco, Luiza e Miguel aproximam suas mãos e se acariciam, chorando muito, até que se abraçam e afogam suas tristezas no conforto de seus corpos.
LUIZA: – Vamos passar uma borracha nisso tudo, meu amor!
MIGUEL: – Eu te amo e me perdoe por ter te magoado!
Luiza beija Miguel e, com os rostos encharcados, eles selam a paz em meio à tristeza.
CENA 09: PENSÃO CONFORTO, QUARTO DE GEAN, INTERIOR, MANHÃ.
Antonia começa a gritar por ajuda, para alguém quebrar a algema. Logo, alguns moradores da pensão surgem e ficam apavorados com Antonia presa na cama usando trajes íntimos. Paula e Vanessa ficam pasmas ainda mais, pois é o quarto de Gean.
PAULA: – Quem diria hein, Antonia, presa na cama? Que selvagem!
ANTONIA: – Cala essa boca, Paula, faça alguma coisa pra me tirar daqui!
VANESSA: – Eu só não entendi porque a senhora está presa na cama do Gean. É loucura demais!
ANTONIA: – Louca é a idiota da tua mãe, essa manicure de quinta!
PAULA: – Ah, vai passar pra ofensa? Pois muito bem, vou revidar!
Paula começa a fazer cócegas nos pés de Antonia, que começa a rir sem parar e se espernear na cama, em meio aos hóspedes do hotel que estão pasmos com a situação, rindo e filmando no celular. Depois de um longo tempo, um morador consegue quebrar a algema com um martelo. Antonia levanta da cama, exausta e furiosa, se veste e sai do cômodo, envergonhada.
CENA 10: MANSÃO DA FAMÍLIA AMORIM, INTERIOR, TARDE.
Olga desce as escadarias da mansão com Davi no colo, que está emburrado.
OLGA: – Oh Davizinho, não fique assim… A Dona Marina e o Seu Ivan gostam muito de você, porque não dá uma chance para eles?
DAVI: – Eu quero ir pra casa, não quero ficar preso aqui!
OLGA: – Mas você não tá preso, meu querido… Olha, vamos sentar nesse sofá enorme e fofíssimo pra gente conversar.
Olga põe Davi no sofá e senta ao lado dele.
OLGA: – Você tem algum amiguinho que tem duas famílias?
DAVI: – Não.
OLGA: – E você conhece algum amiguinho com duas mães e dois pais?
DAVI: – Também não.
OLGA: – Pois então, Davi, você é um privilegiado! Você tem duas famílias, têm dois pais e duas mães, você é amado duplamente! E vai renegar isso? Olha, negar amor é feio hein! O papai do céu foi muito generoso contigo, pois te deu duas famílias enquanto tem muitas crianças por aí que não tem nenhuma família.
DAVI: – Mas eu nunca vivi com a Marina e o Ivan antes…
OLGA: – Dê uma chance, eles merecem. A Luiza e o Miguel já têm um espaço no teu coraçãozinho, agora a Marina e o Ivan também precisam. Ninguém vai substituir o espaço da sua outra família, isso é impossível.
Davi entende as palavras de Olga na sua inocência de 5 anos, mas isso pelo menos conseguiu acalmar o menino.
CENA 11: DIAS DEPOIS.
Gean chegou à Ciudad del Este e vive com seu amigo vendendo muambas na fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Ricardo dispensou os serviços de Paula, que parou de trazer as camisinhas usadas para Vanessa. Davi tenta se adaptar aos poucos a Marina e Ivan, que se aproximam cada vez mais dele. Luiza e Miguel se reconciliaram, mas vivem atormentados pela ausência de Davi todos os dias. O vídeo de Antonia presa na cama caiu na internet e se tornou um viral nas redes sociais, para a humilhação pública da dona da pensão.
CENA 12: PENSÃO CONFORTO, QUARTO DE PAULA E VANESSA, INTERIOR, NOITE.
Paula e Vera estão conversando.
VERA: – Parece que a Antonia tá famosa na internet mesmo…
PAULA: – Famosa como? Desde quando ridicularização é fama? A Antonia tá é passando vergonha nesse tal de Facebook e WhatApp. Se eu tivesse filmado o Ernesto e a Cecília no motel, teria sido um “viral” da internet também.
VERA: – É, tem razão… Mas o povo da internet gosta de ridicularizar, então a Antonia saiu no lucro.
PAULA: – Lucro ela teria se ganhasse algum dinheiro pelo vídeo, mas essa cobra só ganha dinheiro do nosso aluguel, que por sinal, tá rolando boatos que vai subir!
Vera faz o sinal da cruz, apavorada. Logo, Vanessa entra correndo no quarto, com um papel nas mãos e um largo sorriso no rosto.
VANESSA: – Mamãe, você não vai acreditar! Eu fiz um teste e eu tô grávida!
Paula abre um sorriso enorme e Vanessa entrega o teste de gravidez para a mãe, que analisa e confirma o resultado.